quarta-feira, 30 de setembro de 2009
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
FCP: 1 - SCP: 0
O Porto prometeu muito nos primeiros 15 minutos. Entrou com tudo e voltou a ter em Hulk uma seta apontada à baliza adversária. Aqui, o Jesualdo foi esperto ao coloca-lo no lado direito do ataque, aproveitando a falta de ritmo do Grimi e o momento menos positivo do Polga. Nestes 15 minutos, o Hulk andou sempre em excesso de velocidade e era demasiado para os “dois cavalos” do Grimi e Polga. Por isso, o único facto estranho neste início foi o único golo do Porto, pois a equipa da casa merecia mais. E que golo! Falcão, para mim, não engana, sendo mesmo um excelente jogador. O seu golo de Sábado é uma obra-prima, no que diz respeito ao movimento. Enganou completamente o Polga e voou para uma finalização de se lhe tirar o chapéu.
Mas depois do vendaval inicial, eis que o Porto se eclipsou. Aliás, o jogo podia ser dividido em 4 partes, sendo que na 1ª e 3ª (15 minutos de cada parte) o Porto esteve bem, mas nas 2ª e 4ª quase que não se viu. Se nos últimos 30 minutos da primeira parte há uma justificação lógica (reacção do SCP), nos últimos 30 minutos do jogo não encontro nenhuma reacção a não ser aselhice. Vamos por partes:
O Sporting reagiu muito bem ao golo Portista. Veio “para cima”, obrigou o Porto a recuar, tendo chegado ao final da primeira parte com direito a algo mais. Se este recuo Portista, no primeiro tempo, tem alguma justificação, o recuo da segunda parte (a tal 4ª parte do jogo – depois da expulsão do Polga) era perfeitamente evitável. O Porto estava a jogar contra 10 e por isso, o “encolhimento” não foi admissível. Não consigo perceber porque é que o Porto se encolheu tanto. Comentava com os meus colegas de bancada que quem parecia que estava a jogar com 10, era o Porto. É certo que o Sporting teve o seu mérito, mas a jogar no Dragão, não podemos dar tanto “mérito” ao adversário!
Em suma, o Porto conseguiu uma importante vitória, mas não me convenceu. Nem o Porto nem o Jesualdo. Oh Jesualdo, o segredo está no meio campo! Não se consegue dominar o jogo se não se dominar o meio campo. Se o Raul Meireles está em baixo, há que o tirar. Perdemos o meio campo no Sábado como já o tínhamos perdido em Braga!
domingo, 27 de setembro de 2009
Benfica:5 Leixões:0
Desta vez o Leixões trouxe uma novidade estratégica para a Luz, que até agora os adversários que visitaram o reduto encarnado, que só tinham utilizado o autocarro à frente da baliza, ainda não se tinham lembrado: dar porrada a torto e a direito.
Confesso que não gosto de ver os adversários reduzidos a nove jogadores, parece sempre uma luta desleal, e as próprias vitórias não saem tão valorizadas, mas neste caso o Leixões mereceu.
A forma como o Leixões entrou na partida, dando "pau" de forma desleal, foi previamente planenada pelo seu treinador de forma vergonhosa. Foi uma sorte não haver lesionados, tal o ímpeto físico imposto pelos leixoneneses. Passa a bola, não passa o jogador.
Cartão encarnado para José Mota. Muito mau na abordagem a este jogo.
No final, foram 5, como podiam ter sido 6 ou 7. Próximo.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Toques de Cabeça
Por JMMA
Guilherme Aguiar foi esta noite afastado da assessoria para a propaganda da SAD portista por decisão do próprio presidente. Em causa está o facto de Aguiar não poder continuar a dar a cara pelo FCP depois de, na quinta-feira, o “Record” ter afirmado, com base numa troca de e-mails interna entre jornalista do JOGO, que Guilherme Aguiar seria a alegada fonte da notícia do JOGO sobre a suspeição que se vivia no Dragão, pelo facto de a Presidência e a equipa técnica do FCP se sentirem sob escuta. Segundo o JOGO, a cabala envolveria destacadas figuras sportinguistas interessadas em tirar nabos da púcara para o clássico do próximo sábado.
