terça-feira, 30 de outubro de 2007

FCP: 3 - Leixões: 0

E a tabuada dos 3 continua a morar pelo Porto, ou seja, 8 vezes 3 dá 24 pontos. Mas desta vez, a minha lição de matemática não se fica por aqui. Isto porque há mais dados numéricos que quero realçar depois do jogo desta noite: Foi a 8 vitória consecutiva, o 8 golo de Lisandro neste campeonato e finalmente são 8 os pontos que o FCP tem sobre o segundo classificado. É obra meus senhores!

O Porto entrou a todo o gás e fez dois golos nos primeiros 8 minutos (lá está o número 8 novamente). Depois, e com muita sinceridade, pouco mais se viu até ao minuto 34 da segunda parte, quando Lisandro fez o seu segundo golo da partida. Foi um bom treino de preparação para a Champions, mas pelo meio o Porto ainda encontrará o Belenenses de Jorge Jesus (tentarei escrever sobre este treinador no decorrer desta semana).

Nota de relevo para o excelente golo do Tarik. O homem de vez em quando lá se engana e faz umas coisas capazes de levantar o estádio. Mas por pior que jogue é bem melhor do que o Mariano. Oh valha-me deus. O gajo nem para o Famalicão serve. Só estou para saber como é que ele já foi internacional Argentino e como é que o Porto o contratou. Temos no Leixões o Paulo Machado que é bem melhor do que o Argentino.

Bom, não estou com grande apetência para a escrita e por isso vou nesta dizendo apenas que o Porto de vitória em vitória, mesmo sem grande fulgurância, lá vai levando a água ao seu moinho. Arrisco-me mesmo a dizer a equipa portista vai chegar à luz (na 12ª jornada) com 11 vitórias consecutivas. Vale uma aposta?

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Colunista Convidado Residente, por JMMA


ONTEM, EM PATÓPOLIS

Suponha o leitor que o presidente de um clube secundário, simultaneamente activista local de um partido político, resolve embalar o pagode na promessa de pôr o clube da terra a ombrear com os grandes. Como não há luxo sem guito, e sendo certo que fazer-se alguém passar por aquilo que não é, traz sempre despesas, a dada altura o fantástico dirigente passou uns cheques pré-datados, cheques esses que estão agora prestes a cair, para cobrança, na conta bancária do clube, cujo saldo está a zero. (Os saldos das contas bancárias, por qualquer razão insondável, estão sempre a zero quando os cheques pré-datados se vencem).

Suponha também o leitor que perante a enrascada financeira, o dirigente megalómano telefonou à sua amiga e correligionária presidente da Câmara, que na imensa bondade do seu coração e amor ao desporto logo se prontificou a ajudá-lo, apenas na condição de lhe ser presente uma factura no valor do buraco a tapar, justificada como ‘donativo’ e passada em nome de uma empresa chamada Resinga. Não foi passada em nome de Deus Nosso Senhor, porque infelizmente, com as pressas, não se pôde saber o respectivo número de contribuinte. (Por qualquer razão insondável, na terra onde isto se passa há sempre empresas dispostas a brindar os clubes e os partidos com donativos anónimos).

Suponha, então, que seguindo as dicas da amiga e correligionária presidenta o dirigente aflito se dirigiu à Câmara e que, não na Tesouraria como seria normal mas pela mão escusa de um vereador, se procede ao almejado «download» financeiro: uma conta calada distribuída por dois envelopes, um com um cheque e outro com notas.

Suponha, finalmente, que um dia (nestas coisas, por qualquer razão insondável, às vezes lá vem um dia), por decepção, ambição ou traição, alguém ‘tramou o Roger Rabbit’ e foi a bronca.

Pois bem, passados que são nove longos e atribulados anos sobre a data em que ocorreram os factos, velozmente a passo de caracol lá se vai desenrolando o julgamento. Averigua-se a cor do saco (azul?) e o alcance insondável da magia. Além da autarca mirabolante, acusada de 23 crimes, respondem outros 15 arguidos, entre os quais o dirigente equilibrista, os gestores pagadores, ‘and so on, and so on’.

