sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Carolina, passou pela Póvoa...


É verdade, minutos antes da "taça", fomos confrontados com uma visita inesperada...entrou, camuflada, silenciosa e sentou-se à mesa...aqueles oculos escuros não enganavam...era ELA!

Palavras para quê?

...e no final, tudo acabou bem!

Nota particular para a "Professora" que de uma leitura em voz alta e muito bem colocada, agarrou a plateia como nunca se tinha visto!

Por último, uma mensagem de agradecimento à repórter fotográfica - Maria!

Saudações aniversariantes!

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

VENHA DE LÁ ESSA TAÇA! POR JMMA

Conta-se que as fadas reunidas no 28º dia dum Dezembro como hoje, em volta do modesto berço aonde vagia um tenro infante, recém-nascido, de cabeleira loira, aprovaram em assembleia-geral, sem discussão, as seguintes propostas:

- Ele será prudente.
- Ele será perseverante.
- Ele será lúcido e racional.
- Ele será sensato e realista.
- Ele será ambicioso e responsável.
- Ele será metódico, exigente e selectivo.
- Ele será determinado e orgulhoso; bastar-se-á a si próprio e não contará com mais ninguém além de si mesmo.
- Ele será pouco expansivo, mas íntegro, sério, rigoroso e prático.

Seja, pois, o que quiserem – disse entretanto o progenitor –, numa coisa não transijo:

- Ele será «glorioso», e vou já inscrevê-lo. Tenho dito.

Estas disposições estão todas cumpridas. Aquele tenro infante que já no berço mostrava ser senhor do seu nariz, graças a uma tenacidade férrea, a uma disciplina pertinaz, a uma racionalidade intransigente, é hoje tudo o que as fadas quiseram que ele fosse e mais tudo o que ele muito bem quis ser.

É uma vontade enrolada dentro de um corpo. De olhar directo e firme, apenas as considerações pragmáticas lhe interessam. Pode demorar tempo a fixar os seus objectivos, mas quando o faz, nada o pode afastar deles. Tem que ter sempre um alto cume a conquistar. Gosta de percursos bem conhecidos em vez de atalhos arriscados. Parece ter consciência instintiva das suas capacidades. É metódico e organizado. Planeia as metas a longo prazo, persegue-as com uma persistência incrível e é capaz de ir ao fim do Mundo e esperar até ao fim dos tempos para as realizar. Às vezes muito diplomático, às vezes egocêntrico ou insensível em relação aos outros, gosta de se isolar para melhor explorar todos os seus recursos interiores. Adora umas boas curvas, mas detesta linhas tortas.

E como «glorioso», cumpriu-se o dom. Foi crescendo, crescendo e hoje, quanto a benfiquismo, é uma espécie de Barbas da nova geração. Ainda não sabia o que era um ‘fora de jogo’e já maldizia a imprevidência do pai – apenas vinte e poucos anos mais velho do que ele –, por não o ter inscrito em 1904 (!), como sócio fundador; já subscrevia uma petição à Federação para que os Leões jogassem enjaulados; e já o seu herói preferido era Siegfried, o matador de dragões na canção dos Niblungos (Wagner).

Para ele, não há deus senão Eusébio, e Rui Costa é o profeta. Acredita tanto na viragem do resultado, nem que seja a perder por 3-0 a 3 minutos do fim, como acredita que a nova procuradora vai meter o Pintinho na cadeia de trivela, o Kariaka vai assinar pelo Real Madrid, ou que o Fernando Santos é o Shakespeare do futebol. Quando falta a Luz, passa a noite às claras. Mas está preparado para tudo, até para ser campeão europeu sem ser preciso mudar-se para o Porto.

Exagerei? Talvez. Mas a fantasia não é também realidade? Seja como for, quem conhece o Luís, sabe que é como a Savora, com ele tudo melhora. E sabe que merece um brinde.

Estoira champanhe.
Venha de lá essa taça!
Todos: Hip! Hip! Huuuuurra!

domingo, 24 de dezembro de 2006

Notícia de última Hora...


Vimos por este meio informar todos os Portistas que este ano não haverá presépio no estádio do Dragão. Motivo - a Vaca virou escritora e foi-se embora.... :)

Mesmo assim, Votos de um Santo Natal!

sábado, 23 de dezembro de 2006

14ª Jornada - Erros Arbitragem

Benfica:3 V.Setúbal:0

(Jogo sem erros grosseiros)

Sporting:1 Académica:0

55' Tonel é agarrado dentro da área, tendo ficado um penalti por assinalar a favor da equipa visitada.

(1 erro grosseiro contra)

FC Porto :4 Paços de Ferreira:0
(Jogo sem erros grosseiros)

Jogo em atraso (Jornada 1)
Benfica:4 Belenenses:0

(Jogo sem erros grosseiros)

Porque Hoje é Sábado !

O NATAL DOS SLB'S



quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Colunista convidado, por JMMA


Jingóbel

Tirando as excitações que por aí vão fora das quatro linhas, o futebol prepara-se para um Natal tranquilo, em família, com estrelinhas, anjinhos e Reis Magos. Tudo a correr pelo melhor e no melhor dos mundos possíveis, já que o tempo (11 pontos à melhor!) não está para inquietações. Está é para presépios: o Menino Jorginho dorme, a Vaca – no «calor da noite» - muge, Nossa Senhora Maria J. Morgado assiste, São José Veiga está satisfeito e o Burro – se não abrir os olhos - está feito.

Não é ingenuidade, é optimismo natural. Ainda acreditamos primeiro e duvidamos depois. Como quem acredita que o Pai Natal vem da Lapónia num trenó puxado por renas, também nós acreditámos que a hegemonia nas últimas décadas do FCP no campeonato, apesar de tudo, assentava em bases mínimas de honestidade e decoro desportivo. Hoje, todavia, só temos dúvida é se foi conseguida por processos criminosos ou não. Como qualquer sportinguista que vê o presidente vender a secretaria do clube e acredita que este fica financeiramente equilibrado, também nós, com toda a crença natalícia, acreditámos na «operação coração». E quando o Benfica conquistou o Guinness, quase nos convencíamos que «maior» significava (ou em breve iria significar) «melhor» clube do mundo.

É verdade, felizmente ainda não perdemos a inocência. Ainda somos capazes de rumar ao fim do arco-iris pela faixa encarnada. O futebol no nosso país tornou-se um lugar mal frequentado. A honestidade era verde veio uma cabra e comeu-a. Mas se vêem muitas coisas bonitas. Por exemplo, Madaíl e a lista de candidatos para os órgãos da Federação divertem-me, e os palhaços também. Os que agora diabolizam Carolina da Costa para salvar o mito divertem-me, e os que comem muito queijo também. Esquecem-se que, como dizem os americanos, it takes two to tango (são precisas duas pessoas para dançar tango). Também os que acreditam que basta uma procuradora-geral adjunta, mesmo chamando-se Morgado, para pôr o «apito salgado» em pratos limpos desvanecem-me, e os que ainda esperam por D. Sebastião também.


Enfim, coisas que acontecem e que vêm nos jornais. E as que não vêm nos jornais? «A corrupção do futebol é uma parte ínfima da corrupção geral do país. E serve principalmente para a esconder», lia-se há dias no Público. Mas a quadra não está para inquietações, o tempo é de festas e presentes. Por isso, faço duas sugestões. Para aqueles, cá dentro, que ainda andam aí por fora, mas deviam ser postos fora e metidos lá dentro, para esses peço ao Menino Jesus que lhes ofereça uma gaiola. Para os amigos do blog, e já que por estes dias tem havido por aí uma grande apetência literária, sugiro um livro: «Cosa Nostra – História da Máfia Siciliana», John Dickie, Edições 70, 2006. Ou se preferirem um DVD: Padrinho III de Francis Ford Coppola, com Al Pacino no papel do velho «Don».

Enquanto escrevia soube da morte de Joe Barbera, o «pai» dos meus grandes amigos Tom and Jerry e Fintstones. Contristado, deixo-lhes aqui o meu abraço. É por estas e por outras que continuamos a acreditar que é possível ascender a novos sonhos.

A todos um bom Natal! Jingóbel, jingóbel…

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Ainda...Eu, Carolina...


Em rigoroso exclusivo nacional, publicamos um " excerto" do livro "Eu, Carolina Salgado" por incúria não incluído na obra agora à venda em todas as grandes superfícies comerciais.

10 de Abril - O Jorge Nuno está inquieto. Os nervos estão à flor da pele e já me assentou duas lambadas sem motivo aparente. Mas eu sei a causa. O FC Porto vai receber o Riopele para a Taça de Portugal e, sem caldinhos com os árbitros, ele desconfia que vai perder. Ofereço-me para mandar espancar o presidente do Conselho de Arbitragem da Liga. Diz-me que não, que dá muito nas vistas. Está a amolecer com a idade. E não me refiro só às capacidades para dirigir o clube.

11 de Abril- O alternadeiro do talho, aqui no Ameal, disse que não me fia mais nada sem ver dinheiro. Mandei espancá-lo com um barrote cravejado de parafusos, claro está. Eu não sou dura. Foi a vida que me fez assim.

14 de Abril - Está-se mesmo a ver: sexta-feira à noite e, em vez de sairmos, sua excelência quer jantar em casa com árbitros. E os ares sebosos dos tipos? Um é careca, o outro tem um bigode que me faz lembrar um azeiteiro que trabalhava no Calor da Noite. Só falam de foras-de-jogo e penalties. E só comem fruta e doces, os alarves! Há semanas que não se come outra coisa cá em casa. Ao menos, não se perdeu tudo. O Jorge Nuno prometeu-me que me levava este fim-de-semana ao estrangeiro para ver monumentos e coisas assim. Vai ser tão romântico!

15 de Abril - Grande besta! O fim-de-semana romântico no estrangeiro, afinal, foi só eu, ele e... mais 300 Super Dragões em Gelsenkirschen. E a o monumento era o estádio dos alemães. Nunca fui tão apalpada na minha vida. Esta gente não sabe que eu sou uma senhora.

17 de Abril - As finanças recusaram a minha declaração de IRS: não me deixam deduzir a aquisição de um varão Inox nas despesas de "material profissional". Sabem eles que isto custa os olhos da cara? Ou pior. Conheço um rapaz que é trolha em Freamunde. Muito jeitoso de mãos. Pedi-lhe para espancar o chefe do 13.º bairro fiscal do Porto .