Instado a revelar os motivos da suspeição, Aguiar foi muito claro. O jurista e ‘entretainer’ disse que a partir de segunda-feira começaram a ouvir-se uns barulhos estranhos no balneário do Dragão. Logo a seguir, coincidência ou não, um Super Dragão topou Dias Ferreira, com um cachecol do Benfica numa mota da Telepizza (para disfarçar), quando seguia lançado na avenida dos Aliados atrás do carro de Pinto da Costa.
Mas desconfiar, só desconfiou quando descobriu um microfone do Sporting na Secretária de Pinto da Costa. “A mostarda chegou-me ao nariz quando percebi que o microfone do computador de Pinto da Costa (na altura a falar no Messenger com Duarte Gomes, o árbitro nomeado para o clássico do próximo sábado entre FC Porto e Sporting), estava maior e tinha uma anilha a dizer Sporting e um cabo que saía pela janela, passava pelo Túnel II, e ia dar a uma carrinha verde estacionada em frente do Dolce Vita, registada em nome de José Eduardo Bettencourt.”
«Assim que vi isto – continua o jurista ‘entertainer’ das Antas – fui buscar uma escada ao piquete da EPAL, subi o muro da Academia de Alcochete … e encontrei na Secretária do Paulo Bento várias folhas arrancadas do caderno de notas do Jesualdo, com o timbre do FCP e com nódoas de francesinha.»
«O que é que querem mais?» Mais nada, mas desde que o “Record” revelou a fonte das queixinhas, o facto é que toda a gente ficou a saber que a cabala, afinal, era só fumaça, lançada a partir da presidência, para atrapalhar o adversário no jogo de domingo. E até a origem dos barulhos estranhos que se ouviam no balneário do Dragão e foram confundidos com escutas, foi ontem reduzida a quatro possibilidades, todas alheias ao Sporting:
- Pinto da Costa a amarrotar os acórdãos da Comissão Disciplinar da Liga com as condenações de Ricardo Costa;
- Jesualdo, ensimesmado com a derrota em Braga, escondido a ver gravações da série televisiva «Conta-me como foi»;
- Hulk com perturbações intestinais depois de colossal feijoada com picanha.
O presidente Pinto da Costa, que não teve outra hipótese senão demitir o assessor, diz que só fala depois do jogo.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
U. Leiria:1 Benfica:2
A maioria dos clubes da 1ª Liga devem estar desejosos de receber os encarnados.
Este era um jogo de vitória obrigatória. Uma das pechas do Benfica nos últimos anos, era que quando o Porto escorregava, o Benfica não conseguia ganhar vantagem. Por isso, estava algo ansioso antes do jogo.
Quando o Saviola marcou, pensei que seria mais uma noite tranquila, mas o azar perseguiu um dos melhores jogadores encarnados, que ao marcar um auto-golo permitiu que o Leiria voltasse a estratégia do autocarro à frente da baliza, sempre com os olhos postos em contra-ataques perigosíssimos.
E foi a defender que o Leiria me surpreendeu. Com 3 defesas centrais intratáveis, uma ocupação de espaços extremamente eficaz e sempre com dois jogadores disponíveis onde estivesse a bola, complicou e muito o jogo encarnado. Aqui, nota negativa para Keirrisson que não ajudou a contrariar a estratégia Leiriense, raramente conseguindo fugir à marcação.
Percebi então, que afinal a noite seria complicada. Não tanto pela exibição alguns furos abaixo do Benfica, mas mais pela organização defensiva do Leiria, que teve muito mérito na forma como travou o ataque encarnado.
E eis que surge o polémico penalti. Alguns não têm dúvidas de que é penalti, outros só têm certezas de que não é. O que é certo é que Cardozo converteu, dando a vitória aos encarnados.
