quinta-feira, 28 de outubro de 2010

INQUÉRITO

BRUXO PAUL, Adivinho do Mundial

Molusco cefalópede da família dos videntes, cartomantes, exorcistas e tarólogos. Juntamente com o professor Marcelo, o professor Fofana e a taróloga Maya, foi fundador da Comissão Internacional de Bruxaria e Vidências para controlar as promessas fraudulentas dos políticos, as previsões erradas dos economistas e as arbitragens manhosas no futebol. Amigo de Portugal e grande admirador do Padre Fontes, foi cabeça de cartaz em várias edições do Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes. Ficou célebre no último Mundial por acertar os vencedores de todos os jogos da Alemanha e até da final entre a Espanha e a Holanda.

(Esta entrevista, pedida desde Agosto e inicialmente marcada para as proximidades do Natal, foi premonitoriamente antecipada, a pedido do polvo Paul, para 2ª-feira (25), seu último dia de vida.)

Vê no futuro alguma possibilidade de pôr termo à violência no futebol?

Eu de violência não percebo muito. Só sei o que me disse uma vez o Bruno Alves, um futebolista constantemente agredido por pessoas que lhe batem com o globo ocular no cotovelo. Mas palpita-me que, no futuro, haverá muito menos violência no futebol quando toda a gente for do FC Porto. Assim já não haverá em quem bater.

Prevê algum acontecimento sensacional para os próximos meses?

Prevejo dois. No estádio da Luz, a águia Vitória vai ser apanhada no balneário a acasalar com a cabeleira do David Luís. Em declarações ao jornal A Bola, a ave desculpar-se-á dizendo ter confundido a trunfa do defesa encarnado com uma namorada da adolescência. Por sua vez, em Alvalade, José Eduardo Bettencourt vai ser transferido a custo zero para o Santander, e vai vender PPR para a agência de São Domingos de Rana.

Quem acha que é a mãe do bebé do Cristiano Ronaldo?

Olhe, já há imenso tempo que ando a ver se consigo adivinhar isso. Neste momento estou indeciso entre a Paris Hilton, a fada Stella das Winx, uma empregada do Burger King em Miami e um poste de alta tensão em Santo Tirso.

Para terminar, tem já algum palpite para o próximo Porto – Benfica?

Bom, se a turba do sabão azul permitir que o jogo se realize (vamos crer que sim); se a greve anunciada permitir que haja árbitro (vamos crer que sim); ora bem, o resultado... o resultado... Perguntem ao árbitro. Desculpem, agora vou ali e já não venho.

(E no dia seguinte esticou o tentáculo!)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

FCP: 5 - Leiria: 1


É sempre a abrir! Ontem, a malta que foi ver o jogo saiu do estádio desejando por mais minutos de jogo. Ontem, foi pena que a duração do jogo fosse só de 90 minutos. Ontem, facilmente, via-se mais 30 minutos de bola. E porquê? Porque ontem a bola foi redonda, ou seja, o futebol Portista foi fluído, com muita circulação e notou-se que os jogadores se estavam a divertir. Esse feeling passou para as bancadas como há muito não se via.

De facto o Porto deste ano está a fervilhar. Não quero ainda embandeirar em arco, pois como muitos dizem (ainda este fim de semana ouvi comentadores a dizerem isso na TV) o Porto ainda não teve testes a sério, tirando o Braga. E é verdade. Até aqui foram só nabos, nomeadamente, o Besiktas e o Benfia, tendo o primeiro levado chapa 3 e o segundo chapa 2. Por isso, concordo com os comentadores da nossa praça, no que a este ponto diz respeito.

Voltando ao jogo, foi o melhor da época. A equipa foi muito dinâmica e está mais do que visto que de meio campo para a frente a coisa está bem oleada. Temos um Fernando que limpa bem o que apanha pela frente (embora, por vezes, seja muito verdinho como o lance do penalti de ontem ou a expulsão de Istambul), um Belluschi que está uns furos bem acima do que fez no ano passado (ontem jogou o Micael, tendo feito um passe de morte para o primeiro do Hulk e viu-se que está com vontade de dar corda aos sapatos – só assim conseguirá um lugar no onze) e finalmente um Moutinho que dá gosto. Não só pelo que joga, mas fundamentalmente por aquilo que representa para equipa nos dias que correm. É o ponto de equilíbrio, é um jogador que sabe quando é que tem jogar para a frente e quando é que tem que pausar o jogo a meio campo. Muito bom. Como diria o outro, estou maravilhado. Obrigado Sporting pela maçã.

Depois, temos uma linha avançada que pode deixar qualquer um de rastos. O trio Hulk, Varela e Falcão está a jogar de olhos fechados e de um momento para o outro consegue dar um esticão ao jogo, deixando o adversário KO. O Hulk é mesmo incrível, o Varela, embora menos exuberante do que o Brasileiro, consegue ser igualmente potente, tendo uma técnica acima da média (que o diga o defesa do Leiria) e finalmente o Falcão é um finalizador fino. Não será de grandes correrias, mas quase tudo aquilo que faz, faz bem. O seu primeiro golo é uma delícia para os olhinhos!

