sábado, 28 de fevereiro de 2009

Benfica:2 Leixões:1

Primeiro jogo mata-mata (que saudades do Scolari) para o Benfica, perante um adversário que tinha ganho no Dragão, em Alvalade, em Braga, e eliminado o Benfica da Taça.

Antes do jogo estava confiante na vitória. Primeiro, porque os jogadores tinham um sentimento de “injustiça” face ao jogo (que correu mal) de Alvalade, segundo porque sentiam que era um jogo mata-mata, e depois porque uma vitória significava ganhar pontos ao Porto ou ao Sporting, ou até aos dois. Por isso o Benfica só podia mesmo... vencer.

E assim foi. O Benfica entrou a mandar na partida, com o Leixões empurrado para o seu meio-campo sem nunca conseguir ligar o seu jogo. Confesso que gostei da equipa titular. Com Amorim e Katsoranis no meio, Reys e Di Maria nas “bandas”, e a ajuda do cada vez mais decisvo Aimar pelo meio, no apoio a Cardozo.

O jogo esse, não tem história. O Benfica dominou o jogo desde o principio chegando ao primeiro e segundo golos de forma natural. E quando eu pensava que iria ter um resto de noite tranquilo, eis senão quando e no mesmo minuto (75’), Carlos Martins tem lesão musular obrigando a equipa a jogar com 10, e o Leixões aproveitando-se deste desiquilibrio momentaneo dos encarnados reduz para 2-1.

Um jogo que estava “arrumado”, sofre um volte-face inesperado, e aquilo que era uma partida tranquila, transforma-se num sufoco até ao final, diga-se de forma injusta.

No final, vitória justíssima do Benfica, que fica à espera do jogo do Dragão.

Toques de Cabeça

A RÃ E O ESCORPIÃO
Por JMMA


Curioso!

O ‘post’ sobre o «Capuchinho Verde», em que o Luís confessa a perplexidade que lhe causa (e a mim também) a postura ambígua e quase patética dos dirigentes do Sporting no que respeita ao relacionamento com o FCP, fez-me lembrar uma fábula.

Atribuída a Esopo, já muito contada, a fábula reza assim. Uma rã aceita levar um escorpião a atravessar um rio porque este lhe prometera, com argumentos lógicos, que não a mataria com a sua venenosa picada, nem durante nem depois da viagem. Porém, exactamente a meio, o escorpião não resiste e pica a rã com o seu ferrão envenenado. A rã, espantada, pergunta-lhe porque fizera isso, já que morreriam os dois. O escorpião desculpa-se e diz apenas que não conseguira evitar, pois isso fazia parte da sua natureza.

A moral da história é simples: de nada serve fazer o bem a quem, por natureza, mais tarde ou mais cedo nos vai retribuir com o mal.

Partilho da perplexidade do Luis: como se explica, mais de dois mil e quinhentos anos após a morte de Esopo, ainda haver anfíbios dispostos a carregar o escorpião às costas?

Depois queixam-se – ofendidos – que este lhes impôs, impunemente, a sua natureza.

O que é queriam que o escorpião fizesse?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O Lobo Mau (PCosta) e o Capuchinho Verde



Continuo a não entender o posicionamento do Sporting, em várias situações do futebol português. Começando no apito dourado e terminado nas relações de reverência que tem com Pinto da Costa, chegando até a ser seu porta-voz na ameaça de faltar ao jogo da Taça da Liga.


O último episódio aconteceu esta semana, e está relacionado com o derby de Sábado

Em devido tempo, o FC Porto pediu a antecipação da partida com o Sporting e, de acordo com os regulamentos, o clube leonino tinha de aceitar, pois estavam garantidas as 72 horas sobre o jogo com o Bayern.


Entretanto, o FC Porto decidiu adiar o jogo com o Estrela da Amadora, das meias-finais da Taça de Portugal, que deveria ser jogado na próxima quarta-feira.Em face disto, o Sporting sente-se “enganado” por Pinto da Costa, uma vez que o FC Porto não necessitava de antecipar a partida para sábado, garantindo ao Sporting tempo suficiente para recuperar fisicamente.


Pergunto: o que é que o Sporting tem a ganhar com esta proximidade, que não apenas e só, a tentativa (falhada) de irritar o Benfica? Um clube centenário como o de Alvalade, merece reger a sua estratégia em função da irritação do seu maior rival?

Pinto da Costa tem uma cartilha de 20 anos de futebol português, e todos já conhecemos o seu modus operandi. Não olha a meios para atingir os seus interesses, atropelando aqueles que se aparecem no seu caminho. Até os que partilha palmadinhas nas costas. A ética para PC é uma batata.


Por isso, não consigo perceber. Acordem nabos.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Sporting:0 Bayern:5



Esta manhã, e como é habitual na casa do treinador do Sporting, a mulher do PAULO BENTO diz:

-Acorda Paulo que já são 6.

-O quê? Já marcaram outro?

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Atlético Madrid: 2 - FCP: 2


Resultado muito injusto com uma arbitragem muito tendenciosa, não só pelo golo que anulou, mas principalmente pela dualidade de critérios nas faltas a meio campo. Se antes do jogo me perguntassem se gostava de um 2-2, diria que era bom. No final do jogo, atendendo a todas as oportunidades desperdiçadas, fico com um amargo de boca bem vincado.

Não obstante, o jogo de hoje mostrou que o Porto tem equipa mais do que suficiente para o Atlético de Madrid. A equipa espanhola tem de facto excelentes jogadores do meio campo para a frente, mas a sua linha defensiva está a uns patamares abaixo dos primeiros. Para além desta menos valia, o Atlético é bem pior do que o Porto sob o ponto de vista organizativo. O Porto deu esta noite uma lição de organização e um lição de futebol, a todos aqueles que achavam (os prepotentes dos espanhóis) que a eliminatória estava decidida, mesmo antes de ser jogada.

