quinta-feira, 24 de junho de 2010

Toques de Cabeça

Queiroz, o Hitchcock dos Relvados
Por JMMA



Ontem pensava acabar morto ou simplesmente agonizante e, afinal, acabei imaginando o 11 de Julho, a comemorar a minha primeira noite como campeão mundial!

Foi um dia mexido. Comecei-o em rituais xamanísticos, implorando que os coreanos deixassem cair uma moedinha. Passei, depois e com o coração nas mãos, para Kim Jong-Hun, um seleccionador que a esta hora ainda está convencido que o Queiroz é o ‘Special One’ e que Bruno Alves quer dizer Bruce Lee em português. Podia ser mais ambicioso, mas o que me interessava, ontem, era só sobreviver. Sobrevivi... e saíu-me o Euromilhões.

Sete vezes gooooolo! Ontem, verdade seja dita, foi também o dia em que pensando em Carlos Queiroz, o professor da Faculdade de Motricidade Humana, pela primeira vez não tive desejo de fazer o único gesto de motricidade humana que conheço: o manguito. O homem, afinal, é o Hitchcock dos relvados: treina-nos para deixar o prazer sempre para mais tarde.

Virtualmente apurados para os oitavos-de-final, nada está ganho, é certo. Mas a nossa selecção pode, pelo menos, enfrentar o Brasil sem tremer. Aliás, depois do épico tareão à Coreia do Norte, quem está com cagaço é o Brasil.

Ao que sabemos através de fonte segura (a mesma que primeiro garantiu que a lesão de Nani afinal não foi na costela, mas sim uma entorse na língua por tocar vuvuzela) foi acordado entre as federações brasileira e portuguesa, a favor do equilíbrio no resultado, que os três brasileiros com nacionalidade portuguesa joguem pelas duas selecções. Isto é, na primeira parte alinham por Portugal e depois do intervalo trocam de camisola e alinham pela “canarinha”.

Os jogadores em causa estão eufóricos e, para evitar embaraços, não deverão cantar nenhum dos hinos. Deco, a pensar no futuro próximo, irá entoar o “Amor Sertanejo” de Lucas e Mateus. Pepe, o mais tuga dos três, já escolheu o “Atirei o pau ao Gato”. E Liedson, por consideração ao país que lhe mete todos os meses 200 mil euros na conta bancária, irá cantar um fado da Amália, o “Povo que lavas no rio”.

Vai ser giro.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

KIM JONG-IL ESCREVE AO “AMIGO GILBERTO”
Por JMMA



“Caro Gilberto, espero que esta te vá encontrar bem de saúde, assim como todos os teus. Nós por cá todos bem, excepto o Kim Jong-un, o meu mais novo, que, além de estar viciado na Ana Malhoa, ultimamente tem andado muito deprimido por causa do berro das vuvuzelas. O ruido é mau para nós e nem sequer tem piada. É bom que queiram proibi-lo. Suprimir as vuvuzelas do Portugal-Coreia seria um bom começo, juntamente com os altifalantes no estádio e as declarações do Queiroz. Mas porque não eliminar antes as pessoas que sopram nas cornetas, gritam nos altifalantes e demais perturbadores públicos? Com isso matavam-se dois coelhos de uma cajadada. A Ane Chol Hyok teve gémeos e descobri um restaurante em Pyongyang que serve um ‘kimchi’ delicioso que, acompanhado com um Esporão tinto, até parece papas de sarrabulho.

Percebi que, tu e eu, somos duas almas gémeas, porque todas as semanas pintamos o cabelo com a cor N23Y da L’Oreal e somos ambos o “Presidente Eterno”. Além disso, somos os dois abstémios. Quando era mais novo tinha por regra nunca beber antes de almoço. Hoje tenho por regra nunca o fazer antes do pequeno-almoço.

