segunda-feira, 31 de março de 2008

Será só incompetência?


PREÂMBULO: Que fique claro para todos, que os sucessos do FCP e os insucessos do Benfica nesta época, não são justificáveis com as arbitragens.

Posto isto, aqui segue a minha indignação à arbitragem de ontem na Luz.

ERROS HUMANOS Vs ERROS INTECIONAIS

O FCP, nas duas últimas jornadas fora ganhou à custa de dois erros de arbitragem. Penso ser um facto unânime, mesmo para os lados do Dragão.

Foram dois erros de arbitragem não intecionais. Como soi dizer-se, erros cometidos pela própria condição Humana da equipa de arbitragem. Se em Leixões o fora-de-jogo não tirado a Tarik, é sempre um lance complicado de ajuizar para qualquer fiscal de linha, em Belém, só à terceira repetição percebi que o defesa do Belenenses toca primeiro na bola, antes de Quaresma tropeçar nas pernas do jogador do Belém.

É certo, que foram erros que não deveriam ter existido, mas o FCP também não tem culpa disso, e sinceramente não me parece que se possa assacar da equipa de arbitragem responsabilidades acrescidas. Ainda não há arbitros omni-potentes.

O mesmo não posso dizer do jogo de ontem na Luz. O que é que passa na cabeça de um árbitro de futebol, quando está a 5 metros de um jogador que tropeça em si próprio e marca grande penalidade? Chamem-me o que quiserem, mas já não vou em cantigas inocentes. Estou farto de ver lances “estranhos” no futebol português. Há árbitros e arbitragens estranhas. E ontem, ninguém me tira da cabeça, que aquele árbitro, estava ali para complicar a vida ao Benfica. A mando de quem não sei, com que intenção muito menos. Mas foi evidente. Tão evidente, que no segundo golo do Benfica (2-1), o Sr. Elmano, como que querendo descortinar a todo o custo alguma infracção que permitisse a invalidação do lance, só validou o golo 20s depois, após amena conversa com o fiscal-de-linha.

Os que privam de perto comigo, já perceberam há muito tempo, que infelizmente para mim, esta época já terminou há muito. O FCP é um justo campeão, o Benfica não joga “pêvas”, e o segundo lugar pouco ou nada me seduz. Aliás, já quase vejo o jogos do Benfica, por obrigação. Tanto assim é (e embora não sirva de justificação), nem motivação tenho para vir a este blog.

Digo-vos mesmo, que depois do penalti mal assinalado, se o Benfica não ganhasse, só se podia responsabilizar a si próprio.

Por isso, está completamente dissociada a minha análise à arbitragem de ontem, com qualquer facciosismo, ou justificação para qualquer mau resultado do meu clube.

Para os anjinhos, puristas e inocentes, que julgam que o futebol português parece um convento com bispos e Papas, continuo a afirmar: CONTINUA A EXISTIR ARBITRAGENS CORRUPTAS NO FUTEBOL PORTUGUÊS. E ontem assisti a uma delas.

Belenenses:1 - FCP: 2

Faltam dois pontos! Para a semana faremos a festa do Tri-campeonato.

Foi mais um jogo onde o Porto mostrou porque vai ser tri-campeão. Joga nos seus limites, até ao último minuto e esse é o principal factor de diferenciação relativamente à sua concorrência. Embora na primeira parte os limites estivessem um pouco em "baixa", o Porto logo tratou de os recuperar no segundo tempo e por isso, a vitória acabou por ser normal.

Não quero deixar de agradecer aos meus amigos, que cordialmente me enviaram algumas mensagens por altura do penalti, que acabou por resultar em golo. É de facto curiosa a preocupação que a malta tem com o tri-campeão. O próprio Jesus disse que aquilo não era penalti. Referiu estar sempre "on-line" porque tem uma pessoa a trabalhar para ele (O Jesus é o maior!). Mesmo que o Jesus esteja correcto, terá sido este penalti tão importante? Provavelmente, caso o árbitro não tivesse marcado, o campeonato estaria relançado, pois o Benfica só ficava a 14 pontos...!