Este era um daqueles jogos, que o Benfica o ano passado não ganhava. É certo que sofreu, mas não haverá concerteza campeões sem sorte e sofrimento, e estarei cá para ver quantas equipas passarão este ano em Leiria.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Toques de Cabeça
Por JMMA
Chega dessa coisa de esmiuçar (como diz o outro) todos os dias as mentiras e charadas do mundo do futebol. Danem-se. Por mais apetecível que fosse falar sobre a tosa sem espinhas, do FCP na cidade dos arcebispos, hoje o assunto é outro. Vou falar de um amigo comum. Comparece assiduamente por aqui, mas tão discreto é que poucos o conhecem. Crítico, leva a semana inteira a dizer-me o que é que devo escrever, e depois escrito, a chatear-me porque é que o escrevi assim.
Falo dele porque hoje faz outra vez 30 anos. Sempre considerei, após aturadas pesagens e rigorosas medições, que é a melhor idade que um homem pode ter. É a idade mais bonita que há. A partir dos 30, o amadurecimento é tão gradual – dá-se tão naturalmente – que até o peso dos 40 é treta. E porquê? Porque o mau já passou e o pior demora muito tempo a chegar. Só a partir dos 39 se acorda para a inexorável sucessão dos números. E, mesmo assim ao de leve, graças a Deus.
30 anos é 15; é 20; é 25. São todas boas idades mas verdes. Com 15 ainda não se tem 18. Com 20 já se tem carta, mas as mais das vezes ainda não se tem carro. Com 25 tudo parece uma maravilha, já começa a haver dinheiro, só que é tudo em ponto pequeno. A escassez forja o desejo, e a vida só anima porque antes não se tinha nada. Melhor do que tudo, são os 30. Só sabe quem teve. E o amigo de que falo sabe porque, como disse, hoje fez outra vez.
Quem é, afinal, esse amigo? Essa é das perguntas mais complicadas que me podem fazer. Muito mais complicada do que endireitar a sombra de uma vara torta; explicar ao Madail a diferença entre um offside e um offshore; ou mesmo do que convencer o Zé Camarinha que “pole position” não tem nada a ver com Kama Sutra. Esclareça-se que a complicação reside em ter de ser eu a responder, pois não gosto de gabar ninguém em público sem motivo aparente. E se estão à espera que me ponha aqui a discursar sobre os defeitos dum amigo em dia de aniversário, estão rectangularmente enganados.
Mas é menino – isso garanto – para a esta hora estar alegremente agradecido pela colossal prenda de aniversário que lhe foi endereçada à 5ª jornada, a partir da cidade dos arcebispos, por um tal senhor Alan. Mais uma prova de que 30 anos é mesmo uma idade muito divertida.
domingo, 20 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
UEFA: Benfica-2 Bate Borisov-0
Por isso o Benfica, não apresentando o fulgor de outros jogos, muito por culpa da ausência de Aimar e Saviola, conseguiu fazer uma exibição bastante positiva, podendo até ter terminado o jogo com mais uma goleada.
Gostei das estreias Felipe Menezes e Júlio César. O primeiro teve pormenores de bom jogador, e sendo trabalhado e enquadrado na equipa, pode estar encontrado o definitivo substituto de Aimar. E o GR brasileiro cumpriu, fez duas boas defesas, e deu uma boa segurança à equipa. Cheira-me que JJ, mais cedo ou mais tarde, deverá entregar-lhe a titularidade.
Não podia deixar de falar em Ramires. É concerteza o melhor reforço (mais completo) encarnado dos últimos 10 anos. Defende, ataque, finaliza, rouba bolas, corre kms e roça a perfeição táctica. Que grande jogador temos ali.
Depois, Javi Garcia, David Luiz e Maxi (!!!), continuam a excelentes.