18 de Abril - Afinal, era engano. O varão pode ser deduzido no IRS. Se o chefe do 13.º bairro fiscal ainda tivesse nós dos dedos, poderia ser ele a fazer a dedução.

19 de Abril - O Jorge Nuno revelou-me hoje que vai voltar para a primeira mulher. De súbito, a minha memória reavivou. Estou a lembrar-me de tudo. Tenho provas de que o Jorge Nuno esteve envolvido em todas as trapaças do século XX, desde a falsificação das notas do Alves dos Reis até ao atentado falhado contra o Salazar em 1930. E se a TVI me pagar mais, ainda posso comprovar que foi ele quem trouxe a peste negra e o maestro António Vitorino de Almeida para Portugal. E que o terramoto de 1755 só escavacou Lisboa e arredores porque ele mandou.

domingo, 17 de dezembro de 2006

Benfica:3 V. Setúbal:0

O Benfica voltou à "chapa 3". Desta vez Fernando Santos efectuou algumas alterações no 11, desde a saída de Petit (lesionado) para a entrada de Karagounis (relegando Katsouranis para a posição do português), até ao regresso de Nuno Gomes ao ataque, junto com Kikin Fonseca, em detrimento de Paulo Jorge. Assim se retornou ao losango, com Simão a 10. Já na defesa, tudo igual...

Os encarnados entraram bastante mal, mas a partir do primeiro golo de Nuno Gomes, o Vitória jamais foi capaz de assustar Quim.

Destaque para as exibições de Nélson - pouco referido mas sempre muito activo, seguro a defender e acutilante a atacar -, o capitão Simão - que demonstra um enorme momento de forma, todo ele é classe e elegância - e também Nuno Gomes - pois ao que parece o jogo de castigo fez-lhe bem e voltou em grande, com um golo e uma quantidade incalculável de bons pormenores, desde recepções, a passes, ou a segurar bolas. Ninguém jogou particularmente mal, podendo falar-se, eventualmente em Fonseca - bem tentou vir buscar bolas atrás, mas pouco ajudou no ataque - e Luisão, o gigante brasileiro que hoje esteve anormalmente faltoso...

Se antes da época começar dizia que o "Mexicano cheirava a golos", agora cheira-me que o Mexicano não fica muito tempo na Luz.

Golaço em Inglaterra

sábado, 16 de dezembro de 2006

Porque Hoje é Sábado !

Carolina Tenta Fuga para Espanha!

Porque Hoje é Sábado, por Rui Martins

A Nova TV Benfica:

Terça-feira:

15h - Diz Que É Uma Espécie de Clube (História do Benfica pelo Gato Fedorento)
16h - Boletim clínico de Rui Costa
20h - Telejornal com apresentação de João Querido Manha
22h - O Dia Seguinte - Com Fernando Seara, taxista Jorge Máximo e Leonor Pinhão.Programa de debate moderado por João Querido Manha e com entradas inesperadas de Filipe Vieira

Quarta-feira:

15h - Presidente Vieira e Vítor Pereira escolhem os árbitros da jornada - Directo
16h - Boletim clínico de Rui Costa
18h - Malucos do Riso - Os melhores frangos de Moretto, Moreira e Quim
21h - Jura - telenovela com todas as promessas eleitorais por cumprir de Filipe Vieira
23h50 - Mantorras entra nos últimos 10 minutos de emissão

Quinta-feira:

16h - Boletim clínico de Rui Costa
17h - Na Tasca com os Tachos - Programa de culinária apresentado pelo Barbas
19h - Directo do Seixal - Insulto semanal de José Veiga a Pinto da Costa
21h - Floribella - Com Kikin Fonseca e Nuno Gomes nos principais papéis
22h - Noite de Cinema: O Massacre - Katsouranis, Van Damme e Petit num filme de grande acção e extrema violência

Sexta-feira:

15h - SLB Vida Selvagem - rituais de acasalamento no mundo animal com as águias Vitória, Glorioso, com o milhafre e José Veiga
16h - Boletim clínico de Rui Costa
19h - Preço Certo - Concurso em que vários clubes europeus tentam comprar Simão
21h - Aqui Não Há Quem Viva - Série que retrata o quotidiano do departamento médico do clube

Sábado:

16h - Boletim clínico de Rui Costa
19h - Serviço de Urgência - mantenha-se actualizado sobre as últimas lesões no clube
21h - Doce Fugitivo - Série dramática sobre o jovem Manuel Fernandes e a sua fuga para Inglaterra para escapar ao departamento médico do Benfica
23h - CSI Luz - Uma equipa de cientistas investiga os cadáveres e estropiados do monstro Rodolfo Moura

Domingo:

9h - Missa Dominical em directo da Catedral da Cerveja acolitada por Fernando Santos
16h - Boletim clínico de Rui Costa
19h - Hora de Baco - Reunião mensal dos corpos sociais do clube
20h - Jornal de Domingo - Apresentado por Leonor Pinhão
2h - Televendas: Beto, Alcides, Marco Ferreira, Diego, João Coimbra e Moreira"

Saddam também quer ser julgado em portugal

13ª Jornada – Erros de Arbitragem

Naval:0 Benfica:0

31' Gilmar desviou a bola com o braço dentro da área, havendo lugar a penálti.

(1 erro grosseiro contra / 2 pontos indevidos contra)


Setúbal:0 Sporting:3

(Jogo sem erros grosseiros)


Nacional:1 FC Porto:2

64' Ricardo Fernandes agarra Lisandro na área do Nacional. Motivo para grande penalidade.
72' Há falta de Bruno Basto sobre Bosingwa passível de grande penalidade.
77' Ávalos desvia a bola com a mão esquerda. Merecia ver o segundo amarelo, e consequente expulsão.

(3 erros grosseiros contra)

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Crónica de Miguel Sousa Tavares: quantos portistas terão esta opinião?

Pode o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa passar inpune a tudo isto, assobiando para o ar quando lhe falam do assunto e limitando-se a dizer “falem-me de coisas sérias”? Não, não pode. (...) as acusações atingem não apenas a honra do presidente do FC Porto mas a do próprio clube. A única atitute que a honra consente nestes casos é demitir-se.

Pinto da Costa representa centenas de milhar de portistas (...), que têm o direito de esperar que ele prestigie o clube que não dê motivo que atinjam a sua honra. Pinto da Costa permitiu que a sua vida pessoal viesse atingir e manchar o nome do clube. Pinto da Costa fez de Carolina Salgado uma espécie de primeira dama do FCP, miturou-a com a imagem externa do clube, chegando até a levá-la a uma audiência ao Papa.

Entendo que o asqueroso episódio da Dona Carolina Salgado é grave, não pode passar sem consequências e não pode ser o FC Porto a pagar. No lugar dele demitia-me.Mas cada um tem o seu código de conduta e os seus valores de vida.

Pinto da Costa não pode continuar assim tranquilamente com as mesmas companhias e o mesmo mundo nebuloso em que se mexe, sem que isso cause danos ao clube e divida a nação portista entre os que calam e consentem e os que não consentem nem calar nem consentir.

(...) o tempo, o seu poder e o seu estilo não cabem no mundo de hoje. Lá fora há todo um mundo de gente que anseia pelo dia em que o futebol volta a ser um teritório de luz, habitado por gente como aquela que gostamos de receber em nossa casa para jantar.

Pinto da Costa não pode chutar para canto. Tem pelo menos de pedir desculpa aos sócios pelo dano que está a causar e dizer que em Tribunal vai clarificar tudo

Eleições na FPF

Isto está tudo de pernas para o ar.

Então não é que hoje ao ler o DN, reparo que na lista de Madaíl para ganhar as eleições em Janeiro na FPF, coexistem arguidos e juizes do Processo Apito Dourado.

Mas este pessoal anda a gozar connosco, pensa que somos todos parvinhos, ou será que não têm vergonha na cara? E o mais triste é que ninguém diz nada!!!

Reparem:

Almeida Pereira, o número dois do DIAP do Porto, e João Ramos, magistrado do Ministério Público do DCIAP serão vice-presidentes do Conselho de Justiça da FPF. Isto do lado dos juízes.

Do lado dos arguidos, tomarão posse Carlos Esteves, como Presidente do Conselho de Arbitragem e Francisco Costa, como vice-presidente do mesmo orgão.


E esta hein?

Maria José Morgado - Boa escolha

A procuradora-geral adjunta, Maria José Morgado, foi nomeada, esta quarta-feira, para dirigir e coordenar todos os processos relativos ao caso " Apito Dourado", revelou a Procuradoria-Geral da República.

Finalmente alguém com "tomates" para liderar as investigações do Apito Dourado. Esta foi outra que foi afastada da Polícia Judiciária quando começou a falar do submundo triângular: futebol, política, construção civil. Porque terá sido?

Bons olhos a vejam.

Boa escolha.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Liga dos Últimos...

Depois do livro da Carolina, só mesmo uma visita à "liga dos Últimos", para que a festa continue... :)

Não temos de recear o País real..País dos "papas", Orelhas, Carolinas, etc.....

Colunista convidado, por JMMA

Eu Carolino…

Parece-me claro que nos últimos dias não aconteceu nada de novo no reino do futebol. As «Veigarices» proporcionaram-nos alguns momentos de edificação e interesse. Tivemos a emoção da surpresa, o exemplo da auto demissão e, acima de tudo, o facto culturalmente enriquecedor de, muitos de nós, nos termos dado conta pela primeira vez da existência e significado da palavra «arresto». Assim vale a pena.

No entanto, depois disso, e já lá vão para aí três semanas – uma eternidade se considerarmos o ritmo com que os escândalos normalmente se sucedem no futebol português – infelizmente, repito, nada sucedeu que devamos considerar excepcional.

1. Orelhas arguido no caso Mantorras. Onde está a novidade? Já se sabia desde Agosto. E quando o tal jornal maroto noticiou que Vieira iria ser constituído arguido e Vieira gritou aos quatro ventos que não, que não era arguido coisa nenhuma, afinal ambos tinham razão. Pois se um dizia que «ia ser» e o outro dizia que «não era», como diria Sherlock Holmes, «Elementar, meu caro Watson!». Nós é que somos burros.