Em suma, o Porto está bem e mesmo para aqueles que não gostam de ver o Porto jogar, tenho um pedido: Vejam o Porto, se não for por mais nada, pelo Hulk. O homem é realmente extraordinário. Anda sempre com tracção às 4 rodas, tendo um motor de um Fórmula 1 e este ano está mais esperto. No ano passado disse várias vezes que ela era ainda um nabo no que diz respeito à finalização (no face-to-face com os GR perdia quase sempre os duelos), à protecção da bola (não sabia proteger a bola) e não tinha a perfeita noção do tempo de passe. Este ano está mais maduro, mais jogador de equipa e continua a ser explosivo como poucos. Arrisco mesmo a dizer que não conheço jogador tão explosivo como ele!

Toques de Cabeça

A JUSTIÇA É UMA RODA QUADRADA (SAIBA PORQUÊ)

Por JMMA

Carolina Salgado voltou este fim-de-semana às paginas da Imprensa. O motivo pode resumir-se em duas palavras: no Tribunal do Bolhão, Carolina leva dez meses de cadeia por difamação ao seu antigo companheiro, que terá apontado como mentor das agressões perpetradas a Ricardo Bexiga. Nada de surpreendente. Era pública a polémica entre a ré e o queixoso; e se a ré não é boa rês, é bom não esquecer que quem no-la apresentou foi o queixoso, mas também é bom que a Justiça faça o seu trabalho.

O que surpreende, hoje, é isto: porque será que os processos que envolvem pessoas importantes nunca têm este desfecho?

O caso "Apito Dourado" é exemplar. De dezasseis arguidos, nem um foi condenado. Havia várias pessoas acusadas de mais de cem crimes, nenhum foi provado. Mas não quero voltar à vaca fria. Até porque, do Freeport à Face Oculta, da Operação Furacão ao caso BPN, passando pelo processo Portucale, pelas alegadas negociatas em torno dos submarinos, por Isaltinos, Felgueiras, Ferreiras Torres... infelizmente, o que não falta são exemplos desafiantes para a nossa boa fé.

Há tempos (2009?) o DN trazia um artigo que desmontava a engrenagem das águas de bacalhau em todos os processos que em Portugal começam pela palavra “caso”. Passo a resumir com toda a vénia:

1) Os jornais publicam uma notícia sobre qualquer pessoa muito importante que alegadamente fez qualquer coisa muito má. 2) Essa pessoa muito importante considera-se vítima de perseguição por parte de forças ocultas. 3) Outras pessoas importantes vêm alertar para o vergonhoso desrespeito do segredo de justiça em Portugal, que possibilita a actuação de forças ocultas. 4) Inicia-se o debate sobre o segredo de justiça em Portugal. 5) Toda a gente tem opiniões firmes sobre o que é preciso fazer para que estas coisas não aconteçam. 6) Toda a gente conclui que não se pode reagir a quente, logo, nada se faz. 7) Outras pessoas importantes vêm alertar para o vergonhoso jornalismo que se faz em Portugal, que se deixa manipular por forças ocultas. 8) Inicia-se o debate sobre o jornalismo português. 9) Toda a gente tem opiniões firmes sobre o que é preciso mudar no jornalismo português. 10) Enquanto o mecanismo se desenrola do ponto 1) ao ponto 9) a justiça continua a investigar. 11) Após um período de investigação suficientemente longo para que já ninguém se lembre do que se estava a investigar a justiça finaliza as investigações e conclui que a pessoa muito importante: a) Afinal o que fez não era assim tão mau. b) O quer que tenha feito de muito mau já prescreveu. c) É possível que tenha feito algo de muito mau mas não se reuniram provas suficientes. d) As provas indicam que realmente fez algo de muito mau mas não podem ser aceites. 12) Pessoas importantes que são amigas dessa pessoa muito importante concluem que ela foi vítima de perseguição por parte de forças ocultas. 13) Pessoas importantes que não são amigas dessa pessoa muito importante concluem que em Portugal nada acontece às pessoas muito importantes que fazem coisas alegadamente muito más. 14) São publicadas clandestinamente peças-chave do processo (p.e. escutas) que inculpam notoriamente as pessoas importantes arguidas no caso, entretanto absolvidas. (15) Repetem-se os passos 4), 12) e 13) até que os jornais publiquem uma outra notícia sobre uma outra pessoa muito importante que alegadamente terá feito outra coisa muito má. E assim sucessivamente.

sábado, 23 de outubro de 2010

Vendo T3 Duplex em Famalicão


Este Post é para ver se há algum jogador interessado na compra do meu actual apartamento! Podem ser jogadores do Porto, Braga, Guimarães e mais cidades que tal, pois Famalicão fica no máximo a 30 minutos de qualquer um destes sítios!

Até o Ronaldo pode comprar, já que num dos seus quaisquer bólides, ele mete-se em Madrid numas míseras 5 horitas! :)


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Abraço

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

INQUÉRITO

Francisco Costa (Ex-Ministro)

Tendo descoberto que afinal era um lagarto preso no corpo de um dragão, fez recentemente uma operação para mudar de nome. Desde então, passou a achar os Leões um clube bem mais grandioso até do que os próprios sócios imaginam, e ninguém lhe tira da cabeça que os «cinco violinos» sempre foram seis: Travassos, Peyroteo, Armani, Yves Saint Laurent, Hugo Boss e Maniche.

Acha que o «look» tem influência nos resultados da equipa?

