terça-feira, 7 de abril de 2009

MST DIXIT


Por falar em cegos, eis um que fala sobre outros que queriam ver mais do que podiam!
Hoje o MST parece o Hulk, demolidor!

"Os vencidos do apito encarnado"

1 Como seria de esperar, Luís Filipe Vieira não perdeu tempo a dizer o que pensa sobre a consumação total da derrota que ele e o Ministério Público (MP) encaixaram nos três processos do Apito Dourado instaurados contra Pinto da Costa. E o que ele pensa é aquilo que era de prever: que uma justiça que absolve Pinto da Costa não presta, por natureza. Para o presidente do Benfica, não há que ter qualquer pudor: tanto lhe faz que alguém tenha sido sistematicamente absolvido ou nem sequer pronunciado em vários processos, tanto lhe faz a opinião unânime de todos os juízes chamados a pronunciar-se, tanto lhe faz a própria ideia de Justiça ou de Estado de Direito. Só lhe interessa o seu isento critério: haveria justiça se Pinto da Costa tivesse sido condenado; como não foi, tudo isto vale zero e é uma fantochada. Nos próximos tempos, vamos ver Vieira a percorrer as chafaricas do País insinuando que Pinto da Costa subornou cinco tribunais e nove juízes para ser declarado inocente. Mas que outra coisa seria de esperar de quem montou, de fio a pavio, a mais transparente campanha de manipulação contra um clube jamais vista?

O Apito Dourado foi a Alfarrobeira do futebol português (perguntem ao João Gabriel o que foi isso). Com a diferença de que terminou melhor que Alfarrobeira: desta vez, a inveja dos medíocres não triunfou, apesar da disparidade de meios em confronto. Mercê de um extraordinário despacho do sr. Procurador-Geral, ordenando ao MP que recorra em todos os processos que Pinto da Costa ganhasse (o dr. Pinto Monteiro não paga as custas nem os custos do seu bolso...), a sentença de Gaia vai ainda ser objecto de apreciação pela Relação, mas apenas para satisfazer o despeito do dr. Pinto Monteiro e da dr.ª Maria José Morgado. Mas o Apito está morto — como eu sempre previ que aconteceria a um processo cuja única fundamentação assentava na credibilidade de uma testemunha como Carolina Salgado, a par do desejo de, por esta via, tentar justificar a incompetência com que o Sport Lisboa e Benfica é gerido há vários anos, permitindo ao sr. Vieira manter-se no trono que tanto prazer lhe dá.Chegou a hora de passar ao contra-ataque — que eu espero que o FC Porto não perdoe — e para o qual dou aqui a minha contribuição, lembrando apenas quem são os principais vencidos desta suja querela. Ei-los.

LUIS FILIPE VIEIRA — O presidente do SL Benfica foi, como disse, o mentor principal de todo este embuste. Os objectivos eram desacreditar o mérito dos êxitos do FC Porto — cuja justiça é visível por qualquer um de boa-fé —, e dar ao próprio, na secretaria, as vitórias que se revelou incapaz de conquistar em campo, tentando levar à Europa, pela porta dos fundos e em prejuízo do Porto, a indigente equipe de futebol do Benfica que por aí se exibe à vista de todos (domingo, na Reboleira, não fosse mais uma arbitragem amiga a atrapalhar as contas do dr. Cervan, e lá teriam ficado, muito merecidamente, mais dois ou três pontitos...). Para tal, nem hesitou em lançar mão daquela que, em pleno Estádio da Luz e para vergonha dos portistas, o tinha ido insultar e a quem ele havia destratado como se lembrarão, numa declaração que fez na altura. Mostrou quais eram os seus métodos, os seus princípios e a «moralidade» que por aí anda a apregoar. O episódio da tentativa de entrar à força na Champions, marimbando-se para a tal verdade desportiva (e contando, para tal, com a prestimosa colaboração do dr. Ricardo Costa), foi o momento mais negro da história de um clube que tem inúmeras páginas de reconhecida e justa glória. Vieira foi o autor moral de três derrotas judiciais exemplares, o frustrado líder de uma conspiração ditada pela inveja e pela mediocridade. Se tivesse alguma humildade, que manifestamente não tem, meditava na lição.

CAROLINA SALGADO — A raiva de ter perdido o estatuto de Primeira Dama do FC Porto, levou-a a um exercício de vingança em que não olhou a meios e em que não se revelou diferente do que já se sabia que era. Intitulou-se escritora (do livro de cabeceira do Barbas, que nem sequer escreveu!), inspirou um filme, posou como ícone sexual para a Maxmen, imaginou-se figura do jet seis e uma mártir da justiça protegida pelos seguranças da dr.ª Morgado — e acabou indiciada como perjura. Como disse o advogado de Pinto da Costa, foi usada, utilizada, abusada. E agora a má notícia: como deixou de ter utilidade, vai ser deitada fora. Até porque nunca se sabe se alguém não resolve investigar a fundo as suas motivações outras e não acaba por se tornar perigosa para quem a inventou.