Realmente é muito triste olhar para este empate, com tantas e boas oportunidades de golo. O Porto fez um jogo muito personalizado e nunca se deixou abater, mesmo depois daquele frango que o Helton decidiu oferecer. A eliminatória está em aberto, sendo que o campeão nacional conseguiu alguma vantagem para a 2ª mão.

Daqui a 15 dias veremos se esta vantagem que o Porto mostrou hoje se matém.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Paços de Ferreira: 0 - FCP: 2


Na passada sexta-feira tive que optar por uma de duas coisas que muito gosto de fazer: Ou ver o Porto jogar ou jogar futebol. Optei pela segunda, porque depois de uma semana altamente desgastante, nada como aliviar o stress, dando uns pontapés na bola. Assim, este meu comentário não será do jogo propriamente dito, mas sim do actual momento do campeonato. Do jogo, só quero enaltecer mais um grande golo do Hulk!

A vitória de Paço de Ferreira foi muito importante, considerando que os rivais jogariam no dia seguinte e portanto uma vitória deixaria o Porto bem mais tranquilo, dando ainda a hipótese de ver o derbi bem sentado no sofá, sem correr riscos de entornar a cerveja, fruto do nervosismo que os jogo e os pontos poderiam provocar.

A conjugação da vitória do Porto com a derrota do Benfica foi, para mim, a melhor de todas elas. Esta conjugação de resultados permitiu ao Porto ficar a 4 pontos dos dois clubes Lisboetas, ganhando uma tranquilidade nunca vista esta época. Perfeito, perfeito não será uma nova Super Bock, mas sim uma nova vitória para o campeonato, que curiosamente será com o Sporting. Isso sim, seria oiro sobre azul e caso se confirme este cenário, cheira-me que não estamos apenas perante a um oiro sobre azul, mas também a um azul sobre o campeonato.

Porém, a vitória categórica do Sporting sobre o Benfica aumentou o respeito do Porto sobre o Sporting, sendo que para mim é bom sinal. É bom sinal porque o Porto gosta mais de jogar com a pressão destes grandes e decisivos jogos. Com sinceridade, prefiro que o Porto jogue com o respeito que o Sporting ganhou do que pensando que a vitória são favas contadas. Vai ser um jogo (tal como aconteceu com o Benfica) de cortar a respiração e em caso de vitória, o Porto dará um passo muito importante (não decisivo) rumo ao Tetra!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Sporting:3 Benfica:2


Vitória merecida do Sporting, que confirmou uma vez mais, que a equipa que está em desvantagem pontual e com maior pressão, é a equipa que vence o derby.

Foi talvez o melhor Sporting da época, aquele que defrontou o Benfica, que tacticamente se viu em “palpos de aranha” para conter Liedson, Vukcevic (como é que é possível Paulo Bento ter abdicado do melhor jogador do plantel durante a primeira a volta) e Moutinho.

Na primeira parte os encarnados ainda conseguiram equilibrar, mas aquele golo logo no início da 2ª parte, baralhou por completo a equipa, e com a necessidade de tirar um dos trincos (Yebda) para tentar empatar o jogo, o Benfica perdeu por completo o meio-campo, e nunca mais se encontrou.

Aliás, a lição táctica que o Benfica levava para o jogo (semelhante à do Dragão), estava a correr bem até ao erro individual de David Luiz, que deu origem ao canto e ao grande golo do Liedson (autêntico carrasco dos encarnados). A partir daí, o Benfica esteve praticamente sempre em desvantagem, sendo obrigado a sair da sua zona de conforto. Nesta aspecto, os encarnados não tiveram a "sorte cronológica" do jogo.

Se no Dragão, o Benfica conseguiu manietar o ataque Portista e marcar primeiro, neste jogo Quique nunca conseguiu encaixar na equipa do Sporting, e os encarnados tiveram muita dificuldade em alimentar o ataque, que praticamente não existiu na segunda-parte.

Nada está perdido. Perder em Alvalade, é um resultado aceitável (o mesmo não acontece com a outra derrota, perante o Trofense), e em caso de igualdade pontual, o Benfica tem vantagem sobre os leões. Obviamente era melhor ter ganho/empatado, mas uma vitória na próxima jornada contra o Leixões (jogo muito importante), e um empate do Sporting no Dragão (tenho fé neste Sporting), deixa os encarnados a 2 pontos da liderança.

Por isso, tudo em aberto. Aguardemos pelos próximos jogos.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Toques de Cabeça

Obama escreve a Madail
Por JMMA


O destino da Humanidade está nas mãos de Gilberto Madaíl. Tal como Cavaco e Sócrates, também o presidente da FPF recebeu esta semana uma carta do seu quase homólogo norte-americano, o presidente Barack Obama, a solicitar os bons ofícios da Federação na resolução da crise nuclear do Irão, no conflito Médio Oriente e na escolha de uma tinta de cabelo que não espigue as pontas, para a primeira dama Michele Obama.

“Caro Gilberto”, pode ler-se na carta, “venho expressar o interesse na tua colaboração e amizade com vista a edificar um mundo mais seguro, sem riscos de um conflito nuclear que destruiria três quartos da vida no planeta e que, além disso, até poderia ter consequências nefastas. Peço-te já uma coisa: queria ver-me livre dos prisioneiros de Guantánamo e não sei por que ponta lhes hei-de pegar. Podias-me explicar como te amanhas com a Justiça da Federação para não terem aí dirigentes e árbitros presos?”

A disponibilidade de Madaíl em colaborar com a Casa Branca foi imediata e a oferta para acolher presos de Guantánamo já foi aceite pelo Departamento de Estado norte-americano. Ao que o Footbicancas apurou, os primeiros prisioneiros expatriados deverão chegar a Portugal ainda antes do Porto ganhar o campeonato. Por sugestão de Mesquita Machado, uns serão integrados na arbitragem como estrangeiros, e os que não couberem na Liga de árbitros vão integrar o plantel do Sporting.