Muito bom!

sexta-feira, 28 de março de 2008

E VÃO 16 !

Já devem ter reparado (ou então não), que não escrevi nada sobre os últimos dois jogos do Porto. Na verdade, já não há grande coisa para comentar relativamente aos jogos do Porto porque eles têm sido de uma melancolia tremenda. E não me estou a referir à melancolia que se vive mais a sul, porque nesses jogos a única dúvida que existe é saber se a equipa vai perder ou empatar.

A melancolia do Porto é outra. São jogos tremendamente seguros, que só por acaso é que não resultam em 3 pontos. Vá lá que o último jogo (Leixões) a coisa até aqueceu, mas o resultado foi o mesmo, isto é, três pontos e o aumento da vantagem sobre o segundo (que agora são dois segundos).

Se há muito mérito do FCP nestes 16 pontos de avanço para os segundos classificados, também é verdade que a concorrência está muito fraquinha. Só não podem é culpar o quase tri-campeão por isso. Ou seja, vejo muitas vezes alguns entendidos na matéria (pelo menos intitulam-se como tal) a dizer que o nosso campeonato não é competitivo, que por isso não é interessante e mais blá, blá e blá. Mas que raio de culpa é que tem o Porto? Deveria o Porto começar a perder pontos para equilibrar a coisa?

Não me parece. Parece-me, isso sim, que o Porto está a fazer o seu papel. O Porto está a fazer o seu papel e os adversários só tem é que o seguir, mas o que é certo é que continuam a ser aselhas e continuam também a cair nos mesmos erros de sempre. Será tão difícil ser humilde ao ponto de dizer que tem que aprender com o Porto?

Bom, por um lado até agradeço. Mas lá no fundo e bem lá no fundo, fico triste porque dessa forma o nosso campeonato só terá interesse na luta para os lugares da Champion e UEFA.

Quem persiste no erro é o presidente do Benfica. O homem passa a vida a bater com a cabeça na parede, mas insiste em dizer que para a próxima é que se vai desviar do muro. Como diz o Luis Marques, “o gajo está sempre a fazer reset ao seu percurso de presidente”. E isto é bem verdade. Toda esta confusão que se vive no SLB é resultado da ausência do seu presidente, pois o que ele gosta é de abrir casas do Benfica e dizer o que apito está atrasado. Quando a preocupação com a casa alheia é maior do que aquela que nós damos à nossa, o resultado é quase sempre o mesmo. Se a preocupação fosse para “copiar” as melhores práticas, até podia tirar algum partido disso, mas quando a preocupação é simplesmente por supostos pontos negativos, então daí não saca nada.

Acorde Sr. Luis Filipe Vieira. Acorde para o futebol porque caso contrário isto deixa de ter grande interesse!

Nota: Esta última frase não foi escrita com convicção, porque desejo que o LFV continue a dormir na forma por muitos e muitos anos. Desejo também que os adeptos do SLB continuem a achar que o seu presidente é o maior. Finalmente, desejo que o apito dure como as pilhas duracell, porque dessa forma teremos o LFV agarrado a esse processo como as lapas estão às rochas (e recordo que elas estão tão agarradas que nem se apercebem pela aproximação dos predadores – vulgo homem - com a faca em punho).

quinta-feira, 27 de março de 2008

Portugal: 1 - Grécia: 2

É absolutamente inacreditável perdermos três vezes seguidas com a Grécia. Há um ditado que diz que à primeira toda a gente cai. Na segunda, só cai quem quer e à terceira, só cai quem é burro. Depois que me venha perguntar quem é o Burro!

Mas pior do que a derrota é o facto de Portugal não jogar uma beata, quando estamos a pouco mais do que 2 meses para o início do Europeu. Scolari continua a sua senda de genialidade e desta vez decidiu inventar num meio campo que mais parecia a relva do Sporting há uns meses atrás.

