terça-feira, 28 de abril de 2009

FCP: 2 - Setúbal: 0


Esta semana com muiiiito atraso, mas cá vai o comentário ao sofrido jogo de Domingo. Embora fiquem a faltar apenas 3 vitórias para o Tetra, o que é verdade é que a coisa não vai ser tão fácil quanto à primeira vista podia parecer. O jogo frente ao Setúbal deu para perceber que o Porto fica a cambalear sem o Lucho e o Hulk. Sem estes dois jogadores o Porto perde o cérebro do seu jogo atacante e perde igualmente o poder de explosão que o Hulk proporciona ao jogo ofensivo do Porto. Para além disto e por muito que me custe, a verdade é que o Porto não tem no banco jogadores que os possam substituir à altura. O Mariano até está melhor agora, o Tomás Costa pode vir a ser um jogador jeitoso e o Farias até vai marcando, mas nenhum chega aos calcanhares do El Comandante ou do Incrível Hulk. Essa é que é essa.

E agora perguntam-me: “estás com medo”? E eu respondo: “estou”.

Ficarei ainda com mais medo se o próximo a padecer for o Lisandro, pois provavelmente é o único (vá lá, o Rodriguez também é gajo) que neste momento pode decidir um jogo, quando este está com um nó parecido ao do último Domingo. Não fosse a classe do Argentino para abrir o marcador e o Porto poderia ter muito bem empatado. Vamos lá ver é se o deixam jogar porque olhando para o jogo de Domingo, diria que a lesão do avançado está presa por arames. Sem o saco de porrada que foi o Hulk, agora os adversários viram-se para o Lisandro. Já o tinha dito em relação ao Hulk, mas repito agora: “deixem jogar o Lisandro”.

Apesar do sofrimento foi uma vitória justa, frente a um Setúbal que na primeira parte ainda tentou fazer umas coisas, mas que na segunda estacionou o autocarro à frente da sua baliza esperando por um empate milagreiro. O campeonato está muito perto, mas como disse, ainda há um longo e penoso caminho a percorrer, sendo que o jogo do próximo Domingo será fundamental. Caso o Porto vença na Madeira frente ao Marítimo a coisa fica muito bem encaminhada, mas caso empate ou perca será o Deus me livre à solta.

PS: o que quererá dizer o Lisandro com a sua nova forma de festejar os golos?

sábado, 25 de abril de 2009

Toques de Cabeça

ANTES DE ABRIL, TESOURAS MIL
Por JMMA

Uma sexta-feira de 1965. Na madrugada desse dia, 26 de Fevereiro, saíra para as bancas mais uma edição do Mundo Desportivo. Vivia-se ainda a ressaca do encontro entre o Benfica e o Real Madrid, realizado na Luz, o primeiro entre as duas equipas ibéricas depois da final de Amesterdão (1962), que proporcionou ao clube português o segundo título consecutivo de campeão europeu.

Neste trissemanário desportivo, parceiro de A Bola e do Record também eles trissemanários, a vitória dos benfiquistas (5-1), em jornada dos quartos-de-final da Taça dos Campeões, merecia todo o espaço da primeira página e de outras interiores, e a crónica do jogo ostentava como título «O ‘Vale dos Caídos’ mudou-se para Lisboa». Na abertura do texto podia ler-se (transcrição de uma antiga publicação do Diário de Notícias que conservo em meu poder): «Não foi realmente a batalha de Aljubarrota. Nem tão-pouco a de Valverde (…) Mas foi bonito assistir-se à vitória do futebol Benfica sobre o do Real Madrid». Uma referência histórica que desagradou a nuestros hermanos, nomeadamente no que respeita à associação com o monumento que, nos arredores de Madrid, glorificava os mortos franquistas da Guerra Civil de Espanha.

Naquela sexta-feira, segundo reza a mesma crónica, as chancelarias dos dois países agitaram-se, os protestos choveram em Portugal por via diplomática, e o Governo de Salazar teve de encontrar uma reparação em defesa da harmonia ibérica: imediatamente, e sem qualquer explicação, o Mundo Desportivo deixou de aparecer nas bancas.

O caso do Mundo Desportivo surge como paradigmático das concessões efectuadas pela censura que não se apercebeu a tempo de evitar o «título maldito». Poder-se-á dizer que os jornalistas desta área tinham maior capacidade de manobra do que os outros e a imprensa da especialidade, a partir do momento em que se multiplicaram os confrontos no estrangeiro, dispôs da possibilidade de revelar pormenores das sociedades além-fronteiras até então inacessíveis à maioria dos portugueses.

Mas este facto não livrou os autores da punição administrativa. O jornal, suspenso por oito dias, só reapareceu à venda a 5 de Março. E nessa edição, também na primeira página, a ‘face’ do trissemanário era salva com o seguinte texto: «A Empresa Nacional de Publicidade e o Mundo Desportivo lamentam e repudiam as expressões contidas numa crónica inserida neste jornal e que muito feriram a sensibilidade dos seus leitores. Ao autor da referida crónica, chefe de redacção do Mundo Desportivo, único e total responsável pelo escrito que veio a público, foram aplicadas as sanções que o caso requeria». Foi demitido.

Vem este caso a propósito, evidentemente, da data que hoje se celebra. Data que sinaliza a ruptura com esse passado cadavérico, opressivo e castrador. Felizmente, muitos não conseguem nem imaginar como era viver num país privado das liberdades fundamentais. Tão-pouco a parte dos 5-1 ao Real Madrid – infelizmente!

Flash interview a Cristiano Ronaldo, depois do jogo com o Porto

Grande Telma!

A judoca do Benfica, sagrou-se ontem Campeã Europeia de Judo, enchendo de orgulho todos os portugas!



quarta-feira, 22 de abril de 2009

Estrela da Amadora: 2 - FCP: 1

Não tendo visto o jogo, uma vez que os Administradores do FootBicancas estiveram em assembleia geral com o objectivo de aprovação do relatório e contas de 2008, resta-me comentar dois pontos:

1 - Uma derrota nunca é boa, mas resta-me o conforto da presença na final da Taça de Portugal pela 26º vez (acho que é isto). Sabendo que o Porto vai enfrentar o Paços de Ferreira, a esperança na vitória é mais do que muita.

2 - Pior do que a derrota foi a lesão do Hulk. Segundo ouvi, esta lesão pode colocar em risco a época, pelo que a preocupação é muita. Depois do Lucho, eis que o Porto perde mais um jogador importante e portanto os próximos tempos serão, como é lógico, dificeis. Sei que existem no plantel outras soluções, mas na realidade, nunca serão tão influentes e decisivos quantos os dois que acabei de referir.

Não obstante, continuo a acreditar na dobradinha, mesmo sabendo que agora o passeio não será o mesmo.

terça-feira, 21 de abril de 2009

TEMPO DE FAZER CONTAS

É verdade que o Porto foi de vela na Champions, mas também é verdade que os jogadores deram tudo o que tinham para dar:



Entretanto, mais a sul, as preocupações são outras:

segunda-feira, 20 de abril de 2009

V. Setúbal:0 Benfica:4

Para pereceberem o entusiasmo com que encarei este jogo, preferi ver a final do Campeonato Caricoca entre o Flamengo e o Botafogo com 140.000 pessoas no Maraca, e que era transmitido pela Globo à mesma hora.

Ai que saudades do Rio...

Obviamente, fui espreitando o Benfica aqui ali, mas não tenho uma opinião sustentada da exibição da equipa.

Pareceu-me uma partida um pouco facilitada, fruto da prestação do Vitória de Setúbal, que a jogar assim não me parece ter lugar na divisão maior do nosso futebol, contrastando com uma grande eficácia (finalmente), dos jogadores encarnados.

Apenas uma nota para Reys, que quando está motivado e engata, é realmente um jogador muito acima da média. Haja quem o motive. Vou assinar a petição.

Já agora, o Flamengo venceu 1-0.