Depois de rocambolescas vicissitudes, o processo lá vai fazendo a sua ‘via crucis’, e um dia há-de vir em que do nevoeiro da nossa memória, qual D. Sebastião, emergirá em tribunal um resplandecente contrato, demonstrando que, afinal, aquilo que equivocamente se julgava serem donativos obscuros, na realidade nunca teve nada de donativo e tão pouco de obscuro. Apenas e tão só um mero, puro e transparente contrato de serviços de publicidade, regularíssimamente ‘celebrado’ com o tal clube ex-maravilha.

Realizou-se há dias mais uma sessão do pleito.

Desengane-se o leitor se em algum momento imaginou que a cena descrita decorria algures entre Amarante e Guimarães, no reino dos lusos. Nem pense! Passa-se em Patópolis, mais concretamente em Dalton City (dos irmãos Dalton, recorda-se?), no reino dos patacôncios.

Jogar à Benfica!





O Benfica jogou durante mais de uma hora com a equipa reduzida a 10 jogadores, após a expulsão do Quim, que cometeu grande penalidade sobre Kanu...

Ao contrário do que se esperava, o Glorioso demonstrou uma garra que honestamente, há muito tempo não via para os lados da luz!

Excelente jogo e muito emotivo.

saudações!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Da Escócia não se viu grande coisa...



Tirando o facto da grande animação, que é característica dos Britânicos, o jogo de ontem mostrou um Celtic muito fraco para um Benfica também aquém do que nos mostrou, por exemplo a época passada.

Enfim, fica o resultado (1-0), pois não tenho muito mais a acrescentar.

Não gostei do jogo! o estádio não estava cheio...

Vamos a ver daqui a 15 dias em Glasgow, onde dificilmente o Benfica arrancará um resultado positivo.

Saudações Benfiquistas!


quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Colunista Convidado Residente, por JMMA



AINDA SCOLARI

A Federação Portuguesa de Futebol enterrou o caso Scolari – paz à sua alma. Mas permitam-me um último dizer sobre o defunto. É que ando há vários dias a coçar as meninges diante da bizarra indiferença que envolveu o enterro: será que ninguém reparou que a FPF mais uma vez, descaradamente, fez-se de lucas? O método é velho e continua a servir que nem ginjas para desatar embaraços: sempre que há algo que não convém resolver, primeiro empurra-se com a barriga e por fim varre-se para baixo do tapete.

A mim, pessoalmente, a coisa chateia-me. Mas até agora não li uma linha sobre o assunto. Apesar da estupefacção geral, e não obstante as instâncias do poder político ao mais alto nível terem repudiado o acto classificando-o como um sarilho sem desculpa, para Madail duas magras vitórias conseguidas lá para trás do Mar Cáspio e uma declaração à imprensa é quanto basta para virar a página e partir para outra.

Vou directo ao assunto: os 35 mil euros alegadamente para punir o seleccionador e promover o «fair play» não passam de uma treta. Não punem nem promovem nada. Se, como promoção, talvez cheguem para tapar a cova de um dente, como punição – veja-se - o que é que são 35 mil euros de multa para um ordenado milionário como é o do gaúcho? Alfinetes! Nem sequer paga o tempo de suspensão imposto pela UEFA, durante o qual o mister vai andar por aí a jogar à bisca lambida nas horas de serviço e saltar ao eixo nas horas vagas. Já nem falo na possibilidade, não descartável, de a retenção salarial ainda assim acabar por ser compensada pela porta do cavalo.

A decisão unânime da FPF de desculpabilizar (como se esperava) Luiz Felipe Scolari, mostra bem como a justiça do senhor Madaíl é uma ilha rodeada de conveniência por todos os lados. Filia-se na mesma linha de «justiça da esponja» com que se vão enrolando até à inanição final os «apitos dourados», os casos Mateus, arbitragens e quejandos.

Não que a direcção da FPF deva ser constituída por polícias e juízes ou Scolari seja o conde Drácula. Mas porque, embora criticando o «gesto irreflectido» (ou seja, o murro) de Scolari, a Federação «não é ingrata e o povo não é ingrato». Por outras palavras: enquanto a selecção for andando tem-te-não-caias na qualificação, entende o senhor Madail que o país só uma coisa a fazer: fechar os olhos em gratidão. O murro ou a tentativa de murro, não foi um acesso descontrolado de violência individual. Scolari teve por trás dele uma nação inteira agradecida e compreensiva.

