Por JCR
Porque a história, mau grado única e irrepetível, acaba sempre - bem ou mal - por encontrar espelho no futuro (mais ou menos longínquo), e porque “recordar é viver”, começo por reviver as palavras que aqui soaram algures no mês de Março do corrente ano, após uma final ‘’SLB – FCP”, então da Taça da Liga:
(...) Há falta de cultura desportiva no FCP. Uns dirão que é a própria cultura do FCP, eu diria antes que é apenas falta dela. O facto de não estarem habituados a perder não legitima que não se saiba perder.
Fazia falta a Bruno Alves, a Raul Meireles e porque não a Hulk um estágio na Selecção Nacional de Rugby. Não para aprender placagens ou derrubar adversários, mas sim para perceber como é importante a valorização do adversário. Os jogadores de rugby depois de 80 minutos de luta física, a primeira coisa que fazem depois do jogo terminar, são duas filas com o propósito de aplaudir os jogadores da equipa adversária.
O campo de futebol não é um campo de batalha. Os adversários não são inimigos. Saber perder, é tão importante como saber ganhar. O Benfica não poderia existir sem o FCP, e o FCP não podia existir sem o Benfica.
Alguém que explique isso a Bruno Alves. A começar pelos próprios adeptos da equipa do FCP. (...)
Quem ontem tiver, como eu, assistido ao jogo, facilmente constatará que o ‘Bruno Alves’ já cá não mora e o ‘Meireles’ apenas jogou os minutos suficientes a acrescentar um troféu ao seu “curriculum”.
Foi também notório, que isto da “cultura desportiva”, do saber ou não perder, do reconhecer em campo mérito ao adversário tem muito que se lhe diga… tem dias…
Vi um FCP jogar como não pensava - ao momento - possível, frente a um SLB que não espelhou o que - ao momento - dele se vai dizendo.
Mas sobre o jogo, não me deterei muito porque (citando…) é unânime que o FCP ganhou bem, e quando as vitórias acontecem sem contestação, a própria história do jogo (que não as suas incidências) também perde algum interesse.
Foi bonito e bom de ver que o Sr. João Ferreira continua (como tão bem se refere em ‘futebolês’’) igual a si mesmo, amigo do seu amigo e… indecifrável nos seus critérios.
Porque todos temos memória, sabemos que é muito bom de ouvido (especialmente à distância). Já o mesmo se não pode dizer das suas ‘’vistas”. Pobre coitado…
Retenho e relevo a postura dos jogadores do meu FCP (quiça matéria que aponta à cultura).
O jogo ontem facilmente apelaria a muitos nervos, discussões, reclamações, resultado das muitas dores nas pernas/joelhos/pés/calcanhares/cabeça, e da incompreensível abstracção do senhor que por ali se arrastava trajando de negro, que a momentos vários roçou o ridículo, num primoroso exercício de cegueira.
Valham-nos os dotes (à ‘B. Alves’, dirão) do ‘Tacuara’, do ‘D.Luiz’, do ‘C. Peixoto’, do ‘C.Martins’ e até do ‘P. Aimar’.
De um modo ou de outro, acabam sempre por marcar o jogo. Não?!
Foi pois, para mim, um jogo de boa memória. Pelo que me fez recordar do passado (em parte, recente), mas também pelo que me faz antever do futuro, que alguns dirão risonho, e eu apenas previsível e preocupante… muito preocupante mesmo…
Para a história fica uma portentosa exibição e uma vitória (mais uma), de um clube desportivamente ‘inculto’ e ‘regional’ que, não cuidando, se arrisca a perder tal estatuto.
Pelo menos o repto e o intento foram lançados.
A ver vamos…
Antes de mais, saúdo o regresso do JCR.
ResponderEliminarBem sacada esta memória. Não vi o jogo como gostaria, pois o transito a caminho de Vilamoura não me deixou, sendo que perdi os primeiros 30 minutos de jogo pela TV, sendo obrigado a ouvir o relato.
Nestes 30 minutos de Antena 1, ouvi um bitaite do Joaquim Rita hilariante: Aquando da alegada agressão do Cardozo ao Sapunaru (ainda não vi na TV, pois os resumos, vá-se lá saber porquê, não mostraram) o gajo saiu-se com esta "o árbitro fez em "não ver", pois estragaria a final, ainda com o jogo no seu inicio".
Mas o que é isto? Agora o árbitro faz bem em não ver por o jogo estar no início??? Oh Joaquim, vai bugiar!
Quanto ao resto e por aquilo que vi, vitória sem espinhas do novato perante o mestre da táctica!
Surpreendente (ou não) a ausência de opiniões benfiquistas sobre isto.
ResponderEliminarUma espécie de "silêncio dos inocentes"...
Foi um achado, ouvir hoje o Sr. Rui Gomes da Silva na SIC Notícias (Dia Seguinte), a comentar os lances polémicos da partida.
Como diz o autor deste artigo, isto da cultura desportiva e do respeito pelo adversário, tem muito que se lhe diga.
Uma vergonha, como vergonha é o silêncio dos habituais "moralistas" residentes.
Também por aqui se vê a matriz de 'cultura desportiva' de cada um.
realmente, para quem ouviu esse sr na sic noticiass, ve o que sao os dirigentes do benfica, aquele sr é uma vergonha pessoa, considerar as entradas do c.martins como jogo normal, se o programa ja nao era grande coisa agora caiu no poço!
ResponderEliminarmelhor ainda foi dizer que a supertaça nao era objectivo, realmente a azia era tanta que lhes custa admitir que o porto foi melhor
li até alguns comentarios em que se dizia menos de 3 é derrota, pois bem, levaram 2 e so nao foram mais porque aquela arbitragem, no coment
so gostava que o rui costa viesse agora dizer como fez na final da taça da cerveja, que se calhar pa nos tambem nao era objetivo, que perderam a cabeça neste jogo, coitados
BP