Nos EUA Madaíl já é considerado o Mandela dos direitos humanos. A FPF está na rota dos grandes fóruns internacionais e Madaíl, a partir de segunda-feira, vai ter assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e na OPEP. Aliás, Barack Obama quer trocar de pastas com Madail: o português fica com a crise do Sub-prime e Obama, que fala bem inglês, virá a Portugal tentar resolver o caso do «Goal Average» e, talvez, a libertação de Miguel Veloso do Sporting. Tal como Roma, Paris ou Maestricht, a Praça da Alegria, o Maxime e o Elefante Branco entram, assim, para a toponímia dos grandes acontecimentos da História. Obama sabe-o. Na carta a Madaíl, referindo-se, por exemplo, à organização conjunta de Portugal e Espanha ao Mundial de 2018, diz claramente isto “(…) Que ideia notável. Um novo Tratado de Tordesilhas. Portugal dá a Nelly Furtado (‘Como uma força…’) e os espanhóis dão o resto. Só tu Gilberto!”

Extracto das 23 páginas da carta de Obama

Caro Gilberto, espero que esta te vá encontrar bem de saúde, assim como todos os teus. Nós por cá todos bem, excepto a minha Michelle que está viciada na Oprah. Sabes, descobri aqui perto da Casa Branca uma roulotte de hot-dogs que serve uns couratos irresistíveis’. (…) Escrevo-te pela segunda vez, Gilberto. Na primeira, foi para pedir que deixassem jogar o Mantorras. Agora, precisava que me explicasses uma coisa. Se eu arrasei nas eleições e, há dias, já me vi negro (passe a expressão) para arrancar maioria no Congresso para o meu plano anti-crise, explica-me tu, Gilberto, como conseguem para aí em Portugal ser sempre o mesmo a ganhar o campeonato? (…).

Bem Gilberto, a carta já vai longa e avisam-me aqui que tenho de sair. Anda aí um senhor ‘Baroso’ a restaurar as carpetes. Realmente, o anterior inquilino deixou isto cheio de buracos. Aceita um abraço deste Your friend, Obama.”
PS: A cadela de raça portuguesa que me ofereceste está prenha.


(Cortesia Público / FPF, Arquivos Secretos)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

MIGUEL SOUSA TAVARES DIXIT


Muito bom o texto de MST esta semana no jornal ABola. Chamem-no faccioso, mas que há muita verdade aqui, lá isso há:

1 - Quinta-feira foi um dia aziago para alguns ilustres benfiquistas e para alguns defensores do Estado da Calúnia contra o Estado de Direito: o Tribunal da Relação do Porto, por voto unânime dos três desembargadores, confirmou a sentença do tribunal de primeira instancia que mandou arquivar o célebre «caso da fruta», envolvendo o jogo FC Porto-Estrela da Amadora (2-0), de 2004, peça central do Apito Dourado. E mandou arquivar porque julgou que a prova decisiva em que se baseava a acusação do Ministério Público- o testemunho de Carolina Salgado- «como é bom de ver, não é de forma alguma credível» e, pelo contrario, não podia nunca ser julgado isento. E, quanto aos supostos «erros de arbitragem» que, segundo o MP, teriam favorecido o FC Porto (num jogo que já só era a feijões), a Relação julgou que «eles não são mais do que aqueles que os agentes de investigação consideraram...por conjectura ou imaginação...e não o resultado da perícia e das declarações dos peritos». E, acrescentaram os juízes, o que a peritagem concluíu foi que «nenhum dos lances que originaram os golos do F C Porto foram precedidos de erros de arbitragem» e, por isso, nunca a acusação poderia concluir que os erros ocorridos «são causa adequada do resultado final quando favorecem o F C Porto, e completamente inóquos quando favorecem o Estrela da Amadora». Para quem sabe ler, o que os desembargadores dizem é que toda a acusação se baseou em preconceitos clubisticos e assentou na credibilidade de uma testemunha que, de todo, a não merece. Ando a escrever isto há dois anos, mas há quem ache que a justiça dos tribunais não presta, a do Comissão Disciplinar da Liga- onde os juízes são escolhidos por influências dos clubes, onde se julga sem contraditório e sem sequer ouvir testemunhas- essa, sim, é que é a verdadeira. Foi isso, por exemplo, que José Manuel Delgado quiz dizer, num elucidativo texto aqui, sábado passado e acompanhando uma resumida notícia sobre a sentença da Relação, e no qual ele defendia nas entrelinhas que é uma chatice que a justiça comum tarde em render-se à campanha de moralização do futebol português, tão exemplarmente encabeçada pelo exemplar Sr. Vieira. Mas convém recordar que este processo da «fruta» já antes tinha sido investigado pelo MP e arquivado por absoluta falta de indícios probatórios. Foi então que o Dr. Pinto Monteiro, acabado de ser nomeado Procurador-Geral da República e interrogado sobre o «livro» «de» Carolina Salgado, respondeu que ia mandar investigar o que lá vinha- assim lhe conferindo, logo, uma credibilidade que não podia saber se a coisa justificava. E nomeou, perante o aplauso de toda a nação benfiquista, uma task-force encabeçada pela Dr.ª Maria José Morgado para investigar o FCPorto e Pinto da Costa- e apenas eles. E a Dr.ª Morgado agarrou-se à pretensa «testemunha» como se Deus falasse pela boca dela. Gastou aos contribuintes milhares e milhares de euros a fazer «proteger» a sua testemunha, dia e noite, por dois seguranças cuja verdadeira função era a de fazer crer que ela poderia estar ameaçada, tal era a importância daquilo que sabia. E obrigou o MP do Porto a reabrir o processo e levar uma acusação a tribunal. O tribunal respondeu com a não-pronúncia dos réus e, vexame máximo, ainda mandou abrir um processo contra Carolina Salgado por crime de «falsidade de testemunho agravado». A Dr.ª Morgado entendeu recorrer para a Relação e a Relação acaba de lhe dar a resposta que merecia e que, houvesse algum sentido de responsabilidade, deveria levar o Sr. Procurador-Geral e a Sr.ª Procuradora, pelo menos, a pedir desculpas públicas.
Mas, não. Tudo continuará na mesma. Como se nada se tivesse passado, continuarão a escrever sobre o «Apito Dourado» e a «fruta» como verdade estabelecida, continuarão a tentar que a «justiça desportiva» consiga excluir o FC Porto da Liga dos Campeões, em benefício do Benfica. E o Sr. Vieira, verdadeiro criador da criatura caída em descrédito e genuíno paradigma do fair-play, continuará a dizer que a hegemonia do FC Porto nos últimos 20 anos se deve apenas a batota. Como aliás o demonstra a comparação entre as carreiras europeias do Benfica e do FC Porto nos últimos 20 anos...