Académica: 0 - FCP:3


Mais 3 pontos e menos uma jornada para o fim, faltando agora apenas 5. Está quase…

Embora os três pontos tenham caído para o lado Portista, na verdade o Porto entrou na primeira parte muito adormecido e algo desconcentrado. É certo que a Académica terá algum mérito na forma como entrou no jogo, mas na realidade o Porto, nos primeiros minutos, não conseguia fazer 3 passes seguidos. O Rodriguez ainda tentava dar alguns “puxões” à equipa, mas o pessoal estava mesmo de ressaca de liga dos campeões. Esta ressaca quase que se transformava em doença, não fosse o penalti perdoado ao Porto por mão de Meireles. Estávamos perto do final da primeira parte e embora não decisivo, este penalti podia ter complicado mais as coisas.

A segunda parte foi muito diferente. Vimos um Porto muito mais agressivo e com muito mais vontade de chegar ao golo. Este acabaria por chegar ao golo numa bola parada apontada por Raul Meireles e superiormente finalizada por Rolando. E pronto, estava aberto o caminho de mais uma vitória, que ficaria selada no minuto seguinte e depois de um penalti marcado sobre Lisandro (este sem simulação e por isso, livre de castigo).

A partir daqui, o jogo acabou, tendo o Porto controlado o jogo e esperando que o minuto 90 chegasse rapidamente. Se há umas semanas dizia que só um tsunami tiraria o campeonato ao Porto, agora só mesmo uma bomba nuclear. Com 4 pontos de avanço sobre o segundo (que são 5), o Porto pode empatar dois dos 5 jogos até ao final ou então pode perder um dos 5. É muita coisa para uma equipa que nos últimos jogos tem mostrado uma regularidade muito boa.

sábado, 18 de abril de 2009

O Apito que nunca foi a julgamento - Ep. 2


CALHEIROS



Os irmãos Calheiros – quem não se recorda dos gémeos e barbudos fiscais de linha, ladeando Carlos, o irmão mais velho – foram umas das muitas figuras sinistras da arbitragem portuguesa da década de noventa.


Recordo particularmente um inacreditável penalti assinalado nas Antas por suposta falta de Mozer no empate 3-3 de 1993-94, bem como um jogo em Aveiro, na época anterior, concretamente na tarde soalheira de 16-5-1993, em que expulsou Yuran e Pacheco por supostas palavras, possibilitando a vitória ao Beira Mar, e dando o título ao F.C.Porto - que à mesma hora via um tal de Marques da Silva, do Funchal, expulsar estranhamente dois jogadores do Desp. Chaves e assinalar um penálti escandaloso que lhe permitiu virar o marcador para de 0-1 para 2-1 na difícil visita a Trás-os-Montes, quando águias e dragões seguiam, a três jornadas do fim, empatados em pontos.


Mais do que essa e outras actuações, sempre em benefício dos mesmos, este trio ficou famoso pela célebre viagem ao Brasil, feita através da agência de Joaquim Oliveira, e paga pelo F.C.Porto. A investigação deste caso nunca foi devidamente feita. Com a PJ do Porto e o próprio MP aparentemente alinhados com o sistema, foi difícil durante muitos anos (e continua a sê-lo) avançar pelos caminhos da verdade.Ao pé destes meninos, Calabote era possivelmente apenas um ingénuo aprendiz – e diga-se que o suposto e empolado caso Calabote, nos anos cinquenta, redundou apenas num título para o…F.C.Porto.


A factura da despesa das viagens acabou por ser paga pelo FC Porto, curiosamente, à Agência Cosmos, que normalmente trabalhava com o clube das Antas. A despesa apontava para 762 mil escudos. Pinto da Costa veio a terreiro defender o árbitro, justificando o sucedido com um mero lapso de secretaria da Agência propriedade de Joaquim Oliveira. O árbitro, por sua vez, acusou quem o dizia defender. Em que ficávamos? Tudo estava sob suspeita. E sob suspeita ficou. O caso foi arquivado pela FPF e o Ministério Público confirmou terem existido alegados actos de corrupção, embora não tenha sido provado que a viagem ao Brasil de Carlos Calheiros e família tenha sido para pagar favores ao FC Porto.

Lucho sobre Cristiano Ronaldo

«Eu nunca disse que admirava o Cristiano Ronaldo. Foi eleito o melhor jogador de 2008 mas sinceramente, a mim isso não me diz nada», declarações de Lucho na conferência de imprensa antes do jogo com o Man Utd.



Toques de Cabeça

MEU QUERIDO BENFICA, PORQUE NÃO TE CALAS?
Por JMMA


O presidente do Benfica não desarma. Depois de ter partido a loiça (e bem) um dia destes por causa do simulacro de justiça no julgamento do envelope, Vieira apareceu na terça-feira à noite nos telejornais a desmentir recentes notícias que apontavam para alguma instabilidade no clube. Apesar dos maus resultados, garantiu que Quique Flores vai permanecer à frente do Benfica, pelo menos por mais uma temporada.

Não estava nada à espera e foi esquisito. Primeiro pensei que tinha sintonizado algum daqueles canais estrangeiros tipo RTL que a gente não tira uma. Depois figurou-se-me que o presidente encarnado estava a ser dobrado pelo Dias da Cunha quando este garantia a pés juntos a continuidade do Peseiro em Alvalade. Por fim, percebi que a conversa afinal era em código e que a linguagem corporal do senhor presidente dizia ‘Quique estás feito’.

Dizer que existe um contrato para ser cumprido é chover no molhado e para isso, salvo o devido respeito, não é preciso convocar nenhuma conferência de imprensa. Se fosse um tal senhor do Norte sobre um tal clube do Norte, de certeza que a conversa seria outra. A haver conferência de imprensa ou era para anunciar o nome do novo treinador ou era para comunicar renovação com o actual por mais três anos. E mai’ nada!

Assim, ao que me consta, já está tudo ensarilhado. Indiferente ao que Vieira disse em público, o treinador encarnado foi ontem ao notário para lavrar o testamento vital da sua liderança. O documento, que estipula o que fazer em caso de incapacidade do técnico no final do campeonato, foi assinado por Quique e ordena que desliguem a sua liderança da máquina caso o presidente Vieira dê mais alguma entrevista sobre o tema dentro de um mês. Segundo o testamento, Quique deixa tudo a Chalana, aconselha a fechar o plantel que Rui Costa lhe ofereceu dentro do balneário até Agosto, e pede ao ajunto, Diamantino Miranda, para passar com um cilindro de alcatroar estradas por cima de Binya e Balboa à primeira oportunidade.

Segundo apurámos junto do departamento de Marketing da Luz, Quique já encomendou milhares de t-shirts onde se lê «Eu fui treinador do Benfica e a única coisa que ganhei foi esta t-shirt». Sabe-se também que brevemente estarão disponíveis on-line outros artigos de merchandising como canecas, canetas ou camisolas com o retrato do espanhol e os dizeres «Eu fui treinador na Luz e sobrevivi», «Bem me dizia o Camacho!» ou «Nova gaffe do Vieira em 5,4,3,2…»

quinta-feira, 16 de abril de 2009

FCP: 0 - Man United: 1


É tempo de cair na real, mas ao mesmo tempo aplaudir a prestação dos jogadores do Porto que conseguiram discutir a eliminatória de igual para igual frente ao big – Manchester united. Bem sei que é muito relativo aquilo que vou dizer, mas não fosse aquele espectacular golo do Ronaldo logo no início do jogo (e talvez a lesão do Lucho), este comentário provavelmente seria bem diferente.

O início do jogo foi muito difícil para o Porto, pois a equipa Portista entrou, pareceu-me, muito nervosa no jogo e porque o Manchester entrou cheio de vontade para fazer um golo bem cedo. Teve a felicidade de o conseguir através de um, repito, golo excelente, se bem que no estádio fica-se com a ideia que o Helton podia ter feito melhor, uma vez que o remate foi feito de muito longe. Este golo madrugador fez o Porto andar “às aranhas” durante 10 a 15 minutos e por esta altura o Manchester fazia o que queria da equipa da casa, com o Anderson a comandar as tropas muitíssimo bem.

Numa altura que o Porto começava a querer vir para cima do United (a meio da primeira parte), eis que surge uma contrariedade do caneco: Lucho lesiona-se e é obrigado a sair. Para além de ter ficado sem o Argentino neste jogo, o que mais me preocupa é se vamos ter que ficar sem ele o resto da época. Embora o Mariano tenha entrado bem no jogo, o que é verdade é que o Lucho é insubstituível no plantel actual do Porto.

