Paços Ferreira-1 Benfica-3

Confesso que estava algo ansioso antes deste jogo. Por vários motivos:

• a Mata Real é historicamente um campo onde os três grandes têm muita dificuldade em passar (vide FCP já esta época);


• era o terceiro jogo da semana, com claro impacto na frescura física dos jogadores, e num campo onde o físico talvez seja mais importante que a técnica, principalmente numa noite de chuva como a de ontem;


• devido ao calendário das Selecções, três titulares indiscutiveis e em melhor forma neste arranque de época, não poderiam jogar (Aimar, Di Maria, Maxi);


• o Benfica vinha de uma derrota, que nunca é positivo para uma equipa que vinha ganhando sucessivamente;


• fruto da euforia, em grande parte provocada pela comunicação social, há uma vontade redobrada dos adversários em ganhar ao Benfica.


• o FCP e o Braga tinham ganho os seus jogos, aumentando a pressão sobre a equipa encarnada;


• e por fim, por ainda haver muito boa gente que continuava a dizer, que ao Benfica deste ano, lhe faltava um teste a sério.

Por isso, havia muito boas justificações para um resultado negativo na capital do móvel.

E ao contrário do que seria expectável (até para mim), o Benfica entrou muito forte, com clara intenção de resolver o jogo o mais cedo possível. Terminou a primeira parte a ganhar por 3, numa clara demonstração de superioridade sobre o adversário, que nunca conseguiu assustar o Benfica.

A segunda parte, apenas serviu para valorizar a vitória encarnada, que por questões físicas e por mérito pacence, deixou que os “castores” controlassem o jogo, permitindo até o golo de honra.

No final, uma sensação de dever cumprido, em mais uma vitória categórica, num estádio completamente cheio, e com um golo de antologia de Cardozo.

O Benfica receberá o Nacional, e vai a Braga, num jogo que poderá clarificar muita coisa.

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