Na verdade, e com a excepção de umas quantas (poucas) jogadas, Portugal não conseguiu fazer uma jogada com principio, meio e fim. Portugal jogava pior do que o Mafamude e com sinceridade dava pena ver a nossa selecção a jogar tão mal.

Finalmente, deixo dois pontos que merecem a nossa atenção:

1 - Scolari deixa no sofá de casa o Quim, enquanto que o Ricardo fica a ver a bola passar. O treinador continua a gozar com os Portugas e continua a levar o nosso dinheirinho;

2 - Quero ver o que vão dizer as pessoas que diziam que o Scolari não se vergava a pressões. Como devemos interpretar as dispensas do Ronaldo e do Nani? Curiosamente os dois jogadores representam o mesmo clube e provavelmente os dois vão jogar no próximo fim-de-semana.

terça-feira, 25 de março de 2008

CURIOSIDADES (recebido por e-mail)

O futebol tem destas coisas e em menos de uma semana já se notam no Benfica duas enormes mudanças após a demissão de Camacho:

1º Chalana veste agora fato e gravata, o que significa que alguém levou um fato treino para casa.

2º A equipa passou a jogar mais com o bigode que com a cabeça. Que é como quem diz, pratica agora um futebol mais farfalhudo (antes assim que jogar aquele futebol rendilhado e perfumado do Getafe, podendo-se então afirmar que o grande mérito do Benfica nesta eliminatória foi contribuir para o apaneleirar dos quartos-de-final da UEFA).

Pois bem, longe vão os tempos em que o Benfica de Toni era campeão a jogar com o fígado e mais longe ainda as épocas em que a equipa conquistava títulos a jogar com os pés, de olhos fechados e com uma perna às costas.

Temos que dar a mão à palmatória, ou o braço a torcer, se preferirem: enquanto aquele conjunto de jogadores não começar a jogar com a cabeça; enquanto o presidente não ganhar olho para o negócio; enquanto não se formar uma espinha dorsal de categoria para aquele meio-campo; enquanto não aparecer um treinador com unhas para agarrar aquela malta toda, cheira-me que nos vamos entretendo com um encolher de ombros jogo após jogo, época após época. Pela parte que me toca, já estou pelos cabelos!

E porra, pá! Se não têm cabeça para jogar esta merda, ao menos joguem com tomates!

sexta-feira, 21 de março de 2008

Colunista convidado, por JMMA


EU, ELES E O GLORIOSO

Desde que vi o Benfica, depois da bizarra autoflagelação de Camacho, dotar a equipa com um pára-quedas em vez de um treinador, infelizmente já nada me impressiona. Do mau ao pior, agora tudo é de esperar, excepto que as águias possam chegar aos finalmentes deste campeonato acima do quarto lugar.

A única coisa que ainda me desatina são os botões. Eu digo preto, eles dizem cinzento. Eu quero dizer mal do presidente, eles (os meus botões) sugerem algum respeito pelos mais velhos. Quanto ao treinador, dizem os meus botões: «Camacho, com a saída, mostrou desprendimento e altruísmo por abdicar dos seus 170 mil euros mensais». E eu: «Pelo contrário, o que o espanhol mostrou foi egoísmo e até alguma susceptibilidade, por ter deixado o barco à deriva a oito jornadas do fim, quando percebeu que não ia continuar para o ano.»

Também quanto aos desaires da equipa, os meus botões desculpam, contemporizam, relativizam com o incomensurável azar. «O tanas!» – acho eu – «Depois da saída do treinador, contra o Getafe, era uma questão de orgulho. Ninguém pedia à equipa o triunfo na eliminatória da Taça UEFA, só um bocadinho de atitude. O que se viu: nada.»

E não, não é para bater em Chalana. O pára-quedas, pelos vistos ainda não abriu nem se sabe se vai abrir, mas está a desempenhar-se do papel o melhor que pode e sabe. É a sua oportunidade. Quantas vezes terá ele sonhado ser treinador? Eu quando era pequenino também queria ser cientista russo. A razão mostrou-me depressa que eu não era suficientemente bom e, felizmente, não era russo. O problema é que o presidente do Benfica, enredado nas suas próprias redes, é incapaz de ver o que quer que seja. Nesta altura já só pensa em desenrascar-se o menos-mal que puder, ou, como diz o outro, chutar com o pé que tem mais à mão.

