quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ronaldo - A frase da semana

"Se o Benfica ganhar no estádio do FC Porto é porque merece. A jornada já estava marcada, o calendário é assim, aconteceu. Temos de respeitar os adversários, e o FC Porto, pela sua experiência, tem de saber que isso é normal. Lembro-me que, há 4 anos, o Chelsea foi a casa do Manchester e quando entraram em campo nós fizemos dois grupos e aplaudimos. Há que dar o braço a torcer a quem ganha o campeonato. Se ganharem é porque foram melhores e por isso não vejo nada de mal nisso. Quem ganha é porque merece, e se o Benfica for campeão merece aplausos e respeito".

Ronaldo

Grande Mourinho

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mais um local reservado


Consta que após a audácia deste piloto, Pinto da Costa terá mandado instalar baterias anti-aéreas.

Toques de Cabeça

RECORDANDO ABRIL (II)
Por JMMA

UM POUCO DE HISTÓRIA

Nos primeiros tempos a seguir ao 25 de Abril, com a revolução na rua, o futebol perdeu algum fulgor. Sem dinheiro e sem recurso às colónias, começa-se a importar maciçamente jogadores brasileiros, a maioria sem qualidade técnica. O próprio Benfica que se gabava de só ter jogadores portugueses, acabava com essa tradição. Os primeiros indícios de que a travessia do deserto estava a chegar ao fim só surgem 10 anos depois, com o apuramento do Benfica para a final da Taça UEFA (1983) e do FC Porto para a final da Taça das Taças (1984). Finalmente, no Europeu de 1984, a selecção nacional recupera o prestígio, sendo afastada da final pela França, que viria a ser campeã.

Surgem então os primeiros programas de apoio à alta competição, que se reflectem particularmente no atletismo. No futebol, a medida mais visível é a obrigatoriedade do arrelvamento dos campos de futebol.

Entretanto, as transmissões televisivas trazem dinheiro ao futebol na mesma proporção que afastam espectadores das bancadas. O acórdão Bosman, do Tribunal Europeu, consagra a liberdade contratual dos profissionais do desporto e cria a influente «classe» dos empresários. As grandes equipas tendem a ser vistas como empresas produtoras de espectáculos. Acaba aquilo que se designava por «amor à camisola».

Com a liberdade contratual, os melhores futebolistas portugueses passam a jogar no estrangeiro. Portugal é cada vez mais um país com uma boa escola de formação de jogadores e uma selecção nacional bem cotada.

Quando se iniciavam estas mudanças, há um facto estrutural da maior relevância para a evolução que o futebol haveria de conhecer até aos nossos dias. No final de Dezembro de 1985, quando o país se preparava para a aplicação de um novo imposto, o IVA, que passaria a vigorar no dia 1 de Janeiro seguinte, com a entrada de Portugal na Comunidade Económica Europeia (CEE) -, reunem-se em Coimbra os presidentes dos 16 clubes da primeira divisão do Campeonato Nacional de Futebol. Objectivo: criar uma associação de clubes profissionais portugueses. Daqui viria a nascer a actual Liga.

A partir daí, Pinto da Costa e Valentim Loureiro (na companhia de Pimenta Machado), com a complacência dos seus pares, marcaram para o bem e para o mal os 25 anos seguintes do futebol português.

Primeiro, apearam do poder os clubes de Lisboa – Benfica e Sporting -, que em rotação dominavam a FPF. Numa altura, note-se, em que as arbitragens não tinham o escrutínio de uma comunicação social plural. As novas orientações políticas e os apoios comunitários canalizados para as regiões e autarquias; assim como a desconcentração regional da riqueza, facilitam esse destronamento dos «grandes» de Lisboa.

No novo contexto, o futebol português foi crescendo e conseguiu êxitos assinaláveis. Modernizou-se. Criou escolas. Formou técnicos. Produziu bons jogadores. Conseguiu resultados a nível internacional (no FC Porto, ainda no Benfica, em todas as selecções). E, quer se queira quer não, foi a partir do Norte, desse triângulo com os principais vértices nas Antas e no Bessa, que as mudanças se operaram.