A grande questão que se coloca ao actual Benfica é a regularidade destas exibições. Se estiver assegurada, os adversários deverão ter razões para muita preocupação.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Chelsea: 1 - FCP: 0
O Jesualdo arriscou muito ao mudar a equipa da maneira como mudou, mas no fim das contas, acabei por perceber qual foi a sua intenção. Queria segurar a primeira parte com um meio campo mais consistente, para depois arriscar um pouco mais, quando as forças do Chelsea estivessem mais debilitadas. Teve foi o azar de sofrer logo a abrir na segunda parte. Podem também dizer-me que o Porto podia (e talvez merecesse) sofrer na primeira parte. É verdade, mas o que é certo é que lá se aguentou e assim as coisas seguiam segundo o planeado.
A perder por 1 a 0, o Porto arriscou mais e as entradas de Varela e de Falcão fez com que o Porto se tornasse mais perigoso e mais incisivo no ataque. Varela mostrou mais uma vez que é um grande reforço (Obrigado Paulo), fazendo do Ashley Cole um jogador banal (mas não tão banal quanto o Benitez) e impedindo que este subisse no terreno como o tinha feito até então. Embora o Falcão não tivesse feito nada de encher o olho (há aquele penalti maroto do Ricardo Carvalho), vê-se que na realidade o gajo é jogador. Quem ainda lhe falta alguma coisa para poder explodir na Champions é o Hulk. Fez um jogo jeitosinho, mas falta alguma coisa que até sei o que é. Falta-lhe saber esconder a bola como tão bem o faz Varela. Quando souber esconder a bola e escolher a melhor altura para arrancar, então será um caso sério.
Tendo em conta os últimos 40 minutos de jogo, fiquei com uma sensação amarga, uma vez que o Porto fez um grande jogo, sendo que merecia, talvez, melhor sorte. Mesmo assim, este era um resultado esperado e o apuramento não ficou de forma nenhuma em causa, ainda por cima depois do empate do Atlético de Madrid em casa. Estou confiante nesta equipa e estou, obviamente, confiante em mais um apuramento.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
E agora Ricardo Costa?
Em Maio de 2008, no âmbito do processo «Apito Final», João Bartolomeu foi punido pela Comissão Disciplinar da Liga com um ano de suspensão e multa de 4000 euros e a SAD da U. Leiria multada em 40 mil euros por tentativa de corrupção no jogo com o Belenenses da época 2003/04. O presidente leiriense recorreu para o CJ da Federação para que fossem retiradas dos processos disciplinares as escutas telefónicas, o que só acontece agora.
Paulo Samagaio vai, agora, interpor acções indemnizatórias contra a Liga e a Federação, para acautelar «os prejuízos causados por esta decisão».
Já em Novembro passado, Ricardo Costa, presidente da Comissão Disciplinar (CD) da Liga, tinha admitido que a ordem do Supremo Tribunal Administrativo para retirar as escutas do processo Apito Final só teria aplicação na condenação da U. Leiria e de João Bartolomeu.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Belenenses:0 Benfica:4
Mais uma exibição convincente, com momentos de puro brilhantismo, e uma vontade de vencer como há muito não se via na equipa. Mais uma goleada. Em 2 jogos, 12 golos, não é para todos.
A equipa está bem, o Aimar enche o campo, Saviola começa a mostrar porque foi considerado em tempos o possível sucessor de Maradona na Argentina, Ramires é para mim o jogador mais completo do Benfica, defende e ataca, e é fortíssimo nas transições rápidas, a equipa tem banco, e nota-se que ainda não atingiu todo o seu potencial.
Já o disse aqui por diversas vezes, que não entro em clima de euforias. Mas começa a ser difícil não acreditar nesta equipa do Benfica.
Só não digo de antemão que vamos ser campeões, porque o FCP continua a ser uma equipa compentente, e aparentemente não terá sofrido tantas oscilações como esperava, após a saída do Lucho e Lisandro.
Temos campeonato.
SCP: 1 - Paços de Ferreira: 0, por Joaquim Claro
Uma primeira parte completamente amorfa! Tudo feito “by the book” – desmarcações para dar linhas de passe, mudança de jogo, etc. – mas a uma velocidade exasperante!! A única nota especial foi a “postura” de Angulo em campo. A continuar assim será, certamente, uma alternativa muito válida.