Nação inteira, ponto e vírgula! Pelo menos um – eu próprio – não só não alinha com a tese como continua a afirmar que a agressão de Scolari ao sérvio foi um tabefe em todos os portugueses que a Federação deveria ter sancionado em termos exemplares e inequívocos, o que não aconteceu nem nunca acontecerá com dirigentes deste calibre.

Nem tudo, porém, é mau. O presidente da Federação disse há dias que tudo tem um princípio e um fim … (Lapalisse não diria melhor) e revelou vontade de abandonar o cargo «pelo seu pé». É pena, já agora, para nosso descanso, podia ter acrescentado – em passo de corrida.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

COINCIDÊNCIAS

A selecção cumpriu duas das quatro finais que tem até final do apuramento, com o sucesso que se esperava. Infelizmente não vi nenhum dos dois jogos, mas como é lógico mantive uma atenção especial às partidas. Pelo aquilo que li e ouvi, saltaram-me à vista 3 coincidências que se acumularam nos dois jogos:

1 – A primeira delas tem a ver com o regresso às vitórias da nossa selecção e ainda por cima com duas consecutivas. Algo que não se via há já algum tempo, onde o denominador comum foi o facto do nosso seleccionador ter estado na bancada a seguir os jogos. Agora percebo o soco do Scolari. Não fez isto a pensar unicamente na defesa do seu menino. O acto teve como principal objectivo colocar no banco, e segundo reza a história, o homem que realmente percebe alguma coisa de futebol.

2 – Um dos elementos em melhor evidencia foi o Miguel Veloso. Sou um fervoroso adepto deste jogador, mas as suas boas exibições não se deveram apenas ao facto de ser um excelente jogador. Jogou ainda melhor porque foi o que mais se adaptou aos difíceis relvados que a selecção apanhou pela frente. Isto porque o jogador leonino estava mais habituado do que os outros a jogar em campos de batatas, e como tal a adaptação foi excelente. Parabéns ao Sporting por adaptar os seus jogadores a jogarem em relvados impróprios para o consumo do futebol.

3 – Finalmente a coincidência Nuno Gomes. Em pleno 13 de Outubro, Gilberto Madail apelava à nossa senhora de Fátima para que esta olhasse pela a nossa selecção, dando nesta fase crucial do apuramento, uma sorte divina. E não é que as suas preces foram ouvidas? Em plena fase de aquecimento, Nuno Gomes lesiona-se à última da hora, obrigando o Murtosa a colocar em campo o Hugo Almeida. Curiosamente este último havia de marcar o golo de tranquilidade no jogo de 13 de Outubro. Mas a coincidência Nuno Gomes não fica por aqui. É o chamado dois em um. Ainda resultante da lesão, o Makukula é chamado à pressa, e mesmo sem chuteiras acabaria por também ele fazer o gosto à cabeça!

São realmente umas felizes coincidências, que acabaram por dar à nossa selecção duas vitórias, colocando-nos muito perto do Euro 2008!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Colunista Convidada Residente, por Laurinha O’Doe


NÃO HÁ POR AÍ UM PATROCINADOR?


Footbicancas/DN/Interview - É o que se chama fazer tudo pelo clube que representam. Talvez não se possa dizer que é amor à camisola, pois as futebolistas do Torrejón, líder do campeonato feminino espanhol, não hesitaram em tirar a roupa toda para angariar um patrocinador que lhes possa proporcionar melhores condições para desenvolver a prática da modalidade. O problema é que já lá vão três semanas desde que as meninas se mostraram como vieram ao mundo e nada de patrocinador.

Na produção feita para revista Interviú, as atletas confidenciaram que precisavam de ter uma segunda profissão para poderem ter uma vida mais desafogada em termos financeiros, pois o salário auferido ronda os 150 euros mensais, insuficientes para assumirem o estatuto de profissionais.

Saray García, a capitão e goleadora da equipa dos arredores de Madrid, foi mesmo mais longe, lançando uma pequena provocação às estrelas do futebol... masculino: "Fantásticas somos nós, nunca Henry, Messi, Eto'o ou Ronaldinho."

Esta afirmação parece ser um pouco tumultuosa, mas Saray explicou depois o porquê da sua afirmação: "Viajamos de carro, ficamos em hotéis modestos e só conseguimos treinar à noite, ao frio e à chuva." (Laurinha O’Doe - Madrid)

Ainda o Filipão....


Em dia de jogo da nossa Selecção, que tal uma recordação "for fun".