O problema está em que tanto Pinto da Costa como Valentim Loureiro não souberam estar à altura da História. Mais uma vez a natureza humana cedeu perante o deslumbramento do exercício do poder e o resultado foi aquele que se conhece.
E o que não se conhece. Se o Ministério Público e a PJ não se tivessem demitido das suas responsabilidades durante pelo menos uma década, estou certo que o processo que tanto escandalizou a opinião pública, e que é conhecido como “Apito Dourado”, não passaria de “peanuts” comparado com aquilo que em determinadas alturas houve para ser investigado. Aliás, o simples facto de o Boavista ter passado de clube confidencial a vencedor de um campeonato e protagonista europeu, justamente no período em que o seu presidente dirigia os destinos da Liga, não pode deixar de ser considerado como sintomático de um certo tipo de processos.
Por tudo isto, o “Apito Dourado” foi (deveria ter sido), para além de um processo concreto, o julgamento de uma época.

Bem fez a Liga de Hermínio Loureiro em querer cortar com a tradição desse passado nada edificante. Pena é que a FPF de Gilberto Madail, mais o seu tribunal de apelo – o Conselho de Justiça – não tenham sabido (e continuem sem saber) estar à altura do novo tempo.

Quanto a esperar que Pinto da Costa e Valentim Loureiro – que ao que julgo saber ainda é presidente da assembleia geral da Liga – se regenerem ou saiam de cena, é esperar de mais. Pelo contrário, hão-de prosseguir no jogo de influências, nas estratégias calculistas, até na luta pelo poder na Liga de Clubes e na FPF, com o fito egoista de ganhar vantagem posicional nos circuitos do Jogo da Glória. Desastroso será se os “outros” que se lhes opõem não lograrem mais do que replicar a mesma lógica.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Porto - Benfica no Domingo às 20h15

Alguém que me explique que horário é este. Um jogo de futebol terminar às 22h30 de um Domingo, é apenas e só afastar as pessoas do futebol.

Porque não colocar os jogos às 18h? Ou então, se quisessem manter o horário, porque não agendar para Sábado?

Há coisas que não entendo.

domingo, 25 de abril de 2010

sábado, 24 de abril de 2010

RECORDAR é viver

«Ao fim da 2ª jornada da I Liga, podem tirar-se já algumas conclusões. Uma: que o FC Porto é, dos três grandes, a equipa mais consistente. (...) Outra: que, perante equipas mesmo inferiores à sua no papel, o Benfica de Jorge Jesus não vai lá. (...) Aimar, Saviola e Di María não são, como já o vêm demonstrando há muito, jogadores (digamos assim) de campeonato.»
António Tavares-Teles, 25 de Agosto de 2009.

‹‹(...) parece que (...) vira o disco e toca o mesmo: o FC Porto continua a ser o grande favorito a dominar a nova época que aí vem, a nível interno.»
Miguel Sousa Tavares, 21 de Julho de 2009.

«Eu sei que ainda é cedo para tirar conclusões, e não é meu timbre embandeirar em arco, mas gosto da nova equipa do FC Porto. Quer-me parecer que temos uma equipa muito lutadora, e na boa tradição das velhas equipas portistas, com jogadores que dão tudo o que podem e que se esfarrapam para conseguirem ganhar cada bola, cada duelo. (...) pelo que me foi dado ver, chegou mais um lote de jogadores com essas características. Teremos, pois, nesta nova época, uma equipa de combate, com diversas alternativas (...)»
Rui Moreira, A Bola, 31 de Julho de 2009.

«O Porto conseguiu três vitórias e (...) a equipa dá sinais de ter amadurecido e começa-se a esquecer Lucho e Lisandro».
Rui Moreira, 9 de Outubro de 2010.

«Ao contrário do que alguns dão a entender, o grande adversário do FC Porto no campeonato é o Braga e não o Benfica»
Pinto da Costa, Outubro de 2009.

«(...) o facto de o Porto estar mais forte, ter tantas opções e parecer mais à vontade fora de casa é muito animador (...).»
Rui Moreira, 11 de Dezembro de 2010.

«Nós vamos a partir de hoje aqui solenemente dizer-Ihe, interpretando o pensar dos treinadores aqui presentes, dos jogadores aqui presentes, que nós queremos este ano dedicar a vitoria do campeonato a si. A si, que vai ser campeão.»
Pinto da Costa, dirigindo-se a uma fotografia de Jose Maria Pedroto, e interpretando vários pensares, 7 de Janeiro de 2010.