Sem dúvida . Por mais que ‘póssamos’ estranhar, o «look» é a magia do futebol moderno. Sem o «look» metrossexual e a popularidade que este lhe granjeou junto do público feminino, David Beckham jamais teria alcançado o seu lugar cativo na selecção inglesa. É certo que nunca vi um campeonato de penteados empolgar um estádio, mas o facto é que Miguel Veloso, por exemplo, com os seus irreverentes cortes de cabelo (e só isso), chegou ao campeonato italiano, onde o pai Veloso, todo raçudo, não conseguiu chegar nem pouco mais ou menos. Decorre daí, aliás, a proibição de calças de ganga aos funcionários do Sporting. Para uma segunda fase, que esperamos concretizar em breve, pensamos abandonar as chuteiras, passando os nossos jogadores a apresentar-se em campo com sapatos de golfe, conforme manda a tradição aristocrática do clube.

Só me surpreende é que no Sporting ainda nem toda a gente comunga das minhas ideias sobre o «look». Não me refiro ao facto de o treinador, Paulo Sérgio, ter admitido recentemente que não vestia os fatos que eu uso. Isso é natural e em nada me incomoda. Até porque uma coisa é a «fashion», outra é o estilo. Por isso é que o Manuel Cajuda pode muito bem ter sido – como tanto insiste – o primeiro treinador a usar sobretudo no banco de suplentes, a verdade é que que isso jamais o fez ou fará confundir com o estilo de José Mourinho.

O que me tira do sério, isso sim, é ouvir por aqui e por ali, entre os sportinguistas, rumores de contestação ao director para o futebol, não pelo trabalho que eu faço mas pela roupa que eu visto. Tenho lá culpa de que o Sporting esteja de tanga! Em todo o caso, à cautela, já me preveni: vou deixar de combinar a gravata com o fato e o lenço da lapela. A partir de agora, e até melhores dias, só combino a cor da peúga com a jante do Porshe Panamera.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Toques de Cabeça

SE EU FOSSE SPORTINGUISTA (2)
Por JMMA


O post anterior (Se Eu Fosse Sportinguista) especulava sobre o alcance estratégico da actual gestão do Sporting, por onde perpassa a ideia tantas vezes assinalada, de uma certa submissão doentia de Alvalade à supremacia ‘imparável’ do FC Porto. E - supremo atrevimento -, rematava perguntando o que achariam os sportinguista disso mesmo.

Perante o acaso (não previsto) de se ter realizado uma assembleia geral em Alvalade na passada quarta-feira (13), a resposta surgiu pronta e objectiva. No primeiro grande teste à popularidade junto dos sócios, JE Bettencourt obteve uma vitória clara: viu aprovadas as contas referentes a 2009-10 com uma expressiva maioria de 60%. Sabendo, porém, que este presidente foi eleito há pouco mais de um ano com 90% dos votos, e já que sobre as contas propriamente ditas, segundo reza a Imprensa, a assembleia leonina pouco se pronunciou, forçoso é concluir que os 40% de votos negativos pretenderam penalizar Bettencourt pela inconsequência da sua gestão.

Isto é, como um conhecido sportinguista explicava um dia destes no jornal A Bola, há sportinguistas que gostam de ficar em segundo lugar mas ainda há sportinguistas (os tais 40%) que gostam de ficar em primeiro lugar. Como a questão tem tanto de crucial quanto de inconciliável, alguns sportinguistas debateram-na ao sopapo.

A verdade é que Bettencourt, que às tantas terá gritado para a assembleia "Ninguém me ensina a lidar com o senhor Pinto da Costa" (DN, 15.10.10), ainda não compreendeu realmente a questão fundamental. Consciente ou inconscientemente, o presidente do Sporting insiste em ser um arauto do estatuto de secundarização do Sporting e, ainda recentemente, na Grande Entrevista à RTP, sem nunca beliscar nem ao de leve o FC Porto, socorreu-se várias vezes da farpa ao Benfica para disfarçar as suas fraquezas. Não entende que, com essa secundarização, instala-se a desmagnetização na ‘massa adepta’, e sem magnetismo pode haver presidência, mas não há liderança. Pode haver impulsos, mas não há soluções. Pode haver gestão, mas não há visão.

Não haja dúvidas: o caminho para o sucesso é outro. É por isso que a impressão com que muitas vezes se fica, olhando para o Sporting nestes anos subsequentes ao plano Roquete, de tão dispersos e tão desperdiçados esforços, lembra a famosa história do barão de Münchausen, que pretendia sair de um pântano onde tinha caído, puxando... pelos próprios cabelos!

sábado, 16 de outubro de 2010

PRESSÃO ALTA


SE EU FOSSE BENFIQUISTA
POR JCR


Eis um cenário com o qual nunca me vi confrontado, mas que à luz da incessante busca pela verdade desportiva que me move, me disponho enfrentar.

Ocorrem-me pois algumas questões que, assim fosse eu benfiquista, gostaria de ver respondidas ou, senão tanto, pelo menos atendidas.

E porque o que busco são respostas imbuídas na mais absoluta seriedade, bom senso e boa fé, escolheria, porque óbvio e se fosse benfiquista, o meu Presidente como interlocutor.