2. Caso doping de Nuno Assis ressuscitado. A Procuradoria-Geral da República (PGR), através de parecer emitido a pedido da Secretaria de Estado do Desporto, considera que o Conselho de Justiça da F.P.F. violou a lei quando decidiu arquivar o processo, e sustenta que este Conselho deve revogar a sua decisão. No Conselho de Justiça, assim como na F.P.F., não só ninguém se demite como ninguém tem nada a dizer. Normalíssimo. Há lá coisa mais banal do que um «Conselho de Justiça» ser apanhado a violar a lei!

Siga a dança!

3. Árbitros fogem à declaração de rendimentos como o diabo foge da cruz. O presidente da Liga (LPFP), acompanhado por representantes dos árbitros, esteve na Assembleia da República com o objectivo de "sensibilizar" os deputados para a «discriminação» que é o facto de a classe de arbitragem ter de apresentar declarações de rendimentos (registo de interesses) na sede da LPFP. E porque é que ninguém lhes deu um pontapé no traseiro, alguém sabe? Não porque se tivesse reconhecido que tal procedimento preventivo afinal não tem servido para nada. Mas, sim, porque na Imagilândia em que se tornou o reino do nosso futebol, árbitros que pretendem ocultar as suas fontes de rendimento não é conduta desabonatória, é antes matéria para ponderar com cafezinhos e bolos. Normalíssimo!

4. Avelino ataca em cuecas! Quando os sócios do F. C. Marco, reunidos há dias em Assembleia-Geral, procuravam uma solução para o descalabro financeiro do clube, viram a sessão completamente desestabilizada. De repente, Avelino Ferreira, ex-presidente do clube e ex-presidente da Câmara, irrompe pela sessão adentro vestido de pijama, roupão e de chinelos de quarto, e vai de partir a loiça toda. Qual extravagância demencial, qual quê! O futebol nacional há muito que deixou de merecer fato e gravata. «Normalíssíssimo».

5. Rebates de consciência. E vai daí, hoje, quarta-feira (13), de um dia para o outro: caso N. Assis em julgamento nas instâncias internacionais; aberta em Gondomar a instrução do processo «apito dourado»; Madaíl chamado a depor como testemunha de Valentim; apanhado mais um dirigente (Académica) nas malhas da corrupção e da venalidade; Assembleia da República debate lei anti-corrupção desportiva; Procurador-Geral da República (PGR) reúne com o titular dos autos para uma "análise global" do processo Apito Dourado; PGR informa que está a ler o «best-seller» do último fim-de-semana (e já vai a meio!). Etc. etc.

Como se vê toda a gente faz o que deve ser feito, tudo funciona às mil maravilhas e de uma coisa podemos estar certos – tudo ficará na mesma.

Do afã que hoje vai por aí, o mais que se poderá dizer, parafraseando a grande mestra da «língua», é: «eu carolino, tu carolinas, ele carolina…». Só isso. Porque, na verdade, tudo o que se passa é insuportavelmente banal. Frustrantemente déjà-vu. E amanhã é outro dia.

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

As muletas dos cromos da Bola


Um dos vícios que tenho há já algum tempo é reparar nos vícios linguísticos que as pessoas usam durante as suas conversas. Nos cromos da bola, estas muletas linguísticas são encontradas a um ritmo vertiginoso. Por isso, não resisti a partilhar convosco o resultado da minha pesquisa. Haverão muitos outros, mas estes são para mim os mais evidentes.

PAULO BENTO:

Qualquer coisa que dissesse sobre as suas muletas linguísticas seria muito mau, quando comparado com o boneco criado pelos gatos fedorentos. Por isso, é melhor ficar assim!

SIMÃO SABROSA:

À pergunta do jornalista tipo: Hoje o Benfica jogou a pensar no bacalhau do natal?
Resposta do Simão: Sem dúvida, como rapazinhos que somos precisamos de comer.
Moral: Em 95% das respostas, Simão começa sempre com o “Sem dúvida”

LUIS FILIPE VIEIRA:

Discurso do presidente: hum, assumidamente o Benfica é o maior clube Português, hum têm que respeitar esta instituição, hum porque assumidamente esta instituição agora tem crédito na banca, logo quando se metem comigo, estão a meter-se com a instituição Benfica.
Moral: o presidente repete “hum”, “instituição” e "assumidamente" como se não houvesse amanhã e a composição das suas frases são como as batatas fritas onduladas.

FERNANDO SANTOS:

Comentário a um jogo: O Benfica voltou a sofrer 3 golos, mas na realidade fizemos um grande jogo. Na realidade faltou-nos serenidade e tranquilidade para podermos fazer mais. Se no próximo jogo tivermos mais serenidade e tranquilidade, as coisas podem tornar-se mais fáceis porque na realidade ele será muito importante para nós.
Moral: Na faculdade de engenharia onde o Engenheiro estudou, todos os livros técnicos deveriam ter logo no início: “na realidade”, “serenidade” e “tranquilidade”.

JESUALDO FERREIRA:

Comentário a um jogo: O Porto, Porto, Porto tem uma equipa, equipa nova e por isso pode, pode, pode, pode tornar-se numa grande, grande equipa internacional daqui a 2 anos.
Moral: As repetições da mesma palavra para pensar no que vai dizer a seguir são muito frequentes no professor.

MANUEL MACHADO:

Comentário a um jogo: Hoje a Académica jogou muito bem e neste contexto a vitória é justa. Estamos a formar uma boa equipa e neste contexto julgo que faremos um campeonato tranquilo.
Moral: Este treinador, que muito aprecio, gosta muito de contextualizar as suas ideias!

MÁRIO JARDEL:

Comentário a um jogo: Hoje o Jardel esteve bem e por isso os golos aconteceram de uma forma natural. Graças a deus que o Jardel está mais magro e por isso, os golos vão voltar. O Jardel vai marcar 20 golos esta época se deus quiser.
Moral: O homem tem uma tendência para falar na terceira pessoa, sempre com deus presente.

JAIME PACHECO:

Comentário a um jogo: Digamos que demos porrada até ao tutano, mas digamos foi porque não conseguimos atacar. Digamos que foi a melhor estratégia encontrada. Esta estratégia, digamos foi aquela que pensei que, digamos seria a melhor para digamos assim o Boavista ganhar!
Moral: O “digamos” é o pão-nosso de cada dia e para tornar a conversa num nível superior, o treinador dá umas pinceladas com a palavra “estratégia”.

Apito Dourado: Inicia a fase de instrução

Na véspera da abertura da fase de instrução do «Apito Dourado», os principais arguidos do processo não se mostram preocupados nem procuram negar os factos pelos quais são acusados. Segundo fonte próxima do processo, esta tranquilidade deve-se ao facto de a corrupção no desporto ser inconstitucional. In TSF Online

Belo país o nosso. A defesa dos criminosos passa por anular provas (escutas telefónicas) e declarar a lei inconstitucional. A negação dos factos pouco interessa.

A esperança de içarmos a âncora, atracada na podridão de valores e de moral, é diminuta. Senão vejamos: Fátima Felgueiras ganhou as eleições, Isaltino Morais ganhou as eleições, Alberto João ganhou as eleições, Valentim Loureiro ganhou as eleições, e os portistas veneram o dirigente deportivo com mais indicios de currupção desportiva que existiu em Portugal

Ás vezes gostava de ser espanhol.

Apito Dourado: Octávio Machado deita mais achas na fogueira

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Nacional: 1 - FC Porto: 2

Vitória importantíssima do Porto na noite da Choupana. Mais ainda depois de um roubo que já não via há muito tempo. É o chamado roubo de igreja. Dois penaltis, dois lances duvidosos que também poderiam dar origem a grandes penalidades e uma expulsão por assinalar. É de facto muita coisa apenas para um jogo. Por isso, esta vitória transformou-se num acto heróico de toda a equipa. É igualmente nestes jogos que os jogadores se unem ainda mais, tornando as coisas cada vez mais difíceis para os seus adversários.

Duas partes totalmente distintas. Na primeira, o Porto fez um jogo muito passivo, lento e pachorrento, permitindo desta forma que o Nacional tomasse conta do jogo. Esta atitude permitiu ao Nacional explanar o seu jogo e permitiu também que o Nacional começasse a gostar do jogo. Com a confiança a aumentar, a equipa da casa conseguiu chegar ao golo, sem grande surpresa. E mesmo a perder, o Porto nunca conseguiu reagir na verdadeira acepção da palavra.

A segunda parte foi totalmente diferente. A equipa entrou com atitude, com velocidade, a trocar bem a bola e fundamentalmente com vontade de ganhar. Depois de breves minutos onde a turma Portista se habituou à nova atitude, o massacre foi claro. O Nacional só conseguia mandar a bola para a horta e de vez em quando lá conseguia fazer um contra ataque. Neste contexto, o golo portista acabou por acontecer de forma natural por Bruno Moraes, depois de mais uma assistência de Quaresma.

Feito o empate e mesmo sabendo que não ia ser fácil ganhar, fiquei com um feeling que o segundo golo seria possível. Pensava comigo mesmo: É impossível o Porto não ganhar, depois de tudo o que aconteceu hoje e depois desta segunda parte magnífica. Meu dito, meu feito. Quaresma passa a Lucho e este marca mais um golo de bandeira! Que golo! É daqueles golos que o podia estar a ver dezenas de vezes, que não me cansava. Nota curiosa para o facto deste monumental golo ter sido marcado, talvez, pelo pior jogador do FCP desta noite. Foi com toda a certeza uns dos piores jogos que o Lucho fez desde que veste de azul e branco.

Como disse no início, vitória muito, mas mesmo muito importante do Porto. Daí os festejos dos jogadores e da equipa técnica no final do jogo.

Gato Fedorento - "Eu, Carolina"

domingo, 10 de dezembro de 2006

Naval:0 Benfica:0

O Benfica deu hoje uma enorme machadada nas legítimas aspirações que tinha em chegar ao título.

Nitidamente em ressaca do intenso jogo da Liga dos Campeões contra o Man Utd, o Benfica foi uma equipa apática no 1º tempo, à espera que o golo caisse do céu. Golo esse que podia ter acontecido se o árbitro tivesse sancionado uma mão de um defensor da Naval, dentro da sua grande área.