2 - Tive o saudável bom-senso de me pirar daqui na altura crítica deste clima de histeria, quando, no espaço de doze dias, ao FC Porto coube defrontar os três clubes de Lisboa: Belenenses, Benfica e Sporting. Dos três jogos só soube à distância e não vi nada, depois, senão os dois cruciais lances do Dragão. Mas deixei os jornais guardados e fartei-me de sorrir ao lê-los. E então, do pouco que vi e li, constatei o seguinte:

— em Alvalade, houve dois penalties do Sporting contra o Porto, que viraram o resultado (há trinta anos que é assim...). Na página 11 da edição de 5/02 de A BOLA vêm as respectivas fotografias. Na primeira, não se vê rigorosamente nada que possa justificar um penalty, mas a legenda diz que se deve «dar o benefício da dúvida ao árbitro». Na segunda, vê-se o Sapunaru no chão, com uma mão pousada suavemente sobre a anca de Postiga e a legenda reza que foi «penalty claro» ( a fazer lembrar a mão pousada no ombro do João Moutinho e que também foi «penalty claro» no Sporting-Porto para o campeonato);

— na edição de 9/02, vêm duas fotografias do penalty do Dragão, onde, tal como nas imagens televisivas, se vê claramente a mão de Yebda tentando travar Lisandro pela barriga. A legenda, porém, diz que foi só um «toque» e quando ele já estava em queda (a cuja não se vê de todo). Ora, eu até concedo que aquela mãozinha não chegasse para justificar um penalty; o que não percebo é como é que os três penalties de Alvalade são claros ou merecem o benefício da dúvida e aquele seja um «roubo» evidente...

— evidente, evidente, é que aos 19 minutos do jogo do Dragão, Reyes rasteirou Lucho dentro da área. Ele foi ao chão e levantou-se, prosseguindo a jogada e dando ao árbitro mais do que tempo para se lembrar de que não há lei da vantagem em caso de penalty. Ou seja, o árbitro do Dragão errou primeiro contra o FC Porto e depois contra o Benfica. Não entendi, assim, porque fizeram desta arbitragem mais um caso para o «Apito Dourado» e porquê que o José Manuel Delgado teve logo de ir ouvir Luís Filipe Vieira em mais uma «entrevista exclusiva», para dizer o mesmo de sempre- ele, que até nem vê os jogos.

3 - E anteontem, infelizmente (eu odeio penalties, desde a infância, onde enjoei de os ver na Luz e em Alvalade e sempre, sempre, para o mesmo lado...), um FC Porto com um ataque reduzido ao génio de Hulk e à absoluta inutilidade de Mariano e Farias, só conseguiu inaugurar o marcador contra o último classificado e no Dragão, através de um penalty que, vendo na televisão, ninguém de boa-fé pode dizer se existiu ou não. Mas logo estava a receber uma mensagem de um amigo benfiquista garantindo que, na sua televisão, tinha sido mais um «roubo» evidente. E, embora três minutos depois, só o árbitro e o fiscal-de-linha não tenham visto a bola dentro da baliza do Rio Ave, seguiu-se nova mensagem a garantir-me que também aquele árbitro estava comprado. Depois do Benfica-Porto, li alguns benfiquistas queixarem-se de que tinham sido vítimas do «excesso de isenção» de um árbitro sabidamente benfiquista. Mas, curiosamente, só se queixaram da nomeação depois e não antes do jogo: antes, não lhes ocorreu estranhar que para um Porto-Benfica onde muito do campeonato se podia decidir, tenham escolhido um árbitro que é sócio do Benfica. Olha se fosse sócio do Porto, o que não diriam!

Aliás, acho que seria útil que a direcção do Benfica encarregasse o João Gabriel de anunciar publicamente a short-list dos raríssimos árbitros que, à imagem do seu próprio presidente, consideram sérios. E Vítor Pereira faria o favor de só nomear esses dois ou três para todos os jogos do Benfica e do Porto.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

ANTI-JOGO NA LUZ, no comments!

Porque tudo já foi dito sobre o jogo, ficam as imagens (possíveis).

Resumo: Dos piores jogos que vi na Luz!

Curiosidade: o árbitro vive em Famalicão....








Benfica:3 Paços Ferreira:2

Quique disse-o a meio da semana, e veio de encontro ao meu estado de alma para este jogo: “sou muito desconfiado relativamente aos jogos a seguir a boas exibições”.

E este comentário justificou-se plenamente. Foi o pior jogo que vi este ano na luz. Não por culpa da pouca inspiração dos encarnados (à excepção dos grandes golos), mas sim pela postura anti-desportiva do Paços. E não estou a criticar o facto da equipa da capital do móvel, ter colocado 11 jogadores dentro da grande área, estou antes a insurgir-me contra o facto de o médico do Paços, só na primeira parte ter entrado 6 vezes em campo, com pseudo-auto-lesões dos jogadores pacenses, que toda a gente via que eram falsas, e que deixaram de existir a partir do momento que o Benfica se adiantou no marcador.

Que hajam treinadores medíocres que adoptem esta postura anti-desportiva, isso é lá com eles. Agora que os árbitros vejam isto de forma impávida e serena, como se fizesse parte do jogo, isso é que eu já não entendo. Quando é o próprio treinador (confesso que não sei o nome do senhor, mas também não me interessei em saber), a incitar os seus jogadores a ficarem no chão, penso que deveria haver acção disciplinar por conduta anti-desportiva (há no basquetebol, hóquei e andebol, também pode haver no futebol).