Avanço pois, suportado numa história recente de sucessos desportivos e financeiros do meu Benfica, e escudado nas recentes gestões impolutas e à margem de qualquer reparo, nomeadamente de ordem ética.

1ª Questão – Arbitragens
Diga-me Sr. Presidente:
• Porque se escusou na transacta época a abordar este tema, sempre controverso, mau grado os diversos sinais de desagrado então veiculados generalizadamente pelos nossos adversários que, pasme-se, se sentiam prejudicados;
• Porque permitiu que o Sr. Olegário Benquerença passasse imune à arbitragem do nosso jogo para a Taça da Liga, em casa, com o Nacional da Madeira;
• Porque não se ofendeu com os sorrisos, que já então o Presidente da Comissão de Arbitragem apresentava ao país, quando dizia ser de excelência o nível da arbitragem portuguesa e, incoerente, apontava como possível haver parcialidade na actuação das equipas de arbitragem;

2ª Questão – Relação do FCP com o poder, ou a tese do sistema
Diga-me Sr. Presidente:
• Porque razão aceitou privar bem de perto com o Presidente do FCP, sendo um seu indefectível aliado, já depois de este clube se ter visto alegadamente associado aos assim designados casos ‘Calheiros’, ‘Guimaro’, e outros a que tantas vezes apelamos;
• Porque razão nunca exigiu que todas as escutas sem excepção fossem divulgadas, assim podendo provar ao mundo e a Deus que tudo quanto alvitram a seu respeito (e do defunto ‘Veiga’, e do nosso amigo e intermediário ‘Rodrigues’) não passam de calúnias de gente sem escrúpulos, que pensa poder usar o seu nome e o da nossa instituição em vão;
• Porque não exigiu que o nosso jogo fora com o Estoril em 2005, fosse disputado em Paris, assim desviando as atenções para aquilo que injustificadamente dizem ter sido uma jogada de bastidores (transferência do jogo para o Algarve);
• Porque aceitou (e aceita ainda, eventualmente), que o Dr. Mourão (o Sr. Presidente sabe quem é, e quem foi na estrutura do futebol português), se sentasse no nosso camarote presidencial, pouco após abandonar as funções que desempenhara na dita estrutura;
• Porque não exige que os nossos adversários passem a convidar para o seu camarote altas figuras do estado (e outros seus representantes) envergando o cachecol do clube, ao invés de se deslocarem às claras à casa da democracia para repastos entre pares de cor e coração;
• Porque permitiu que passasse incólume uma alegada inscrição inválida nas competições, de um jogador adversário. Porque não exigiu então, como devido, responsabilidades ao organizador da competição;

3ª Questão – Comunicação social
Diga-me Sr. Presidente:
• Porque não exige à generalidade dos jornais desportivos (e outros) e das televisões generalistas e temáticas, que passem a dedicar-nos atenção análoga à dedicada aos nossos adversários, e não baseiem os seus critérios – como dizem - em questões de índole comercial. Para quando merecermos o mesmo tratamento e respeito que os demais.
• Porque não exige igualmente à generalidade dos jornais desportivos, e também outros jornais, rádios e televisões, que passem a exercer a sua função (unicamente no que ao dever de informar concerne, que não nos espaços de opinião) no mais estrito respeito por regras consagradas no código deontológico da função que desempenham. Para quando merecermos, uma vez mais, o mesmo tratamento e respeito que os demais.
• Porque não se insurge contra a desinformação com que diariamente somos violentados, por critérios editoriais de ‘garotos’ que se sentam à mesa com os nossos adversários, para conceber estratégias de acção;
• Porque não se insurge contra o facto de alguns desses ‘garotos’ terem assento nas tribunas presidenciais dos nossos adversários;

4ª Questão – Violência
Diga-me Sr. Presidente:
• Porque não denuncia que um senhor tenha usado a antena de um canal de televisão adversário, para declaradamente incitar os associados desse clube ao levantar de armas contra nós;
• Porque não exige aos demais clubes atitudes de pacificação como a que vimos personificando ao longo das últimas semanas;
• Porque não os obriga a deslocarem-se ao ministério da tutela, para se retratarem pela quota-parte de responsabilidade que têm nesta matéria (aqui todos têm telhados de vidro), e mais do que solicitarem protecção, assegurarem que tudo farão para que no seu reduto ou ao redor, nada do que se já viu se repita;
• Porque não exige que deixem de nos caracterizar (a todos nós) como vândalos;
• Porque não exige que denunciem os casos de claques que ocupam (ou ocupavam) espaços nos seus estádios, e que aí reservavam material quase bélico, e cujos membros detidos vieram a ser confrontados com constatações/acusações tão graves como de “absoluto desrespeito e desprezo pela vida humana, capazes de levar ao extremo os seus intentos de violência para com membros de outras claques e/ou adeptos de outros clubes”;
• Porque não exige que nunca mais e, independentemente de quaisquer ponderosas razões, um qualquer cidadão seja importunado num qualquer aeroporto deste país, por uma meia dúzia de ‘capangas’ heróis a soldo;
• Porque não se insurge contra o facto de um autocarro de adeptos do nosso clube, ter sido incendiado à porta de um estádio/pavilhão adversário;
• Porque não se insurge contra o facto de o autocarro de uma nossa equipa de hóquei, ter sido invadido por adeptos adversários à porta de um estádio/pavilhão adversário, daí tendo resultado múltiplas agressões a jogadores nossos, particularmente a um que, face à brutalidade das mesmas, esteve em coma;