Na segunda parte, o Benfica apareceu transfigurado, muito por culpa da inconformidade de Simão e Katsoranis, mas na ausência de Micoli e Nuno Gomes foi nitida a falta de uma matador, para concretizar as muitas oportunidade que foram surgindo.

Nada está perdido, mas as contas começam a ficar complicadas.

Carolina, a Heroina dos Benfiquistas


Carolina, Carolina, Carolina...” gritavam, em uníssono, homens e as mulheres comandados pelo ‘Barbas’ que ali foi expressamente para conhecer e apoiar Carolina Salgado (que quase deixava escapar uma lágrima de emoção).

O que Carolina ignorava é que, momentos antes da calorosa recepção, o ‘Barbas’ discursava em seu favor.

“Toda a gente já levou tareia no Estádio do Dragão. Eu, infelizmente, não posso ir às Antas porque sou agredido. Felizmente que apareceu uma mulher com coragem. Ela pode ter os defeitos todos do Mundo, mas teve muita valentia. E mesmo o que ela fez no Estádio da Luz [quando assistiu ao jogo Benfica-Porto na época 2004-05 fez gestos insultuosos para os benfiquistas], era uma mulher de coragem que estava lá no meio dos ‘dragões’. Por isso, vim aqui para ela me autografar um livro e para a conhecer pessoalmente. Finalmente houve alguém com coragem para denunciar tudo e todos. Andamos aqui há 20 anos a ser massacrados por um homem que não tem escrúpulos... O Belenenses e outros clubes vão para a segunda divisão quando o Pinto da Costa quer. Ou seja, o Pinto da Costa e o futebol foram mais ditadores do que o Salazar”, disse o mediático ‘Barbas’ que comprou 12 livros.


(Ó Barbas, cala-te senão ainda te cortam as barbas numa esquina da Costa da Caparica)

Pinto da Costa arrisca pena de prisão!?! Devem estar a brincar

Segundo o Jornal "Correio da Manhã" Pinto da Costa arrisca uma pena de prisão efectiva até dez anos caso se prove ter sido ele quem mandou agredir o antigo deputado do PS e vereador em Gondomar Ricardo Bexiga.

O jovem advogado e político, ex-deputado na Assembleia da República a quem, há quase dois anos, foi partido o braço esquerdo e desferidos golpes com um barrote na cabeça, que teve de ser suturada com 15 pontos .

Mas se o Ministério Público qualificar as agressões como tentativa de homicídio na forma qualificada, as penas podem subir de 12 para 25 anos de prisão, por se verificar uma especial censurabilidade de atentar contra um membro de um órgão de autarquia local, além de ser testemunha, que estava a colaborar com as autoridades judiciárias e advogado de profissão.

Mas neste paísinho de justiça selectiva, alguém acredita que Pinto da Costa será preso? Devem estar a brincar.

sábado, 9 de dezembro de 2006

Porque Hoje é Sábado !

FOTO CEDIDA POR TRENGUICES

A razão pela qual o processo não anda

Os vários magistrados do processo ‘Apito Dourado’ foram submetidos durante meses a fio, em 2004 e 2005, à vigilância de detectives privados, visando a sua vida privada e familiar, incluindo a orientação sexual.

Carlos Teixeira, procurador titular do ‘Apito Dourado’, foi o mais visado, chegando a ser perseguido durante a noite à saída do Tribunal de Gondomar. As vigilâncias incluíram dirigentes e inspectores da PJ, além de funcionários judiciais, para tentar condicionar e obstruir a acção dos profissionais da Justiça. Todos os pormenores, em exclusivo, na edição do CM deste sábado.


Isto é um lamaçal autêntico. Fico com a sensação de que estes senhores mandaram autenticamente no PAÍS durante anos a fio. E isto deve ser só a ponta do iceberg.

Se tivesse um botão para deixar de gostar do futebol e do Benfica, ligava-o imediatamente.

A menina do "calor da noite" falou

NOTA PRÉVIA IMPORTANTE
Aos leitores que são mais sensíveis ao baixo nível aconselho-os a mudarem de Blog


PESSOAL
(A parte menos interessante. Serve apenas para contextualizar)

No início do livro, Carolina revela que conheceu o presidente do FC Porto, com a mediação de Reinaldo Teles, um dos homens da SAD portista que frequentava o Calor da Noite, bar de alterne, onde a autora trabalhava madrugada dentro.

Joaquim Oliveira, empresário dos media, também frequentava o local assiduamente, e quando surgia era “sinónimo de festa de arromba”.

“As minhas pernas começaram a tremer, senti um frio no estômago e tive que sair da pista de dança”, lembra quando viu Pinto da Costa pela primeira vez.

“Previ que estava a nascer um grande amor e não me enganei. Dançámos três músicas seguidas e a sensação que tinha era que apenas existíamos nós, não havia ninguém em volta. Fez-me sentir uma verdadeira princesa”, confessa.

"Certa noite, ao despedir-se de mim, não me deu um beijo na cara, como era usual, mas um beijo na boca estava completamente apaixonada."

"Demorei uma eternidade na casa de banho a tentar evitar o inevitável. Ele já me esperava, pacientemente, na cama. E vivi uma linda e inesquecível noite de amor."

"Confessou-me que tinha encetado uma relação com a jornalista Maria Elisa, que já terminara, devido ao consumismo extremo de que ela padecia."

THE BEST OF
"Tendo problemas de flatulência de vez em quando descuidava-se em cerimónias oficiais, levando-me a acender, de imediato, um cigarro para disfarçar o odor."

"Cortava-lhe as unhas dos pés e aparava-lhes os pêlos das orelhas."


ARBITRAGEM
(Mas alguém ficou surpreendido? Isto já eu sei desde os meus 12 anos)

“Sempre que, durante um jogo, o Jorge Nuno achava que o árbitro tinha prejudicado o FC Porto, ligava ao senhor José António Pinto de Sousa, presidente do Conselho de Arbitragem, que lhe atendia o telefone, começando por manifestar a sua indignação perante a incompetência do árbitro, mas acabando sempre por marcar um jantar para fazer as pazes.”

Os árbitros Martins dos Santos e Augusto Duarte eram visitas de nossa casa, sempre trazidos pelo António Araújo. Por ser muito cuidadoso, Jorge Nuno nunca falou com um árbitro ao telefone, nem precisava de o fazer, visto que eles iam lá a casa para confraternizar.”



FUTEBOL
(Antes de Português é Portoguês. Mas isto toda a gente já sabia)

“O Jorge Nuno alterou-se com o senhor Scolari quando percebeu que este não cederia às suas vontades. O que incomodava Jorge Nuno era o facto de toda a gente ter percebido que o presidente do FC Porto perdera o poder que gostava de ostentar sobre todos os aspectos do futebol português, incluindo a equipa de todos nós. Conheço casas onde o desaire [refere-se à derrota de Portugal na final do Euro 2004 com a Grécia] foi festejado com a abertura de uma garrafa de champanhe. A minha, por exemplo. E assumo o risco da impopularidade que uma revelação destas pode causar. Politicamente falando era intolerável para o Jorge Nuno ter de suportar a vitória portuguesa no Euro 2004, que, para ele, não seria mais do que o sucesso de Scolari contra a sua pessoa“,


APITO DOURADO
(Coitado do António Araújo. Não tinha nada de ser o elo mais fraco. É a chamada solidariedade profissional)

“Foi o doutor Lourenço Pinto quem, às sete da manhã, nos telefonou para casa avisando que o major, o doutor Pinto de Sousa e alguns funcionários da Câmara de Gondomar tinham recebido a visita da PJ. O Jorge Nuno ficou deveras perturbado com o que estava a acontecer ao major. Receava que o major ou Pinto de Sousa falassem de mais. Esta era a sua preocupação”,


“À mesa fomos informados com pormenor da situação. Na manhã do dia seguinte, uma brigada da PJ iria entrar na nossa casa e na casa de Reinaldo Teles com mandados de busca e de detenção (…) Foi muito acentuado que os agentes eram de Lisboa, como se por isso o perigo triplicasse, o que não me pareceu uma análise correcta. (…) Quer o Jorge Nuno, quer o Reinaldo Teles ficaram petrificados com as informações. O Reinaldo ficou branco, quanto ao Jorge Nuno, o que ouviu, da boca do dr. Lourenço Pinto, deu-lhe positivamente a volta à barriga. Não havia tempo a perder. O Jorge Nuno tinha de sair do país”, diz.

António Araújo não foi avisado, segundo Carolina Salgado, por ser “o elo mais fraco” e para que a estratégia montada “funcionasse na perfeição”.

A mãe de Carolina estava incumbida de atender os agentes da PJ, tendo de dizer a frase previamente combinada: “O senhor Jorge Nuno e a esposa aproveitaram o feriado para dar um passeio.” Isto numa altura em que o casal se encontrava na Galiza.

Como curiosidade, a mulher de Reinaldo Teles recebeu os agentes da PJ com uma frase elucidativa da sua seriedade: “Não dormiu cá. De certeza que passou a noite com alguma amante!”

Reinaldo Teles pernoitou num hotel do Porto.

Carolina Salgado lembra que ela e Pinto da Costa resolveram deixar o cofre da casa aberto, “numa atitude de descaramento e provocação”.

Já em Espanha, “Jorge Nuno acusava o Major de ter falado de mais e não ter cuidado”.

“Se, por acaso, Jorge Nuno ficasse detido por ordem da juíza, tal como aconteceu com o major, os Super Dragões invadiriam o Tribunal, destruindo tudo à sua passagem, e libertariam o presidente. Cá fora, eu estaria à sua espera num local previamente combinado e fugiríamos para Espanha, de onde só regressaríamos sabe-se lá quando.”


MOURINHO
(O Mourinho é o maior)

O presidente do FC Porto ultrapassou bem o incómodo que a forte personalidade de Mourinho, a sua empatia com o clube e com os adeptos, a unanimidade que causava na imprensa, lhe causavam, a ele que estava habituado a ser o maior dos maiores (…) O que o Jorge Nuno não ultrapassou foi o facto provado de que, para sair do FC Porto, o Mourinho utilizou uma estratégia mais inteligente do que a estratégia do presidente; e a isto não estava o Jorge Nuno acostumado e doeu-lhe muitíssimo

José Mourinho rasgou a camisola do jogador do Sporting, Rui Jorge", diz a antiga companheira de Pinto da Costa, reportando-se ao empate entre leões e dragões, a 1 de Fevereiro de 2004.