Arrisco a dizer, que só vejo isto em Portugal. E reparem que não estou a individualizar. Este vírus também ataca os outros grandes. Acho sinceramente uma vergonha, e urge tomar medidas firmes.

Bom, no que diz respeito ao jogo, a atitude ultra-defensiva e anti-desportiva, a juntar à pouca inspiração colectiva do Benfica, foi resolvida com 2 grandes golos de bandeira de Amorim e Di Maria (finalmente).

O Paços, sem saber ler nem escrever, ainda conseguiu assustar com 2 golos muito consentidos pelo Benfica e demonstrou que este ainda é um problema a ser trabalhado por Quique. O Benfica quando se vê a ganhar pela margem mínima treme das pernas, e os adversários aproveitam esta falta de confiança. Falta de confiança essa, que poderia ter culminado com um empate injustíssimo, que só não aconteceu… porque não aconteceu.

Uma última nota para o flash-interview. O treinador pacense, entre outras coisas, disse que os golos do Benfica foram consentidos pela sua equipa. Era bom que ele nos explicasse como é que se parava o golo do Di Maria e do Ruben Amorim.

Confesso pois, que foi dos jogos que me deu mais gozo ganhar esta época. Gosto de ganhar jogos, em que as equipas demonstram faltam de ética desportiva.
Foi pena não termos ganho também no Dragão (ainda estou à espera do castigo do Lisandro).

FCP: 3 - Rio Ave: 1


Escrevi há uns tempos atrás, depois de um jogo do Porto na Taça da Liga, que sempre que Farias era titular e jogasse os 90 minutos, marcava quase sempre. E assim foi hoje. Finalmente resolveu, tirando partido do sentido posicional que tem dentro da área.

Mas mesmo com estes dois golos de Farias, o Porto voltou a denotar grandes dificuldades para marcar no Dragão de bola corrida. No jogo contra o Rio Ave a coisa parecia tomar o mesmo caminho dos últimos jogos, ou seja, muito ataque, muitos remates, mas golo que é bom, nem vê-lo! Lá teve que ser novamente um penalti, que para mim é bem marcado, para o Porto conseguir fazer o gosto ao pé dentro de portas. Na verdade, os golos de bola corrida começam a ser mesmo coisa rara no Dragão e se não são os ferros da baliza (que grande jogada do Hulk - a ver), é a aselhice e se não é da aselhice dos jogadores, é (ou foi neste caso) a aselhice do árbitro, que não validou um golo limpo ao Porto. Mas adiante.

Depois de uma primeira parte em bom nível, eis que o Porto entra na 2ª completamente adormecido. Se por muitas vezes defendi o Jesualdo e as suas opções, hoje só tenho que o criticar, pois ao intervalo inventou. Se percebo que o Fucile tenha saído lesionado, já não percebo a sua opção em colocar o Fernando a defesa direito e o Tomás Costa a trinco. Porquê mexer no miolo do terreno? Porquê não colocar o Tomás Costa a lateral, mantendo o Fernando a trinco (como aliás já testado em jogos passados)?

Para além disso, Jesualdo também não soube espicaçar os seus jogadores ao intervalo, de maneira a que estes entrassem no jogo com vontade de fazer o segundo. Pior do que entrar sem vontade, foi a atitude do tipo: "o jogo está ganho". Meus amigos, hoje em dia já não há respeito pelos grandes e já não há jogos fáceis. Por isso, há que dar cordões aos sapatos!

Com estas e com outras, o Rio Ave marcou um grande golo e o Dragão gelou. Gelou o Dragão e gelou o Jesualdo, que provavelmente começou a tremer que nem varas verdes. Com o empate, mais mexidas e mais confusão na equipa. Quando já fazia contas à vida, eis que apareceu um excelente centro do Bruno Alves (???!!!), que Farias decidiu agradecer com um bom golo de cabeça. Com muita pena minha, mas acho que o Bruno Alves não se aguentará no Porto muito tempo. Que grande central!

Mais três pontos e mais uma semana na liderança.




quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Toques de Cabeça


O PENALTÓMETRO
Por JMMA


Ao fim de décadas de trabalho muito esforçado, um destacado grupo de cientistas do Porto anuncia que o penaltómetro já existe e funciona.

O penaltómetro é um delicado aparelho, de tecnologia sofisticada, com múltiplas e interessantes aplicações. O penaltómetro serve essencialmente para tirar a limpo as situações de penálti e tudo com ele relacionado. Programa-se consoante as conveniências do utilizador e emite o ‘resultado’ em forma de sinais sonoros.

Assim, se o desejado-pretenso-pseudo penálti não foi assinalado, e utilizador gostaria que fosse, o penaltómetro assobia e pode ser programado com palavrões proferidos contra o árbitro em cinco diferentes níveis de volume sonoro. Se no flash interview o jornalista puxa a tal conversa manhosa, o penaltómetro denuncia as forças do mal e pode mesmo espingardar, desde que equipado com um componente tetra sensível designado FCP4x.

Se o falso-doloso-suposto desejado penálti for fraudulentamente assinalado, o penaltómetro pula, abana, bate palmas e arrota de satisfação. Tem ainda outras formas de manifestação sonora as quais me dispenso aqui de indicar.

Perante obras-primas como as de Pedro Proença no passado domingo, ou de Paulo Costa em Braga, o penaltómetro apresenta dois módulos alternativos de programação: módulo 1 – cora, diz que não foi feito para ajuizar penátis e silencia-se como se tivesse esgotado a pilha; ou então opera no módulo 2 – emite sinais sonoros encriptadados que depois de descodificados revelam pensamentos de Dailai Lama, Paulo Coelho e do Papa, entrecortados com acordes de violino, chilreios de passarinho.

Não obstante os módulos 1 ou 2, desde que convenha, o penaltómetro pode ser programado à distância, e ajuizar foras-de-jogo por assinalar em qualquer campo adversário, num raio de acção até 350 quilómetros de distância.