A segunda parte mostrou, se dúvidas houvessem, que o Porto conseguiu discutir olhos nos olhos o resultado com o campeão europeu e mundial. Tanto o Porto como o Manchester podiam ter marcado, mas fica na retina um excelente jogo, num estádio cheio que nem um ovo. Talvez o único erro do Jesualdo nesta eliminatória tenha sido a substituição que fez por volta dos 15 da segunda parte. Em vez de trocar o Rodrigues pelo Faria devia ter tirado o Hulk, porque na verdade o Brasileiro andou o jogo todo perdido, cheio de medo e sem nunca conseguir desequilibrar. Aliás, foi o único a desiludir. Todos os outros, nota 20 (vá lá, o Helton com um 18)!

O moral da história é que o Porto perdeu esta eliminatória e por isso, sai fora da carroça. Mas se perdeu a eliminatória ganhou muitas outras coisas nesta participação da Champions. Ganhou novamente o respeito da Europa e ganhou jogadores que no início de época poucos apostavam (falarei neles num próximo post).

Parabéns aos jogadores, parabéns ao Jesualdo e parabéns ao Porto!

O Record Vergonhoso


Escrevi no post anterior que é tempo de cair na real. Mas não só. Para além disso, é tempo de todos os chulos (tipo Record) aparecerem e fazerem as suas primeiras páginas. É a sua oportunidade. Andavam até agora entupidos, nervosos e a roer as unhas por um massacre à moda antiga. Mesmo não tendo um presente desses, não perdem a oportunidade para darem à costa. Este jornal mete-me nojo. De verdade!

terça-feira, 14 de abril de 2009

AFINAL HÁ VIDA PARA LÁ DO RICARDO COSTA

Olha que caneco, o Jesualdo não vai estar no banco portista amanhã, no jogo frente ao Manchester. Isso é coisa que se faça? Só por isto:






Note-se que em 35 anos de carreira este é o primeiro castigo do Prof. Ainda por cima o gesto resulta de um golo limpinho que foi invalidado ao Lisandro (1ª mão, frente ao Atlético de Madrid). Ele há coisas do caneco. Raios partam os gajos!

Mas não faz mal. Já estou a ver os jogadores no final do jogo: "esta passagem às meias de final da Champions é dedicada ao professor que foi obrigado a ficar em casa neste jogo tão importante".

É isso rapazes, toca a jogar e correr como se não houvesse amanhã, pois vai ser bem preciso.

CHAMPIONS: É JÁ AMANHÃ!

Silêncio, que se vai cantar o hino do futebol!


segunda-feira, 13 de abril de 2009

Basquetebol - 28ª Vitória consecutiva

Não queria deixar de assinalar neste espaço, e uma vez que o futebol não nos tem trazido muitas alegrias, a excelente época que a equipa de Basquetebol do Benfica está a fazer.

No passado sábado foi um dia histórico, não só para o clube como também para a modalidade, com o Benfica a alcançar a 28.ª vitória consecutiva na Liga e batendo assim o recorde de triunfos seguidos que anteriormente pertencia ao Queluz.

Uma curiosidade. A grande estrela desta equipa dá pelo nome de Sérgio Ramos, com quem joguei nos juvenis dos Estrelas da Avenida (lembram-se?). Ainda lhe ensinei umas coisinhas. :)


domingo, 12 de abril de 2009

Benfica:0 Académica:1

O jogo de hoje deu o golpe final nas ténues esperanças que o Benfica tinha de chegar ao título. E não foi o Benfica o único responsável por isso.

As razões desta derrota, são extensíveis à maioria dos outros resultados menos positivos desta época. Foi uma boa amostra.

Existem factores endógenos. Uma equipa com algumas oscilações de ambição durante os 90 minutos, e consequentemente com alguns momentos com qualidade de jogo não muito bem conseguida.

Mas se analisarmos o Sporting e o Porto, este factor não será porventura o que mais faz diferenciar as três equipas. Recordo que também o Porto teve más exibições ao longo da época, principalmente no ínicio do campeonato.

Acho piada aqueles que avaliam a suposta justeza da provável conquista do campeonato pelo FCP, analisando os últimos 3/4 jogos . Então e os outros não contam? o FCP começou o campeonato com uma equipa em retalhos, e só começou a jogar à bola no último mês. A memória futebolística é curta, mas a minha não. Tal como não são os erros de arbitragem que teimam em prejudicar os mesmos, mas já lá vamos...

E existem também factores exógenos. O Benfica não teve a estrelinha de campeão. Só neste jogo foram 3 bolas ao poste, mais não sei quantas defesas de golo feito do GR academista. E não me venham dizer que no futebol não há sorte nem azar. O futebol não é uma ciência, o poste tem 15cm e é jogado por homens, logo tem obrigatoriamente de estar sujeito à imprevisibilidade de qualquer jogo. Ou vão-me dizer que o golo do Mariano em Manchester estava no guião do Jesualdo?

O FCP foi claramente a equipa com mais sorte no campeonato. Relembro apenas dois jogos: um contra o Nacional quando nos descontos a partida se encontrava empatada, e uma avestruz se lembrou de colocar a mão na bola após um remate de 30m que nem sequer ía para a baliza.

E outro em Braga, com duas excelentes assistências para golo de dois defesas bracarenses ainda na primeira parte.

Já não falando na mão num canto em Matosinhos, que abriu o mote para uma goleada portista.

Obviamente aos olhos azuis e brancos, isto não passará apenas de mérito da sua equipa. Apenas e só, mérito. E se algum portista achar que é sorte, é porque ela protege os audazes.

Mas infelizmente e uma vez mais, existiu um outro factor exógeno à equipa do Benfica com clara influência nos pontos amealhados. Falo obviamente de arbitragem. Reparem que não acho que a derrota deste jogo (nem do campeonato) deva ser atribuída aos erros de arbitragem, tal como não acho que os erros de arbitragem devam ser desculpados pelo facto do benfica merecer ou não ganhar o jogo, argumento muito utilizado pelos meus amigos portistas.

Mas gostava de perder o campeonato sem dúvidas, sem suspeições e sem erros que no limite estatístico prejudicam sempre os mesmos. Neste jogo foram mais dois erros grosseiros, que roubaram dois golos ao Benfica. No Dragão o penalti do Lisandro que impediu o Benfica de chegar ao primeiro lugar. Contra o Nacional na Luz um golo mal anulado nos últimos minutos que impediu o Benfica de ficar com os três pontos, com a marcação de uma alegada mão de um jogador encarnado quando este se encontrava no chão e de costas (a lei fala em intencionalidade para se marcar mão na bola).

E estou só a falar de erros grosseiros, sem qualquer tipo de atenuante para os árbitros. Só nesta brincadeira são 7 pontos.

Obviamente o que ficará para a história são as vitórias e as derrotas. E são estas que permitem a quem ganha, quando se fala do passado, dizer que foi a única coisa que existiu. Alguém se lembra dos erros que existiram em 86/87? Não, apenas de quem ganhou o campeonato.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O Apito que nunca foi a julgamento - Ep. 1


Esta rúbrica é dedicada a todos aqueles que se esqueceram do que se passou nos últimos 20 anos do futebol português, querendo branquear o maior marginal que o nosso futebol já assistiu.

É dedicada a todos os opinion-makers viciados, que infelizmente têm tido lugar cativo neste blog patrocinados pelo meu "colega de bancada" e que tentam fazer dos outros parvos, contando a história ao contrário.

A mim não preciso que ninguem me conte a história, porque eu próprio a vivi.

Por muito que a irracionalidade dos portistas os tentem negar, os factos que semanalmente tentarei trazer aqui existiram, e explicam em parte aquilo que o FCP é hoje. Um clube vencedor, mas que nunca se libertou da áurea de currupção que o envolve e que foi alimentando algumas dessas vitórias.

A mim não me fazem de parvo.

Este é o verdadeiro apito que nunca foi, nem nunca irá a julgamento.


ACÁCIO


Pouca gente se lembrará deste nome. Trata-se de um guarda-redes brasileiro que passou com discrição pelo Tirsense e pelo Beira Mar, e que só depois de regressar ao Brasil tomou a liberdade de falar sobre a sua aventura europeia.