Por isso Chalana chegou muito mais longe do que as suas modestas qualidades aconselhariam. O problema não está aí. Também não vale a pena crucificar Camacho por ele ter ido embora, mesmo se deixou o barco à deriva. Se a deserção é censurável e foi mau ele ter saído, pior nesse caso foi ele ter entrado. Uma e outra história são, aliás, a continuação de um jogo esquizofrénico em que as fronteiras do real e da fantasia se esbatem. Isto para dizer que o problema do Benfica está no Benfica: um clube que parece sofrer de Alzheimer, cometendo os mesmos erros vezes e vezes sem conta, como aquelas moscas que insistem em espetar-se contra os vidros da janela.

Ouvindo isto, os meus botões protestam, quase me acusam de traição ao ‘pedigree’ encarnado. Segue-se, porém, o empate (mais um!) no Marítimo, e aí vejo-os (os meus botões) mudar de cor: «É impossível, ninguém joga mal tão bem – só de propósito». Isso nos dá (a mim e aos meus botões) a esperança, para o próximo jogo, de virmos a ver a grande equipa que realmente somos.

Por isso, embora eu tenha sempre a última palavra, desta vez os meus botões convenceram-me: «E se fossemos dizer mal do Festival da Canção?»

Assim como assim já que não é para ganhar mas só para ir a votos, é como o Benfica… Ou talvez não. Sabe-se lá se a canção portuguesa que em Maio vai representar Portugal no Eurofestival da Canção, na Sérvia, não sairá vencedora. Basta a Sérvia entretanto entrar em guerra com o Kosovo e todos os outros candidatos desistirem.

Improvável? Improvável, em Maio, é o Benfica agarrar o segundo lugar do Campeonato.

terça-feira, 18 de março de 2008

SCP: 4 - Nacional: 1, por Rui Martins

Em 12 minutos, o futebol provocado pelo Sporting provocou um vendaval na defesa do Nacional. Quatro golos e um penalty falhado pelo Sporting, foi o que se espremeu entre o minuto 55 e o 67.

O Sporting entrou em campo com o esquema habitual e que dispensa apresentações. No onze alguma novidades anunciadas, Gladstone, Ronny e Adrien no lugar dos castigados Tonel, Grimi e do lesionado Miguel Veloso, e duas meias surpresas com a presença do Simon e do Izmailov no banco. Olhando para o relvado e analisando o onze que parecia satisfazer, o banco finalmente parecia composto com opções válidas para entrar no decorrer do jogo.

A primeira foi equilibrada com alguns momentos onde o Nacional até conseguiu ter a bola nos pés, mas a situação aparentemente parecia controlada pelo Sporting que não se esforçava muito para alterar o resultado.

Ao intervalo o Paulo Bento tirou o trapalhão Tíui para colocar o Simon, e ouviu-se o primeiro grande aplauso da noite, Alvalade gosta mesmo do Montenegrino. E o futebol praticado foi outro, não é que o Simon seja mais objectivo do que o Tíui que até é, mas ataca a bola não desiste de um lance e quando tem a mínima oportunidade remata de qualquer lado e feitio. O Sporting entrou a carregar e foi encostando o Nacional que tentava sacudir mas foi ineficaz. Aos 55 o Simon conseguiu enganar vários adversários, colocou a bola no Pereirinha e serviu de calcanhar (?), no estádio não vi bem, o Liedson que de primeira fez o golo. Dois minutos depois, desta vez na esquerda, o Liedson dribla um adversário coloca no gigante Moutinho que em arco coloca a bola junto ao poste mais distante fazendo um golo ao jeito do Pereirinha…

Ainda se festejava o golo nas bancadas e com o ambiente mais aliviado, estava eu a olhar para o relógio e só vi a bola lá dentro. Só percebi que o levezinho estava de volta aos golos. Estava montado o arraial nas bancadas de Alvalade, parecia que cada tiro que saía dos pés dos jogadores do Sporting caía um Melro.