4ª Questão – Seriedade
Diga-me Sr. Presidente:
• Porque não exigiu que se vissem apuradas as circunstâncias em que um nosso dirigente foi agredido no túnel de um estádio adversário, como está documentado em filme, por seguranças desse clube, mau grado as comprovadas intenções por parte destes de evitar tais filmagens.
• Porque não exige aos demais competidores e adversários, que façam nortear a acção das suas equipas de segurança, pelos princípios de rigor e seriedade que impomos às nossas, nomeadamente as que actuam no túnel, cujo único móbil de acção é a salvaguarda da defesa de todos os intervenientes no jogo que aí circulam, e acautelar/garantir o respeito e mérito que a competição lhes reconhece.

5ª Questão – a última
Diga-me Sr. Presidente:
• Porque não exigirmos todos a uma só voz, que os adeptos dos nossos adversários deixem de viver os seus clubes de um modo quase alienado, que lhes cega a lucidez e os impede de avaliar o comportamento desportivo e a gestão efectiva dos seus clubes, com o distanciamento racional que nós nos impomos.

Muitas mais questões haveria a colocar-lhe, M.D. Presidente, não fora a consciência que tenho da impossibilidade de V.Ex.ª em atender a todos os meus pedidos, face ao intento heróico de busca da verdade desportiva a que tem entregue, com seriedade, o tempo que, graciosamente, nos vem dedicando.

Que nunca lhe faltem a força e a coerência.

INQUÉRITO

Octávio Machado

Candidato com fortes possibilidades de vitória ao reality show da TVI “A Casa dos Segredos”. Jura a pés juntos que José Maria Pedroto está vivo, é moço forcado nos Amadores de Alcochete, e encontra-se regularmente com Pinto da Costa num monte do Alentejo.

Que deve fazer o Ministro Rui Pereira para garantir a segurança do autocarro do Benfica na próxima deslocação ao Porto?

Não sei onde está o problema. Nos últimos anos, graças à polícia, malhar no autocarro do Benfica tem-se revelado tão difícil para os fanáticos do Norte, como desapertar soutiens ou apontar Gelsenkirchen no mapa. Desta vez, as autoridades também só não resolverão o problema se não quiserem.

Eu, se fosse ministro, sabia bem o que fazer. Contratava os Superdragões, que é gente de conduta irrepreensível e audaz até à loucura, e incumbia-os de escoltarem o autocarro e os medrosos lisboetas, logo aí a partir de Coimbrões. Serviço remunerado, claro. O único óbice é que os Superdragões, como de costume, parece que já estão comprometidos com fazer a segurança da Área de Serviço de Antuã.

Mas, sendo assim, ocorre-me outra ideia. No lugar do Rui Pereira concedia a licença de porte de arma ao boneco do Multibanco, e mandava a SIBS por-lhe uma Uzi nas unhas. E as «Caixas» em todas as ruas e esquinas por onde a comitiva passasse, deveriam incluir a seguinte opção no menu de mensagens do sistema: “Não é desportivo malhar mais. Deseja continuar a operação?”.

Quanto à polícia, não tenho muito a dizer. Numa perspectiva «laisser fair, laisser battre”, acho que tem estado bem. Mesmo assim, à cautela, talvez fosse boa ideia pedir ao tal guarda que regressasse ao serviço e desse uma ajuda nesse dia. Vocês sabem muito bem de quem é que eu estou a falar. Aliás, como escreveu no seu livro «Caim» o outro, Coiso e Tal, que não preciso de dizer quem é mas que ganhou aquele prémio de literatura atribuido pela Academia Sueca que todos vocês conhecem, “pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício maior do que Caim”.

Vocês sabem de quem estou a falar.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Toques de Cabeça

SE EU FOSSE SPORTINGUISTA
Por JMMA

Embora quase ninguém tenha dado por isso, na quinta-feira, José Eduardo Bettencourt deu uma ‘Grande Entrevista’ à Judite de Sousa, na RTP 1. A Imprensa, em geral, não ligou peva.

Tal como há seis meses, aiás. Recordam-se: no mesmo dia e hora em que, numa inusitada operação de contraprogramação televisiva, Filipe Vieira era entrevistado por Sousa Tavares, Pinto da Costa por Judite de Sousa e Ricardo Costa por Ana Lourenço, onde estava Bettencourt? Presumivelmente, em casa, a falar sozinho aos comandos da Playstation...

Se eu fosse sportinguista acho que a esta hora deveria estar muito chateado. Não com a distracção dos jornais, que fazem o seu papel como melhor entendem – mas com o presidente entrevistado, que tão pobremente pareceu realizar o dele. Devo dizer que aquela entrevista, a espaços (como diria o grande filólogo de Guimarães Manuel Machado) me pareceu uma cena tirada de “O Deus das Pequenas Coisas” (de Arundhati Roy) que conta a história de uma família onde só as pequenas coisas são ditas e as grandes coisas permanecem por dizer.