Se o adepto não é especial apreciador da lavagem de falsos penáltis, o penaltómetro entra em vibração, lança gases e emite ondas de alta intensidade fulminante, susceptíveis de provocar nós no cérebro e perturbações graves a nível do comportamento e do gesto. Nomeadamente, tiques como o do dedo médio estendido, e os outros dois ao lado retraídos.

Se o adepto é sério ao ponto de repudiar a sinalética-robot, o penaltómetro dobra-o rapidamente em dezasseis partes iguais e espalha-as pelo estádio em embalagens azuis tipo confetis.

O penaltómetro foi inventado na Universidade do Olival. Tem estado instalado, com excelentes resultados, no banco da equipa técnica do FCP. Atenção, o penaltómetro não substitui o treinador, mas com ele qualquer um pode ser. Até o Jesualdo.

Mais um Tribunal, Juízes e afins Comprados, querem ver?


Mais um processo arquivado. Este ficou conhecido como o da "fruta" e também ele já caiu.

A escritora Carolina não foi considerada credível por, imagine-se, falsear o depoimento.

Querem ver que o Porto comprou mais uns juízes?

Corrupção no futebol: Relação do Porto arquiva processo contra Pinto da Costa

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Afinal, não são todos iguais


Desde que Rui Costa assumiu o futebol dos encarnados, que cada vez me revejo mais na forma de estar desta Direcção do Benfica.

Quique, já tinha marcado a diferença 5 minutos após o terminus do clássico, com uma chapada de luva branca ao "pequeno" Jesualdo, não falando sequer na arbitragem.

Mas a Direcção do Benfica conseguiu ainda maior elevação. A prova disso foi a reacção à arbitragem de Pedro Proença do passado Domingo: "mais fortes do que quaisquer palavras são as imagens, o objetivo do Benfica é contribuir para melhorar a arbitragem pelo que não acrescentamos mais nenhum comentário". Apenas isto. Ponto final...parágrafo. Toma lá, e vai buscar (disse eu interiormente quando ouvi esta reacção).

Parecido com as reacções de Jesualdo não?

Afinal os comportamentos e a forma de estar no futebol não são iguais, como alguns amigos me tentam constantemente convencer, como justificação das atitutes não éticas dos responsáveis dos seus clubes.

Este sim, é o verdadeiro Benfica que cresci a admirar. É este o Benfica que marca a diferença face aos adversários pela elegância e elevação. O Benfica não precisa das "tácticas manhosas". Da pressãozinha baixa. Do jogo subterrâneo. O Benfica pela sua natureza, é maior que tudo isso. Porquê rebaixar-se a esta forma de estar? (como aliás infelizmente sucedeu com alguns ex-presidentes).

Nem que este comportamente seja apelidado de normal no futebol (como diz o Vitor), porque a normalidade, não é sinónimo de correcção (é aqui que ele me chama de anjinho).

Pois que me continuem a chamar anjinho, mas prefiro sê-lo e perder com ética, educação, verticalidade e verdade, do que ganhar 15 campeonatos em 20 anos, como se o futebol fosse um bordel.

Este fim-de-sema tive orgulho de ser benfiquista, não pelo resultado, não pelo futebol apresentado, mas pela forma de estar elevada, ética e justa da equipa, treinador e direcção.

Parabéns Rui Costa. Parabéns Benfica. Afinal não são todos iguais.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O que o Lucho devia ter feito após marcar o golo ao Benfica!

Felipão vs Big Phil...


O campeão do mundo de futebol como técnico da Seleção Brasileira em 2002 na Copa do Mundo do Japão e Coréia do Sul, foi corrido do "Celse".

Felipão foi apresentado à imprensa londrina no dia 1 de julho de 2008 e fez a sua estreia oficial pelos blues, no dia 17 de agosto de 2008, contra o Portsmouth, vencendo o jogo por 4 a 0.

Após uma série de resultados considerados maus pelo Chelsea, tendo por último um empate contra o Hull City, que deixou a equipa a sete pontos atrás do líder Manchester United, Felipão acabou por ser demitido do Chelsea, hoje!

O técnico auxiliar Ray Wilkins foi promovido interinamente ao lugar de Scolari ao cargo de treinador principal. Segundo a imprensa, Luiz Felipe não recebeu reforços, o que fez a sua passagem pelo Chelsea ser prejudicada, visto que as equipas que disputavam o título da Premier League contrataram novos jogadores.

Além disso, haveria problemas de relacionamento do técnico com seus pupilos (estranho...).

Após a demissão de Felipão, o seu assessor de imprensa, Acaz Felleger, disse que "crê que a decisão (de demitir) foi de Roman Abramovich, uma vez que Felipão sempre teve o apoio de Peter Kenyon, chefe executivo do Chelsea." Ele ainda lembrou que a falta de contratações foi um factor preponderante para o trabalho aquém às expectativas de Felipão no clube".

Recordando a 1.ª conferência de imprensa do Big Phil, este afirmava: "...sou especial para a minha familia, para os meus amigos..."

Podemos confirmar agora que ele tinha razão....para os lados de Londres o Russo não o achou nada de especial...

Temos enquadramento para afirmar:

VOLTA SCOLARI, TÁS PERDOADO?!?

...aqui o "Zé Portuga" quer viajar até à África do Sul....ainda vamos a tempo???

TUDO NA MESMA...


Arredado das lides do futebol por razões várias, eis que ontem me dei ao "Lucho" de assitir ao jogo do Dragão do 1.º ao último minuto, incluindo comentários dos treinadores, jogadores e adeptos...

Na verdade, muito do que tinha para dizer, está escrito no post do meu congenere Luis Marques. (não combinámos).

Não existem vitórias morais, o resultado foi aquele!

No Final já ninguém se vai recordar do ROUBO (será que vou ser penalizado por um jogo pela LIGA?)

Reitero a análise do Luis Marques à "actuação" do Jesualdo - é um verdadeiro TÓTÓ!

