domingo, 30 de setembro de 2007

FCP: 2 - Boavista: 0

Sexta vitória, mas o pior jogo do Porto para o campeonato.

Segundos antes de começar este jogo, recebi um SMS do Luis a dizer que o Porto quase que já podia jogar com os juniores. Respondi-lhe dizendo que esperava que os jogadores do Porto não pensassem dessa forma. Pois bem, nos primeiros 20 vinte minutos, os jogadores deram-me ouvidos. Depois foram bem piores do que os Juniores.

Acho que por esta altura, e dada a boa diferença pontual, o pior adversário do Porto será o mesmo Porto. Se os jogadores portistas conseguirem vencer eventuais crises de humildade e de vedetismo, então o FCP pode arrancar para um campeonato tranquilo.

Quanto ao jogo, e como já disse, o FCP entrou muito bem e encurralou o Boavista, ficando este num autentico beco sem saída. Só de lá conseguiria sair depois de sofrer pelo super Lisandro. Está de facto num momento excelente e é caso para dizer: "Lisandro resolve". Quanto ao Boavista, há muitos anos que não via a equipa do Bessa tão macia.

Depois, e como diz o Luis Filipe Vieira, foi o "carmo e a trindade". A equipa voltou a cometer os mesmos erros que tanto critico: Recuo exagerado das suas linhas, muita passividade e um jogo pachorrento, à boa maneira dos filmes do Manuel de Oliveira.

Os assobios sucediam-se e a equipa só voltaria a acordar minutos antes de fazer o segundo, quando um jogador do Boavista passou por 3 ou 4 gajos do Porto, mas depois acabaria por rematar muito fraco e à figura do regressado Helton. Aí, ouviu-se um coro de assobios criticos, mas que serviu para acordar os amorfos jogadores portistas.

Independentemente do mau jogo da equipa da casa, a vitória é incontestável, num jogo onde a margem mínima era mais justa.

Pro Evolution Soccer 2008

Data de Lançamento: 25 de Outubro



Benfica:0 Sporting:0


Vou directo ao assunto que os Sportinguistas querem: ARBITRAGEM.

E relativamente a este assunto, quem anda a perder a vergonha são os dirigentes do Sporting. Quando são beneficiados (Supertaça e penalti claríssimo sobre jogador do Setúbal) calam-se que nem ratos, quando SUPOSTAMENTE (leiam bem SUPOSTAMENTE) são prejudicados, só falta dizer que vão ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Começa a ser verdadeiramente rídiculo.

Neste jogo, há uma nitida grande penalidade de Moutinho sobre Adu que o àrbitro deixou passar em claro aos 90m, há outra nitida grande penalidade de Ronny sobre Rodriguez logo aos 10m, e há um lance polémico em que as opiniões se dividem (até dos próprios árbitros), em que Katsouranis tem o braço esquerdo completamente colado ao corpo, e SEM MEXER O BRAÇO a bola toca-lhe. