Belenenses: 1 - SCP: 0, por Rui Martins

Ontem fui a Belém comer um pastel… na realidade foram dois. Após uma demorada visita à casa que vende os famosos pasteis, onde pairava muita gente vestida de verde e branco, lá me dirigi para aquele que é conhecido lá em Belém pelo maior estádio do mundo. É tão grande que nunca enche, dizem o adeptos do Belém. É triste ver o estádio de um dos clubes de maior relevo da história do campeonato nacional quase sempre vazio. Ontem quase que se repetia o cenário, não fosse o adversário o Sporting. Embora houvesse muitas clareiras nas bancadas eram mais os adeptos de verde do que os de azul. Aparte disto, fica o registo de ser o estádio com a vista mais bonita do país.

Quanto ao jogo não há anda a dizer… ou talvez não me apetece escrever grande coisa, tão grande que foi a miséria. Disse o Paulo Bento que demos 45 minutos de avanço, já começa a cansar e a preocupar esta conversa, já por várias vezes isto aconteceu durante o campeonato. O Sporting, tal como o Belenenses só aos 21 minutos criara perigo. Daqui para a frente só deu Belenenses com vários remates de fora da área que acabou no golaço do Zé Pedro após uma perca de bola a meio campo e de contra-ataque com um remate de longe estava feito o golo… adivinhava-se.

A segunda parte, começou com a estreia do primeiro reforço de Inverno o Tíui. Tinha 45 minutos para mostrar o que valia e para tentar desfazer o nó que os três centrais do Belém davam no Liedson e no Simon. O Tíui disse na conferência de imprensa da sua apresentação que a sua melhor qualidade era correr, e para mim isso é o mínimo que se exige a quem joga à bola. Por isso ontem não desiludiu, cumpriu com a sua melhor qualidade… que foi correr, vamos ver se sabe mais do que correr, prometeu com alguns pormenores mas sem consequência positivas é certo. Para mim a estreia até foi positiva.

Com o resultado desfavorável, o Sporting viu-se obrigado a correr atrás do prejuízo. Na segunda parte que me lembre o Belenenses não rematou uma única vez. Tal era a pressão do Sporting que não conseguia sair com a bola. O Silas desapareceu e o Zé Pedro foi-se apagando com a saída do Weldon lesionado acabou o Belém. O Sporting tinha tudo para marcar, mas com o Belenenses bem fechado na defesa e com um futebol trapalhão não conseguia entrar na área.

O Paulo Bento mandou chamar o Pereirinha, para o Lugar do Abel. O Abel não teve um regresso feliz, na primeira parte o Ruben Amorim apareceu várias vezes na zona dele e quase sempre fez o que quis. Pouco depois tirava o outro lateral que a única cosia que fez de positivo foi atira uma bola ao poste… vá lá, ao menos acertou na baliza. Para o seu lugar entrou aquele que para mim é a grande incógnita do Sporting, ainda não percebi se é bom ou mau.

O Sporting com a carne toda no assador, o Veloso já era defesa esquerdo e voltou às exibições medíocres, pressionava o Belém e teve 15 minutos finais onde tentou o golo mas o tipo de vermelho que andava de apito na boca só atrapalhou. O árbitro não teve influência no resultado mas condicionou muito o jogo do Sporting. Até ao fim e sempre com o coração nas mãos o Veloso de livre atirou mais uma ao Poste. Porque raio o Veloso não marca mais livres, o Rony é tipo artilharia pesada mas nunca acerta… já mudávamos o marcador, não?