A segunda parte foi diferente da primeira, essencialmente, pela velocidade e/ou agressividade que os jogadores tentaram imprimir, sendo que nem sempre o conseguiram. Para tal também contribuiu a alteração das “peças” com a passagem de Yanick para a direita, entrada de Matias e Postiga. Quando uma grande parte já apostava na perda de mais dois pontos, lá apareceu o de (quase) sempre que, praticamente, sem levantar os pés do chão e entre os centrais adversários, facturou.
Notas finais:
- a inconsistência defensiva não foi tão visível. Para este facto muito contribuíram três factores:
. as substituições de Pedro Silva e Polga por Abel (bom jogo) e Tonel (melhor a atacar em lances de bola parada do que no resto), respectivamente.
. o recuo de Moutinho para médio-centro.
. a inoperância ofensiva do Paços
Esta última até pode ser uma consequência das duas primeiras. É necessário um adversário de outro nível para ser possível tirar as conclusões correctas.
- a equipa do Paços foi, claramente, prejudicada pelas lesões prematuras de dois elementos. No entanto, excelente trabalho do Paulo Sérgio. Curiosamente esta equipa do Paço é, exactamente, o contrário daquilo que o seu treinador foi, enquanto jogador.
sábado, 12 de setembro de 2009
FCP: 4 - Leixões: 1
Das melhores que vi no Dragão desde há uns bons tempos. Embora o Leixões ainda tenha assustado logo aos 20 segundos de jogo, o que é certo é que desde então, o Porto pegou no jogo e foi para cima como se não houvesse amanhã. E para isto muito ajudou o excelente jogo proporcionado pelo Álvaro Pereira. Sim senhor, até que enfim que conseguiu amortizar um pouco do investimento feito na sua contratação. Participou em 3 dos 4 golos do Porto.
Se o Álvaro Pereira jogou muito bem, o Falcão voltou a fazer o gosto ao pé. É o 4º golo em outros tantos jogos. Mas não foi só o golo que me fez ficar satisfeito. Na primeira vez que o vi ao vivo, posso dizer que o balanço é muito positivo. O Colombiano é bom de bola: sai bem da marcação, domina bem a bola, distribui bem o jogo e marca. Estou convencido que daqui a uns tempos já ninguém se lembrará do Lisandro.
E o que dizer do Varela? O Rodriguez tem que dar corda aos sapatos, pois o Varela está com a corda toda. Corre que nem desalmado, segura muito bem a bola, desequilibra e, tal como o Falcão, marca (já leva 3 no campeonato). Aonde é que andava a cabeça do Paulo Bento para o despachar? Obrigado Paulo!
Acima dos destaques individuais, o Porto, na primeira parte, fez um excelente jogo colectivo, com uma circulação de bola muito boa e com uma mobilidade muito interessante para quem começou há pouco tempo e para quem se viu privado de alguns elementos chave no seu plantel.
Quanto à segunda parte, nada a declarar a não ser o golo do Leixões (o Helton estava a dormir) e a confirmação da 3ª vitória consecutiva, num jogo que no ano passado acabou com uma derrota do Porto. Aliás, este ano, o Porto já tem mais 4 pontos, pois no ano passado perdeu com o Leixões e Naval e empatou com o Paços, quando no ano passado perdeu com os dois primeiros e ganhou ao segundo.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Toques de Cabeça
Por JMMA
O primeiro-ministro José Sócrates justificou esta semana, com base na crise internacional, o previsível não apuramento da Selecção para o Mundial de 2010. Contra a desilusão, Sócrates avançou com uma promessa eleitoral. “Devido ao bom trabalho desenvolvido, tanto o Queiroz como o adjunto Oliveira têm desde já lugar garantido no Governo que sair das próximas eleições, qualquer que seja o partido vencedor». E explicou: Segundo as estatísticas, Portugal nesta qualificação está no top das 10 selecções menos eficazes, ao lado das ilhas Faroé, Montenegro, e outras selecções secundárias. Em casa ainda não ganhou nenhum jogo e em 55 remates fora de área, nunca marcou nenhum golo – o que demonstra bem a falta de acerto. No entanto, Queiroz acredita que Portugal “está no caminho certo”. E Agostinho, o adjunto, apesar do desaire iminente vai mais longe garantindo que “as coisas estão a decorrer de acordo com o planeado» e que “estamos a construir para o futuro”.
