FCP: 0 - Dinamo Kiev: 1

Há três anos que o Porto não perdia em casa em jogos a contar para a Champions. Para além deste facto relevante, a derrota de hoje pode, tal como há 3 anos, deixar o Porto de fora dos oitavos. Na verdade a tarefa do Porto está muito, mas mesmo muito complicada e só os mais optimistas é que acreditam na repetição do feito alcançado nos últimos dois anos, ou seja, na qualificação para os oitavos de final da prova.

Eu estarei algures entre os optimistas e os pessimistas. Isto é, não posso dizer à boca cheia que o Porto vai ganhar os dois próximos jogos fora, mas também não atiro desde já a toalha ao chão. Nem assobio (tal como se ouviu hoje no Dragão) a equipa como se não houvesse amanhã. Sei que o amanhã vai ser difícil, mas vendo como vi os próximos adversários do Porto, tenho a noção que se o Porto ganhar os respectivos jogos, não será nenhuma surpresa do outro mundo.

Esta foi uma noite inglória. Em primeiro lugar porque fui vestido para o meu T0 do Dragão à veraneante e passei um frio do caraças (deixei-me brincar um pouco para ver se a azia passa). Depois porque o Porto, não tendo feito um jogo extraordinário, mercia muito mais do que isto. Bem sei que nestas alturas temos tendência para usar estes clichês, mas a verdade é que o Porto teve várias oportunidades para marcar, inclusivamente antes dos Ucranianos, como por exemplo no remate do Lucho ao poste. Os gajos foram à área do Porto uma vez e toma lá, vai buscar.

Na segunda parte, a pressão aumentou ainda mais de tom até aos 75 minutos. Até aqui, o Porto jogou bom futebol, conseguiu trocar bem a bola, mudava de flanco com alguma facilidade e conseguiu também criar algumas oportunidades de golo, faltando apenas o golo. Depois dos 75, as pilhas acabaram, tendo o coração imperado mais do que a cabeça.

Por esta altura os adeptos assobiavam, facto que não concordo, pois os jogadores deram tudo o que conseguiram. Se não deram mais, foi porque não sabiam e aqui, meus amigos, os jogadores não têm culpa. Quem eventualmente tem culpa foram aqueles que os contrataram. Notas para o jogo em esforço do Lucho (que se passa? está cansado?) e para o Cebola que está uns furos abaixo daquilo que fez no Benfica.

Em suma, às vezes não basta jogar bem. Diria mais: às vezes é preferível jogar mal e ganhar do que jogar bem e perder assim (mais um clichê, mas a hora e o cansaço já não dão para mais). Ou seja, depois do jogo de hoje, já tenho saudades da pobre exibição que fizemos contra o Fenerbahçe. É que nesse jogo ganhamos por 3-1!