Escrevo-te pela segunda vez, Gilberto. Na primeira foi para te pedir a convocação do Zé Castro. Agora, quero que salves o mundo, se fazes favor. Caro Gilberto, se vocês perderem na segunda-feira, eu esqueço a bomba e não arrasto o mundo para um conflito nuclear que destruiria três quartos da vida no planeta e que, além disso, até poderia ter consequências nefastas. Peço apenas uma coisa: que joguem como contra a Costa do Marfim. Mas se algum português for expulso, abençoado seja ele, porque irá juntar-se a Deus no Paraíso e terá 70 virgens à sua espera no balneário.
Bem Gilberto, a carta já vai longa e tenho uma coisa ao lume. Aceita um abraço deste teu amigo e não f**** muito. Kim”

Madail sentiu o peso da responsabilidade e já terá feito sentir a Queiroz que o ideal era Ronaldo e Ricardo Carvalho não serem convocados. Como prova de boa vontade, Queiroz mandou retirar os falsos ídolos do balneário: as nossas senhoras de Fátima e da Conceição e o Danny. Pepe será titular, tal como Drogba, com uma protecção rígida no joelho.

terça-feira, 15 de junho de 2010

BOA SORTE!


Toques de Cabeça

DIÁRIO DO MUNDIAL
Por JMMA


Como vai ser o Mundial de 2010? Vai ser como sempre foi: serão onze contra onze e todos contra Portugal, incluindo os árbitros, os juizes de linha, a imprensa, a sorte, o poste da baliza, o vento e, agora também, o zunido das vuvuzelas.

15 de Junho, 13h28

CR7 não está com falsas modéstias e afirma, pela décima quarta vez, que pretende "explodir" neste Mundial. Se não for na PlayStation ou no pingue-pongue, na Irina Shayc, a belíssima modelo russa, será de certeza.

15 de Junho, 16h52

Portugal empata com a Costa do Marfim e os lisboetas culpam “jabulani” de comportamento leviano pró-africanista, tendo-se registado tumultos em vários bairros limítrofes da capital. Dezenas de famílias caboverdianas ficam desalojadas.

16 de Junho, 9h31

Madail tenta junto da FIFA a substituição do próximo adversário de Portugal, a Coreia do Norte, pela selecção de Malta ou das Ilhas Faroé. “Tudo o que acontece aos infelizes dos gregos é visto e apontado como um aviso sério para Portugal. Portanto, face à derrota da Grécia (0-2) frente à Coreia do Sul, quem vê as barbas do vizinho a arder...”, explica Madail.

17 de Junho, 11h18

FIFA indefere petição de Madail. Imediatamente, numa medida inédita, os jornais portugueses decidem contratar professores de matemática para fazer as contas sobre as probabilidades de Portugal ser apurado. Os cientistas concluem que Portugal terá de ganhar 12-1 à Coreia e 6-0 ao Brasil e esperar que o Brasil não ganhe por mais de um golo de diferença à Costa do Marfim, e que os coreanos por sua vez ganhem o último jogo por 9-0, com sete golos de Kim Jong-ill Mantorras na segunda parte.

17 de Junho, 21h03

A França, que começou por ser um deserto de ideias com o Uruguai não merecendo mais do que o nulo, voltou a desiludir frente ao México. Os jornalistas portugueses explicam aos congéneres gauleses o significado da expressão “chicotada psicológica”. No dia seguinte, os franceses adoptam o conceito de “coup de fouet psycologique” e finalmente demitem Domenech da selecção. Em Portugal tenta-se arranjar rapidamente uma maneira de traduzir “Gilberto Madail” para francês.

21 de Junho, 12h15

Portugal foi literalmente passado a ferro pelos rapidíssimos norte-coreanos, 3-0 no primeiro quarto-de-hora. Em menos de 5 minutos, Scolari recebe 93 telefonemas de jornalistas a pedirem para ele comentar o desnorte dos “navegadores”. Queiroz manda equipar o Eusébio.

27 Junho, 16h42

O jogo Coreia do Norte-Coreia do Sul, no Free State, acaba com batalha campal e violência nas bancadas. Felizmente, nenhuma das selecções estava apurada para os oitavos-de-final. Tratava-se apenas de um jogo amigável.