Confessou então que recebera pressões e propostas diversas para facilitar uma vitória do F.C.Porto em Aveiro, que valia (e valeu) o título nacional de 1993. O caso foi pouco falado, vivia-se ainda um clima de medo pré-Apito Dourado. Mas a recordação das suas declarações e desse campeonato permanecem bem vivas no meu espírito. Só não sei se foi nessa ocasião que, também em Aveiro, o jornalista Carlos Pinhão foi barbaramente agredido por elementos ligados ao F.C.Porto.


Uns anos antes havia sido o belga Cadorin, avançado do Portimonense, a acusar o empresário Luciano D’Onófrio de lhe prometer um bom contrato (em Portugal ou no estrangeiro), caso fizesse um penálti nos primeiros minutos de um Portimonense-F.C.Porto (“depois jogas normalmente”, ter-lhe-á dito). Com a saída do belga do futebol português, este caso também acabou por morrer.




Na próxima semana Episódio 2: Calheiros

O Precedente

Afinal o precedente que os portistas tantam falam, reporta a 1999, a um jogador do Benfica e por coincidência a um jogo contra o Porto.

Trancrevo aqui a notícia que o Record escrevia na altura.

"Comissão Disciplinar aplica multa a Poborsky
CHECO SIMULOU "PENALTY" NO BENFICA-FC PORTO

KAREL Poborsky foi sexta-feira multado pela Comissão Disciplinar da Liga. O médio ofensivo do Benfica simulou, segundo aquele órgão executivo, uma grande penalidade no jogo com o FC Porto, realizado em 24 de Abril. A multa que o checo terá de pagar é de 26 mil escudos e o jogador dispõe de 20 dias úteis para a pagar. Não foi aplicada qualquer suspensão."

Aqui

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Toques de Cabeça

SINAIS DE ESPERANÇA
Por JMMA


Ninguém estava à espera que os senhores do Porto…
(Não é por aí que eu quero ir. Esqueçam o Porto.)
Ninguém estava à espera que em Inglaterra os fantásticos visitantes…
(Confunde-se com o Porto, não pode ser. Vamos recomeçar)
Ninguém estava à espera que os senhores do mundo…
(ah, assim está bem)
… sentados à mesa em Londres na cimeira do chamado G20, resolvessem duma só penada a situação de crise que nos preocupa a todos. Mas nem mesmo quem colocou altas expectativas no resultado do FC Porto…
(Outra vez Porto! Pára, Pára!)
… quem colocou altas expectativas no resultado do encontro pode ficar indiferente aos sinais de esperança que eles representam. Ver os velhos rivais apostados na construção de um programa comum capaz de fazer funcionar o sistema faz-nos acreditar na abertura de portas para um feito notável do futebol português…
(Raios partam! Retirar futebol português…)
… na abertura de portas para um mundo mais transparente e menos injusto. A confiança não pode resolver tudo, mas é importante. Resta esperar que possamos vê-los passar às meias-finais…
(qual meias-finais)
… vê-los passar das palavras aos actos.
(Desisto)

Como perceberam, esta crónica pretendia falar do G20 que recentemente reuniu em Londres, com a sensacional presença do FCP (porra!...) de Barack Obama, a fim de concertar posições sobre as medidas a adoptar no combate à crise internacional.

Não sei como é que eu me meti nisto. Há duas coisas que eu sempre disse que nunca faria nestas crónicas: uma era falar sobre economia, a outra era elogiar o FC Porto. Escrever sobre economia é assunto sério; escrever sobre o nada é assunto triste. Sempre pensei que deixaria de escrever no blogue muito antes de chegar a esse ponto. Elogiar o que se não gosta é esquisito e, no entanto, há ocasiões em que temos mesmo que o fazer. Por isso, (Vítor) é como se o tivesse feito. Voltemos, então, à economia.

Eu devo muito à economia, devo-lhe do que sou o que não devo a mais nada. Por isso a não queria aqui misturar com futebóis… clubes do porto ainda menos. Aliás se alguma coisa há no futebol parecida com crise, presentemente, essa coisa é o Benfica. Para recuperar precisamos de gastar (isto é jogar) … Para jogar precisamos de confiança… E para ter confiança precisamos de recuperar. Enfim estamos feitos.

E depois ainda há que ter em conta que a crise, episódica ou crónica, pode revestir diferentes graus de gravidade, consoante os quais tomará a designação de estagnação, recessão e depressão.

A recessão é o crescimento negativo da economia; a estagnação é o Carlos Queiroz empatar com a Albânia em casa, a jogar contra 10. Explico melhor: recessão é quando o PIB, catrapus, vem por aí abaixo; estagnação é assim como o Madaíl à frente da Federação: finge que anda mas não anda; mas também não desanda. Outra perspectiva: Portugal em 2009 entrou em recessão; a Justiça portuguesa há séculos que se encontra em estagnação e o talento de L.F.Vieira para dizer bitaites, esse, continua em franco superavit. Enfim, depressão é uma forma extrema de recessão, por conseguinte, em depressão estamos mesmo em recessão. Mas na estagnação, não; só assistindo às exibições do Benfica é que ficamos à beira duma depressão.

Não digam que não puxei pela cabeça para não misturar futebóis com coisas sérias.

A CUSPIDELA DO DRAGÃO


O Paulo Garcia da SIC diz quase tudo. Excelente artigo que faço questão de partilhar com todos aqueles que por aqui passam. Porque a palavra “cegueira” está em moda neste blog, também ele fala nela. Curioso. Tomei a liberdade para destacar no seu artigo algumas frases que fazem todo o sentido, mas que vindas de mim, parecem que não têm tanto impacto para aqueles que nos lêem.


"A CUSPIDELA DO DRAGÃO"


"É notável a capacidade que o Dragão tem de cuspir em tudo aquilo que não presta. Naqueles que já não conseguem arranjar mais argumentos, por mais patéticos que sejam, para denegrir a sua imagem, para relativizar e minimizar os seus êxitos. Para tudo isto o FC Porto tem tido resposta pronta. Como? Ganhando. Convencendo... e em campo. Que é sempre a melhor forma de calar os "anónimos" prontos a meter a cabecinha de fora sempre que têm uma pequenina oportunidade...

Como é que isso se consegue? Com uma enorme capacidade trabalho. Com uma excelente organização a nível técnico, mas também a nível organizativo. Com profissionalismo, com competência.

Com a permanente consciência de que só competindo no limite das forças, suando, sofrendo, sem perder tempo com lambidelas pacóvias e cada vez mais ridiculamente cansativas, se conseguem atingir os títulos e as devidas compensações por eles conquistados.

Sem adormecer acordado, à espera que surja um "Pai Natal" (ou outros seus colaboradores) capaz de produzir o "milagre".

Só assim se torna possível, ano após ano, resistir a várias contrariedades, entre elas a obstinada e permanente campanha anti-FC Porto, uma exaustiva e cansativa luta contra os seus alegados poderes macabros e ocultos (como se tudo o que resta para além do FC Porto no futebol português seja um oásis de rectidão, bons costumes, gente impoluta, incapaz de cometer qualquer batotice, ou de recusar que a façam para seu proveito próprio).

Pelos vistos continua a ser difícil de entender que é nestas batalhas que o FC Porto se sente melhor. É nelas que o clube e a sua cada vez maior massa adepta se inspira e se alimenta para lutar com cada vez mais afinco, em prol de uma causa que para todos eles é cada vez mais nobre: "A Vitória!". Como símbolo de afirmação de personalidade, de prestígio internacional, de cada vez maior capacidade de aglutinação popular, quer em Portugal, quer em países de expressão portuguesa. Não por imposição ou por qualquer obrigação familiar, mas como forma de marcar terreno... porque são indiscutivelmente mais fortes, mais poderosos e, por isso, ganham mais do que os outros.

É disso que o povo gosta: de vencedores!

A jornada europeia de Manchester foi gloriosa, (igual a muitas outras que nos últimos 20 anos o FC Porto tem repetidamente conseguido), deixando orgulhosos os verdadeiros amantes do que de melhor o futebol português é neste momento capaz de produzir. O resto... é "chover no molhado"... é mais do mesmo!