O que vale, é a sua idade não o permitir estar muito mais tempo à frente dos nosso olhos!

Vivam os Treinadores da nova geração, que não fazem figuras ridiculas como este inergume!

Na minha terra de origem, a este tipo de comportamento chama-se "lambe cús"!

Jesualdo sabe que o seu "reinado" no Dragão está a chegar ao fim e tudo está a fazer para tentar continuar....há quem diga que até já existe substituto - o "cabeça branca" - Jorge Jesus.....

Resumo:
Benfica deu um festival de táctica de futebol no Dragão...Quique disse no final no "flash" - fizemos o jogo a que nos propusemos".

Já o TÓTÓ disse, "dominamos o jogo todo e merecíamos ter ganho".
Haja paciência para este caramelo!

Penaltie fantasma ROUBOU (mafia?!?) a VITÓRIA (não a águia) ao BENFICA!

Saudações Sicilianas...

Jesulado - Parte II


Prometo que é a última vez que escrevo sobre Jesualdo. Começo a cair na repetição, ou melhor, Jesualdo começa a cair na repetição e deixa de haver novidade no comportamento anti-ético do treinador dos portistas.

No final do jogo estava curioso para perceber a reacção de Jesualdo. Será que tinha aprendido com a postura anti-desportista do passado recente. Para meu espanto não.

A mesma arrogância de sempre. “Fomos os melhores, dominámos o jogo, fomos a única equipa que quis vencer, etc, etc, etc”. É o chamado discurso interno, para convencer adeptos portistas. Parecia até, que o Benfica teria de ter pedido desculpa ao Jesualdo por ter marcado um golo de canto, no último minuto da primeira parte.
Com exibição tão brilhante da sua equipa, Jesualdo esqueceu-se de nos explicar, como é que não conseguiu marcar um único golo (legal). Mas adiante, porque esta é uma preocupação dos portistas, e não minha.

E a mesma contradição de sempre, agora até no mesmo jogo. Na flash interview, quando interpelado sobre a grande penalidade, diz (amuado) que já não fala de arbitragem. Já porquê Jesualdo? Será que tem a ver com o facto do FCP ter sido beneficiado nos últimos jogos? Será que tinhas a mesma equidistância se aquele lance do Lisandro tivesse sido na àrea contrária. Todos acreditamos que sim Jesualdo. Sim, tu és um homem vertical, sério e honesto.

Para espanto meu, na conferência de impresa, o nosso amigo "atira" com uma nova. O que ele viu no lance do penalti, foi o Yebda a colocar o braço em frente do Lisandro. Jesualdo consegue ser o único, que após ver as imagens pela TV, vê algo que hipoteticamente é passivel de justificar a decisão de Proença.

Portanto, não falava, mas já fala. E se fala é para justificar o injustificável. Ó Jesualdo, estás todo baralhadinho.

Será que ninguém que conviva pessoalmente com Jesualdo, lhe consegue chamar a atenção das figurinhas de falso arrogantezinho que ele anda por aí a fazer. É que já começo a ter pena do homem.
Este fim-de-semana tivemos dois bons exemplos, de como se deve estar no futebol: Quique e Paulo Bento. Porque não tentas Jesualdo? Vais ver que não é difícil. Ou tens medo de ser despedido?

FCP: 1 - SLB: 1


Mais um clássico e tudo na mesma, no que diz respeito aos dois primeiros classificados. O empate acaba por ser um resultado justo, num jogo onde o Porto foi superior na primeira parte, tendo o Benfica estado melhor na segunda metade.

A desvantagem do Porto, no final da primeira parte, era algo injusta porque foram do Porto as melhores oportunidades e foi também o Porto a equipa que mais tentou chegar ao golo. Na verdade, o Porto da primeira parte foi sempre muito personalizado, fazendo lembrar o Porto da Champions: Com grande respeito pelo adversário, muito concentrado, organizado, com os olhos na baliza, mas sempre com grande atenção no contra-ataque do adversário. Independentemente disto tudo, o Benfica acabou por marcar já muito próximo do intervalo, não dando tempo para mais nada. O golo do Benfica fez-me lembrar muitas brigas que vi nos tempos do ciclo preparatório, ou seja, dava-se um murro e depois fugia-se para trás do muro da escola.

A segunda parte foi muito difícil porque o Benfica entrou muito mais confortável e a qualidade dos seus jogadores fazia o resto. Confesso que temia pelo 0-2 porque os seus jogadores podiam fazer a diferença de um momento para o outro. Talvez tenha sido o melhor Benfica dos últimos anos. Não me lembro de um Benfica tão organizado, personalizado e com tantos jogadores capazes de decidir. Com um Aimar a alto nível, um Amorim muito bem, um Reys sempre perigoso e uma defesa muito compacta, nunca o Benfica esteve tão perto de ganhar no Dragão (nem mesmo quando ganhou há uns 3 anos atrás) como hoje. Felizmente que lá apareceu o penalti para empatar o jogo porque confesso que estava a ver as coisas mal paradas.

Quanto a este lance, vou dizer aquilo que disse nas mensagens que troquei com a malta, ou seja, no estádio o lance parece penalti como uma casa. Parece limpinho como a água! Dizem-me que o árbitro está bem posicionado, mas não sei se está. Isto é, o árbitro está de frente (logo com o Lisandro a cobrir a sua visão) e portante ele tem a mesma impressão que quase todos. Mesmo depois de ver na televisão (em lance corrido), fico com a ideia que é penalti. Depois das repetições, aceito que não terá havido falta para penalti, pois a mão do Yebda parece não ser suficiente para a falta.

Mas aquilo que não percebo é a onda de indignação que o meu telemóvel assistiu. Fiz a pergunta a todos (qual a vossa 1ª opinião?) e apenas o Luis Marques me respondeu, dizendo que dificilmente era penalti. Imaginem que se para ele era dificil, o que seria para o árbitro. Isto tudo para dizer que não percebo (nem aceito muito bem) a indignação porque no estádio dá toda a sensação de penalti. Mas tudo bem, siga a marinha!