«Caiu bem a promessa de Pinto da Costa de oferecer este campeonato a Pedroto.»
Miguel Sousa Tavares, 12 de Janeiro de 2010.

«Todos os anos tem-me dado gozo ganhar, mas este ano vai dar ainda mais. Confesso que esta época vai dar-me claramente mais gozo ganhar.»
Jesualdo Ferreira, 13 de Fevereiro de 2010.

«Somos Porto e vamos continuar a ganhar.»
Nuno Espírito Santo, 20 de Fevereiro de 2010. Oito dias antes de ganhar 3 do Sporting, 17 dias antes de ganhar 5 do Arsenal e um mês antes de ganhar 3 do Benfica.

«(...) o autoproclamado maior candidato ao título deste ano (...)»
Miguel Sousa Tavares, 16 de Dezembro de 2009. Referindo-se, surpreendentemente, ao Benfica.

«Na sequência das negociações encetadas, a Futebol Clube do Porto - Futebol, SAD vem comunicar (...) ter finalmente chegado a um princípio de acordo com o Cruzeiro Esporte Clube, para a aquisição dos direitos de inscrição desportiva do jogador Kleber.»
Comunicado oficial do Porto, 29 de Janeiro de 2010.

‹‹Hulk (...) não sabe jogar de costas para a área (...). Além disso, parece ter entendido mal os recados do treinador e o mais que dele se viu foi que se entreteve a adornar as jogadas, a tentar 'quaresmices' e a simular faItas.»
Rui Moreira, 25 de Setembro de 2009. Cerca de três meses antes de Hulk passar a ser o melhor jogador do mundo, depois de galardoado com a expulsão na Luz.

«Gostei de ver Hulk sentado no banco. (...) talvez lhe devessem ter explicado que fora preterido por causa dos seus tiques e individualismo, das suas inócuas simulações. Talvez assim tivesse optado por uma outra atitude, logo que surgisse a oportunidade de jogar. Em vez disso, e como tem sido costume, Hulk foi de pequena utilidade quando entrou.»
Rui Moreira, 27 de Novembro de 2009. 23 dias antes de Hulk passar a ser absolutamente indispensável e decisivo na equipa do Porto.

«Uma desilusão. (...) Desconcentrado, desconsolado, conflituoso.»
«(...) esperava-se (...) que criasse embaraços à defesa benfiquista.»
«(...) a inspiração jamais foi a desejada, sendo que, aqui e ali, até abusou do individualismo.»
A Bola, O Jogo e Record, respectivamente, apreciam a prestação de Hulk no dia em que foi castigado e passou a ser uma espécie de mistura entre Ronaldo e Messi, mas para melhor. 21 de Dezembro de 2010.

«Sempre achei e sempre o disse que, em minha opinião, as equipas verdadeiramente vencedoras não perdem tempo a discutir árbitros nem a queixar-se de arbitragens.»
Miguel Sousa Tavares, 3 de Novembro de 2009.

«(...) atentem no golo que todos concordam ter sido mal anulado ao FC Porto (...)»
Miguel Sousa Tavares, 3 de Novembro de 2009.

«O que valeu ao Benfica em Olhão foi (...) um fiscal de linha desatento à posição de Nuno Gomes no golo do empate e um árbitro atento ao facto de domingo haver um Benfica-Porto, quando se encaminhou para Cardozo, depois de expulsar Djalmir, e pelo caminho mudou o vermelho a Cardozo para amarelo.»
Miguel Sousa Tavares, 15 de Dezembro de 2009.

«(...) antes haviam sido anulados dois golos ao FC Porto, um dos quais duvidoso e o outro claramente mal anulado (...); havia sido validado primeiro golo do Leiria, também em posição duvidosa, mas com diferente critério de apreciação».
Miguel Sousa Tavares, 19 de Janeiro de 2010.

«Façam o choradinho que quiserem, esta e a minha opinião: futebol assim, com (...) árbitros que protegem o anti-jogo e os sarrafeiros, não vale a pena esperar por público nas bancadas.»
Miguel Sousa Tavares, 16 de Fevereiro de 2010.

‹‹Segundo 'A Bola', o Benfica ganhou no Funchal 'à campeão'. (...) sinceramente, não sei se o teria conseguido sem o que me pareceram dois erros de arbitragem em dois minutos (...).»
Miguel Sousa Tavares, 16 de Marco de 2010.