Esta jornada não merecia, por isso, ser despachada para segundas caixas de informação desportiva, dando lugar, em primeira instância, às crises existenciais de alguns habituais protagonistas, num exercício de minimização e de branqueamento que até pode agradar a meia dúzia de "cromos" mas que envergonha todos aqueles que não deixaram de se sentir orgulhosos pelo que viram, não olhando a mais nada que não tenha sido a enorme qualidade da exibição portista e, em especial, a sua permanente "atitude", a tal expressão tão difícil de mastigar!

Também eu me associo a uma cuspidela generalizada contra tanta cegueira! Quer passe ou fique nos quartos-de-final da Liga dos Campeões, parabéns FC Porto!

E obrigado pela noite fantástica de Old Trafford... entre outras, claro!"


In Sic Online - 8 Abr 2009

quarta-feira, 8 de abril de 2009

GRANDE PORTO!


E o que se diz lá por fora desta exibição do Porto frente ao colosso Manchester?
Fui dar uma vista de olhos e é um regalo para o ego!

JORNAL AS - ESPANHA:


Os Espanhóis dizem que o jogo teve um claro domínio luso, sobretudo na primeira parte! Classifica ainda o Fernando como director da orquestra (alguém se lembra do Paulo Assunção?) dos hiper-activos Hulk e Rodriguez e refere igualmente o penalti que não foi assinalado ao Hulk. Para terminar, dizem que o Manchester terá que suar muito para seguir em frente.

JORNAL MARCA - ESPANHA:


Diz o jornal Marca que o Porto apresentou a sua candidatura a esta Champions, com um jogo para recordar e dando um recital. Mais, diz ainda que o Porto manietou o Manchester na primeira parte.

JORNAL THE INDEPENDENT - INGLATERRA:


O jornal diz que, mesmo antes do Porto ter marcado, já a sua velocidade e capacidade de passe tinha deixado a sensação que o jogo não seria fácil.

JORNAL THE SUN - INGLATERRA:


O sensacionalista refere um dado importante: nunca nenhum clube Inglês ganhou no Porto e será isso que o Manchester terá que provavelmente fazer. Relativamente ao jogo, o jornal diz que o Manchester pode dar-se por contente com este empate e recorda que foi o Porto quem eliminou o Manchester há 5 anos atrás.

Em suma, como é bom ler estas notícias, quando falam bem do FCP!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Man United: 2 - FCP: 2


Que gozo deu este empate. E deu por muitas razões: porque os Ingleses pensavam que eram favam contadas, porque pensavam que Portugal não podia ombrear com os milhões da Premier League, pelo sorriso do Sir Ferguson aquando do resultado do sorteio, pelas bocas que ouvi, imaginando uma humilhação do clube Portista, pela televisão pública que temos, que no telejornal nem uma referência fez ao excelente resultado do Porto, por Portugal e principalmente por ser Portista!

Bem sei que o Man United pode perfeitamente ganhar no Dragão, mas o primeiro murro foi nosso! Se me perguntassem antes do jogo se queria um 2-2, eu fechada o negócio na hora, pois empatar diante o campeão da europa e do mundo no seu terreno, seria muito bom. Depois dos 90 minutos, fico provavelmente com uma sensação de "soube a pouco".

Este "soube a pouco" resulta principalmemte de uma primeira parte de grande nível. O Porto entrou no jogo com grande personalidade e foi para cima dos red devils sem receio, tendo conseguido o golo logo nos instantes iniciais. O golo não caiu do céu, uma vez que instantes antes, já o Lisandro tinha disparado para grande defesa do Van der Sar. Foi na realidade um grande início de jogo e mesmo a ganhar por 1-0 o Porto não se fechou a 7 chaves. O Manchester tinha grandes dificuldade para entrar na bem organizada defesa do Porto e só uma infelicidade do Bruno Alves permitiu ao campeão europeu empatar. Na verdade, os craques do Man nunca conseguiram importunar verdadeiramente os Portistas. Não por demérito, mas sim porque o Porto esteve mesmo muito bem.

Pode ser que esta oferta dê sorte, uma vez que já contra o Atlético, o Porto deu um brinde semelhante, só que na altura o pai natal foi o Helton. Por falar no Helton, até que enfim que volta a fazer uma exibição digna dos bons velhos tempos. Não comprometeu (era um dos meus maiores receios) e até fez excelentes defesas.

Como seria de esperar, o Porto sentiu mais dificuldades na segunda parte. Afinal de contas o Manchester jogava em casa, possui melhores jogadores e estava em desvantagem no marcador (eliminatória, entenda-se). Mesmo passando por momentos sofríveis, o campeão nacional nunca descorou o ataque e sempre que podia tentava segurar a bola para "respirar". Antes do louco final, o Porto ainda teve um penalti que devia ter sido assinalado. Mas está bem, já estamos habituados com isto internamente e damos esta de borla!

Os últimos 5 minutos foram realmente alucinantes, com a emoção a ser elevada ao máximo.O Manchester marcou num lance inofensivo e onde me pareceu haver uma ligeira falta de concentração. Mesmo dando mérito ao Rooney e ao Tevez, julgo que os defesas podiam e deviam ter feito mais. No momento em que já me tentava contentar com o 2-1, eis que o Lisandro segura a bola, contemporiza, descobre o Mariano ao segundo poste e este faz o segundo do Porto. Nesta altura dei um pulo do sofá que até a minha filha se assustou, mas depois de olhar para mim e ver que me estava a rir começou a dizer: Poto, poto! aí está mais um motivo para o gozo deste empate!

Pode não querer dizer nada (como não diz), mas o que é certo é que há 5 anos o Porto empatou no teatro dos sonhos aos 89 minutos, tal como aconteceu hoje. Com este empate e com esta vantagem na eliminatória, pode ser que o Porto consiga chegar à final igualmente como há 5 anos! Como dizia o Torres, deixem-me sonhar!

Agora vou jogar um Pro-evolution e simular a vitória da 2ª mão! Vou dar goleada ao Man United!

MST DIXIT


Por falar em cegos, eis um que fala sobre outros que queriam ver mais do que podiam!
Hoje o MST parece o Hulk, demolidor!

"Os vencidos do apito encarnado"

1 Como seria de esperar, Luís Filipe Vieira não perdeu tempo a dizer o que pensa sobre a consumação total da derrota que ele e o Ministério Público (MP) encaixaram nos três processos do Apito Dourado instaurados contra Pinto da Costa. E o que ele pensa é aquilo que era de prever: que uma justiça que absolve Pinto da Costa não presta, por natureza. Para o presidente do Benfica, não há que ter qualquer pudor: tanto lhe faz que alguém tenha sido sistematicamente absolvido ou nem sequer pronunciado em vários processos, tanto lhe faz a opinião unânime de todos os juízes chamados a pronunciar-se, tanto lhe faz a própria ideia de Justiça ou de Estado de Direito. Só lhe interessa o seu isento critério: haveria justiça se Pinto da Costa tivesse sido condenado; como não foi, tudo isto vale zero e é uma fantochada. Nos próximos tempos, vamos ver Vieira a percorrer as chafaricas do País insinuando que Pinto da Costa subornou cinco tribunais e nove juízes para ser declarado inocente. Mas que outra coisa seria de esperar de quem montou, de fio a pavio, a mais transparente campanha de manipulação contra um clube jamais vista?

O Apito Dourado foi a Alfarrobeira do futebol português (perguntem ao João Gabriel o que foi isso). Com a diferença de que terminou melhor que Alfarrobeira: desta vez, a inveja dos medíocres não triunfou, apesar da disparidade de meios em confronto. Mercê de um extraordinário despacho do sr. Procurador-Geral, ordenando ao MP que recorra em todos os processos que Pinto da Costa ganhasse (o dr. Pinto Monteiro não paga as custas nem os custos do seu bolso...), a sentença de Gaia vai ainda ser objecto de apreciação pela Relação, mas apenas para satisfazer o despeito do dr. Pinto Monteiro e da dr.ª Maria José Morgado. Mas o Apito está morto — como eu sempre previ que aconteceria a um processo cuja única fundamentação assentava na credibilidade de uma testemunha como Carolina Salgado, a par do desejo de, por esta via, tentar justificar a incompetência com que o Sport Lisboa e Benfica é gerido há vários anos, permitindo ao sr. Vieira manter-se no trono que tanto prazer lhe dá.Chegou a hora de passar ao contra-ataque — que eu espero que o FC Porto não perdoe — e para o qual dou aqui a minha contribuição, lembrando apenas quem são os principais vencidos desta suja querela. Ei-los.