Qual caminho? Qual futuro? O da África do Sul receamos que não seja e o de 2010, infelizmente, receamos que também não. Mas quem fala assim, não merece apenas um lugar na Selecção das Quinas, «merece um lugar bem almofadado no Governo do país de todos nós», anunciou o porta-voz do Governo.
A oposição, como é costume, considera a medida uma operação de cosmética ainda pior que a maquilhagem capilar usada por Gilberto Madail, uma vez que não há garantias de que os técnicos não continuem na Selecção a dar-nos música após o desaire, ao contrário do que promete o plano governativo. Até porque, revelou o porta-voz do PSD, na quarta-feira, mal acabou o jogo na Dinamarca, Queiroz mandou ir de Lisboa a Nossa Senhora do Caravaggio que Scolari tinha deixado na Federação para proteger Madail na caso do Apito Dourado. Por outro lado, como bom português, Queiroz queixou-se da arbitragem, e assim que chegar a Portugal, sabe-se já, vai entregar um recurso ao Conselho de Justiça da Federação contra o suíço Busacca Massimo, que (segundo «nós») fez vista grossa à penalidade cometida por Anders Christensen. “Temos aqui matéria suficiente para atribuir os três pontos à equipa das Quinas, boicotar a venda de queijo suíço em todo o País, conseguir um quarto melhor para Madail na fase final do Euro 2010 e exigir a suspensão de todos os acordos e tratados existentes entre a UE e a Suíça”, explicou Gonçalves Pereira a este blogue.
Confesso que partilho os receios da oposição quanto ao provável insucesso da medida de Sócrates. Até porque concordo com Agostinho: Portugal é uma selecção com muito futuro, apesar de estar cheia de portugueses.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Benfica é o nono maior clube europeu do séc. XX
A classificação baseia-se nos resultados obtidos pelas equipas nas competições europeias entre 1901 e 2000, sendo atribuídos pontos por vitória e empate consoante a categoria das provas.
O FC Porto é o segundo clube português a surgir na lista da IFFHS composta por 200 emblemas, ocupando o 29.º lugar, enquanto o Sporting surge no 47.º posto.
Para a tabela contam os resultados na Taça e Liga dos Campeões (oito por vitória e quatro por empate), Taça das Feiras e Taça UEFA (seis e três), Taça das Taças (cinco e 2,5), Taça Mitropa (quatro e dois), Taça Latina (quatro e dois) e Supertaça Europeia (6,5 e 3,25).
Por acaso fiquei surpreendido (digo-o de forma sincera), com a diferença pontual entre o Benfica e FCP. São quase o triplo dos pontos!
Classificação:
1. Real Madrid, 563,50 pontos
2. Juventus, 466,00
3. FC Barcelona, 458,00
4. AC Milan, 399,75
5. Bayern Munique, 399,00
6. Inter de Milão, 362,00
7. Ajax, 332,75
8. Liverpool, 300,25
9. Benfica, 299,00
10. Anderlecht, 231,00
(...)
29. FC Porto, 115,00
47. Sporting, 68,00
110. V. Setúbal, 21,00
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Os filmes cá do sítio...