Saudações Lusitanas!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

LIGA VITALIS

A frase que se segue é muito, mas mesmo muito arriscada. Porém, tenho a certeza que este ano existe uma protecção divina da nossa senhora de Fátima. Então cá vai ela: Uma vez que a Liga Bwin já está entregue (prova disso mesmo é a queda acentuada do número de visitas no nosso blog e imagino o mesmo para a Abola e para o Record), vou começar a seguir com regularidade a Liga Vitalis. Pronto, já está.

Na liga de honra, tenho duas equipas pelas quais vou torcer: O Varzim e o Vizela, por esta mesma ordem.

Para além do Varzim ter ganho ao Benfica no ano passado e para além de conhecer pessoalmente o presidente do clube, tenho uma razão que me leva a gostar da equipa Poveira:

O meu sobrinho e afilhado é o defesa esquerdo da equipa dos iniciados. No ano passado ele jogou a defesa central, mas depois de ser devidamente aconselhado pelo seu padrinho, preferiu mudar-se para o lado esquerdo da defesa. Este conselho teve a ver com o défice que existe nos defesas esquerdos em Portugal. Disse-lhe que este lugar seria um passaporte directo para chegar ao FCP e à Selecção. Tanto um como o outro só tem nabos nestas posições. É também uma garantia para mim porque já me auto-nomeei como empresário do futuro craque. Assim, daqui a 5 ou 6 anos deixo o meu actual trabalho e passarei a representar o Miguel Peliteiro.

É que este processo meteórico até ao topo vai ser muito fácil, porque lhe bastará ter a técnica e pujança de remate do padrinho e a exuberância física do avô. Já imagino o Cristiano Ronaldo a levar porrada como se não houvesse amanhã e imagino também os golos do lateral esquerdo à Roberto Carlos.

Depois vem o Vizela. E porque o Vizela? Em primeiro lugar porque o Famalicão está na III divisão. Depois, porque gosto do seu treinador. O Bracarense Carlos Garcia é um dos treinadores mais experientes do nosso futebol, bastante trabalhador e muito profissional. Não será provavelmente dos treinadores mais mediáticos, sendo talvez por isso que não está na Bwin. A provar estes factos, é o actual segundo lugar da Liga Vitalis.

E pronto, já partilhei as minhas preferências da Liga Vitalis porque a Bwin já não tem grande história!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Áurea

O Porto conseguiu a sétima vitória consecutiva antes do interregno, motivado pelos jogos da selecção. Esta paragem traduz o término do primeiro quarto de campeonato e pode dizer-se que melhor não podia estar a correr. De facto, o Bicampeão nacional está a conseguir um registo nunca visto. Pelo menos, para os lados do Dragão, não é visto há 68 anos. Mais impressionante é o facto do Porto ser líder há 675 dias!

São números de respeito, mas nem por isso o treinador portista consegue a unanimidade de opiniões positivas entre os sócios e adeptos. Continuam a haver portistas que não querem o Jesualdo no banco de suplentes nem pintado a oiro. Outros, embora discordando de algumas das suas decisões, reconhecem o mérito do homem.

Para representar o primeiro grupo, tenho como exemplo meu pai. Confesso que, ou no nosso T0 do Dragão (jogos em casa) ou no sofá de minha casa (jogos fora de portas), alimento com este inveterado portista algumas acesas discussões. Para ele, o Jesualdo não faz mais do que a obrigação, considerando a qualidade do plantel. Para ele, o Jesualdo é nabo porque teima em colocar em campo o Tarik em detrimento do Adriano ou de “outro nabo qualquer”, como o próprio diz. Ou então, e igualmente para ele, o professor é muito passivo para ser treinador do Porto. Preferia um treinador que fosse mais activo no banco e que mandasse os jogadores abaixo de Braga, sempre que estes se distraíssem com as gajas boas de Ermesinde, que andam pelas bancadas do Dragão.

Eu, estou mais do lado do segundo grupo. Embora concorde com o meu pai em alguns pontos, o que é certo é que o Jesualdo tem atrás dele os números supra. Já o disse em outras situações: acho que o Jesualdo foi a melhor escolha, depois do Adriaanse se ter escapulido. Mais, o campeonato conquistado no ano passado foi a prova inequívoca disto mesmo. Acredito que o professor não estará entre os melhores treinadores do mundo, mas é um treinador que se está a mostrar muito certinho e era precisamente disso que o Porto precisava, depois de ter um louco Holandês entre portas. É ainda um treinador que, embora medroso, sabe arrumar uma equipa.