Finalmente, curioso também o facto de nenhum dos olheiros que tinha (tipo tribunal do OJogo), não terem dito que há um penalti sobre o Lucho na primeira parte. É verdade que o Lucho foi sério ao não se atirar para o chão, mas também é verdade que dentro da área não há lei da vantagem e por isso, penalti por marcar. Ou não?

PS: parabéns à atitude o Quique. Não é fácil, depois de toda aquela pressão, ter discernimento para não justificar o resultado com o árbitro. Teve mais discernimento do que a maior parte das pessoas que viram o jogo sentadinhos no sofá.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Belenenses: 1 - FCP: 3


Mais três pontinhos "in antes" de receber o Benfica, e assim o Porto manteve a vantagem de 1 ponto sobre o seu perseguidor. Sendo assim, no próximo Domingo, espera-se um jogo de muitos nervos entre os dois primeiros classificados do nosso campeonato.

Foram três pontos tão importantes como difíceis. Depois do 0-2 (mais um do Rodriguez), confesso que esperava ver um jogo tranquilo, que me ajudasse a relaxar para uma semana que prevejo de muito trabalho. Mas não, o Porto fez o favor de desperdiçar várias oportunidades para fazer o 0-3, e depois o Belenenses reduziu com um golo em fora de jogo, percebendo-se porém a dificuldade em avaliar o lance.

Este golo deu moral aos homens do Jaime e o jogo, que tinha tudo para ser tranquilo, passou a ser de grande nervosismo. O Porto sentiu o golo e parece-me que começou a recear o facto de poder ter que jogar contra o Benfica na segunda posição. É que parece que não, mas faz diferença.

Tal como nos filmes de Domingo à tarde, também o jogo teve um final feliz (pelo menos para mim). Não sem antes termos assistido a uma cena digna do Spielberg. O Fucile, depois de ter levado uma amarelo por encomenda (se não foi, pareceu), retardou um lançamento de linha lateral para poder dessa forma ser expulso. Confesso que não percebi muito bem a "jogada". Só perceberei se o vermelho permitir "limpar" o castigo no jogo da taça da liga contra o Sporting. Mas será que o amarelo não permitia usar o mesmo estratagema? Será que os regulamentos da taça da liga tem um "bug" deste tamanho? Se sim, será mais um, sendo a taça da liga um verdadeiro viveiro de gafes.

Agora, esperemos pelo Benfica, sendo que em caso de vitória o tetra poderá começar a ganhar forma. Se perder ou empatar, a luta continua.

Toques de Cabeça

MARAVILHOSO FUTEBOL, MARAVILHOSO
Por JMMA

Notícias de futebol e arredores, pelo correspondente do Footbicancas na aldeia de Curral de Moinas, em parceria com Quim Roscas e Zeca Estacionâncio, jornalistas do Telerural.

Um Óscar para Jesualdo.
O sindicato de actores, em cerimónia realizada esta semana distinguiu Jesualdo com o Prémio de Melhor Actor do ano na fita O Lobo e o Capuchinho, rodado em Braga. O que está a causar grande sensação de Hollywood, a menos de um mês dos Óscares, é o fabuloso desempenho do mister portista em dois papéis simultâneos, na mesma fita. Primeiro, no papel de lenhador que denuncia o lobo feito árbitro (Benfica - Braga); e logo a seguir, no papel de lobo dissimulado de avozinha para papar o Capuchinho (neste caso, o Braga).

«Já era muito bom ter sido nomeado. Ganhar é inacreditável», disse o mister perante um público que o aplaudiu entusiasticamente, de pé, no Centro de Treinos do Olival onde teve lugar a gala de consagração.

Senhor Vítor, líder de opinião do snack-bar “Vamos o Tetra”, em Famalicão.
À pergunta do nosso repórter – Achou bem o duplo desempenho de Jesualdo no filme O Lobo e o Capuchinho? – o senhor Vítor respondeu assim:

«Eu penso que em princípio, vamos lá, é preciso ver, não é assim uma coisa que prontos. Agora dizer que o Mister também é coiso. É capaz, mas, ora bem, como eu costumo dizer doutras coisas, como por exemplo, talvez, enfim, acho.» Ficámos cientes.

Nunca diga nada antes de falar e pense sempre antes de reflectir.
Mesquita Machado fez um apelo para que a sua renúncia à presidência a Mesa da Assembleia Geral da Federação «sirva para uma reflexão profunda no futebol português» e para «que deixe de haver estas autênticas poucas-vergonhas» na arbitragem. O demissionário criticava as arbitragens dos jogos do Sporting de Braga com Benfica e Futebol Clube do Porto e frisou «não pactuar com estas situações». «Estas» quer dizer, as situações em que o seu Braguinha é alegadamente prejudicado. Se fosse beneficiado, ou se fossem outros os prejudicados, certamente nada aconteceria; portanto, já pactuava. Visto está que a reflexão profunda a que o ex-presidente da Assembleia da Federação apela só pode ser uma: Que consciência têm, afinal, os dirigentes do futebol do seu papel no exercício das funções federativas?

Se Portugal não fosse Portugal todos os portugueses seriam estrangeiros. É desnecessário filosofar sobre os erros de arbitragem e o mundo do futebol. As coisas dificilmente mudarão enquanto não mudarem os protagonistas. Ainda assim, deveria haver limites para o disparate. Mas não: aquilo que Vítor Pereira fez enquanto presidente da Comissão de árbitros – convidar quem não acredita nos árbitros a não ir aos estádios – excede tudo. Como se isso não bastasse, o pior foi que na semana em que tal sucedeu, logo um Ministro passou da teoria à prática. Para evitar mais assaltos às caixas multibanco dentro dos tribunais mandou retirá-las. Se a moda pega, o melhor é fechar os bancos para não haver assaltos. E já agora, meus senhores, por que não retirar as balizas para não falhar penáltes?

FBicancas /Telerural, Curral de Moinas