28 de Junho, 21h33

Os Estados Unidos eliminam a Sérvia nos oitavos-de-final da prova. Vosjislav Kostunica decide bombardear o Kosovo.

3 de Junho, 17h22

A selecção da Alemanha cai nos quartos-de-final. O presidente da Federação, Theo Zwanziger, assume o fracasso do projecto promissor de Joachim Low. Madail e Queiroz são oferecidos a Angela Merkel a custo zero, para os substituir.

11 de Julho, 21h57

A Itália empata todos os jogos 1-1 e chega à final, ganhando nos penalties, depois do empate a uma bola no final do tempo regulamentar.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Toques de Cabeça

MUNDIAL NO GOZO
Por JMMA

Alarme, apreensão e uma certa angústia estão a marcar as últimas horas na redacção do Footbicancas. Os elementos da equipa editorial (não se sabe se dois se os três) foram dados como desaparecidos este fim-de-semana, no VI Salão Erótico Internacional de Lisboa (SEIL), aonde se terão deslocado por engano.

Na origem do infeliz equívoco terá estado uma notícia do Público, na semana passada, informando que na pequena ilha maltesa de Gozo tinha arrancado o “Mundial Viva”, uma espécie de Torneio Zé Castro para equipas nacionais que a FIFA não reconhece.

Como eram só seis equipas, quatro delas tiveram a satisfação de chegar às meias-finais, que se jogava na sexta-feira: o Curdistão iraquiano contra a Occitânia e a Padânia contra as Duas Sicílias. Pelo caminho ficaram os anfitriões, o Gozo e Bela Provença.

Ainda segundo a notícia do Público, eram para ser nove equipas a disputar o Mundial Viva, mas o Tibete e a Gronelândia desistiram por falta de fundos e a selecção sami (antigamente chamados lapões) não pôde comparecer porque o presidente da associação não organizou uma equipa e porque falhou uma tentativa de expulsá-lo. O líder do golpe falhado, Hakan Kuroac, disse que “foi um dia negro para o futebol sami”.

Perante um evento futebolístico tão fantástico, o Footbicancas fez deslocar imediatamente toda a sua equipa editorial como enviado especial à final do Gozo. Só que, por qualquer razão ainda não descortinada, os bicancas (talvez tomando Gozo por gozo) em vez de rumarem à ilha de Malta ficaram-se pelo Parque das Nações, onde, como se sabe, decorria este fim-de-semana o Mundial das Atrizes, também ele um dos eventos futebolísticos mais aguardados do ano.

Acolhidos com todas as honras pela estrela do certame, a atriz checa do entretenimento para adultos Sílvia Saint, os bicancas terão sido solicitados pela sô Dona Sílvia para fazerem a palestra e preparação táctica do jogo para as meninas finalistas. Tanto quanto se sabe, durante a prelecção, baseada na tese de Luís Freitas Lobo “Riscos de ruptura do ligamento esterno cleido mastoideu e atrofia do estreito piramidal do segundo regimento do catater astrofásico do perónio perpendicular estigmatizado, quando se joga com havaianas”, proferida ao som da música de Quim Barreiros, algo terá corrido mal nos balneários.

Segundo o criminólogo Moita Flores, “num desaparecimento, as primeiras 24 horas são cruciais. Mas quando um gajo desaparece num balneário femininista, pegamos logo nas pás e vamos lá para fora escavar as hortas”. É medonho. Pede-se a quem os encontrar que os devolva ao Health Clube do Solar das Marinhas, à Loja do Associado Azul de Corpo e Alma e Banda de Música da Lixa ou contacte a PJ (por esta ordem).

O QUE SEMPRE QUIS DIZER, MAS NÃO TIVE TEMPO II


Esta capa da Abola é, juntamente com outras do Record, um nojo. Para além de não acreditar nisto, fazer esta capa no dia em se tornou oficial a contratação do Vilas Boas é, no mínimo, uma vergonha! Se já não comprava o Record há muito tempo, a partir deste momento não comprarei nem mais um exemplar deste jornal. Nem mesmo à 3ª para ler o MST.