LUIS FILIPE VIEIRA — O presidente do SL Benfica foi, como disse, o mentor principal de todo este embuste. Os objectivos eram desacreditar o mérito dos êxitos do FC Porto — cuja justiça é visível por qualquer um de boa-fé —, e dar ao próprio, na secretaria, as vitórias que se revelou incapaz de conquistar em campo, tentando levar à Europa, pela porta dos fundos e em prejuízo do Porto, a indigente equipe de futebol do Benfica que por aí se exibe à vista de todos (domingo, na Reboleira, não fosse mais uma arbitragem amiga a atrapalhar as contas do dr. Cervan, e lá teriam ficado, muito merecidamente, mais dois ou três pontitos...). Para tal, nem hesitou em lançar mão daquela que, em pleno Estádio da Luz e para vergonha dos portistas, o tinha ido insultar e a quem ele havia destratado como se lembrarão, numa declaração que fez na altura. Mostrou quais eram os seus métodos, os seus princípios e a «moralidade» que por aí anda a apregoar. O episódio da tentativa de entrar à força na Champions, marimbando-se para a tal verdade desportiva (e contando, para tal, com a prestimosa colaboração do dr. Ricardo Costa), foi o momento mais negro da história de um clube que tem inúmeras páginas de reconhecida e justa glória. Vieira foi o autor moral de três derrotas judiciais exemplares, o frustrado líder de uma conspiração ditada pela inveja e pela mediocridade. Se tivesse alguma humildade, que manifestamente não tem, meditava na lição.

CAROLINA SALGADO — A raiva de ter perdido o estatuto de Primeira Dama do FC Porto, levou-a a um exercício de vingança em que não olhou a meios e em que não se revelou diferente do que já se sabia que era. Intitulou-se escritora (do livro de cabeceira do Barbas, que nem sequer escreveu!), inspirou um filme, posou como ícone sexual para a Maxmen, imaginou-se figura do jet seis e uma mártir da justiça protegida pelos seguranças da dr.ª Morgado — e acabou indiciada como perjura. Como disse o advogado de Pinto da Costa, foi usada, utilizada, abusada. E agora a má notícia: como deixou de ter utilidade, vai ser deitada fora. Até porque nunca se sabe se alguém não resolve investigar a fundo as suas motivações outras e não acaba por se tornar perigosa para quem a inventou.

LEONOR PINHÃO — Felícia Cabrita escreveu no SOL (sem nunca ter sido desmentida) que, nos primórdios do Apito, Leonor Pinhão se reuniu num hotel de Lisboa com Carolina Salgado, Luís Filipe Vieira e dois agentes da PJ que tinham o processo a cargo — uma eloquente reunião que desde logo fazia prever o tipo de investigação que aí vinha. Desde o início, que a minha distinta colega de opinião neste jornal assumiu entusiasticamente o papel de criadora da criatura, indo ao ponto de escrever o guião de um filme baseado nas verdades da d.ª Carolina que não se preocupou minimamente em confirmar. O ódio ao FC Porto cegou-a, chegando a escrever aqui que «detalhes» como o «nexo de causalidade» num suposto crime de corrupção não interessavam nada. E onde estão as vitórias do Benfica, desde o Apito?

PINTO MONTEIRO — Um dia depois de ter tomado posse como Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro declarou que ia ler o livro de Carolina e abrir investigações com base no que lá estaria — como se fosse o caso mais importante que tinha encontrado. Depois, nomeou um dream-team com a missão única de caçar Pinto da Costa, sem olhar a meios ou despesas. Enfim, na iminência da derrota total, teve ainda o desplante de declarar que nada ficaria na mesma depois do Apito, pois tinha conseguido incomodar e assustar... os inocentes. Nada deveria ficar na mesma, de facto. E, atendendo não só ao desfecho do Apito, mas ao desastre absoluto que tem sido a sua gestão à frente do MP em tudo o resto, há uma coisa pelo menos que, houvesse pudor, deveria mudar: ele próprio.

MARIA JOSÉ MORGADO — A estrela do MP nem por um instante se deu ao incómodo de fingir que o objectivo do Apito era apurar se havia corrupção no futebol português. Fixou-se num único alvo e conduziu, contra todas as evidências e contra todos os deveres da função, uma campanha ad hominem, na qual gastou milhões de euros aos contribuintes, ancorando-se unicamente no testemunho de alguém que não lhe poderia merecer credibilidade alguma. E, quando tanto se fala em pressões e independência dos magistrados do MP, ela obrigou-os a reabrir processos arquivados, a acusar sem convicção, a recorrer sem fundamento. No limite, por sua ordem ou não, permitiu que o MP lançasse mão do mais indecoroso expediente que jamais vi num tribunal criminal, aliciando uma testemunha da defesa durante o próprio julgamento e arrancando-lhe, altas horas da madrugada, uma declaração escrita em que dizia que tinha andado a mentir durante dois anos. Para mim, o prestígio da senhora, conquistado a duras penas, morreu aqui e com ele afundou-se ainda mais no abismo onde hoje vegeta o prestígio do próprio MP.

RICARDO COSTA E O CD DA LIGA — Num último acesso de raiva e num tirar definitivo da máscara, o dr. Ricardo Costa e os seus pares do CD, escolheram a véspera da leitura da sentença que sabiam que só podia absolver Pinto da Costa, para se lembrarem de aplicar a Lisandro o mais vergonhoso castigo que alguma vez saiu da imaginação daquelas descontroladas cabeças. Estiveram à beira de conseguir tirar da Europa o único clube que prestigia Portugal e que merece lá estar, condenaram por invocada tentativa de corrupção o presidente do FC Porto a dois anos de suspensão (e de silêncio!), e tudo com base em fundamentos e provas que cinco tribunais comuns reduziram a pó e a má-fé. E agora, dr. Ricardo Costa, o seu belo palavreado pseudo-juridico também vai decretar que todos os juízes estavam feitos com Pinto da Costa? Saia, homem: a vida não é a feijões!

2 E, como o futebol se joga no campo, o FC Porto foi a Guimarães, com tudo contra si (Lisandro castigado pelo dr. Costa pelo crime de ter sofrido um penalty não assinalado, outros ausentes por cansaço, autocarro apedrejado, ambiente de intimidação, festival de pancadaria no Hulk (como táctica dos da casa e perante a complacência criminosa do árbitro), e deu mais um banho de bola e uma lição de verdade desportiva às pretensões justicialistas dos Vieiras, Salgados e Morgados, Costas e demais. Ora, chorem.

Hoje à noite, em Old Trafford, a missão é quase impossível, face à maior potência desportiva e financeira do futebol, campeão europeu e mundial em título. Mas estes jogadores têm uma fibra e uma coragem para os grandes momentos que nos levam a acreditar até ao fim. Só espero duas coisas: que o Helton não ofereça um ou dois golos (já em Guimarães voltou a tentar), e que o Cristiano Ronaldo de logo à noite seja o da Selecção e não o do Manchester: aquele que falha golos fáceis, joga pouco ou nada e acha que os colegas é que atrapalham.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A Verdade Desportiva e a Champions

Perguntei há dias o que diria o presidente do SLB, agora que o processo do apito foi fechado e decidido. Repito decidido, pois tenho lido algumas imprecisões nos últimos dias, nomeadamente na sua classificação. Não amigos benfiquistas, este processo não foi arquivado nem está em andamento. Este processo foi a tribunal, julgado e sentenciado. A juíza (não o bêbado da taberna do lado) ilibou o presidente Portista! Por muito que vos custe, Pinto da Costa é inocente!

Voltando ao início, mais depressa perguntava pela reacção do LFV, mais depressa ele voltava à treta do costume. Lá veio ele novamente com o choradinho da verdade desportiva (estaria a referir-se à taça da liga ou ao jogo do Estrela?) ou que há “alguns que podem continuar a agir fora da lei, com total impunidade”.