«(...) já lá vão quatro golos limpinhos anulados ao Falcão.»
Miguel Sousa Tavares, 16 de Marco de 2010.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nova escuta revelada



Fartar vilanagem...

Toques de Cabeça

RECORDANDO ABRIL (I)
Por JMMA


O 25 de Abril vem aí e não faltarão balanços e evocações. Que serão, talvez, discretos. O número é pouco dado a celebração: 36 anos não fazem uma efeméride atraente. Não creio que, com a economia a correr mal e a sociedade em expectativa, alguém pense em grandes festas. Os tempos não estão para comemorações em massa, mas sim para reflexão individual. Talvez por isso, dei comigo, esta semana, a passar em revista as três décadas de democracia, olhando em particular para a evolução do futebol.

Quando se deu o 25 de Abril era eu um tenro estudante e ainda me levava a sério. Havia o desporto escolar, que era controlado pela organização da juventude do regime, a Mocidade Portuguesa, mas o seu raio de acção era curto , pois a escolaridade era baixa. Por conseguinte, a prática desportiva resumia-se às competições federadas e em todo o país (vim a saber mais tarde) não havia mais de 130 mil praticantes distribuídos por 39 modalidades.

A imprensa estava enfeudada ao regime. Três jornais desportivos (Bola, Record e Mundo Desportivo) saíam três vezes por semana e o único canal de televisão existente (estatal e a preto e branco) dedicava meia-hora ao desporto, à segunda-feira, e dois blocos informativos ao domingo: 10 minutos, à tarde, e meia hora, à noite - quase inteiramente preenchidos com futebol. Mesmo assim, o que hoje consideraríamos incrivelmente irrisório, era considerado naquela altura um enfoque excessivo concedido ao futebol, valendo-lhe, por isso, o anátema de «o ópio do povo». Daí a história dos três «f». Associado ao fado e a Fátima, o futebol era um dos cavalos de batalha dos críticos, que acusavam o regime de se servir desses três «f» para desviar os portugueses da política e das questões essenciais do País.

Pode agora parecer bizarro, mas o nome de qualquer dirigente desportivo tinha de ser autorizado pelos serviços do governo antes de tomar posse, e figuras proeminentes do regime controlavam o dirigismo. Ainda assim, os clubes eram dos poucos espaços onde ainda havia alguns laivos de liberdade: os sócios elegiam directamente os dirigentes (desde que aceites pelo governo, claro está) e lutavam por causas comuns, ao contrário do que existia na restante sociedade.

De baixo do guarda-chuva dos clubes e do futebol desenvolviam-se também as outras modalidades. O ciclismo tivera os seus tempos heróicos. Mas a modalidade nacional por excelência era o hóquei em patins, somando vitórias em mundiais e europeus e alimentando a grande rivalidade com a Espanha.

Quando se dá o 25 de Abril faltam três jornadas para o final do campeonato. O Sporting tem mais um ponto que o Benfica, mais dois que o Setúbal e mais três que o Futebol Clube do Porto. E mantém o avanço até final. São muitos os milhares de apoiantes sportinguistas que, nesse ano, festejam em Alvalade o título de campeão nacional. Mas muitos outros milhares terão estado na mesma altura em manifestações, comícios, reuniões de esclarecimento, plenários sindicais, a viver os primeiros dias de liberdade.

Aqueles tempos são de mobilização política, que afasta gente dos clubes e das bancadas. A revolução destrói importantes apoios do futebol. As nacionalizações que se seguem põem em causa muito do seu suporte económico. A descolonização seca os viveiros africanos de grandes futebolistas, bem como de outros atletas que rumavam das colónias para a metrópole. O país defronta-se com sérios problemas e aplica energias e todo o dinheiro que pode arranjar no saneamento básico, estradas, reformas, pensões e melhorias salariais. Sem dinheiro e sem recurso às colónias, o futebol português começa a ser alvo de importantes alterações estruturais. Por via delas, e pela mão dos novos protagonistas que entretanto emergem, os dois grandes clubes de Lisboa, Benfica e Sporting, irão ver, a breve trecho, sua hegemonia sucessivamente enfraquecida.