"Este acto do Mourinho provocou a fúria dos adeptos do Sporting, que me insultaram, quando me dirigia para o parque de estacionamento (a que não deveriam ter acesso...), e foi o próprio Rui Jorge que, saindo do seu carro, acorreu em minha defesa, dizendo que eu não tinha nada a ver com o acontecido", conta, numa revelação surpreendente.


Luis Filipe Vieira
(Gostei da parte da apatia do Jorge Nuno)

Ali chegada (Estádio da Luz) primei pela educação, numa atitude provocatória. Recusei cumprimentar o senhor Luís Filipe Vieira deixando-o de mão estendida. Depois fui para a casa de banho retocar a maquilhagem, perante o horror das senhoras do Benfica que nem conseguiam olhar para mim a direito. Pelo telemóvel, ir contando estes meus passos que rejubilava. És um espectáculo, Carolina', dizia, pedindo-me que lhe contasse todos os pormenores", sublinha.

Na temporada seguinte, Luís Filipe Vieira tinha decidido não deixar Carolina entrar na tribuna. Então, a companheira de Pinto da Costa decidiu ir para a bancada, na companhia dos Super Dragões, acompanhada de uma tarja direccionada ao líder encarnado.

Pinto da Costa quando viu a tarja, que dizia "Ó orelhas, estou aqui", ficou radiante. "O Jorge Nuno, hiper-feliz, mandava-me mensagens apaixonadas: 'Ouve lá, estás em grande' e 'Espectáculo'", refere.

No final do encontro José Veiga e Luís Filipe Vieira insultaram Carolina "de todas as maneiras e feitios, com alusões ao Calor da Noite", o que desagradou a cônjuge de Pinto da Costa.

"Fiquei triste não pelo que eles disseram, mas pela apatia do Jorge Nuno que vi, pela televisão, encostado a um canto da sala de imprensa, sem a menor disponibilidade para reagir ao achincalho que, para todos os efeitos, eu, a sua mulher, estava ali a sofrer", destaca.


RICARDO BEXIGA
(Coitado do Bexiga... Mijou-se todo)

Há que limpá-lo", disse Pinto da Costa relativamente a Ricardo Bexiga, vereador socialista da Câmara Municipal de Gondomar e alegado delator das irregularidades naquela edilidade.

Carolina conta que se prestou ao serviço "mais desgraçado e degradante" da sua vida.

Então, alegadamente, Pinto da Costa, "com as suas ligações ao submundo", disse a Carolina quem é que ela deveria contratar para bater no vereador.

"Explicou-me como deveria actuar, pagando metade do preço à entrada e outra metade à saída, ou seja, antes e depois da agressão. O serviço custava 10 mil euros, dinheiro que me entregou sempre em notas e que retirou de uma grande gaveta da cómoda do nosso quarto, na Madalena, gaveta que, para meu espanto, estava sempre a abarrotar de dinheiro vivo", lembra.

Depois de Ricardo Bexiga ter sido agredido, Carolina Salgado teve um rebate de consciência, tendo desabafado o seu arrependimento com Lourenço Pinto, que teve uma tirada deliciosa.

"Oh, minha querida, mas ele ficou a falar!", ao que Carolina respondeu: "Mas eles partiram-no todo." Lourenço Pinto não modificou o discurso: "Sim, mas ficou a falar."

Carolina revela ainda que pediu desculpa a Ricardo Bexiga e que esse episódio "foi o princípio do fim" da sua relação com Pinto da Costa.

LFV constituído Arguido

Não deixa de ser curioso de uma coincidência incrível, que no dia das declarações bombásticas de Carolina Salgado, haja um jornal do Porto que coloca a parangona: "LFV constituído arguido no caso Mantorras"

Há coisa fantásticas, não há?

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

A diferença entre Figo e Rui Costa

"Foi há um dia atrás. O estádio estava semi-vazio para a Champions League. Eu, pela enésima vez, era adversário do Sporting. Pouco faltava para terminar a primeira parte, quando após passe do Stankovic, o Crespo ficou isolado. Passando pelo meio dos meus amigos Tonel e Veloso, à saída do Ricardo, fez golo. Foi o melhor golo que vi na vida. Quem ama assim tanto um clube, assume.


Carregar na Imagem











(Festejos de Figo após golo de Crespo no Inter-Sporting para a Champions League)





Post gentilmente cedido pelo Blog "Visconde Gay"

Provavelmente o melhor golo de todos os tempos




Mais algumas imagens para vêr e chorar por mais:

Colunista convidado, por JMMA

Ainda ecos de PARIS

Uma e meia da tarde. O trânsito no Boulevard Périphérique (espécie de 2ª circular) é denso, mas flúi com razoável velocidade em direcção a Paris. Um sinal vermelho obriga-me a parar num local chamado Porta de La Chapelle. À minha esquerda, depara-se-me o vulto de um estádio grandioso.

Oh lá lá, é o Estádio de França! Prazer em conhecê-lo, assim «em pessoa».

Visto de repente não sei com que mais se parece: se com os contornos de uma nave interplanetária, se com um hamburger de três andares, tipo Big Mac.

A arquitectura é, de facto, fora do comum. Característica destacada pelos construtores, o tecto: 14 000 toneladas de peso (o equivalente a uma Torre Eiffel e meia) suspensas a 40 metros de altura. Visto de cima, com o tal aro a céu aberto sobre o relvado, sugere um ovo estrelado sem gema. Creio bem que há algo de especial naquele buraco aberto aos céus. Cá para mim a cratera escancarada sobre o relvado está em simetria rigorosa com o buraco do ozono. É daí que lhe vem a magia.

Em todo o caso, a comparação em termos arquitectónicos não desmerece os estádios emblemáticos do nosso Euro 2004. O que impressiona o viajante (e envaidece os ‘francius’) é o historial de eventos realizados neste estádio, apesar da sua ainda curta existência (1998).

Poderia recordar, por exemplo, a última final da Champions, aqui disputada em 17 de Maio de 2006: Benfica 2 – Arsenal 1, perante 77 500 espectadores. (Ou seria Barcelona - Arsenal, 2-1?). Poderia lembrar igualmente a final de 1999-2000, também da Champions, pela primeira vez disputada entre duas equipas portuguesas: SLB 3 - F.C.P 0. (Ou seria Real Madrid – Valência, 3-0?). Hesito, mas não é por falta de memória, é a língua a bater onde o dente dói.

Podia também lembrar grandes jogos do Torneio das Seis Nações ou da final do Campeonato de França de rugby, além dos campeonatos do mundo de atletismo, aqui realizados em 2003.

Mas não, à frente de um semáforo vermelho, o que vem à lembrança do viajante é tão-só (como se isso fosse pouco) a final da Campeonato do Mundo de 1998. A jogar em casa e tendo alcançado pela primeira vez na sua história a presença numa final da Copa do Mundo, os «bleus» bateram o Brasil por um concludente 3-0. E, claro, foi a loucura «à la grande et à la française», com Didier Deschamps a erguer o caneco mais desejado. Desilusão brasileira e show de Zidanne, com dois golos de cabeça que ainda estou a vê-los.

Com quase 2 milhões de espectadores e cerca de 40 eventos por ano, o Estádio de França (homólogo do nosso Estádio Nacional), revolucionou tudo em volta. St. Denis, uma região decadente, foi colocada no mapa, para ficar, graças à final de 98.

Imagino agora o mega concerto que os Roling Stones aqui realizaram no verão passado perante 89 000 pessoas! Mas, quando assim imaginava…
Quem buzinou? Querem ver que foi algum desses «talibãs» do volante que não gosta dos Roling Stones!

Bolas! Foi mas é o sinal verde que caiu. Recomecei a marcha.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

FCP: 0 - Arsenal: 0

Depois de ter bebido uns canecos e depois da respectiva água com gás, já estou em condições de escrever umas linhas sobre este jogo.

Não vi a primeira meia hora do jogo porque hoje o trânsito do Porto esteve completamente caótico. E francamente não gostei muito do último quarto de hora, pois achei a equipa demasiadamente passiva. Estava a deixar jogar o Arsenal com algum à vontade, o que podia ter sido perigoso. Depois de ter visto o resumo, cheguei à conclusão que o Porto, na primeira meia hora, controlou sempre o jogo e que o Arsenal só veio ao Dragão para defender o zero a zero.

Na segunda parte o sentido do jogo manteve-se, sendo o Porto a única equipa que queria realmente chegar à vitória. Bem sei que o Arsenal estava a fazer o seu papel e se calhar, teria que ser o Porto a atacar para chegar ao primeiro lugar. Mas o Arsenal fez-me lembrar o Beira Mar ou Setúbal, quando estes visitam o Dragão. A única preocupação foi defender e esperar por um lance fortuito que podesse resultar em golo. Felizmente que isso não aconteceu, permitindo desta forma a qualificação, sem esperar por resultados terceitos. Depois de concluídos os jogos, percebeu-se que o Porto até podia ter perdido porque o CSKA não conseguiu ganhar na Alemanha. Recordo-me de ter dito à 4ª jornada que não acreditava numa vitória dos Russos no Hamburgo. Pois bem, o tempo deu-me razão quando disse isso e quando disse que o Porto era a equipa Portuguesa melhor colocada para seguir em frente.

Depois de um início algo tímido, o Porto conseguiu a qualificação de uma forma totalmente merecida, mostrando que o futebol Português não está tão mal como pintam. No ano passado foi o Benfica a picar o ponto em nome do futebol Português e este ano será o Porto. Tendo em conta as nossas dificuldades financeiras, julgo que o futebol Português só tem que estar orgulhoso pela performance das suas equipas.

Relembro que em 2003 o Porto ganhou a Uefa, em 2004 o mesmo Porto ganhou a Champions, em 2005 o Sporting esteve presente na final da Uefa, em 2006 o Benfica fez uma excelente campanha na Champions e para 2007 ainda poderemos ter alguns feitos assinaláveis. Pergunto se existe algum país europeu com melhor desempenho. Por isso, não estamos assim tão mal!