O Sporting estava disposto a arrasar com a defesa do Nacional e mais um ou dois minutos e estavam novamente a montar o acampamento na área adversária, o Moutinho entra a seu bel-prazer sendo carregado, foi marcada grande penalidade.

Nas bancadas surgiu logo o burburinho… e um riso nervoso. Estávamos com uma vantagem confortável e com uma hipótese soberana para aumentar a contagem… bom hipótese soberana para quem sabe marcar penaltys, e o Sporting definitivamente ou não sabe ou tem azar. O marcador principal, o Romagnoli, encarregou-se de ser o carrasco e tentar fazer o 4 golo da noite… pois claro não foi capaz, a passo e muito denunciado foi fácil defender. Quem se segue na marcação das próximas penalidades? Talvez o Simon…

Na linha lateral já estava pronto para entrar o regressado Yannick, para substituir o Romagnoli que todos esperavam aplaudir pelo penalty que deveria ter marcado.

Ainda se discutia a ineficácia leonina nos penaltys, já o Moutinho carregava o piano. Driblou vários adversários, sofreu uma carga (talvez para penalty) mas a bola sobrou para o regressado Yannick que desta vez soube ter calma e marcou mais um.

Em cerca de 12 minutos o ambiente, algo pesado mas confiante, mudou para alivio das bancadas e da equipa.

Até fim, nota para a entrada do Farnerud. Não sendo um criativo e muito mal amado em Alvalade, com a equipa fora de pressão esteve muito bem nos minutos em que esteve em campo. Com um posicionamento inteligente em campo, recuperou algumas bolas desmarcou companheiros e conseguiu fazer a equipa jogar perante a ausência do Moutinho. Pena que os seus parceiros não conseguissem dar continuidade ao bom trabalho que fez.

Com quatro golos de vantagem e com o resultado feito o Nacional conseguiu marcar num momento de menos concentração da defesa do Sporting.

O Sporting criou mais um punhado de boas jogadas, após os quatros golos, e esteve perto de marcar mais um mesmo no final sendo a bola salva mesmo em cima da linha de golo.

Em conclusão, um bom jogo, com uma primeira parte mais amorfa mas equilibrada com oportunidades para os dois lados e uma segunda parte com os primeiros vinte minutos onde o Sporting espalhou o terror e fez o que quis da defesa adversária. Grande jogo do Moutinho e do Liedson. Boa primeira parte do Pereirinha e boa entrada do Simon e Farnerud. O Yannick apesar de ter entrado a marcar, mostrou-se trapalhão.

segunda-feira, 17 de março de 2008

SCP: 1 - Bolton: 0, por Rui Martins

A vitória do Sporting na eliminatória era um dado quase adquirido, mas este facto não libertava a equipa de se exibir a bom nível e não conseguiram uma exibição positiva na primeira parte mas melhoraram na segunda.

Para quem tem feito uma campanha paupérrima no campeonato o estádio apresentava-se muito composto, com mais de 30.000 espectadores, tendo em conta que o adversário não era nenhum tubarão da Europa. A ajudar à festa estariam uns 2000 (?) Ingleses sempre a apoiar a equipa deles com cânticos e mesmo depois de perderem o jogo e eliminatória continuaram a festa.

O Sporting para não variar, até porque não pode, apresentou a mesma táctica. A novidade era a ausência do Veloso e o Moutinho no seu lugar. O jogo começou com sinal positivo por parte do Sporting. Um livre descaído sobre a direita permitiu ao guarda-redes do Bolton começar logo no primeiro minuto a brilhar desviando para canto a bola que levava selo de golo a remate do Simon. A partir daí começou uma sucessão de passes mal feitos e perdas de bola sem que o adversário fizesse grande coisa. O Ambiente nas bancadas começava a demonstrar alguma impaciência mas o apoio nunca faltou apesar dos disparates que se presenciavam. Só por volta dos 30 minutos o Sporting chegou perto da baliza com o desvio por cima do Izmailov. A partir daqui começamos a mostrar superioridade e chegamos ao intervalo com mais umas ameaças desta vez efectuadas pelo Liedson.