Em suma, julgo que não podem ser os pormenores de meter este ou aquele, que devem suportar a nossa opinião. O que é certo é que ele foi campeão e está também a ter um início de época fulgurante. E disso os adeptos portistas não se podem esquecer. É o caso típico de um treinador sem áurea, isto é, por mais títulos que venha a ter, terá sempre um grupo de adeptos que não vão gostar dele. Mas meu amigo, nem todos podem ter a áurea de alguns treinadores Brasileiros, que nada ganham, mas que todos o idolatram!

domingo, 7 de outubro de 2007

Académica: 0 - FCP: 1

Correndo o risco de começar a ser repetitivo, sétimo jogo, sétima vitória! O que quer dizer que sete vezes três, dá vinte e um pontos. São 21 pontos que traduzem uma hegemonia tremenda do FCP neste campeonato. Vem agora duas semanas de interregno e só espero que não provoque o mesmo colapso que o Porto teve no ano passado, quando teve as tais mini-férias.

O jogo foi fraquinho, tendo o Porto jogado um pouco abaixo do QB. Na primeira parte ainda se notou um domínio da equipa azul e branca, mas depois do intervalo esse domínio foi por água abaixo e os portistas tiveram mesmo que cerrar os dentes para contrariar o melhor período dos estudantes.

O mérito da vitória é ainda maior se considerarmos que o Porto jogou com 10 durante 55 minutos. Com franqueza, não percebo o que é que o Tarik anda lá a fazer. Aposto que, mesmo com o joelho ainda a 10%, fazia bem melhor do que o Marroquino. Então aquele falhanço de baliza aberta, é de gritar aos céus. Neste lance, nem o Alá protegeu a aselhice do tosco Africano.

Mais uma vez o Jesualdo tentou o 4-4-2, mas o que é certo é que o Porto joga bem melhor no habitual 4-3-3. E equipa está formatada neste modelo há bastante tempo e vai ser muito difícil a troca. Aliás, nem sei porque é que o professor continua a tentar. Não sendo treinador, aposto que há formas de conseguir um maior controlo do meio campo, sem ter que se desfazer do 4-3-3, ou pelo menos dos jogadores que fazem este modelo táctico.

Vem agora dois jogos em casa contra o Belenenses e contra o Leixões, abrindo uma janela de oportunidade interessante para se chegar às nove vitórias consecutivas.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

CL: Benfica-0 Shaktior:1

Fraco, fraco, fraco. É o que me apraz dizer, depois da exibição colectiva do Benfica.

Bem sei que os encarnados falharam mais três ou quatro golos feitos. Bem sei que o Shaktior é hoje por hoje uma equipa forte, mas bolas, olho para o Benfica e não vejo arte nem engenho para “chegar lá”. Tudo o que consegue é em esforço, e com pouco talento.

Cardozo, ainda não mostrou a eficácia com que veio rotulado, aliás, de cabeça é fraquinho. Di Maria será um bom jogador daqui a 2/3 anos. Presentemenete ainda tem dificuldades na definição dos lances. Os uruguaios são bons jogadores, mas não fazem esquecer Simão e Petit. E o resto, vira disco, e toca o mesmo.

Sinceramente estou decepcionado. Bem que sei que em futebol, o que hoje é verdade, amanhã é mentira, e três vitórias seguidas fazem esquecer o passado, mas se para consumo interno as coisas ainda poderão vir a melhorar, para consumo extra-muros, é melhor esquecer.

Uma palavra para a equipa da ucrânia. Excelente colectivo, bons jogadores (especialmente os brasileiros), boa circulação da bola, bons automatismos, boa ocupação de espaços. Sem dúvida a melhor equipa no terreno de jogo.

Não me custa nada admitir, que em certos períodos do jogo, a equipa de leste, fez o que quis do Benfica, colocando a nú, as fragilidades organizacionais dos encarnados.

Fraco, fraco, fraco...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Besiktas: 0 - FCP: 1

Ai Jesualdo, tiveste sorte. Quando faltavam cinco minutos para acabar o jogo e quando já sabia há vários minutos (e o Jesualdo provavelmente também) que o Marselha estava a ganhar em Liverpool, já imaginava o que haveria de escrever neste comentário. Por essa altura, pensava numa coisa do género: "Quem tem medo compra um cão" ou "A candeia que vai à frente, enche a galinha o papo"!