Depois da decisão do tribunal, pensava que o presidente encarnado poderia mudar um pouco a cassete, pois já não há pachorra para o aturar. Bom, na verdade estou a ser injusto, uma vez que aproveitou a inauguração de uma casa do Benfica para lançar a machadada final e olhar para o futuro: “Estamos cada vez mais fortes”. Seguiu com um decidido “A nossa missão é estar no primeiro patamar em todas as frentes", concluindo "Se seguirmos nesta linha seremos imparáveis. Estamos cada vez mais fortes para consolidar o que iniciámos há 8 anos."

Ainda fui ver novamente se estas declarações foram dele ou de um gato qualquer porque o teor cómico é altamente vincado. Senão vejamos:

- “Estamos cada vez mais fortes” – desgraçado, mal sabia da exibição que lhe esperava…

- “A nossa missão é estar no primeiro patamar em todas as frentes" – todas as frentes?? Estar em primeiro lugar??

- "Se seguirmos nesta linha seremos imparáveis. Estamos cada vez mais fortes para consolidar o que iniciámos há 8 anos." – Há 8 anos???? Não tens vergonha? Imparáveis? Já ouço isto há 8 anos. Mas também já digo há uns anos valentes que o Euromilhões me vai calhar na sorte!

De verdade em verdade (e já vimos que a verdade de LFV não é assim tão verdade), o Porto lá vai jogar mais um jogo da Champions, esperando que um milagre possa acontecer. Uma coisa é certa: Neste momento a obrigação está feita e portanto tudo o que vier à rede é peixe, sendo que temos, obviamente, a esperança de pescar um graúdo!

domingo, 5 de abril de 2009

Guimarães: 1 - FCP: 3


Estou estupefacto com a capa do jornal Abola. Será que estamos perante uma diferente forma de fazer jornalismo?

Estupefacção à parte, a vitória do Porto confirmou-se tal como tinha previsto a meio da semana. Mesmo quando ao intervalo o Porto perdia, a certeza da vitória mantinha-se. Tinha quase a certeza que o Porto ganharia este jogo, porque o Porto é muito forte quando existem forças externas que tentam martelar aquilo que ninguém dentro das 4 linhas o consegue fazer.

E ontem ficou provado mais uma vez que o Porto é de facto a melhor equipa do campeonato. Foi uma vitória limpinha, sem simulações e com muita velocidade de um jogador, que é cada vez mais o melhor deste campeonato. Hulk só é parado à leia da bala e aqui sim, deviam castigar aqueles que lhe dão nas pernas, sem que exista a mínima intenção de jogar a bola. Há uns anos diziam "deixem jogar o Mantorras" e agora é a vez de se dizer "deixem jogar o Hulk!"

Depois de ter feito, há umas semanas atrás, o meo culpa relativamente ao Hulk, é a vez de fazer o meo culpa relativamente ao plantel do FCP. Fui um dos que critiquei este plantel e fui um dos que disse que o Porto não tinha grandes soluções para além dos 11. Ontem o Jesualdo mostrou-me que afinal ainda temos outras soluções. Relembro que o Porto jogou sem 3 titulares indiscutíveis - Lisandro, Lucho e Rodriguez - e mesmo assim a equipa não se ressentiu. Mariano voltou a fazer um bom jogo, Tomás Costa cumpriu e Farias voltou a dar-me razão. Isto é, jogou a titular, jogou os 90 minutos e ... marcou.

Na verdade o Porto fez um jogo muito bom e o vitória só se adiantou no marcador por mero acaso. Com uma desvantagem injusta ao intervalo, o Porto entrou com tudo na segunda e a reviravolta foi conseguida com mérito, mesmo tendo tido alguma felicidade na obtenção do segundo golo, sendo que temos que dar mérito ao Mariano, pela forma como aproveitou uma bola quase perdida.

Foi um passo muito importante rumo ao Tetra e julgo que agora só um Tsunami poderá tirar o título - que será TETRA - ao Porto. Bom, ou um tsunami ou simulações de batoteiros.

sábado, 4 de abril de 2009

Mestre Pinto


Para mim, as reacções que tenho ouvido e lido dos vários adeptos de futebol, relativamente à ilibação de Pinto da Costa no caso do envelope, são um barómetro da forma de estar de cada um no futebol.

Consigo perceber claramente quem tem uma forma de estar honesta ou desonesta, desportiva ou anti-desportiva, racional ou irracional, intelectualmente inteligente ou de mentalidade tacanha.

Cada um tem a forma de estar que quiser, mas eu só discuto futebol com os primeiros.

Todos aqueles que se congratulam com esta decisão, (atenção que não são todos os portistas), serão aqueles que têm uma forma de estar no futebol desonesta, facciosa, tacanha de mentalidade e irracional, não merecendo sequer uma troca de argumentação elevada.

E há muitos por aí. Ainda no fim-de-semana passado estive com um portista, que me disse frontalmente que o que interessava era ganhar, nem que seja gamando. Obviamente, a conversa para mim terminou ali. É como se estivesse a discutir a legislação penal em Portugal, com um cigano que só tem a quarta classe. Para mim, para se falar de futebol, é necessário haver um pressuposto básico: seriedade. De outra forma, não há elevação suficiente, na troca de argumentos.

Mas voltando a este caso concreto, ficou provado no tribunal que Pinto da Costa recebeu o árbitro em casa na véspera do jogo (confessado pelo próprio). Para todos os adeptos sérios e de bom senso, o julgamento popular devia terminar aqui. Não há mais nada, que seja importante a partir daí. A decisão do tribunal, é simplesmente acessória.

Aliás, como é que tecnicamente é possível provar que o árbitro recebeu dinheiro em notas? É simplesmente impossível.

A decisão do tribunal, é uma decisão FORMAL, de quem não conseguiu provar a corrupção, o que não quer dizer que ela não houve. E como todos sabemos, o árbitro não foi a casa de PC para ser consultado astrologicamente.

Como me dizia um professor da Católica, Pinto da Costa é cada vez mais o Corleoni português. Todos sabemos que é corrupto, mas ninguém o consegue apanhar, e será preso por fuga aos impostos.

Agora, a forma como cada um olha para isto, é que é interessante, e cada vez vou tendo menos pessoas com quem posso falar de futebol.








PS: Pinto da Costa, apenas confirma a regra de Fátima Felgueiras, Avelino Ferreira Torres, Isaltino Morais, etc... Vamos todos pular de contentamento.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Mais um que cai


Mais um tribunal comprado, mais uma juíza comprada e mais uma facada para a super mulher Maria José Morgado. Pinto Costa foi hoje ilibado no caso conhecido como "envelope". Diz a juíza que Carolina Salgado não tem qualquer credibilidade. A juíza disse ainda que ao tribunal não cabe falar em suposições , mas sim certezas. Ao contrário de um tal de Ricardo, os tribunais ainda se baseiam em certezas e não em mentirosas escritoras que só o são porque alguém a patrocinou.

Com a participação na Champions arrumada pela FIFA e com o apito a desfazer-se em cinzas, o que dirá o amigo da Maria José daqui em diante? O que dirá aos sócios?

Trabalhem palhaços!

E o FCP até foi campeão


Interessante o artigo do Rui Moreira para aqueles que, como eu, não domina o caso "Calabote". Curioso que também eu ouvi esta justificação há uns dias...

Diz, então, o Rui Moreira:

"E o FCP até foi campeão"

"MEIO século depois, é este o argumento que alguns benfiquistas invocam para justificar a arbitragem de Calabote, na mais famosa última jornada da história.O FC Porto (que visitava o Torriense) e o Benfica (que recebia a CUF) estavam empatados em pontos e os portistas tinham vantagem no goal-average. Os factos estranhos começaram durante a semana, quando o treinador-adjunto do Benfica passou a orientar a equipa de Torres Vedras. Mas, o roubo de igreja aconteceria na tarde dos jogos. O jogo do Benfica começaria quando em Torres Vedras já se jogava há alguns minutos e o árbitro, o tal Calabote, compensaria a equipa caseira com dois penalties logo a abrir o jogo, a que se seguiria outro no reatamento, quando a CUF já substituíra o seu pouco empenhado guarda-redes.