Atenção: não quero, de modo algum, fazer da entrevista coxa uma questão central da rivalidade clubística na 2ª Circular, pois, como diz o provérbio, quem se ri do mal do vizinho, o seu virá a caminho. Não quero, mais vai ter de ser. Até porque a simples ideia de o presidente de uma grande instituição passar uma «Grande Entrevista» a falar de passivo em vez de falar de estratégia, é para mim bastante estranha. Para piorar as coisas, só faltava assistir ao relato em pormenor das tangas de um tal Izmailov que, como toda a gente já percebeu, um dia destes é recebido em apoteose nas Antas. Pode ser matéria de importância para a equipa técnica ou para o director desportivo. Mas para um presidente que preside tais picardias não poderão ser senão de um mero incidente contratual.

Mesmo assim, mais grave que tudo, acho eu, é a obsessão do passivo. Diz-me a intuição que as empresas que acreditam que se recompõem pelo lado da despesa estão condenadas à inacção e à falta de ideias. É nesse patamar que está o Sporting. Não compra porque não tem dinheiro. E não tem dinheiro, simplesmente, porque não tem o mercado do Benfica nem o "expertize" do FC Porto. Em vez de se preocupar em desenvolver o potencial do negócio, Bettencourt obstina-se em reduzi-lo, em nome de uma estratégia fatal que acabará por conduzir o Sporting – de prestação em prestação até à “belenensização”.

O Sporting precisa de dirigentes criativos ao nível da receita mas, a crer pela bitola do presidente, parece dirigido por burocratas bem comportados com mentalidade de funcionário que deliram com a amortização do passivo, esquecendo que com as derrotas do futebol o clube vai perdendo grandeza e dimensão social. Sem capacidade desportiva, com as assistências aos jogos a baixarem, este Sporting não interessa nem a quem nele investiu. E, nestas circunstâncias, por mais pequeno que seja o montante do passivo, ele será sempre excessivo.

Por outro lado, mais uma vez ficou claro que, com Bettencourt, o Sporting não só se habituou a estar feliz na posição de segundo, atrás do FC Porto, como está disposto para, com o seu silêncio, continuar a assegurar objectivamente o papel muleta dos prevaricadores no escândalo das arbitragens. Na verdade, confrontado com o teor das escutas do Apito Dourado, Bettencourt garantiu que não é «totó» – portanto, reconheceu a sua gravidade –, mas não está para maçadas. “Aquilo que o Sporting deseja é que os dirigentes contribuam para a união de que o País precisa.”

Isto não te deixa preocupado, amigo sportinguista?

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Circo está de volta !


Luis Filipe Vieira ameaçou a malta, dizendo que não vai ao Dragão se a camioneta for apedrejada. Mais, diz isto: “Peço a Deus que não nos apedrejem a camioneta, senão podem ter uma surpresa muito grande”. Perante tais afirmações, afirmo isto:

1 – Cheira-me que com esta tua ameaça o pessoal ficou cheio de medo e desta vez só te vai amolgar os guarda-lamas (sempre gostei deste nome). Mais, afirmo desde já que ouvi dizer que o Macaco já afirmou que desta vez vai ser mais meigo para não ter que ouvir mais afirmações de choradinhos.

2 – Afirmas (ou afirmaram por ti, não sei) que não vens ao Dragão. E daí? Julgas que a malta se importa? Não venhas! Poupas-me o dinheiro de uns tremoços e de uns finos!

3 – O presidente do Benfica teve uma reunião com o Rui Pereira, ministro da administração interna porque, diz, sempre que vem ao Norte é mal tratado. Ele há cada uma! O País não terá, certamente, mais nada do que se preocupar. O Ministro, trengo, lá o recebeu e lá contribuiu para o habitual circo. Tenho a certeza que falaram também de autocarros incendiados (por coincidência em Lisboa), de agressões a jogadores do Porto que quase os deixam cegos (por coincidência em Lisboa), de apedrejamento ao autocarro do Porto (por coincidência em Lisboa), de um apedrejamento ao carro particular do presidente do Porto (por coincidência em Lisboa), de apedrejamento aos autocarros da claque Portista (por coincidência em Lisboa), de apedrejamento a carros particulares de adeptos Portistas (por coincidência em Lisboa), de esfaqueamentos a adeptos Portistas (por coincidência em Lisboa) e outros mais (por coincidência em Lisboa).

Moral da história: as virgens ofendidas voltaram ao activo…

PORTUGAL: 3 - DINAMARCA: 1


Não vi o jogo na sua totalidade porque, por um lado saí do trabalho tarde e por outro porque tive que abandonar a TV mais cedo para jogar futebol. Normalmente a sexta-feira à noite é dedicada à prática dos “chutos na bola” e só falto à jogatana da bola por causas muito superiores. Ora, um jogo de qualificação de Portugal e ainda por cima com a forma como os “gandulos” andavam a jogar, não era de todo uma “causa maior”. E foi, talvez, esse o motivo que fez o Dragão estar despido de adeptos.

Por falar do Dragão, tenho que falar na relva, ou melhor, do tapete que é aquele relvado. Na sexta-feira choveu a cântaros no Porto e quando toda a gente pensava que o relvado ia estar ensopado, eis que a bola rolava como se nada fosse. Excelente! Via ali jogadores habituados a jogar nos maiores palcos Europeus, nomeadamente nas relvas de Madrid, Manchester, Londres, etc, mas de uma coisa tenho certeza: não encontram melhor relva do que aquela. Pode ser tão boa, mas melhor não é certamente.