(Mas isso já são cenas do próximo capítulo.)

terça-feira, 20 de abril de 2010

Benfica é o clube preferido dos Deputados

Curioso este estudo do "Jornal i".

Os deputados por nós eleitos, e representativos de todos os distritos portugueses, ou seja, uma amostra representativa do nosso país, têm a seguinte côr clubística:




Aqui

segunda-feira, 19 de abril de 2010

FCP: 3 - V. Guimarães: 0


Cá estou de novo por estas andanças. Depois de um período de retiro, não espiritual, mas sim de trabalho (não tenho tido tempo para me coçar), cá estou de novo para comentar o meu FCP. Depois de ter “faltado” às visualizações dos últimos jogos do Porto (mesmo na TV), ontem regressei ao Dragão para ver um Vitória mais fraquinho do que aquilo que estaria inicialmente à espera. Se juntarmos a isto a falta de objectivos que o Porto vive este ano (ontem deixamos de parte a possibilidade da renovação do título), posso-vos dizer que no jogo de ontem estava com um espírito de quem estava a ver um jogo dos juniores. Recostado na minha cadeira, a ver ao intervalo os putos numa peladinha, a apreciar os que me rondavam, a rir-me com a claque do Vitória, que estavam ali encaixotados num cantinho do estádio, mas a cantar como se não houvesse amanhã, dando a sensação que a crise é meramente um mito urbano e em suma com toda a “má” tranquilidade que esta posição da tabela classificativa proporciona. Sim, o jogo de ontem equiparou-se aos jogos que vou ver do meu sobrinho quando este veste a camisola do Varzim nos Juvenis. Na verdade não estou habituado a esta falta de adrenalina, mas toca a todos.

Tendo estado out quer dos jogos, quer das notícias futeboleiras, fui surpreendido com o 11 inicial. Beto no lugar do Helton e meio-campo sem Meireles e Micael. Estas mexidas fizeram com que o Porto jogasse com 3 jogadores Portugueses (os dois centrais e o GR) e o restante era composto por Sul-americanos. É obra!

Na quarta-feira passada, quando estava a caminho de casa, ouvi na TSF que o Valeri tinha sido o melhor em campo no jogo frente ao Rio-Ave. Quando o vi a titular, o meu apetite aguçou-se, uma vez que continuo com alguma curiosidade relativamente a este jogador. Confesso que ainda não lhe tirei a “pinta”. Se for obrigado a tirar alguma conclusão, ao ver o jogo de ontem, dir-vos-ei que será mais um a meter num contentor para o atirar ao Atlântico. O Belluschi é como uma montanha russa, ora em alta, ora em baixa. O Guarin tem a felicidade e a infelicidade de ter uns pés que nem tijolos. Felicidade porque na hora de remate, consegue desferir uns pontapés interessantes (como o golo de ontem e da passada quarta-feira) e infelicidade porque na altura da recepção da bola e respectivo passe, a coisa às vezes corre muito mal, fruto de quem possui dois excelentes tijolos. Com este meio campo e atendendo às características dos jogadores que mencionei, é natural que o jogo do Porto tenha alguns problemas no seu processo de jogo (o tal processo que o Jesualdo tanto gosta de falar).

Foi engraçado ver quase toda a equipa jogar para o Falcão. Houve situações onde os jogadores do Porto perderam bons lances de ataque porque simplesmente queriam ver como é que conseguiam entregar a bola ao Colombiano. O Falcão lá acabou por fazer um de penalti, mas foi pena aquela bicicleta não ter entrado. Seria mais um golo de bandeira. Para além do golo Falcão, há a evidenciar mais um do Hulk. Desde o seu regresso e só para lixar as contas de muitos, o Brasileiro marcou e assistiu em quase todos os jogos, tendo o Porto ganho sempre.

Igualmente engraçada foi a entrega da taça referente ao campeonato do ano passado, no dia em que o FCP ficou matematicamente afastado do título. Certamente coincidência!

Académica:2 Benfica:3


Encomendem as faixas de campeão, tragam as garrafas de champanhe, preparem-se para invadir o Marquês de Pombal!