Mas eu não critico o Jesus nem o jornal. Repito, a capa é muito boa e os óculos ficam a matar! Embora ache piada à produção, acho ainda mais piada ao título: “Exterminador Implacável”. Ah Grande Jesus. O que não vale ser do Benfica para implacável. Do quê, vamos ver no futuro. Aquilo que o passado mostra é que o homem só foi implacável no Felgueiras, quando depois de uma primeira volta de sonho, fez uma segunda volta de terror (ao estilo do exorcista) e o clube da terra do nosso amigo Felgas, acabou por descer. No Felgueiras constavam jogadores como o guarda-redes Lopes (não o conhecem? Eu também não. Mas pelo nome devia ser bom e devia entrar em todos os bares e discotecas Portuguesas – esta de entrar nos bares é uma private – os meus sócios de blog perceberão), Abel Silva (campeão do mundo), Leal (jogador do Sporting), Amaral (mais um campeão do mundo), Costa (jogador que se transferiu para o Porto), Filipe Azevedo (chegou a jogar no Marselha e Lokomotiv), Lewis e o grande Sérgio Conceição.
Mas Jorge Jesus não é apenas implacável no terreno de jogo. Jorge Jesus também é implacável nas palavras. O treinador diz que não quer sofrer mais do que sete golos. Os pais do moço do filme “sozinho em casa” também não o queriam deixar casa, mas o que é certo é que o puto ficou mesmo. Se o treinador do Benfica é, ao final de 3 jornadas, um Exterminador Implacável, o que dizer, por exemplo, do Domingos ou do Jesualdo? Bom, o Domingos, com aquele cabedal, será certamente o Rambo. Já o estou a ver na primeira página do jornal com uma t-shirt sem mangas e com a cara cheia de óleo. O Jesualdo, pela sua idade e mestria, vai ser certamente o Alfred Hitchcock. Com o Jesualdo nunca se sabe o que sairá dali, mas a brincar a brincar, já é tri-campeão.
Em suma, não quero com este texto denegrir, de forma alguma, o Jesus, até porque o considero bom treinador, mas achava que não devia deixar passar em claro a capa do jornal e os óculos de sol do ex-cabeça branca, o agora “exterminador implacável”.
Dinamarca: 1 - Portugal: 1
Nem me apetece escrever muito sobre o jogo, pois fiquei muito mal disposto com o resultado. Depois de uma exibição muito bem conseguida, os jogadores mereciam melhor sorte e menos aselhice na hora de finalizar. A falta de vontade, com que muitas vezes os jogadores são acusados, não se fez sentir nada. Aliás, devo dar os parabéns aos jogadores, uma vez que senti que, de facto, fizeram de tudo para ganhar. Só não fizeram mesmo o mais importante que era marcar.
Excelente jogo do Deco, Bosingwa e do Liedson pelo golo marcado e bom jogo para o Pepe, Ronaldo e Nani. Estes merecem o meu elogio, sendo que no geral todos estiveram bem. E o que dizer de Queiroz? Para mim resume-se a uma coisa: “pé frio”. Esta expressão utiliza-se quando certa pessoa atrai o azar. Na verdade, o Queiroz não tem a estrelinha que acompanha alguns treinadores, como por exemplo, a estrelinha que Scolari teve em alguns jogos da selecção. Bem sei que vão dizer que o Scolari era o maior e coisa e tal, mas eu pergunto: Que culpa tem o Queirós dos falhanços que assistimos no Sábado? Só uma, o facto de ser “pé frio”.
Felizmente que lá apareceu o Liedson para resolver um mal que podia ser ainda pior. Deixem-me sonhar, já dizia o Torres em 1986. Eu também o digo em 2009.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Toques de Cabeça
Por JMMA
Em geral, não sou pessimista e tratando-se de futebol, menos ainda. Neste caso, acho-me mais propenso a acreditar no improvável (se me convém), do que dado a estados de alma derrotistas quando, matematicamente, ainda é possível. Já dizia Balzac, a melhor ilusão na vida são as ilusões da vida.