Depois, quando marcou, fiquei a pensar rigorosamente a mesma coisa. O Porto acabou por ganhar o jogo com alguma sorte, mas uma equipa que quer passar aos oitavos e que está a jogar com a equipa mais acessível do grupo, não pode esperar que alguma coisa aconteça. Tem que ser muito mais proactiva. Por isso, estava mesmo a preparar-me para martelar a cabeça do professor.

Esta foi uma vitória, tipo aquelas que as grandes equipas da Europa tem connosco (leia-se equipas Portuguesas), isto é, por esta altura os Turcos devem estar a dizer: "porra, os gajos tiveram uma sorte do caneco" ou "caneco, se tivéssemos marcado naquela oportunidade...". Desta vez foi o Porto a fazer de grande. Foi o Porto que, sem jogar muito, marcou numa altura que já não dava para os Turcos encherem um balão. E isto também sabe bem. Aliás sabe muito bem.

O jogo propriamente dito foi muito disputado, com muito nervo, ou se quiserem um verdadeiro jogo para homens de barba rija. Ao longo dos 90 minutos houveram sempre muitas alternâncias no dominio de jogo e ambas as equipas tiveram algumas oportunidades para marcar. Tanto podia ir para um lado, como para o outro. Acabou por vir para o lado portista, depois de um excelente passe do Leandro Lima para o Lucho, este a colocar em Quaresma, para finalmente o cigano fazer o golo. Meio golo pertence ao pequeno Brasileiro.

Três pontinhos muitos importantes, na disputa muito acesa que vai haver neste grupo, principalmente depois da vitória do Marselha em Liverpool.


PS: o segundo título que escrevi no primeiro parágrafo, como eventual forma de criticar o Jesualdo, não foi mesmo nada. Não façam mais fumo nas vossas cabeças. Foi só para confundir o pessoal!

D. Kiev: 1 - SCP: 2, por Joaquim Claro

Porque é que tentamos racionalizar a paixão?

Hoje assisti a uma das piores exibições (em termos “estéticos”...) do Sporting, desde que o Paulo Bento assumiu o comando da equipa!

Um bom jogo a nível táctico!

A sorte também não foi madrasta.

Resultado... o Sporting conseguiu três pontos, em terreno alheio, para a Champions...

Entrada em campo com o esquema habitual de 4-4-2. Exactamente os mesmos 11 de Sábado passado.
Primeira metade muito complicada por duas razões, o 3-5-2 (ou 3-4-3) não é habitual no adversário e demorou a ser “percebido” como deveriam ser feitas as compensações defensivas, a baixa de forma do nosso meio-campo (Moutinho e Veloso).
Os ucranianos perceberam esta nossa dificuldade e caíram em cima. Aos 14’’ estão a perder graças ao próprio guarda-redes que , na sequência de um canto, “encolhe-se” quando vê o Tonel e soca a bola contra este...
Posto isto, voltámos ao mesmo, i. é, meio-campo perdido e os ucranianos sempre a rondarem a nossa área.
“Tantas vezes o cântaro vai há fonte até que...”, perto dos 30’’, com a equipa a assistir a uma troca de bola do adversário surge o golo do Dínamo. Contei oito a nove passes seguidos dos ucranianos! Há uma grande diferença entre pressão/marcação e “figura de corpo presente”... Esta jogada é paradigmática da baixa de forma dos nossos jogadores mais capazes de compensarem defensivamente o meio-campo, Veloso e Moutinho.
Depois do golo adversário e devido ás condicionantes atrás expostas, o jogo “partiu” por completo, com lances de algum perigo em ambas as balizas. Assim, por volta dos 30’’, numa jogada aparentemente inócua, o Ronny resolve investir pela esquerda e cruza, o guarda-redes adversário volta a “asneirar”, uma vez que alivia a bola para a entrada da área, onde aparece o bola a chutar e a marcar (sim, leram bem, foi o Polga!!!!!!!!).
Até ao fim da primeira parte e como reflexo do jogo até então, mais um lance de perigo junto a cada baliza.