Nota final para a excelente exibição do Quaresma e quero também sublinhar uma exibição que gostei muito pelo esforço que fez e pela flexibilidade que trouxe ao futebol atacante dos Portistas: Lisandro Lopez.

Man Utd:3 Benfica:1

Para ser sincero, e depois de vêr as exibições internas do Man Utd, não tinha praticamente esperanças num resultado do Benfica, que permitisse a passagem à próxima fase.

Mas depois daquele golaço do Nélson, confesso que pensei que a noite de Anfield Road se pudesse repetir.

O Benfica passaria a tirar partido do avanço das linhas intermédias dos ingleses, explorando o contra-ataque com Simão, Micoli e Nuno Gomes.

Puro engano, o golo madrugador “atiçou” os ingleses, que até então não exerciam pressão sobre a bola, e bastaram 5 minutos para se perceber como iria ser o resto do jogo: um sufoco dos ingleses sobre o Benfica. Foi como se tivessemos “mexido” num enxame de abelhas.

Os golos do Man Utd começaram a aparecer naturalmente e só Simão, se mostrou ao nível das estrelas do clube mais rico do mundo.

O Benfica não é eliminado neste jogo, mas sim nos confrontos "extra-muros" em Glasgow e Copenhaga.


Agora, venha de lá a taça UEFA, que o Benfica ainda não ganhou nenhuma.

12ª Jornada - Erros de Arbitragem

Por motivos técnicos (a que não somos alheios), o conteúdo desta rúbrica não foi editada de acordo com o que estava previamente definido.


Sporting:0 Benfica:2

(jogo sem erros grosseiros)

FC Porto:2 Boavista:0

45'+1 Mário Silva faz falta sobre Quaresma dentro da grande área. Motivo para a marcação de uma grande penalidade

85' Ficou por mostrar um cartão vermelho a Linz por entrada dura sobre Quaresma

(2 erros grosseiros contra)

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Salada Russa

O Sporting dá-se mal a jogar em casa com equipas russas.

Quaquaraquaquá quem riu



FCP: 2 – Boavista: 0

Um problema com a Internet em casa impossibilitou-me de fazer o comentário ao jogo deste fim-de-semana mais cedo. Não tendo net, tenho que recorrer aos préstimos do Luis para publicar este post.

Quanto ao jogo, começo relembrando o que disse há uma semana atrás: Este Porto está seguro o suficiente para saber que vai ganhar com mais ou menos golo. Aos 15 minutos da primeira parte recebi um SMS do Luis que me perguntava se estava ansioso. Respondi-lhe que, normalmente, não fico nervoso até aos 60 minutos. Se até aí o Porto não conseguir marcar, a coisa já muda de figura e as unhas começam a levar um desbaste preocupante. Isto para dizer que, embora o Porto estivesse a ter muitas dificuldades para entrar naquele matagal de pernas, tinha a convicção que chegaria ao golo mais tarde ou mais cedo.

Achei piada ao comentário do Pacheco no final do jogo: “embora no meu discurso anterior ao jogo tivesse dito que tínhamos poucas hipóteses de pontuar no Dragão, viemos para cá com uma estratégia ousada (pelo meio disse 500 vezes “digamos”)”. Ao ouvir isto fiquei com uma dúvida: estarei certo na ideia que tenho de “ousadia”? Fui ao dicionário e afinal estava certo. Ousadia quer dizer “atrevimento”, “destemor”, “arrojo”, “audácia”, etc.….

Bem, se o Boavista foi ousado, eu sou o Pai Natal. Como é que um treinador de futebol pode dizer uma coisa destas? Que me lembre, o Boavista rematou 2 ou 3 vezes à baliza do Helton. De resto, foi defender como se podia e dar pau (termo utilizado no futebol quando uma equipa é muito violenta). Aliás, para os jogadores do Boavista, tudo o que estava abaixo do pescoço, era canela. Por isso, aí vai aço!

Em suma, mais uma vitória, mais 3 pontos, mais um golo do Postiga (jogador excomungado por Adriaanse), mais uma exibição segura e menos uma jornada para o final, sendo que o Porto aumentou para 5 o avanço para o segundo classificado.

domingo, 3 de dezembro de 2006

Grande Penalidade? Querias!!!

Ouvi muitos comentadores após o jogo, incluindo alguns amigos meus, afirmarem que ficou por marcar uma grande penalidade por falta de Simão Sabrosa sobre Miguel Garcia.

Quando estava a vêr este lance, fiquei logo com a certeza que existia simulação do jogador do Sporting, ficando surpreendido com as opiniões contrárias.

Como é evidente nestas imagens, ainda o Simão não se fez ao lance, já Miguel Garcia está a cair, e mesmo durante a queda tenha dúvidas que Simão lhe toque.

Parece-me evidente que o árbitro ajuizou correctamente.

Paulo Bento (olha quem), no final do jogo nem sequer faz referência a este lance, portanto estamos conversados.


sábado, 2 de dezembro de 2006

Sporting:0 Benfica:2

O Benfica venceu "sem espinhas" o rival Lisboeta em pleno Alvalade XXI.

Tacticamente, o Benfica esteve excelente. Os jogadores encarnados entraram em campo com a lição muito bem estudada, bem cedo se percebendo que todos os elementos da equipa encarnada sabiam muito bem o que tinham que fazer para vencer em Alvalade.

Aliás, penso que o Benfica foi em grande parte do jogo superior ao adversário, revelando-se uma equipa muito personalizada e surpreendentemente tranquila.

Na 1ª parte, o Benfica entrou em campo claramente para ganhar o jogo. Consistência na defesa e, velocidade e eficácia no ataque foram a fórmula para o sucesso. E caso o resultado ao intervalo fosse de 3 ou 4 a 0, ninguém ficaria espantado por isso.

Na 2ª parte, o Benfica jogou em contenção, cedendo a posse de bola ao adversário. O Sporting, frente a uma equipa muito bem estruturada e posicionada no relvado, nunca teve hipótese de discutir o resultado. Este jogo fez-me lembrar bastante o Sporting - Bayern de Munique, em que os Alemães, na 2ª parte, com o resultado a favor e com menos um jogador em campo, também ofereceram a iniciativa de jogo ao adversário.

Já repararam que se o FCP não tem marcado no último minuto um golo de linha lateral, o Benfica estaria a 3 pontos do líder do campeonato.

Só mais uma ideia: no fim do jogo, fiquei com sensação de que o Presidente e o Treinador do Sporting poderão eventualmente ter visto jogos diferentes.




sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Colunista Convidado, por JMMA

Era uma vez em PARIS

Não interessa perder tempo com porquês, mas acreditem que é verdade: estou em Paris!
Em Paris de França, pois claro. A cidade das cabeças coroadas, das cabeças cortadas e, após o último Mundial, também a das cabeças que dão marradas.

Cidade-Luz, dizem. Como? se nesta altura do ano ninguém vê o sol por aqui mais do que 3 horas por dia! Só se for por causa das luzes de Natal. Isso sim, um ah!…

Aliás, em Paris tudo é um ah!

«Fantastique, três fantastic», como dizem os franceses, é, por exemplo, o filme que chegou há dias aqui às salas de cinema: «Quem tramou o Roger Veiga?». Relata a história, tipo banda desenhada, de um agente que se dispôs a defender graciosamente um amigo. O cenário apresenta uma estrutura de andaimes, tubos e paredes revestidas de azulejo, que fazem lembrar aí o nosso conhecido Alvalade XXI. O enredo gira em torno de um Pinto que por acaso não é da Costa. (Já repararam: Porque será que os enredos complicadíssimos metem sempre Pintos? G’anda galo!) Se puderem não percam este «grrrande filme» como dizem aqui os franceses. E esperem pelas sequelas.

Ah! Esquecia-me de dizer: à entrada do cinema oferecem um DVD, «Fiúza e os Minimeus», com a história desastrosa de um ursinho patego que decidiu seguir as pistas deixadas por uns conselheiros macacos. Não fica claro se o bom Vicente, ou o Vil Vicente, como reza a história, terá conseguido sobreviver às urcices do Fiúza, à tramóia dos macacos e ao purgatório da 2ª divisão. «Grrrande, grrrande cena» dizem aqui os franceses!

Passemos à literatura. Então não é que o «best seller» do Natal aqui em Paris é um livro português! E o autor é um super dragão: Fernando Madureira (Macaco). É um réplica ao livro «Sporting 100 Figuras». O título é, neste caso, «FCP 100 Glórias, 73 Paulas, 46 Marineides, 38 Ginas, e outras Playmates. «Grrrand livre, grrrand livre», dizem os franceses.

Quem por aqui passar pode ainda assistir a um divertidíssimo espectáculo de «vaudeville» (tipo revista). Conta a história de um presidente (ou director?) que vem bufar publicamente remoques aos jogadores do clube a que preside. Por um momento dá a entender que vamos ter a oportunidade histórica de assistir à sova, pública e ao vivo, de uns quantos meninos desastrados. Mas não chega a tanto. Termina com o lamento, acho eu que inspirado no último título do escritor Lobo Antunes, «Ontem não te vi em Braga».

Como se pode imaginar, Paris, de facto, é um esplendor. Fica-me só uma «pedra no sapato». Saberá alguém explicar-me porque é que não há aqui francesinhas… como as do Porto? Livra! Também nisto a pseudo hegemonia portista? Quando é que a gente conseguirá ver-se livres destes melgas açambarcadores?

Dessem-me o cachet do Scolari pela publicidade que faz para a CGD e só me apanhavam aí quando o Benfica tivesse ganho o campeonato.

O riso é a alma à procura de alívio. Daqui vos envio «un petit salut d’amitier».

terça-feira, 28 de novembro de 2006

11ª Jornada - Erros de Arbitragem


Benfica:2 Marírimo:1

(jogo sem erros grosseiros)

Naval:0 Sporting:1

(jogo sem erros grosseiros)

Belenenses:0 FC Porto:1

8m: Na sequência de um canto marcado por Quaresma, a bola chega a entrar na baliza

(1 erro grosseiro contra)

Parabéns Camexias...


Porque a vida não é só futebol, o Foot Bicancas não podia de registar o acontecimento do ano - o nascimento da Joana - filha do Bicanca - Camexias!