LEONOR PINHÃO — Felícia Cabrita escreveu no SOL (sem nunca ter sido desmentida) que, nos primórdios do Apito, Leonor Pinhão se reuniu num hotel de Lisboa com Carolina Salgado, Luís Filipe Vieira e dois agentes da PJ que tinham o processo a cargo — uma eloquente reunião que desde logo fazia prever o tipo de investigação que aí vinha. Desde o início, que a minha distinta colega de opinião neste jornal assumiu entusiasticamente o papel de criadora da criatura, indo ao ponto de escrever o guião de um filme baseado nas verdades da d.ª Carolina que não se preocupou minimamente em confirmar. O ódio ao FC Porto cegou-a, chegando a escrever aqui que «detalhes» como o «nexo de causalidade» num suposto crime de corrupção não interessavam nada. E onde estão as vitórias do Benfica, desde o Apito?

PINTO MONTEIRO — Um dia depois de ter tomado posse como Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro declarou que ia ler o livro de Carolina e abrir investigações com base no que lá estaria — como se fosse o caso mais importante que tinha encontrado. Depois, nomeou um dream-team com a missão única de caçar Pinto da Costa, sem olhar a meios ou despesas. Enfim, na iminência da derrota total, teve ainda o desplante de declarar que nada ficaria na mesma depois do Apito, pois tinha conseguido incomodar e assustar... os inocentes. Nada deveria ficar na mesma, de facto. E, atendendo não só ao desfecho do Apito, mas ao desastre absoluto que tem sido a sua gestão à frente do MP em tudo o resto, há uma coisa pelo menos que, houvesse pudor, deveria mudar: ele próprio.

MARIA JOSÉ MORGADO — A estrela do MP nem por um instante se deu ao incómodo de fingir que o objectivo do Apito era apurar se havia corrupção no futebol português. Fixou-se num único alvo e conduziu, contra todas as evidências e contra todos os deveres da função, uma campanha ad hominem, na qual gastou milhões de euros aos contribuintes, ancorando-se unicamente no testemunho de alguém que não lhe poderia merecer credibilidade alguma. E, quando tanto se fala em pressões e independência dos magistrados do MP, ela obrigou-os a reabrir processos arquivados, a acusar sem convicção, a recorrer sem fundamento. No limite, por sua ordem ou não, permitiu que o MP lançasse mão do mais indecoroso expediente que jamais vi num tribunal criminal, aliciando uma testemunha da defesa durante o próprio julgamento e arrancando-lhe, altas horas da madrugada, uma declaração escrita em que dizia que tinha andado a mentir durante dois anos. Para mim, o prestígio da senhora, conquistado a duras penas, morreu aqui e com ele afundou-se ainda mais no abismo onde hoje vegeta o prestígio do próprio MP.

RICARDO COSTA E O CD DA LIGA — Num último acesso de raiva e num tirar definitivo da máscara, o dr. Ricardo Costa e os seus pares do CD, escolheram a véspera da leitura da sentença que sabiam que só podia absolver Pinto da Costa, para se lembrarem de aplicar a Lisandro o mais vergonhoso castigo que alguma vez saiu da imaginação daquelas descontroladas cabeças. Estiveram à beira de conseguir tirar da Europa o único clube que prestigia Portugal e que merece lá estar, condenaram por invocada tentativa de corrupção o presidente do FC Porto a dois anos de suspensão (e de silêncio!), e tudo com base em fundamentos e provas que cinco tribunais comuns reduziram a pó e a má-fé. E agora, dr. Ricardo Costa, o seu belo palavreado pseudo-juridico também vai decretar que todos os juízes estavam feitos com Pinto da Costa? Saia, homem: a vida não é a feijões!

2 E, como o futebol se joga no campo, o FC Porto foi a Guimarães, com tudo contra si (Lisandro castigado pelo dr. Costa pelo crime de ter sofrido um penalty não assinalado, outros ausentes por cansaço, autocarro apedrejado, ambiente de intimidação, festival de pancadaria no Hulk (como táctica dos da casa e perante a complacência criminosa do árbitro), e deu mais um banho de bola e uma lição de verdade desportiva às pretensões justicialistas dos Vieiras, Salgados e Morgados, Costas e demais. Ora, chorem.

Hoje à noite, em Old Trafford, a missão é quase impossível, face à maior potência desportiva e financeira do futebol, campeão europeu e mundial em título. Mas estes jogadores têm uma fibra e uma coragem para os grandes momentos que nos levam a acreditar até ao fim. Só espero duas coisas: que o Helton não ofereça um ou dois golos (já em Guimarães voltou a tentar), e que o Cristiano Ronaldo de logo à noite seja o da Selecção e não o do Manchester: aquele que falha golos fáceis, joga pouco ou nada e acha que os colegas é que atrapalham.