Devo dizer, porém, que nunca esperei grande coisa desta nova etapa da selecção nacional com Carlos Queiroz no comando. Não consigo vê-lo senão como um treinador banal, bom programador ao que dizem, bem relacionado, que utiliza o servilismo de uma parte da imprensa portuguesa ("professor" para aqui, "professor" para ali) para esconder algum défice de atributos essenciais às suas funções: carisma, capacidade de liderança e sagacidade nas opções técnicas, sobretudo a partir do banco.
Em Março, após o ‘flop’ com a Suécia, a frustração estava estampada no rosto de jogadores e também do seleccionador nacional. Carlos Queiroz, no entanto, disse que nada estava decidido e garantiu que a turma das quinas ainda vai conquistar os pontos necessários para conseguir o apuramento para o Mundial na África do Sul. Oxalá. O facto é que, anteriormente, em Braga, Queiroz dissera três vezes na mesma conferência de imprensa, não saber o que mais pode fazer para ganhar um jogo de futebol! Não foi deslize. Tenho a certeza absoluta que ele falava verdade.
Por isso, quanto a Queiroz estamos entendidos e a partir daqui a conversa é com Cristiano Ronaldo. O que não quer dizer que não possa ser também com o Simão ou com o Nani. O que eu peço é só ser fascinado. Só. No ponto em que estou, não custa nada. Três fintas, daquelas que sentam um dinamarquês (e depois um magiar). Uma bola domada no peito. Um golo no canto impossível. Quero geometria, muita geometria, passando tangentes aos gajos. Quero ver a raça de Maniche, o único tipo, além do Cascão da Turma da Mónica, que conseguiu glória internacional apesar da relação com o balneário. Quero Bosingwa a dar às gâmbias como um viking de antigamente cavalgando através da Jutlândia. E como de fascínio falamos, quero Ricardo Carvalho imperial a valsar o Danúbio Azul como um verdadeiro magiar na corte de Francisco José I. Quero só tudo. Quero ir à festa em 2010.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Benfica:8 V. Setúbal:1
Bom, antes de entrar no estádio comentei com o meu colega de bancada que hoje o jogo iria ser fácil. Três a zero, foi o meu vaticínio. O Setúbal era uma equipa em construção, com muitos jogadores de escalões inferiores e o próprio treinador era novo nestas andanças. Se o Benfica não conseguisse ganhar ao Vitória, então mais valia começar a pensar em pôr a “viola no saco”.
Confesso que os sadinos me pareceram muito fraquinhos, mas hoje em dia marcar oito golos mesmo que a equipas tenrinhas, não se afigura tarefa fácil. Por isso o Benfica tem muito mérito. Obviamente num jogo de futebol, o mérito de uma equipa, confunde-se sempre com o demérito da outra, mas bolas… oito golos é muito golo.
O futebol é feito de contrastes, e muitas vezes até lhe falta alguma lógica. Ontem, enquanto me deliciava com o jogo, pensava para mim: como foi possível termos falhado tantos golos feitos contra o Marítimo, e agora por cada bola que vai à baliza é golo?
Para além da exibição, impressionou-me o grau de exigência de Jesus para com os jogadores. Mesmo ganhando por muitos, o treinador do Benfica, exigia mais e mais. E por cada lance que não gostava, repreendia os jogadores como se o resultado fosse negativo. E isso acontecia com todos: Cardozo, Saviola, Javi e David Luiz (um dos melhores), que no golo de honra sadino, só não levou um “tabefe” porque não estava ali ao lado. Jesus é realmente um espetáculo, dentro do próprio espetáculo.
Se já se vivia algum clima de euforia para os lados da luz, depois deste resultado este clima foi reforçado. Com tudo de bom e de mau, que uma situação destas implica.
Mas volto a repetir, a euforia é fabricada mais pela imprensa do que pelos adeptos. Depois do jogo, para além do óbvio sentimento de orgulho por uma equipa que tinha acabado de golear, a pergunta que mais ouvi os adeptos fazer durante a breve caminhada que liga o Estádio ao Colombo era: será que não nos faltarão golos em Belém? Por isso o pessoal está confiante… mas realista. Afinal foram só três pontos.