Joana:

Nome de origem Latina - Significado: Significa "Deus é cheio de bençãos". Gosta de reconhecimento social, apesar de reconhecer que a sociedade é demasiado preconceituosa. Tem um temperamento muito original, uma língua afiada e uma personalidade um pouco instável. tem, no entanto, o seu círculo de amigos que gosta de ver crescer.

Bem vindo ao Clube!

PS - para quando a "charutada"?

domingo, 26 de novembro de 2006

Belenenses: 0 - FCP: 1

Na ressaca do jogo de Moscovo, o Porto não fez um jogo por aí além, mas ganhou. E isso é que é importante, pois os campeões também se fazem com jogos menos conseguidos como este. Por isso é que não tenho grande coisa para comentar a não ser um dos pensamentos que tive durante estes 90 minutos.

E então reza assim: Esta equipa do Porto começa a dar-me a segurança suficiente, que me permite encarar os jogos com uma incerteza: Por quantos é que o FCP irá ganhar. É um sentimento que não tinha desde os saudosos tempos de Mourinho. O actual futebol do campeão é seguro, controlado, fantasiado e eficaz. Não quero que os respeitosos leitores me compreendam mal, ou seja, não quero que fiquem com uma ideia que estou a dizer isto com um tom arrogante. Nada disso. É óbvio que o Porto pode e vai com toda a certeza perder jogos. Mas este último cenário, a jogar assim, só aconterá de uma forma muito esporádica.

Como disse, não tinha esta segurança desde os tempos de Mourinho. A era pós-Mourinho tornou-se para mim uma autentica tortura. Nunca sabia o que sairia da cartola daquele futebol tumultuoso. Lembro-me de ir para o Dragão, como se estivesse a entrar no Santiago Bernabéu. Isto é, nunca sabia o que podia acontecer. Até podia ganhar, mas não eram vitórias seguras e não eram, com toda a certeza, vitórias que me evitavam de roer as unhas até ao osso.

sábado, 25 de novembro de 2006

Benfica:2 Marítimo:1

O Benfica fez o que lhe competia, assegurando os três pontos antes de uma deslocação sempre complicada à casa do rival de Alvalade.

Tão ou mais importante do que isso foi o facto de ter apagado da memória a fraca exibição rubricada em Braga, que tanta celeuma causou.

O adversário de ontem talvez não fosse o mais desejado, ou não se encontrasse em igualdade pontual com os encarnados à entrada para esta jornada.

No entanto, e apesar de um susto inicial causado pelo remate de Zé Gomes, a verdade é que o triunfo assenta que nem uma luva à equipa orientada por Fernando Santos.

Que venha o Sporting.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Colunista Convidado, por JMMA

Somos burros ou quê?

Tão coerente como o Benfica, que nesta época tem sido de uma regularidade verdadeiramente espantosa – consegue ganhar e perder sempre por 3 – tão coerente assim como os resultados do Benfica, só o Sporting. Ou melhor, as decisões da direcção sportinguista.

Refiro-me concretamente aos recentes desenvolvimentos do projecto de venda de património. O tal que andou empurrado de um lado para o outro, desde uma assembleia-geral abortada e outra que disse «não», até um «olá cá estou eu» festejado com beijinhos e abraços, depois de um simulacro de demissão que só serviu para pressionar as hostes.

Ignora-se completamente se o preço da venda foi justo; se os activos apesar de não desportivos eram ou não úteis, se geravam ou não rendimentos apreciáveis. Sabe-se apenas que a venda originou à volta de 50 milhões de euros, que a receita reverte para amortizar passivos bancários, e que os bancos credores (veja-se o pormenor!) deram o seu acordo à operação. (Pudera, para receber, não haviam de dar!)

E tudo o mais que se sabe além disto – que é nada –, é que o presidente considera a proposta «fundamental para o equilíbrio financeiro do clube» e por isso, batalhou e levou a dele avante.

Desculpem a ignorância do macaco. Mas o clube não havia já sido equilibrado financeiramente, aqui atrasado, pela maravilhosa gestão Roquete? Diz-se que a operação é considerada «fundamental». Mas 50 milhões, num passivo de 270 milhões, não passam duns escassos 18% ! – é isso que é «fundamental»? Ou será que esta operação é tão-só uma tentativa patética de sobrevivência? O alijar de carga em alto-mar para o navio não ir ao fundo tão depressa? Admitamos que não. Mas se não é isso, e já que perguntar não ofende: afinal a operação é fundamental para quem? Para os bancos que exigem ser ressarcidos dos seus créditos, ou para o grupo imobiliário que aparece aos trambolhões a protagonizar o negócio? Que excelente banda desenhada para crescidos!

«Aos trambolhões», sim, já que, segundo li, «à baila» veio apenas uma proposta de compra. A transparência nos clubes, realmente, é uma maravilha! Depois admiramo-nos dos milhões que andam por aí a voar-nos por cima da cabeça, sem se saber onde é que param. Confesso que já não sei o que possa surpreender-me. Não tarda muito, na gestão do nosso futebol só restarão dois tipos de pessoas: as que já foram apanhadas e as que ainda não foram.

Não sou «leão», portanto não estou aqui a assumir dores alheias. E nesta matéria também não sou anti-leão, nem anti-nada, a não ser a esquizofrenia dirigente que grassa no futebol. Também não tenho informação que me permita duvidar de pessoas que até prova em contrário tenho o dever (e quero) presumir como sérias. Estou só a reportar-me à opacidade dos métodos, a propósito de um processo que, infelizmente, me parece paradigmático.

A operação foi «limpa» e é boa para o clube? Oxalá. Mas então não nos venham explicá-la como se nós fossemos muito estúpidos. Bem sei que o vazio mental e o conflito primário se tornaram as únicas leis de percepção do futebol. Mas se nada dissermos ou quisermos ouvir sobre casos como o que está aqui em reflexão( qualquer que seja o clube onde tal se passe) é porque talvez estejamos já tão esvaziados como as bancadas de alguns estádios.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

CSKA: 0 - FCP: 2

Foram dois, mas podiam ter sido 4 ou 5, não fosse a grande exibição do guarda-redes Moscovita.
Grande exibição, sendo talvez a melhor do FCP dos últimos tempos. Porém, há um momento chave que, a meu ver, determinou a categórica vitória do FCP. Esse momento aconteceu no primeiro minuto do segundo tempo. Vágner Love, em lance disputado com Pepe, cai na área e o árbitro num momento de indecisão não marca grande penalidade. Não marcou, mas se marcasse também não seria escandaloso e pior ainda, Pepe teria que ser expulso. Nesta altura o Porto ganhava por 1 a 0.

Embora tenha sido um momento muito importante, o que é certo é que a vitória não merece a mínima contestação, tal foi a superioridade evidenciada pela equipa portista. Como disse, o jogo do Porto foi dos melhores dos últimos anos, principalmente depois da era Mourinho. Se este ano já critiquei Jesualdo, este é o jogo perfeito para dizer que o momento da equipa portista, deve-se muito ao trabalho do professor. Aliás nem vou enaltecer nenhum jogador em concreto, porque esta vitória foi de toda a equipa, pela forma como todos jogaram. E é este o grande mérito do treinador. Soube organizar a equipa como um todo, servindo as individualidades para alguns momentos e não para os verdadeiros momentos. Os dois golos de ontem são exemplo disto.

Outro dos méritos, foi saber organizar a equipa sem o Anderson. Quando muitos diziam que o Porto estava "andersondependente", os últimos jogos serviram precisamente para desarmar essa tese. Fazendo uma retrospectiva do trabalho do Jesualdo, chego à conclusão que o professor fez muitas vezes esse trabalho no Braga. Isto é, enquanto treinador do Braga, ficou privado de jogadores fundamentais por mais do que uma vez: Wender, João Alves, Jorge Luís, Abel e Nunes foram alguns dos jogadores chave que saíram de Braga, mas nem por isso o Braga tremeu. E isto é trabalho do mister. Por isso, não fico muito surpreendido com o "esquecimento" que estamos a ter do Anderson. Hoje já ninguém fala do prodígio.

Agora, já só falta um pontinho!!

Estou de regresso


Ora cá estou eu novamente de regresso ao blog. Depois de uma operação sempre complicada (e principalmente dolorosa) ao joelho, estou de volta para mandar os meus bitaites. Em primeiro lugar, quero agradecer as mensagens de apoio que recebi e como é óbvio agradecer também os telefonemas e as visitas que tive nos dias em que estive de "molho".

Quando regressei a casa, confesso que me assustei com o número de comentários que tivemos no FootBicancas. Sim senhor, é sinal que o blog está vivo. Embora existam comentários que fogem um pouco ao objectivo do blog, há que perceber que quando se fala de futebol, a malta enerva-se e a face mais irracional vem ao de cima. Porém, estou perfeitamente convicto que esses comentários tenderão a desaparecer e que imperarão os que trazem algo de novo ao blog (que, diga-se em abono de verdade, cada vez são mais).

Para terminar e numa de serviço público, aproveito para partilhar convosco a cirurgia que fiz:
Ligamentoplastia (enxerto de um tendão para substituir o lesionado) por rotura do ligamento cruzado anterior (LCA). As próximas linhas terão a precisosa ajuda técnica da minha mulher, porque eu não percebo nada desta matéria.

A cirurgia consiste em reconstruir o LCA por artroscopia, usando como enxerto o tendão da pata de ganso (Esta técnica usa os tendões de dois músculos da face interna do joelho).

Este tendão é posicionado no lugar do ligamento cruzado anterior roto (posição anatómica). O transplante escolhido é fixado no fémur e na tíbia por parafusos de interferência ou outros sistemas de fixação.

Este é o resultado final, que leva a uma recuperação que pode demorar seis meses.

Benfica:3 Copenhaga:1

O Benfica voltou à tão frequente chapa 3 desta época, ganhando bem uns fraquitos dinamarqueses, e confirmando a minha tese de que o empate na Dinamarca era um mau resultado.

Fernando Santos na altura dizia que o empate em Copenhaga era um bom resultado. Os dinamarqueses eram “muito fortes nos lançamentos de linha lateral”, logo era melhor “não arriscar e fazer um jogo de contenção”.

Pergunto: se não arriscámos na Dinamarca, vamos agora arriscar em Manchester?

Haja paciência...

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

10ª Jornada - Erros de Arbitragem


FC Porto:2 Académica:1

33’ Entrada a roçar a violência. Lucho pisou ostensivamente a perna do academista. Ficou por mostrar o cartão vermelho ao infractor.