FCP matematicamente afastado do Título

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Toques de Cabeça

BENFICA CAMPEÃO ERRADICA CRISE ECONÓMICA
Por JMMA


Optimismo na economia. Após o derby de Lisboa com que encerrou a 26ª jornada e consolidou a posição do Benfica no comando da Liga, José Sócrates introduziu novo tom no discurso sobre a economia, adoptando um optimismo anteriormente só visto nas suas mensagens de Natal. Apesar da “maior crise económica mundial dos últimos 80 anos, que continua a lavrar”, o primeiro-ministro disse acreditar que há ”sinais claros de recuperação”. Volta a defender o investimento público para criar emprego e tem esperança que o segundo semestre de 2010 já seja de crescimento da economia e do emprego. “Sobretudo se o Benfica se sagrar campeão e Cardozo for o melhor marcador, como é de esperar”.

Segundo Sócrates, o actual primeiro lugar do Benfica abafou por completo os péssimos números da economia. Os jornais e as televisões respiram optimismo. Cardozo é o novo Eusébio, Jesus dá ares de Mourinho e Filipe Vieira é o António Mexia da gestão desportiva, sem prémios nem bónus. Esperto que nem um alho! “Com o défice, o desemprego e o PIB a descambar, um Benfica vencedor é uma espécie de ABS: não deixa que as rodas da economia bloqueiem e entrem em derrapagem. Maravilha”, afirmou Sócrates à saída do Estádio da Luz.

Sobre os alertas entretanto lançados pela Comissão Europeia a propósito do PEC, de que Portugal terá de tomar medidas adicionais para cortar o défice ainda este ano, o primeiro-ministro lembrou que "essas observações são feitas para todos os PEC europeus"."É uma prática muito comum", concluiu José Sócrates, em declarações à RTP.

Também o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, desvalorizou durante a tarde os avisos de Bruxelas, garantindo que “não será necessário" apresentar medidas mais agressivas para cortar o défice. “Tanto mais que Grimi, Miguel Veloso, Matias Fernandez, Postiga e outro gajo que eu não sei quem é, com certeza irão estar no Mundial e, sendo essa a sua grande oportunidade de fugirem do Costinha, está tudo acertado com Bettencourt para que os convocados do Sporting cheguem à África do Sul com a etiqueta de preço e o carimbo ‘rebajas’ ”.

A tributação sobre as mais-valias bolsistas, também poderia ser uma solução. Sobretudo a contar com as acções das SAD. “Mas não vai ser necessário. Carrega Benfica”, disse o ministro.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Benfica:2 Sporting:0


Que vitória saborosa.

Saborosa porque coloca o Benfica definitivamente na rota do título. Saborosa porque foi contra o eterno rival deixando-o a 26 (!!!) pontos, e saborosa porque João Moutinho e sobretudo Costinha demonstraram um insuportável mau perder.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Liverpool - Benfica

Liverpool é efectivamente um clube único. Um estádio único, com um público único e uma mística única.
Foram momentos inesquecíveis aqueles que vivi ontem.

Tudo começa, quando a 10m do jogo começar nos altifalantes do estádio, uma voz masculina e radiofónica anuncia: “Wellcome to Anfield, Benfica supportes. We’re are proud to receive you in our home. We hope you enjoy the game today. It’s an honour to us to play with one of the most brilliant teams in Europe. It’s an opportunity to us to see some of the best players in Europe. Take you very much to visit us. Let’s the show biguin”.

E depois começa a tocar no estádio o hino “You’ll never walk alone”. E aí meus amigos, só não se arrepia quem não gosta de futebol. Cheguei a ver alguns companheiros de viagem com os olhos molhados de emoção. Só por aqueles 5 minutos, bastou o investimento que fiz.

Deixo aqui um cheirinho que consegui gravar.



No final do jogo, já após as equipas terem recolhido aos balneários, todo estádio se levanta, e virando-se para os mais de 2.000 adeptos do Benfica, aplaudem-nos como se estivessem a aplaudir um golo da sua equipa. Simplesmente memorável.

Quanto ao jogo, não me vou alongar muito, porque para mim o mais importante foi a viagem. O resultado viria sempre como acréscimo. Dizer apenas que o Benfica entrou muito bem, o Liverpool marcou na primeira vez que foi à baliza. Mesmo com 2-0 acreditei que um golo pudesse virar o jogo a favor do Benfica, algo que aconteceu quando já estava 3-0. Mesmo assim, e não fora os 15 minutos atribulados, com a lesão de Júlio César, quando o Benfica forçava o segundo golo, a qualificação esteve ao alcance dos portugueses, como ficou demonstrado naquele livre do Cardozo em que gritei golo. O quarto golo veio em boa hora para o Liverpool, que fechou um um resultado bastante enganador.