5 comentários:

  1. Citar MST é "bater no fundo".

    Pela boa opinião que tenho vindo a formar acerca do Vítor Peliteiro (apesar de portista), não esperava vir a ler isto...

    PS: Será possível ainda alguém acreditar que Pinto da Costa é apenas uma vítima? Valha-nos Deus...

    ResponderEliminar
  2. Sim senhor, depois de lido e relido, se o xô MST não se importa, gostava de fazer umas perguntinhas:

    1. Como é que se pode escrever tanto disparate por linha?

    2. Pagam-lhe por linha ou por disparate?

    3. Se lhe pagassem tanto quanto o FBicancas me paga a mim, quantos disparates era capaz de escrever numa noite?

    4. Tirando o FCP e o seu impoluto presidente (que por acaso V. já convidou publicamente a demitir-se) - e V. próprio, claro - diga-me cá: não haverá em todo o mundo mais ninguém que se aproveite?

    5. Ninguénzinho mesmo, nem a Madre Teresa de Calcutá? Nem a Sãozinha de Alenquer? Nem o D. Afonso V, esse medíocre invejoso de Alfarrobeira? Só o FCP, só o PC e só V. mesmo?!

    6. Como V. sempre previu, o processo do Apito estava condenado ao fracasso, e por isso critica o PGR, que diz agir por despeito, assim como desanca na procuradora MJMorgado, a quem imputa intenções persucutórias 'ad homine' contra o seu idolatrado presidente. Desculpe a ignorância do macaco. Eu pensava que os tribunais existiam para julgar, mas vejo que para V. basta que prevejam. Pergunto-lhe, se o xôr não se importa: (a) Acha mesmo que prever resolve? (b) Em todos os casos acha isso, ou só acha quando estão postos em causa o seu FCP ou seu divino presidente?

    7. Diz que o Apito não passa de um embuste montado por invejosos com o objectivo de desacreditar o mérito dos êxitos do FC Porto. Pois bem, devo então concluir que as escutas telefónicas foram pura invenção? Que a presença do ábitro em casa do presidente, na véspera do jogo do campeonato e dias antes duma jornada europeia, foi só para perguntar se o sr. imperador PC estava melhor dos calos?

    8. Diz que o culpado dos precalços verificados em relação à inscrição do FCP na Champions, foi o Dr. Ricardo Costa, «marimbando-se para a tal verdade desportiva». Pergunto: essa «tal verdade desportiva» é para si aquela que foi protagonizada pelo ex-presidente do Conselho de Justiça da FPF, Dr. Rui Gonçalves, quando virou a mesa e impediu ilegalmente o Conselho de votar contra os interesses do FCP?

    9. Outra pergunta, ainda a propósito do famigerado Rui Gonçalves e da verdade desportiva: leu o parecer do prof. Freitas do Amaral?

    10. Diz que para LFV «uma justiça que absolve Pinto da Costa não presta, por natureza.» Não nego porque não sei. Mas pergunto: e, para si, uma Justiça que o absolva, já é boa, por natureza?

    Muito, mas muito mais haveria para lhe perguntar. Mas como não me pagam ao disparate nem à linha, e amanhã tenho que trabalhar para ganhar para bucha, termino já. Vou-me ficar por esse número redondo que é o dez quando se dão exemplos.

    Apenas uma palavra ainda sobre LFV. Não para o defender que o que ele tem mais é quem o defenda. E de resto porque, sou sincero; se acho que nem tudo o que V. diz de mau sobre ele está certo, também acho que nem tudo o que diz de mau sobre ele são disparates.

    Diz V. que se ele «tivesse alguma humildade, que manifestamente não tem, meditava na lição».

    Pois, se o xôr MST me permitir, dir-lhe-ia o mesmo a si: se o xôr «tivesse alguma humildade, que manifestamente não tem, meditava» nos disparates de faccioso primário que lhe vêm à cabeça, antes de os escrever.
    Mas se quiser continuar a fazer figura de primata letrado é lá consigo.

    Só tenho pena é de ver portistas amigos insinuarem que V. vê o que os outros (tapadinhos) não alcançam.

    Mas ver o quê, pornografia desta, paga à linha?

    Meu belo Footbicancas!

    ResponderEliminar
  3. JMMA,
    Se última frase é para mim, leia novamente o que escrevi e não seja ceguinho como os outros.

    Abraço!

    ResponderEliminar
  4. Caro Vitor,
    Culpa minha.
    Já esta manhã, ocorreu-me que a forma mais acertada de esfolar o «rabo do coelho», teria sido dizer:

    Meu belo Footbicancas! Quanto mais leio este troglodita, mais gosto do Vitor Peliteiro.

    Já não fui a tempo, mas acredite que é verdade.

    Dê cá um abraço, também de parabéns pelo seu Porto.

    ResponderEliminar
  5. O MST é o exemplo mais puro, da indignidade dos seres humanos.

    É o exemplo do defeito com que Deus nos criou.

    Como é que uma pessoa tão inteligente consegue ser tão irracional.

    ResponderEliminar