Destes penalties, rezam as crónicas que dois foram inventados. Mas, as ajudas não chegaram. O FC Porto, que acabou o jogo à hora normal, esperou um quarto-de-hora para ouvir, pela telefonia, o apito de Calabote, que lhe daria o título por um golo de diferença. Diria o treinador da CUF que só se admirou que «o árbitro não tivesse arranjado um quarto penalty, nos últimos minutos».

Perante as desculpas de Calabote, que acabaria irradiado, disse o presidente da Arbitragem, o belenense Coelho da Fonseca que «todas essas desculpas, são boas para ele contar aos seus amigos. Ele diz que foi por ter começado o jogo dois minutos mais tarde. Ora agora pergunto eu: algum dirigente no mundo poderia irradiar um árbitro por isso?».

Meio século depois, em dia de enganos, um justiceiro voltou a aplicar a lei da brilhantina para tentar fazer história e beber champanhe à custa do FC Porto. No futuro, a história contará que, também desta vez, não conseguiram impedir o FC Porto de continuar na Champions e de ganhar o tetracampeonato."

HÁ COISAS QUE NUNCA MUDAM...

Quem será este gordo choramingas, com um cabelinho à fod**se e uma camisa padrão-pré-Fátima-Lopes, que mais ninguém defende senão o pai?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O Jesualdo também lê o FootBicancas


Vê-se bem que o Jesualdo, e muito bem, lê o FootBicancas. Também Jesualdo diz que o castigo do Lisandro é um antecedente perigoso. O treinador Portista relembra, e muito bem, que não viu ninguém a falar do Penalti que ficou com por marcar sobre o Lucho. Finalmente disse ainda, e muito bem, que o Lisandro já estava de fora para o jogo de Guimarães depois de ter visto um amarelo injustificado (curiosamente num penalti não assinalado).

Ou seja, já o tinha dito, mas reafirmo: Esta punição é histórica! E não é só pelo castigo isolado em si. É porque a lei existe há dois anos e só agora se lembraram de a aplicar. Será porque o campeonato está a chegar ao fim ou será pelos investimentos (confirmados pelo próprio) que o presidente benfiquista está a fazer na liga?


quarta-feira, 1 de abril de 2009

Obrigado Ricardo!


Concordo inteiramente com o JMMA (na sua crónica infra): O 1 de Abril devia ser o dia do futebol Português! Pelo menos será, certamente, um dia para mais tarde recordar, já que se trata de um dia onde se estreou uma regra novinha em folha.

Depois do Porto ter inaugurado os sumaríssimos, eis que o Porto, curiosamente, inaugura uma nova regra, saída da cabecinha pensadora do Presidente da Comissão Disciplinar, Ricardo Costa. Desta vez foi Lisandro a padecer. O jogador portista vai ter que ficar de fora um jogo, por ter simulado (segundo a sua opinião) um penalti no jogo contra o Benfica. Ou seja, a juntar à suspensão pelo 5º amarelo, o Porto ficará sem o melhor marcador da época passada durante os próximos 2 jogos do campeonato. Afigura-se um final de temporada muito difícil para os lados do Dragão.

O que é certo é que se abre um precedente muito perigoso, pois a partir de agora não são os árbitros que decidem um lance, mas sim um Super-árbitro que estará sempre com olhar de lince para os avaliar. Os árbitros deixarão de ter a última palavra, uma vez que existe um Supra-sumo capaz de interpretar aquilo que vai na cabeça dos potenciais infractores. O que será simulação? Como se avaliará? Com que critérios? Utilizando a expresão do JMMA, o que será mentira e o que será verdade? Cuidado Ricardo!

Depois desta decisão inédita mundialmente, esperarei para ver as simulações futuras. Sorte teve o Maradona, pois se o Supra-sumo pertencesse à comissão da FIFA no mundial de 86, o Argentino seria suspenso, no mínimo, por 1 ano! Já estou a ver a próxima decisão do Ricardo: Hulk fica de fora por 1 jogo por excesso de velocidade!

Não obstante, devo agradecer ao trengo. Tenho a certeza que esta decisão vai gerar uma onda de indignação no balneário Portista e quase que aposto que o Porto vai ganhar em Guimarães, dando o passo decisivo rumo ao Tetra. É que o Porto gosta destes "picanços"!

Toques de Cabeça

O DIA DO FUTEBOL
Por JMMA

No futebol português, vivemos rodeados de meias verdades, que são mais perigosas que mentiras. Quase nada do que se vê e ouve nos dirigentes ou no discurso dos técnicos é inteiramente mentira, mas também quase nada é rigorosamente verdade.

Não é completamente mentira que os dirigentes do Braga e do Sporting renunciaram aos cargos na Liga por protesto contra os erros de arbitragem; mas não é certo que o fariam se os erros havidos prejudicassem outros clubes que não os seus. Mostraram, assim, que estavam lá para puxar a brasa à sua sardinha; mas a verdade é que a justificação de para lá terem ido nunca foi essa; tal como não foi essa a razão para de lá terem saído.

A afirmação do seleccionador nacional sobre o jogo com Suécia de que este encontro não era decisivo para Portugal se qualificar para a África do Sul – não é inteiramente mentira. Esperemos é que não seja inteiramente verdade o que ele, seleccionador, também já havia dito antes do jogo anterior: a Albânia não é o favorito para ganhar o Mundial, mas é favorito para nos pôr fora do Mundial.

A mentira com que nos habituámos a viver é um desastre educativo. Andamos anos a dizer às crianças que é importante não mentir e depois elas descobrem que passamos a vida a manipular a verdade. Se ‘bread’ é pão e ‘cheese’ é queijo, como explicar-lhes que ‘bred & cheese’ significa sanduíche de caviar? Da mesma forma, se ‘goal’ é golo e ‘average’ é média, nunca, em boa verdade, ‘goal-average’ pode ser ‘diferença de golos, como foi dito quando o Belenenses reclamou a permanência na Taça da Liga em vez do Guimarães.

Esta é a prova mais acabada de que vivemos na ilusão. Não interessa o que é, o que interessa é o que convém, ainda que tal não passe de uma aparência ilusória. A partir daqui tudo é possível e admissível, desde que alguém goste de ver. E geralmente sempre há quem goste. Se a decisão coubesse aos adeptos – noticiava um jornal na altura – o Belenenses não teria (tal como aconteceu) qualquer hipótese de chegar às meias-finais da Taça Liga. É que na opinião da maioria dos inquiridos no estudo de opinião, feito pela Eurosondagem, a expressão goal-average significa o "resultado dos golos marcados subtraídos pelos golos sofridos", tal como defendeu a Liga de Clubes. Perfeito! 2 + 2 não são 4, será o que ditar o resultado da sondagem.

E o problema é esse mesmo. O problema é que há muita gente em Portugal que gosta de ver o que não é, para se esquecer do que é. Repito: a culpa não é dos jornais nem dos dirigentes. A culpa é dos leitores dos jornais e dos adeptos dos clubes, que são quem determina o que os dirigentes e os jornais fazem. O problema é que para muitos portugueses as ilusões são mais importantes que a verdade. Se na economia, gostamos de acreditar que é possível vender produtos que ninguém compra, ou criar empregos onde não há trabalho, no futebol, nada mais nos enleva do que a expressão «matematicamente possível».

Aliás, nada está mais longe das preocupações do adepto comum do que a verdade. Estou mesmo convencido que a maioria deles acha até que a verdade não existe. É por isso que não há discussão técnica possível sobre futebol, há debates. Debates onde está um de cada lado ou, de preferência, onde estão três, um do Porto, outro do Benfica e outro do Sporting. O que cada um deles diz, sabemos bem, não passa da sua opinião sectária e parcial. E, portanto, é mentira. Mas, para o adepto, o que interessa não é a verdade. O que interessa é a soma das mentiras todas. Cá para mim, o dia 1 de Abril devia ser o «dia do futebol português».

Foot Bicancas adquirido pelo JN (secção desporto)



Pois é, depois de ter sido eleito como o Blog da Semana, na revista do JN, o Foot Bicancas é agora comprado pelo mesmo jornal nortenho...

Estamos perante uma grande prova de sucesso desta iniciativa que arrancou há cerca de 4 anos a esta parte.

Para já, o blog vai continuar nos mesmos moldes. Será comunicado em breve alterações que advém desta aquisição por parte do JN.

Saudações €€€€