Para a segunda parte o Paulo Bento não alterou nada, a equipa voltou a entrar nervosa e por pouco o Tonel não perdia uma bola em zona proibida. Os ingleses estavam decididos a tentar a sorte deles, tinham que o fazer se quisessem passar, e começaram a subir no terreno, abrindo alguns espaços. O Sporting tentou aproveitar as descompensações do Bolton principalmente pelo lado direito com entendimentos entre o Pereirinha e o Abel, que está a regressar à boa forma. O Sporting mantinha a posse de bola e em consequência disso a vantagem na eliminatória, mas o Paulo Bento não se refugiou nisso e trocou o desgastado Simon, que correu e lutou muito, pelo Tíui refrescando o ataque.

A quinze minutos do fim Paulo Bento tirou o Romagnoli, que quando tem a bola nos pés até faz umas coisas engraçadas mas ontem não era o dia dele. Fez entrar o Adrien e subiu o Moutinho para a posição 10. Para mim é aqui onde o Moutinho rende mais. É um jogador muito mais agressivo do que o Argentino ataca muito mais a bola e transporta-a muito bem para a frente quase nunca falhando um passe. Na posição de trinco também se safa bem, mas perde muito do virtuosismo que tem. A partir deste momento o Sporting mudou para melhor. O Liedson esteve à beira de inaugurar o marcador, após uma boa jogada do Pereirinha pela direita mas o remate fortíssimo saiu direito ao guarda-redes. Foi num desses transportes de bola que o Moutinho descobriu sozinho na direita o Pereirinha que vinha a ganhar confiança perante o resto dos colegas como se tinha visto antes num par de ocasiões onde faltava confiança para rematar à baliza, excepção feita ao Liedson nesse capítulo. O Pereirinha recebeu a bola, genialmente colocou a bola do pé direito para o esquerdo sentando um inglês e colou a bola na gaveta para um excelente golo.

Logo a seguir o Moutinho levou a bola do meio campo até à entrada da área e podia ter dilatado e acabado com a eliminatória a mas bola foi bem defendida.

Nota positiva para o resultado que foi melhor do que a exibição apesar de na segunda parte ter tido momentos muito positivos. Para o Pereirinha que faz quase tudo bem, mas se fosse mais rápido no passe e nas fintas que faz poderia criar muito mais desequilíbrios. Para o Moutinho que é o verdadeiro dínamo da equipa. Para os Ingleses pela festa que fizeram.

terça-feira, 11 de março de 2008

Colunista Convidado, por JMMA


PORRA!

- «Porra, o que é isto!» – exclamo, completamente estupefacto. Tudo aquilo já só me parecia um bando de galinhas tontas a correr ao trouxe-mouxe, cercadas por uma matilha de rafeiros.

Observo entre parênteses que se emprego a grosseira interjeição «porra» não é por vontade de chocar ninguém – de resto quem? – mas pelos efeitos clínicos que, em certas circunstâncias, exercem no meu psiquismo os elementos fonéticos da respectiva articulação. Raros fonemas conseguem, em mim, o efeito purgativo de «porra». Seja qual for o significado material deste fonema (cacete, pau, pénis), cá para mim gritar «porra» é como tomar prozac: desopila em situações de depressão aguda, resolve desordens obsessivo-compulsivas, alivia a síndrome da raiva.