Ainda relativamente a este boato, acho-o completamente despropositado. Mesmo que o Porto quisesse o Jesus, mesmo partindo deste princípio, acham que o Benfica o venderia? Nem pelos 40 M do Di Maria. E o PC não saberia disso? Claro que sim. Este boato é uma perfeita trenguice!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O QUE SEMPRE QUIS DIZER, MAS NÃO TIVE TEMPO


É verdade, ultimamente tenho andado completamente debaixo de água. Entre o nascimento de um novo sócio Portista até ao muito trabalho, não tenho tido tempo para o Blog. Sendo assim, vou escrever alguns Post’s com coisas do passado, tipo “FootBicancas Memória”. São assuntos sobre os quais quis escrever, mas que no momento não tive tempo. O primeiro deles, Jesualdo Ferreira.

O Tri-campeão saiu do FCP. Se querem a minha opinião, digo-vos que não concordei. Fiquei, aliás, com muita pena! O Jesualdo sempre foi um grande profissional e sempre defendeu o Porto de todas as maneiras e feitios. O que muitos consideravam como “vendido”, eu sempre o considerei como profissional. O Jesualdo sentiu na pele o que é ser relativizado. Relativizar vitórias, relativizar campeonatos, relativizar passagens sucessivas aos oitavos (no mínimo, foi esta a bitola dos últimos anos) da Champions, relativizar os sucessos individuais dos seus jogadores, relativizar o facto de o Porto não ter uma época a seco há anos e anos, relativizar resultados financeiros positivos, etc, etc. Jesualdo sentiu tudo e isto e, claro está, denunciou-o várias vezes. É chato, é verdade e custa ouvir.

Não me esquecerei também da forma e do momento que o Jesualdo entrou no Porto. Disse-o várias vezes que, depois do Co Adriaanse ter saído da maneira que saiu, o melhor treinador que o Porto podia ter contratado era mesmo o professor. Era talvez o único que naquele momento conseguia “pegar” no Porto, minimizando o impacto de uma saída abrupta. E confirmou-se. Jesualdo foi tri-campeão, passou sempre a primeira fase da Champions, levou o Porto em uma ou duas ocasiões aos quartos de final da Champions, ganhou taças de Portugal, Supertaças e só não ganhou a taça Lucilio Baptista. Em 4 anos, para além destes títulos, conseguiu ainda valorizar jogadores como poucos. Fez o Porto ganhar milhões e milhões de Euros em vendas, tendo sido precisamente isto que o traiu. Jesualdo conseguiu sempre refazer as equipas, mesmo perdendo 2 ou 3 jogadores chave por ano. Mas este ano correu mal. É que para além das saídas dos jogadores, teve outros problemas que não tinha tido até então, ou seja, lesões, túneis, castigos e flops nas contratações. Foi muita coisa ao mesmo tempo!

Por tudo isto, repito, fiquei com pena da sua saída. Era mais da opinião de ter o Jesualdo mais um ano e depois logo se veria. Como foi embora resta-me, como adepto Portista, agradecer o facto de se ter transformado em Portista como se não houvesse amanhã. Abraço!

AND THE WINNER IS


André Vilas Boas. Pois é, o treinador do FCP será o jovem Vilas Boas. Estou como estarão, provavelmente, a maioria dos Portistas, ou seja, muito céptico. O homem até tem estilo, trabalhou com o Mourinho uma porrada de anos, dizem que é mestre da táctica (há um que também se vende como tal e levou 3 a jogar com mais um), etc, etc. Mas o que é certo é que ainda não mostrou nada e o facto de ter trabalhado com o Mourinho não pode funcionar como cartão-de-visita decisivo, até porque Mourinho há só um. Em suma, esta aposta é como uma roleta Russa. A coisa tanto pode correr bem como pode estoirar para o torto…