O Moutinho é que não estranhou a ver pela exibição que fez. Muito bem. Arrisco mesmo a dizer que foi, talvez, a melhor exibição do Algarvio este ano, mesmo considerando as boas exibições que já fez no Porto. Mas não foi só o Moutinho a assinar uma bela exibição. Outros jogadores também o fizeram. Vi, como há muito não via, os jogadores a jogarem com vontade. Esta vontade, aliada à qualidade de todos, só podia dar nisto, ou seja, uma vitória clara que só peca por escassa. Bem-vindo Paulo e só espero que mantenhas os “gandulos” motivados e na mão. Caso consigas ultrapassar esta tarefa, estou convencido que marcaremos novamente presença numa fase final do Europeu.

Nota final para o público. Cai que nem uma luva o ditado: “poucos, mas bons”. Para além de terem puxado pela equipa, aquilo que mais gostei foi de ouvir (nesta fase já estava no carro a caminho da futebolada) os aplausos que deram ao Carlos Martins, aquando da substituição. Mostrou que o pessoal sabe bem distinguir um jogador da selecção de um jogador de um clube!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Inquérito

INQUÉRITO
Acha bem o chorrilho de palavrões dos interlocutores nas escutas telefónicas a P. Costa?

CARLOS QUEIROZ
(Jovem à procura de emprego numa empresa que não tenha medicina no trabalho)
«Oh c’um c***lho, essas conversas com palavrões só podem ter sido inventadas para denegrir os intervenientes? No caso concreto, uma pessoa que até recita versos. P**ta que pariu as escutas, mais à c***a da mãe delas, que nós no futebol expressamo-nos sempre com uma correcção do c***lho. Expressamo-nos e procedemos, f***se! »

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Toques de Cabeça

REIS DE PORTUGAL
Por JMMA


Ora bem – é terça-feira -, celebra-se hoje o centenário da República. Há muito, muito tempo, ainda o Madaíl andava de bicicleta com quatro rodas, e quando quem mandava era o tetravô da Bruna Real (a professora playmate da escola de Mirandela), a esta hora estavam os republicanos no Marquês de Pombal a juntar lenha para queimar o rei vivo. E não havia divisões. Não havia nem Benfica nem Sporting, nem Diabos nem Superdragões, as pessoas juntavam-se no Marquês, e era tudo do mesmo clube, um clube que gostava de queimar reis. Eram outros tempos. Hoje se o Eusébio fosse queimado vivo no Marquês, tenho a certeza de que as opiniões se dividiam.

Voltando ao ponto de partida. Em Portugal, por diversas razões, os reis não têm sido muito bem vistos. Excepto em algumas franjas que vêem com agrado a ideia de viver num País transformado em coutada pessoal, em que os titulares do trono se escolhem por serem filhos do pai.

Em todo o caso, Portugal não teria existido ao longo dos seus quase nove séculos se não tivesse tido reis. Os reis tinham uma função muito importante, chamada reinar. E ao tempo de governo de um soberano chamava-se Reinaldo, mais precisamente Reinaldo Teles, o «Sono».

Os reis mais célebres de Portugal são o Cristo-Rei, os Reis Magos, o Bolo-rei e os Reis do Frango Assado. Reis menos célebres, ou reis da 2ª Dinastia, mas que se distinguiram no Norte são, nas artes, o Soares dos Reis, e no futebol o Rudolfo Reis, grande líder do balneário quando Pinto da Costa chegou à presidência, e único caso conhecido de Rei que em toda a sua carreira só teve uma bandeira – a do FCP, ou Monarquia do Norte, como também é conhecido.

Reis espanhóis, os da 3ª Dinastia, reinaram apenas por empréstimo. O último foi o mui hábil José António Reyes, regressado a Madrid devido à falta de ‘guito’ para accionar a opção de compra.

Com o estabelecimento da igualdade no dia 5 de Outubro de 1910, os reis deixaram de ser escolhidos apenas por serem filhos do pai e permitiu-se que qualquer filho da mãe pudesse reinar. A democratização do País, a seguir ao 25 de Abril de 1974, permitiu, pois, que muitos reinassem embora não fossem reis. Entre eles contam-se, por exemplo, o Rei Major e o seu filho Loureiro. Mas quem reinou mais, e de certo modo ainda reina, foi D. Jorge Nuno que revelou dotes inigualáveis para a reinação, tendo inclusivé conseguido por várias vezes o título de Rei do Desporto-Rei, que é assim uma espécie de Rei do Carnaval.

Vejam se me entendem. Há muitos anos, quem reina formalmente é D. Madail I, mas quem continua a mandar em tudo, tipo Marquês de Pombal, é o Conde das Antas. Com as broncas da Selecção no Mundial e seguintes anunciam-se eleições para o trono. Não vejo melhoras: de um lado, o próprio rei e os que têm o rei na barriga; do outro, os que querem reinar sem rei nem roque.

Valha-nos a República!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Guimarães: 1 - FCP: 1


Ora então, cá estou eu novamente. Confesso que estava à espera de um desaire do Porto para retomar a escrita do Blog. Sim, JMMA, é mentira que o FootBicancas tenha ido desta para melhor! Sim, JCR, podem tomar por assalto a sede do FootBicancas, mas só se for para se juntar ao pagamento do courato e da mini.