Agora ficarei a torcer pelos ingleses, porque Liverpool... é o Benfica de Inglaterra. Go on folks!

Às 4 da manhã, esta foi a despedida dos adeptos após 2h30 de viagem!

Liverpool: Foto Reportagem

Toques de Cabeça

NA PRÓXIMA SEREI MAIS RACIONAL
Por JMMA

Passei o dia a ler sinais. A manhã alevantou-se solarenga: “Bom augúrio, para quem é bom de bola...”. Ontem foi o dia mais quente da Primavera, um sol redondo de perfeição. Sol rima com quê? Com o Tejo de quem vocês sabem ou com o Mersey de Liverpool? Li, por acaso, que no Paraguai vivem muitos brasileiros, os “brasiguaios”. Que as centrais hidroeléctricas construídas na fronteira em associação com o Brasil (Itaipu) e a Argentina (Yaciretá) fornecem energia abundante e barata. “Talvez os ‘argentiguaios’ do ataque encarnado, logo à noite, acendam a Luz à gente”, pensei. Na televisão, às tantas, alguém perorava “Sobre o Infinito, o Universo e os Mundos”, citando um tal Giordano Bruno, celebridade italiana do século XVI. “Giordano... Cá está, é o Aimar – Pablo Cesar Aimar Giordano – quem logo nos vai abrir as portas do Universo”.

O Benfica vai jogar em Liverpool com o terceiro clube detentor de mais títulos europeus. Não mostra esse palmarés uma nítida vantagem para os ingleses? Não, porque temos também que contar que o Benfica, na Luz, deu 5-0 ao Everton que, por sua vez, já tinha dado 4-0 ao AEK que por sua vez, quinze dias depois, em Atenas, até deu 1-0 ao Benfica. A esse Everton (também ele de Liverpool) o propriamente dito Liverpool, em Anfield Road, só conseguiu ganhar por 1-0, no jogo do campeonato, em cuja classificação os dois clubes apenas distam cinco pontos e dois lugares (6º e 8º).

Entrei em Anfield Road (através da SIC) e imaginei o tabuleiro. Se as casas estivessem marcadas – A10, B6, F4... – preocupava-me. Os ingleses entravam com a coisa estudada, ao minuto 28, como combinado, alguém na casa A8, centrava para a casa E7, onde Kuyt aparecia de rompante... Mas não, os rectângulos eram imperceptíveis, e não estavam numerados. Concluí: ontem era o nosso dia.

Concluí mal, como sempre acontece a quem lê em vísceras fumegantes. Na próxima vou ser mais racional.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Liverpool, here I go


Liverpool aí vou eu. Acompanharei o Benfica a Anfield Road. Quero desfrutar de um grande jogo de futebol, com o melhor ambiente do mundo, e se possível com a vitória dos encarnados... portugueses.

É a minha primeira viagem para ver o Benfica jogar fora, nas competições europeias. Espero entrar com o pé direito.

Naval:2 Benfica:4

Aos 12m ía chamando os paramédicos, tal o susto que apanhei. Foi tão grande, que só consegui festejar o quarto golo (Cardozo). Até então, fiquei meio atónito.

Não gostei nada da brincadeira. Na saída mais complicada que o Benfica tinha (o Dragão será para confirmação do primeiro lugar), dar dois de avanço, não terá sido a melhor estratégia.

Depois, foi um Benfica que se revoltou com uma entrada em campo desastrada, mas que se ergueu, ciente do seu obejctivo máximo, mostrando de que massa é feito e ganhando com toda a lisura de processos, assente no seu futebol.

É caso para dizer, que o Benfica safou-se de boa. Foi do inferno ao céu em pouco tempo.

Vi alguns jogadores um pouco cansados, o que não augura nada de bom para os próximos dois jogos, que serão de intensidade máxima.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Braga: Estive lá e vi tudo...

Este sábado tive oportunidade de me deslocar ao Estádio AXA, para ver in loco o Sp. Braga - V. Guimarães.

