Segundo uma inquietante notícia divulgada precisamente no Dia da Criança, em Portugal faltam bebés. A natalidade atingiu o seu nível mais baixo desde 1995.
Ninguém me tira da cabeça que isso tem a ver com a hegemonia futebolística do FCP no período em questão: 9 campeonatos em 12, é uma dor de cabeça para o País. Tirando o Porto e arredores, é o país todo em stress. Já se sabe, quando o stress toma conta do sótão o sexo desce para a cave.
Se o problema já é grave, com o tempo só se complica. Na verdade, menos bebés hoje igual, daqui a 20 anos: a menos padeiros, menos professores, menos GNR’s, etc., etc., e fatalmente menos futebolistas. Não importa haver menos padeiros pois também haverá menos gente a comer. Não importa menos professores, também há-de haver menos alunos. Menos GNR’s para Timor importará, se houver timorenses…. Agora, menos (piores) futebolistas: isso sim será uma desgraça.
Aliás, com a crise de natalidade que vai por aí, o futebol em Portugal corre sérios riscos não só de escassez de futebolistas como inclusive de falta de dirigentes. Posso admitir que a inexistência de presidente não seja em todos os casos uma coisa assim tão má. Haverá até situações em que pode constituir uma bênção. Sem presidente que os conduza à descida de divisão, clubes haverá que verão conservada a sua glória. Sem presidente que falte ao pagamento dos ordenados dos jogadores, clubes haverá que verão conservada a sua honra. Sem presidentes que façam cavalo de batalha da alienação de activos, clubes haverá que verão conservado e ampliado o seu património. Portanto, nesses casos até diria, pese embora a fraca natalidade: obrigado FCP!
É muito diferente, porém, o que se passa, por exemplo, com a Federação, onde nos podemos orgulhar de ver na presidência um dirigente de alto gabarito. Por conseguinte, a falta dele nunca poderia ter senão consequências funestas. Ainda há dias, no rescaldo daquele lamentável desaire dos Sub-21, as palavras do presidente federativo foram memoráveis. Infelizmente esqueci-me de quais foram. Mesmo assim, porém, recordo-me do pensamento subjacente. O pensamento subjacente era de que o presidente… (Ah, sim, já me lembro) apreciava um bom uísque.
Mas já que ao senhor presidente federativo, nas suas absorventes elucubrações, não ocorre certamente equacionar o problema futebolístico da falta de natalidade, pergunta-se aos leitores deste blog:
Para fazer face à calamidade anunciada o que é que sugeririam? (*)
a) Recomendar aos clubes que permitam aos jogadores a presença em festas ‘marotas’ sempre que lhes apeteça e em especial antes dos jogos?
b) Intensificar o apoio federativo à prática do futebol feminino ou misto?
c) Repudiar a exibição de filmes como «O Segredo de Brokeback Moutain», cuja mensagem subestima o processo de reprodução da espécie;
d) Outras hipóteses?
Aceitam-se sugestões.
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(*) Comentários de valor acrescentado (5 euros por linha).
Ninguém me tira da cabeça que isso tem a ver com a hegemonia futebolística do FCP no período em questão: 9 campeonatos em 12, é uma dor de cabeça para o País. Tirando o Porto e arredores, é o país todo em stress. Já se sabe, quando o stress toma conta do sótão o sexo desce para a cave.
Se o problema já é grave, com o tempo só se complica. Na verdade, menos bebés hoje igual, daqui a 20 anos: a menos padeiros, menos professores, menos GNR’s, etc., etc., e fatalmente menos futebolistas. Não importa haver menos padeiros pois também haverá menos gente a comer. Não importa menos professores, também há-de haver menos alunos. Menos GNR’s para Timor importará, se houver timorenses…. Agora, menos (piores) futebolistas: isso sim será uma desgraça.
Aliás, com a crise de natalidade que vai por aí, o futebol em Portugal corre sérios riscos não só de escassez de futebolistas como inclusive de falta de dirigentes. Posso admitir que a inexistência de presidente não seja em todos os casos uma coisa assim tão má. Haverá até situações em que pode constituir uma bênção. Sem presidente que os conduza à descida de divisão, clubes haverá que verão conservada a sua glória. Sem presidente que falte ao pagamento dos ordenados dos jogadores, clubes haverá que verão conservada a sua honra. Sem presidentes que façam cavalo de batalha da alienação de activos, clubes haverá que verão conservado e ampliado o seu património. Portanto, nesses casos até diria, pese embora a fraca natalidade: obrigado FCP!
É muito diferente, porém, o que se passa, por exemplo, com a Federação, onde nos podemos orgulhar de ver na presidência um dirigente de alto gabarito. Por conseguinte, a falta dele nunca poderia ter senão consequências funestas. Ainda há dias, no rescaldo daquele lamentável desaire dos Sub-21, as palavras do presidente federativo foram memoráveis. Infelizmente esqueci-me de quais foram. Mesmo assim, porém, recordo-me do pensamento subjacente. O pensamento subjacente era de que o presidente… (Ah, sim, já me lembro) apreciava um bom uísque.
Mas já que ao senhor presidente federativo, nas suas absorventes elucubrações, não ocorre certamente equacionar o problema futebolístico da falta de natalidade, pergunta-se aos leitores deste blog:
Para fazer face à calamidade anunciada o que é que sugeririam? (*)
a) Recomendar aos clubes que permitam aos jogadores a presença em festas ‘marotas’ sempre que lhes apeteça e em especial antes dos jogos?
b) Intensificar o apoio federativo à prática do futebol feminino ou misto?
c) Repudiar a exibição de filmes como «O Segredo de Brokeback Moutain», cuja mensagem subestima o processo de reprodução da espécie;
d) Outras hipóteses?
Aceitam-se sugestões.
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(*) Comentários de valor acrescentado (5 euros por linha).
d) Trabalhem menos meus senhores, trabalhem menos!
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