1 erro grosseiro a favor


Sp. Barga:3 Benfica:1

21’ Maciel projectou-se de frente, atingindo Simão na perna com a sola da bota. Falta objectiva para cartão vermelho, de que o árbitro, provavelmente pelo ângulo ocupado, não se apercebeu convenientemente. Aos 69m, o mesmo jogador rasteirou Nuno Assis, com algum perigo, e numa falta que se pode considerar reincidente, e também não levou amarelo.

1 erro grosseiro contra

Marírimo:0 Sporting:1

73’ Polga, com um joelho, derrubou o adversário. Porém, isso sucedeu fora da área de grande penalidade. Um equívoco do árbitro determinou a marca dos onze metros.

1 erro grosseiro contra

domingo, 19 de novembro de 2006

Sp. Braga:3 Benfica-1 Benfica volta à chapa 3

“...hoje não vi o Benfica a jogar à bola. Vi alguns rapazinhos a correrem, mas eles têm de entender que têm uma camisola...”

Luis Filipe Vieira disse tudo. Bem sei que jogar em Braga não é fácil (vide o resultado do FCP), mas a atitude dos jogadores esteve longe de ser aceitável.

Nos primeiros 30m o Benfica não tinha feito sequer um reumate à baliza, e o s 3 golos do Sp. Braga são origem de erros individuais dos jogadores encarnados.

Primeiro, Quim falha um pontapé de baliza, depois Nélson perde infantilmente a bola no meio-campo encarnado, permitindo o contra-ataque letal do Sp. Braga, e depois Ricardo Rocha deixa-se antecipar num canto por um adversário.

É caso para dizer, assim não dá.

Espero estar enganado, mas a própria discussão entre Simão e Fernando Santos antevê que algo vai mal, no seio da equipa do Benfica..

Que venha o próximo jogo rapidamente...

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Sportinguistas querem imitar o SLB, mas...as esposas não deixam...

Porque hoje é 6.ª feira! :)



Força Vitor!!!

Permitam-me usar este espaço, para dar um forte abraço de apoio ao co-autor deste Blog Vitor Peliteiro.

Embora não seja futebolista, encarnou o espiríto dos mesmos, e padeceu de uma lesão nos ligamentos cruzados do seu joelho direito.

Após algumas semanas na lista de espera de um Hospital, esta Sexta será internado, para ser operado no Sábado.

Aqui vai uma palavra de apoio, concerteza reiterado por todos os participantes deste blog, não para enfrentares esta operação (coisa fácil), mas sim por não te poderes deslocar este Sábado ao Dragão para veres o teu Porto, isso sim dificil de enfrentar.

Estamos contigo!!!

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Colunista Convidado, por JMMA

ELE PAPA, NÓS PAPALVOS


Recentemente, um semanário resolveu brindar os leitores com as aventuras de vida de uma figura típica do nosso futebol. Uma personagem, aliás, bastante multifacetada: o Zuca Zuca Cinderela, para os amigos; o Papa, para os apaniguados; e o Engenheiro Chefe, para os cúmplices e rivais. Preferia chamar-lhe Chico Esperto, se tivesse voto na matéria.

Vendo bem, todos supomos ter uma ideia de quem é o Chico Esperto. Isto é, o Zuca Zuca. Eu tenho uma ideia do Zuca Zuca. Pinto de Sousa, ‘companhon de route’ desde os tempos do Colégio das Caldinhas que havia de chegar (vejam bem o acaso!) a Presidente da Liga de Árbitros e que é um dos arguidos do Apito Dourado, também tem uma ideia do Zuca Zuca. Os sportinguistas que em 1985 viram Futre, o «menino de ouro», ser-lhes surripiado através de um golpe rocambolesco, que incluiu aliciamento e sequestro, têm uma ideia do Zuca Zuca. As pessoas, se ainda não esqueceram quem foi o guarda Abel, o PSP com fúrias de dragão que em finais dos anos 80 comandava a guarda pretoriana do chefe azul, cuja sanha justiceira fez história na imprensa, é porque têm uma ideia do Zuca Zuca. No fundo, não há quem não tenha uma ideia do Zuca Zuca. Os adeptos, os simpatizantes, os cúmplices, os rivais, e até os leigos. Até o próprio Jorge Nuno tem certamente uma ideia sobre Pinto da Costa. O único problema é que havendo tantas ideias sobre Zuca Zuca, ninguém sabe, afinal, exacta e completamente, quem é Zuca Zuca.

Não faz de propósito, não; ele é mesmo assim. Por um lado, Zuca Zuca trai, perjura, conspira. Sacrifica o amigo para sacar Pedroto ao Boavista. Perjura o pacto de não agressão entre clubes para raptar Rui Águas. Conspira, isto é, «faz a folha» ao Presidente do clube, para assaltar o poder por via de golpe de estádio. Mas, ao mesmo tempo, Zuca Zuca mostra ser também um expoente de generosidade, devoção e amor ao próximo. Se há dias em que dá papa aos pobrezinhos do Coração da Cidade, outros há em que vai papando as pobrezinhas no platô das buates. (Percebem por que lhe chamam Papa?) Devoto, encomenda a sorte, ora, na capela do estádio, a Nossa Senhora de Fátima, ora, em campo, a sapos e a galinhas degoladas. Se obsequia os amigos com ‘fruta’, ‘rebuçadinhos’, ‘café com leite’ e outros mimos, justo é que os amigos o desenrasquem quando é preciso, seja com uma arbitragem hábil, seja com um aviso oportuno de busca judicial. Enfim, fazer o bem sempre esteve na mira do seu horizonte, no mais íntimo dos seus sonhos.

Que Zuca Zuca seja visto de forma diferente por pessoas diferentes, não admira. Mas eu disse que também tinha uma ideia de Zuca Zuca. Por acaso não anda longe da daqueles seus amigos que dizem (da boca das comadres saem as verdades) que Zuca Zuca «pelo Futebol Clube do Porto não olha a meios para atingir os fins». Concordo com esses amigos (dele), mas com uma ressalva decisiva: é que, para mim, os fins não justificam todos os meios. É possível que seja um bom dirigente. Mas era mais importante que fosse uma pessoa honesta.

Dir-me-ão que isso de ser boa pessoa – tal como a execução do hino nacional na realização de certos actos públicos – não é essencial. Pois eu acho que é. É tudo uma questão de atitude, de um certo sentido de decoro e forma de estar na vida.
(Este critério é válido para todos os Zuca Zucas. Era só o que faltava: o escabroso da fraude mudar com a cor do clube ou com o sabor das vitórias.)

Portugal: 3 - Cazaquistão: 0

Embora o adversário não permita uma avaliação mais concreta, gostei da equipa que entrou em campo. A vitória, essa foi mais do que inequívoca.

Aquilo que andava há muito a dizer, concretizou-se hoje. Isto é, hoje Scolari começou a mais que tardia renovação da equipa. Por isso, hoje dou-lhe os parabéns.

Jogadores como Costinha e Nuno Valente já não tem lugar nesta selecção. Foram jogadores que já deram muito a Portugal, mas a vida é mesmo assim e a idade não perdoa. Quanto a Maniche, já não tenho a mesma opinião. Julgo que o jogador ainda pode ajudar a nossa selecção, embora o meio campo que hoje jogou, possa dar garantias de sucesso. Mas ele tem que olhar também com um ar muito sério, para os jogadores que estavam no banco e que competem directamente com ele, como são os casos de Moutinho e Carlos Martins (para não falar do ausente Nani).

Quanto a estreias ou regressos esperados:

- Tonel: Jogo seguro, a confirmar a sua qualidade. Pergunto: Porquê tão tardia a sua chamada?
- Meireles: Jogo bastante equilibrado. Não se dando por ele, teve um papel importante no meio campo nacional. Pergunto: Porquê tão tardia a sua chamada?
- Quaresma: Veio dar um motivo de interesse ao jogo. Pergunto: Porquê tão tardia a sua re-chamada?

Bons jogos de Simão e Ronaldo e gostava de dar uma palavra de conforto ao Nuno Gomes. Não marcou, mas viu-se que se esforçou para isso. Mas há jogos assim e bem que podia estar ali até às 6 da manhã, que não marcava. Perdidas escandalosas, mas que percebo. Só não falha quem não lá está.

Em suma e como disse em cima, embora o Cazaquistão seja muito fraquinho, deu para ver que esta equipa e estes jogadores tem potencial e podem trazer boas vitórias para a selecção de todos nós!

terça-feira, 14 de novembro de 2006

A Brincar a Brincar, parte II !

Nem de propósito, como resposta ao irónico post do Luis com o título supracitado, eis que hoje o homem forte do clube da luz se demite. Demite-se porque quando chegou a casa não tinha nem sofá para se sentar, nem televisão para ver o jogo de Portugal. Pois é, há coisas irónicas neste mundo. Numa altura em que o Benfica tentava a todo custo acelerar o apito, eis que a buzina se deu para os lados de Cascais. Quando vi o Veiga na TV, até tive pena. O homem parecia um gatinho (qualquer semelhança ao post do Luis, é pura coincidência) acabado de levar um raspanete da mãe.

O papa aqui há uns anos disse ao Santana Lopes (na altura, presidente do SCP): Vá falando que a sua passagem pelo futebol é efémera. Neste caso, ao Veiga aconteceu-lhe o mesmo. Ou seja, o homem foi para o Benfica para tentar ganhar algum, já que os jogadores deram todos à sola. No entanto teve um grande erro: Entrou em guerra aberta com o papa. E quando alguém entra em guerra com o PC, normalmente perde. Mais uma vez, não houve excepção (ainda esta semana tentarei falar da entrevista de PC ao semanário SOL).

Em suma, mais um que foi primeiro do que o Papa. Mais um que subiu tanto (podemos dizer uns 160.000 degraus), que lá teve que cair. A seguir deve ser o camionista. Ou então, pode ser mesmo o PC. Mas que dá um gozo ver os outros ir primeiro, lá isso dá.

Confesso que não sou adepto deste tipo de Posts. Dos posts que falam dos outros de uma forma fácil. Confesso que estou a escrever este post apenas como resposta aos elaborados pelo amigo Luís, que tanto gosta de falar no FCP.