Apesar de tudo, há umas coisitas que me deixam menos apreensivo. Desde logo o facto do Pinto da Costa o conhecer de outras vidas. O novo treinador do FCP já trabalhou no Porto e por isso a sua competência, ou pelo menos o seu potencial, é conhecido. Depois, o Vilas Boas terá, segundo se diz, como adjunto o Pedro Emanuel. Saber que o Pedro Emanuel estará no balneário deixa-me mais tranquilo, pois o antigo central do Porto é respeitado e é um líder. Se alguns dos “históricos jogadores” pensavam que podiam comer os miolos ao puto (treinador, entenda-se), a presença do Pedro Emanuel é garantia que isso não será possível.

Mesmo sabendo que a minha preferência seria outra (tipo um treinador lá para os lados de Braga), o Vilas Boas é a partir deste momento o meu treinador até prova em contrário. Sempre tive este comportamento perante a apresentação de treinadores para os meus clubes (Porto, Selecção e Famalicão). Antes de criticar seja o que for, há que dar tempo, ver o trabalho desenvolvido e depois aplaudir ou criticar. Por isso, és o maior Vilas Boas!
Up-Grade: Ouvi na rádio a sua apresentação e gostei! Gostei do discurso, do tom confiante e da determinação. Agora falta mostrar isto tudo nos treinos!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Toques de Cabeça

I’VE GOT A FEELING
Por JMMA


Cautela e caldos de galinha... parece ser a única divisa de Carlos Queiroz. “O produto final não será apresentado frente aos Camarões”, dizia na véspera o genial professor. E o que nos prometia, então? Depois de nos tranquilizar sobre os méritos do estágio na Covilhã - “foi fantástico” e “extremamente positivo”, “fizemos o possível” -, lá foi adiantando, sobre o embate de titãs com os Camarões, que “o grande objectivo é que ninguém se aleije”.

O xô prossor podia repetir se fáxavor? O grande objectivo é que ninguém se aleije... Para já um futebolista não se aleija, lesiona-se. Depois, qualquer jogo, por mais pelintra que seja, a menos que não passe de mera brincadeira, tem sempre no resultado a sua maior justificação. Ao que se sabe, os concorrentes de Portugal vão cumprindo com vitórias os seus programas de preparação. Mas a culpa desta anormalidade é com certeza dos treinadores, que devem ter pedido vitórias e golos para que as selecções se habituem a bater-se pelo sucesso. O que para o nosso guru só pode ser entendido como uma enormidade científica.

Enfim, o jogo com os Camarões serve também para “criar algumas aventuras”, “o importante é que todos estão a mostrar que querem jogar”... tudo isto me faz lembrar o outro (Artur Jorge) que desligava o som do televisor para pôr música clássica. O estado de alma acabou com esse outro como seleccionador. Se eu quisesse música contratava o maestro Vitorino de Almeida. Ora o que eu quero é golos.

Em todo o caso, parece que foi um bom ensaio. A Selecção Nacional não fez uma exibição de encher o olho, mas, diz a crítica, já jogou com mais motivação, deixando boas indicações para a África do Sul. Será? A minha primeira reacção foi pensar que mangavam comigo. Como é que através daquele magro aperitivo de camarões sem piripiri, ainda para mais em dose reduzida logo a partir da meia hora de jogo, se pode inferir que a Selecção já encontrou o rumo a seguir de modo a chegar, vencer e convencer, como?

Não sei, posso estar a ser mausinho. Mas a verdade é que enquanto certos treinadores até perdendo nos deslumbram, este Queiroz nem ganhando me convence. Nele, parece que tudo não passa de uma questão de etiqueta e mise-en-scène. Julgo que ontem percebi porquê. Como professor de Motricidade Humana Queiroz tem inevitavelmente um lado catedrático que o puxa para teses de mestrado. A de ontem foi sensacional: "temos de nos encontrar melhor com a bola”.

Tenho é um receio: assim não há vuvuzelas nem Black Eyed Peas que nos salvem. I´ve got a feeling.