É um alívio, sim: fechar os lábios, encher as bochechas, articular a oclusiva «p» com o impulso quase intestinal de quem excreta; arrastar seguidamente a fricativa «r», de modo rolado, vingativo, como um rufar de tambor ou um disparo múltiplo de arma automática. A vogal média fechada «ô» (de po…) é como que um pano de fundo prolongado, intercalar, com a estrita função de realçar, por contraste fonético, a fúria do «p» e a raiva dos «rr». Dizer «porra» é – tal como dizer «foda-se!» – um concentrado e intenso alívio fonético, quando uma pessoa ou explode ou tem que arrear em alguém.

Vêm estas considerações apenas para me escusar – eu que normalmente não sou de asneiras, nem perante os mais descarados arranjinhos dos árbitros – do emprego que faço hoje da expressão «porra». Aliás, com fins estritamente terapêuticos, relaxantes e medicinais. Sem receita médica, mas se tivesse aqui um médico estou certo que ele havia de ma passar.

Perceba-se que no momento em que estou a prosar (domingo 9, 22:00 h) o meu Benfica prossegue estranhamente (ou talvez não) na sua tendência suicida de se servir numa bandeja ao apetite dos seus adversários, mesmo os mais modestos.

E agora até o Camacho… Outro Quixote que se vai. Como se o mal fosse esse.

Porra! Isto é como uma pessoa estar a assistir ao seu próprio enterro. E dizer o presidente-director desportivo que foi apanhado «de surpresa». Surpresa é ele ter sido surpreendido, perante uma equipa abúlica e «balcanizada». Ao menos lesse o Footbicancas que - modéstia à parte – na nossa crónica da semana passada (O Dérbi, o Fantas-casa e o Fantas-Porto) já apontava claramente para esta possibilidade.

O FCP (leia-se Futebol Clube do Papa) e o açambarcamento afortunado do título, e dos sucessivos títulos, não podem ser visados como os únicos culpados da débâcle encarnada. O SLB e os seus dirigentes têm muitas contas a prestar a si próprios.

Dói, mas temos de o reconhecer. É uma porra, mas é assim!

segunda-feira, 10 de março de 2008

Adiós Camacho

Camacho foi-se, e com a saída de Camacho caiu mais um mito. O mito do salvador da pátria ao estilo dejávu. Já tinha acontecido com Toni, e aconteceu o mesmo com o Espanhol. Espero que a direcção não vá a correr contratar outra vez o Trapatoni, o John Mortimore ou o Bella Gutman.

A saída do Camacho não me preocupa. É um treinador razoável, mas como se costuma dizer: “como ele há por aí muitos”. Preocupa-se sim, as razões da saída.

Pior, pior…. Só mesmo o Sporting.

quinta-feira, 6 de março de 2008

CURIOSIDADES

Esta curiosidade foi-me enviada pelo Joaquim Claro e é a prova inequívoca que sou um gajo com Fair-play.

FCP:1 - Schalke 04: 0

Estou demasiadamente chateado para escrever alguma coisa. Esta é a verdade. Deixo apenas o melhor momento do jogo. Pode ser que mais tarde escreva qualquer coisa.


domingo, 2 de março de 2008

Boavista: 0 - FCP: 0

Mais uma jornada e os mesmos 12 pontos de vantagem sobre o segundo classificado. Numa jornada de empatas, esta é mesmo a grande conclusão que podemos tirar. Mas devo confessar que acho esta vantagem favorável ao Benfica. É verdade, é uma vantagem favorável porque assim não terão que passar pelo terror de participar na festa de consagração dos tri-campeões nacionais. Não me conformo. Vou telefonar ao Jesualdo e dizer para colocar em campo os reservas as vezes que for necessário até chegarmos aos 10 pontos de avanço!!

No Sábado, o Porto entrou em campo nitidamente em gestão de esforço. Mesmo com uma equipa a meio gás, o Porto bem se pode queixar dos fantasmas, que por esta altura andam pela cidade do Porto (aproveitando a deixa do JMMA). O Pacheco ainda deve estar a agradecer à Santa de Paredes por tamanha felicidade.