Ao intervalo o Paulo Bento aproveitou para chamar a atenção para este “desequilibro” demonstrado (losango Vs 3-5-2) e a postura da equipa alterou-se.
Passou a existir uma melhor ocupação dos espaços, mais atenção na marcação e, quando esta em nossa posse, mais circulação de bola.
Desta forma, obrigámos o treinador do Dínamo a “mexer” logo aos 50’’, trocando um ala direito mais defensivo (mas que jogou muito bem) por outro mais ofensivo.
Até perto dos 70’’, conseguimos baixar o ritmo e só me lembro de duas jogadas perigosas do Dínamo:
- uma jogada de perigo interceptada pelo Polga.
- uma espantosa defesa do Stojkovic rente à relva (foi impressionante a rapidez com que “baixo” masi de 190 cm) após um mau atraso do Veloso. Neste lance, nota também para o excelente trabalho defensivo do Polga.
Por volta dos 70’’ e porque a nossa “falta de pernas” era mais do que evidente, o Paulo Bento troca o Vukcevic pelo Izmailov (troca directa). Como não se revelou suficiente, passados 6’’ ou 7’’ minutos, troca o Romagnoli pelo Paredes. Esta última revelou-se uma excelente decisão, não pela troca em si mas pela alteração táctica (Yanick passou para ala direito, Moutinho para o centro mas em missão de sacrifício pois cabia-lhe apoiar o “Levezinho” que ficou sozinho na frente. Resumindo e baralhando, passámos do habitual 4-4-2 para 4-5-1 e assim voltámos a equilibrara a meio-campo.
Até ao final, só mais um lance de perigo efectivo com um tal de Diogo Rincon a atirar por cima.


Notas finais:
- O Polga marcou!!!!!
- Esta “descompensação” na zona mais importante do terreno de jogo, implica naturalmente uma descompensação em toda a equipa – as bolas não chegam nas melhores condições aos homens da frente pois, de quem depende o último passe (Romagnoli e Vukcevic) desgastasse (fisicamente) em tarefas para as quais não estão talhados. A defesa tem trabalho em dobro ou triplo.
- O plantel do Sporting é curto!
- Os três pontos conseguidos em casa do actual campeão ucraniano podem/devem dar alento
- O Polga marcou!!!!!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Sérvios para que te quero

Para desanuviar do fim de semana muito emotivo, com várias decisões polémicas por parte dos árbitros, resolvi falar de Kickboxing. É verdade. Nem mais nem menos, Kickboxing.

Estava ver o telejornal, quando de repente vi uma notícia que me despertou a atenção: Portugal tem mais um campeão do mundo. Bom, pensei eu, lá vai o Luis colocar mais um post do género:

"Fernando Zenga Machado campeão do mundo, Benfica campeão do mundo".

Mas afinal enganei-me. Não me enganei no campeão do mundo porque o Fernando Zenga foi mesmo. Enganei-me porque acho que ele não é do Benfica. Mas porque raio é que me fui lembrar do Kickboxing, sabendo que nem tenho nenhum gosto particular pelo desporto. Tirando uns sopapos que dei no liceu, uns pontapés que dei na faculdade ao amigo Migas ou uns cachaços ao mesmo Migas (azar do gajo, não?), nem tenho grande apetência para o contacto físico.

O que me chamou a atenção foi o local onde o atleta Português ganhou o campeonato. Nem mais nem menos do que a Sérvia. É verdade, os Sérvios começam a não gostar muito da brincadeira. Primeiro foi o soco do Scolari e agora foi o Zenga (este nome é fixe), que para além dos socos, também deu umas patadas. A este propósito, o Footbicancas sabe que o Scolari, na viagem que vai fazer à UEFA, vai levar imagens televisivas deste combate e vai dizer que o Zenga também deu no focinho a uns gajos lá na Sérvia, mas nem por isso vai ser castigado!!

Mas a porrada não é o único denominador comum. À chegada, o treinador do Zenga, disse que foi difícil porque os árbitros lhe dificultaram a vida. Lá está, mais um ponto em comum.

Finalmente, e aproveitando esta onda Sérvia, o Footbicancas também sabe que a Laurinha O'Doe está a realizar as diligências necessárias para promover um jogo de rugby entre os Portugueses e os Sérvios, para ver se os nossos amadores também vão às fuças aos Sérvios nesta modalidade. Depois do futebol e do Kickboxing, nada como o rugby para fechar em beleza! A única exigência do Mourinho do rugby, Tomaz Morais, é a presença do Scolari, do João Pinto e do Zequinha.