O que vi foi um estádio esteticamente muito bonito, um ambiente fantástico criado pelas claques, e uma arbitragem simplesmente deplorável de Artur Soares Dias do Porto.

O primeiro clube a sair directamente prejudicado em face desta arbitragem, será o FCP que vê cada vez mais o segundo lugar por um canudo. Este facto, aliado ao empréstimo de Renteria (foi decisivo nesta partida), deverá perturbar o adeptos do FCP, em face da estratégia de aproximação ao clube bracarense.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Antevisão Benfica - Liverpool

Por estranho que possa parecer, não tenho grande ansiedade antes dos jogos europeus, principalmente nas 1ªs mãos. Raramente estas eliminatórias se decidem no primeiro jogo, e este ano abordo os jogos europeus do Benfica, como extras. Ou seja, se ganharmos excelente, se ficarmos pelo caminho…, paciência.

Acima de tudo, quero desfrutar de um espectáculo único, que são sempre as noites europeias com estádio cheio, e duas grandes equipas do futebol europeu. Tudo o que venha por acréscimo (leia-se vitória) será bem vindo.

Prioridade máxima, e à semelhança do que disse contra o Marselha, não sofrer golos.

Já tenho a viagem marcada para acompanhar o Benfica a Anfield Road, por isso espero que a eliminatória não penda já para o Liverpool.

Estádio cheio apenas com sócios, é algo ímpar no nosso país. Duvido que Porto e Sporting tenham esta capacidade de mobilização.

Toques de Cabeça

SOUSA TAVARES APANHADO A LANCHAR COM FILIPE VIEIRA
Por JMMA



Depois da surpreendente entrevista de Miguel Sousa Tavares ao Presidente do Benfica, na SIC, o entrevistador foi hoje apanhado no Califa, em Benfica, em grande cumplicidade com o Presidente do Benfica, Luis Filipe Vieira. Contactado pelo repórter, Miguel confirmou que a sua relação doentia com o FC Porto esfriou desde que Pinto da Costa tentou por todos os meios impedir a entrevista ao presidente rival, por desnecessária . «Sim, para que são precisas outros entrevistados? A verdade é só uma, a minha », protestou com fúria o presidente-poeta.

Ao que o repórter apurou, entre quinta e segunda-feira, Vieira foi visto em sucessivas sessões do recém-estreado filme da DreamWorks “Como Treinares o Teu Dragão”, facto que deverá estar relacionado com a mansidão do bicho na entrevista de terça-feira, bem como com a cena de confraternização e cumplicidade observada no Califa.

Miguel e Filipe Vieira beberam galões de máquina e comeram folhados de salsicha, e no final Miguel acompanhou Filipe Vieira ao Estádio da Luz, despedindo-se com um caloroso aperto de mão e uma palmada nas costas, como quem sela um acordo. Nova paixão clubista?

Ciúmes da Judite de Sousa, não é com certeza. Segundo fonte próxima da Direcção da Luz que exigiu anonimato (Leonor Pinhão), Vieira apresentou ao entrevistador uma proposta de colaboração no jornal oficial dos encarnados. Por volta do terceiro folhado, ficou assente que «o Miguel» - como Vieira tanto gosta de dizer – brevemente deverá assumir o cargo de Director do jornal “O Benfica”, por forma a ser ele já o responsável pela edição dedicada à celebração da vitória das Águias no Campeonato. A outra hipótese passa por cedê-lo por empréstimo ao Estoril-Praia com opção de compra no final da temporada.

Tal como a Merche Romero, há tempos, exibiu as iniciais CR na sua pele morena, também o jornalista afamado mandou tatuar uma águia no ombro. “Todos sabem que estou muito satisfeito com as exibições do Pablo Aimar”, explicou o ex-portista. “Estou muito feliz a trabalhar com o Vieira. Alguns acusam-no de ter tiques de chico-esperto. Ele é uma vedeta da alta finança, apesar da sua incompatibilidade insanável com as regras de concordância do português. Deixem-nos viver a nossa amizade”, afirmou Miguel Sousa Tavares ao Footbicancas, mostrando outra tatuagem no braço, esta, com as iniciais SLB e o moto "E Pluribus Unum", do seu novo clube.

(Qualquer relação entre entre isto que acaba de ler e a data de hoje, é pura ilusão. No futebol, isso que está a pensar, é nos outros dias).