Por isso, há que dar mérito ao Jesualdo porque de facto o Porto tem nesta altura mais soluções do que tinha há meia dúzia de meses atrás. Ganhou dois centrais jeitosos e ainda muito jovens, que mesmo não sendo extraordinários, servem, neste momento, para que os titulares possam descansar. Ganhou igualmente um ponta de lança que não tinha quando a época se iniciou. Acho que já ninguém duvida da utilidade do Farias. Finalmente, parece que o Mariano começa a dar os primeiros passos com a camisola azul e branca. O jogo de Sábado foi o seu melhor jogo desde que chegou ao FCP, tendo dado boas e esperançosas indicações.

sábado, 1 de março de 2008

Colunista convidado, por JMMA


O DERBI, O FANTAS-CASA E O FANTAS-PORTO


Não creio que a deslocação dos Encarnados a Alvalade no próximo fim-de-semana possa ser considerada como uma luta de titãs. Ainda se os ‘leões’ o fossem! Mas dérbi dos tristes, como alguns pretendem, isso também não. Em todo o caso, já que não vai ser uma luta de titãs, esperemos ao menos que não seja um embate de Titanics.

É certo que além de estenderem o tapete e baixarem a cabeça à passagem majestosa do FCP a caminho do primeiro lugar, tanto o Benfica como o Sporting outra coisa não têm feito neste campeonato senão desfazerem-se em salamaleques um para o outro, e ambos para terceiros, no que tem sido a ocupação cerimoniosa do segundo lugar.

Mesmo assim aposto na emoção do dérbi. Com exibições que não permitem veleidades na Taça UEFA, e com o Dragão ainda na briga da Taça, o jogo de domingo, apesar dos cinco pontos de diferença entre os rivais, é muito mais importante do que parece. Cá para mim treinador que perder arrisca-se a não começar na nova época. Tanto assim que o jogo até faz lembrar um desfile de fantasmas.

Do lado do Benfica, treze pontos desperdiçados na Luz; uma única derrota fora, 0-1 no Belenenses. Se o fantas-casa foi da Luz ao Restelo quem pode garantir que no domingo não irá ao Lumiar? Não percebo como é que ninguém se lembrou de transferir o raio do jogo para ‘fora’, quer dizer, para Faro!

Mesmo assim, pior que tudo é o fantas-Porto. Se os dragões vencerem o dérbi da Invicta e Paulo Bento levar a melhor sobre Camacho, "mestre" Jesualdo ficará a cinco vitórias do tri, e poderá já nem precisar do jogo com o Benfica. Um horror!

Mas não bastavam os fantasmas, o Benfica vai ainda ter que se haver em Alvalade com uma equipa fantástica.

Sim, para já ninguém me convence que o João Moutinho, com aquela cara, não é o Ratatui. Tal como o Purovic, aliás, Puro Acaso (como se viu há dias aquando daquele extraordinário acto de criação artística que foi o golo contra o Estrela), esse, toda gente já percebeu que é o Patinho Feio. Enfim, vê-se perfeitamente que da parte do Sporting de facto tem existido um esforço coerente e sistemático para conseguir uma equipa fantástica. Prova disso, mais uma, foi também a contratação de Grim, recentemente, no mercado de Inverno. De calção e camisola às riscas verdes, Grim até pode passar por futebolista mas, na realidade, é mais um personagem dessa equipa fantástica em construção. Pois se não sabem garanto-vos eu: Grim, famoso autor de contos de fadas, é o pai não só da Gata Borralheira, como inclusive do Pequeno Polegar. Por sinal também ele jogador do Sporting, Polga, para os amigos.

Mas (atenção benfiquistas) a equipa maravilha dos «leões» não se fica por aqui. Ao que o Foot Bicancas apurou um novo reforço vem a caminho de Alvalade: chama-se Cebolinha e veio da Turma da Mónica. Se Moutinho fazia dupla com Celsinho, agora também Pereirinha já pode jogar com Cebolinha.

Os irmãos Donald, Huguinho e Luisinho, também estão contratados, mas por enquanto – grande sorte para o Benfica! - só vão poder alinhar na taça da Liga.