De facto, passei (e ainda não sei se passou totalmente) por uma fase de nojo que me afastou do blog. Em certos momentos o tempo disponível não era muito. Noutros, simplesmente porque não me apetecia. Vamos lá ver se as teias de aranha saem de vez das minhas falangetas!

Bom, como disse, estava à espera que o Porto perdesse pontos para voltar ao activo. As sucessivas vitórias deste ano não traziam nada de novo e portanto seria falar mais do mesmo. Para além disso, descobriram-se nova escutas num timing verdadeiramente fabuloso, ou seja, quando o Porto ganhava como se não houvesse amanhã e quando a concorrência estava prestes a perder de vista o monolugar do FCP (por falar nisso, o Porto ganhou este fim de semana a prova da Superleague Formula na China – sempre a facturar).

O circuito de Guimarães trouxe ao FCP o primeiro furo à máquina tripulada pelo jovem piloto André Vilas Boas. Depois dos treinos livres de pré-época terem mostrado um Porto com muitos motivos para afinamento (adivinhando-se mais um campeonato sem história a favor do Benfica), eis que o bólide arranca com toda a pujança, deixando os concorrentes a léguas de distância, onde a única coisa que conseguiam ver à sua frente era o fumo deixado pelo rasto vitorioso do carro do Vilas Boas. Mesmo antes do campeonato, e numa Super-especial, já o Benfica andava “às aranhas” e com a cabeça à roda com tamanha potência. O actual campeão nacional saiu desse jogo completamente esmagado, queixando-se para o facto de o seu veículo estar a padecer de falta de peças. Segundo fonte próxima do clube encarnado, a reconstrução do chaço foi feita aos soluços, tendo o seu mecânico, de longa cabeleira branca, lamentado o atraso de algumas peças oriundas da África do Sul. Mesmo tendo o mesmo problema, o recente piloto do FCP não se importunou com tais desculpas e fez-se à estrada com todo o fulgor que até a mim me surpreendeu!

Porém, em Guimarães, uma falha na caixa de câmbio fez enguiçar a máquina. André Vilas Boas ainda tentou culpar o juiz desta corrida, mas como espectador digo o seguinte: Oh André, a culpa foi tua, pois ninguém tem culpa que tenhas adormecido ao volante durante a segunda parte. Mais, nunca uma corrida esteve tão fácil! Bastava um pequeno toque no acelerador para deixar a equipa da casa totalmente out. Por isso, abre a pestana, não adormeças ao volante e não julgues que o campeonato vai ser um passeio, até porque mais escutas aparecerão até final!!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Toques de Cabeça

FOOTBICANCAS NUMA PIRÂMIDE DO EGIPTO
Por JMMA


Apesar de os autores do Footbicancas garantirem a pés juntos que o blogue não morreu – está apenas acamado – , o famoso arqueólogo egípcio Zahi Hawass descobriu esta semana, na pirâmide de Qeops, por baixo da múmia do faraó, um ‘post’ de papiro , datada de 2500 a.C., com o título «Chega de futebol, vamos à Selecção». Em hieroglifos perfeitos, da autoria de um tal JMMA, o texto dava conta do desconsolo que rodeava o arranque da campanha futebolística da nossa selecção rumo ao Euro 2012. Até que ponto se revelaram proféticas as palavras do escriba, inclusive sobre o amor patriótico do deus Ápis-Mourinho à Selecção lusa, eis aí, realmente, um intrigante mistério das pirâmides à altura de Indiana Jones.

Olhando ao estado fossilizado do defunto ‘post’, os cientistas acreditam que o Footbicancas possa, também ele, jazer no mesmo local, porém soterrado a maior profundidade. Segundo a conjecturam os sábios, o blogue desaparecido estará sepultado algures na chamada Cripta dos Mortos, onde foram recentemente localizados achados arqueológicos tais como o prestígio futebolístico de Queiroz, o sportinguismo de Moutinho e o sonho benfiquista de revalidação do título em 2010/2011. Além de uma tumba em forma de losango, ao que parece destinada ao actual seleccionador nacional.

Embora os autores do Footbicancas se encontrem, eles próprios, bloguistamente mais mortos que a múmia faraónica de Qeops, tentámos saber junto deles, o que se passa verdadeiramente com a saúde do Footbicancas. Com o Luis Marques não foi possível falar. Ao que parece, desde que o Benfica sofreu o segundo golo em Guimarães, encontra-se em estado catatónico (para quem não sabe, síndrome caracterizada por um estado de inércia motriz e psíquica que alterna com estados de excitação) enfiado no carro, em frente do Media Market, com o autorádio a debitar o hino do Benfica em altos berros.

Mas Vitor Peliteiro foi peremptório: «é tudo mentira» disse ele, garantindo para breve o seu regresso. «Bloguisticamente, sou como os bombons Mon Chérie. Desapareço no Verão para não me deteriorar e reapareço no Outono, com o tempo frio. Assim, mantenho todas as minhas características de aficionado portista, ao contrário do Luis Marques que esteve tanto tempo com a cabeça fora do frigorífico que criou bolor, ou das crónicas do JMMA que vêm sempre todas embrulhadinhas em celofane com laçarotes mas quando se vai trincar sabem a chocolate de culinária do Lidl.»

A ver vamos.