O primeiro servirá para abrir caminho com os seus portentosos socos, o segundo utilizará os socos no estômago para fazer as placagens e o terceiro terá a responsabilidade de tirar as boquilhas aos Sérvios, para que o primeiro tenha mais sucesso!!

SLB: 0 - SCP: 0, por Joaquim Claro

Desta vez fui “obrigado” a deslocar-me ao terreno do “inimigo” para assistir ao derbie in loco...

O Sporting entrou em campo, como sempre, em 4-4-2.

Durante os primeiros 20’’ o Sporting não conseguiu dominar apesar de lhe pertencerem três lances dignos de nota – dois remates do Veloso e um derrube sobre o Romagnoli na área passível de marcação de penalty. Assim, neste primeiro quarto da partida foi necessário arregaçar as mangas e trabalhar muito defensivamente. Esta postura deu resultado, uma vez que, o nulo permaneceu no marcador. Dos 20’’/25’’ em diante, conseguimos inverter o sentido de jogo, muito por culpa do Romagnoli (bola no pé, mudanças de velocidade, passes a abrir a defesa, entre outros) e do Veloso (que conseguiu anular o Rui Costa). Ora é o Romagnoli que inventa uma linha de passe para o Yanick, assistindo este o Vukcevic que permite o corte in extremis ao Nelson.

Ao intervalo assisti a um momento arrepiante, a Juve Leo e o Directivo Ultra XXI ao aperceberem-se da presença dos “Lobos” no relvado para uma, mais que justa, homenagem, começam a cantar (gritar...) a Portuguesa... Por momentos foi possível sentir no estádio, todo o querer/garra/força/paixão que o Quinze Nacional espalhou por terras gaulesas!! Arrepiante!!!

A segunda parte foi completamente “partida”, com lances de algum perigo de parte a parte sem que seja possível atribuir o domínio efectivo a qualquer equipa. Perto dos 50’’ Romagnoli (sempre ele...) “inventa” para o Liedson permitir a defesa apertada de Quim. Na sequência do canto o Tonel falha escandalosamente. 4’’ ou 5’’ mais tarde um dos “momentos” do jogo, o Sporting perde a bola a meio-campo e esta chega ao Rui Costa que saca um tiro para uma tremenda defesa do Stojkovic, na recarga o Nuno Gomes fez o mais difícil... falhou com a baliza, completamente, aberta (para ele, o meu muito obrigado)!!! Este lance teve o mérito de devolver alguma confiança ao nosso guarda-redes que, se até então não tinha segurado uma única bola, depois deste lance não largou mais nenhuma! Por volta dos 70’’ e como estava a “perder” o meio-campo, o Paulo Bento decide mexer na equipa e troca o Vukcevic (algo discreto devido ás preocupações defensivas) pelo Farnerud, substituição esta que surtiu o efeito pretendido. Momentos depois houve lugar a uma pequena “Ópera Bufa”, tendo como protagonistas o Major (não, não foi o Valentim mas sim o Henriques) e o seu assistente... Até ao fim, destaco a estreia do Celsinho que, na primeira vez em que tocou na bola e tentou “bailar”, levou uma pancada. Pode ser que tenha sido uma a melhor forma de perceber...


Notas finais:
- À semelhança do que fez em relação aos atrasos/cortes (ainda ninguém percebeu o que o Sr. Vítor Pereira pretendia mencionar na famosa “directriz” a este propósito...) será que vai ser emitida uma nova para a “relação” árbitro-assistente?
- Se durante a semana num jogo para a Taça da Liga, prevaleceu a “visão” do assistente, porque é que para o Campeonato da Liga, o mesmo não aconteceu?
- As regras são diferentes porque se tratam de provas diferentes?
- Não são ambas organizadas pelo mesmo organismo?
- Não é a Liga, através da sua Comissão (ou Conselho...) de Arbitragem, que “supervisiona” a e emite directrizes para parametrizar a aplicação das Leis de Jogo?
- O Sporting actual denota muito a “falta” do Moutinho.
- O plantel do Sporting depois das lesões dos brasileiros (Derlei e Pedro Silva) ficou, manifestamente, curto! A prova-lo está as 2 (!!!!) únicas substituições que o Paulo Bento fez neste jogo.
- O Polga está, de há um ano a esta parte, um jogador tremendo !!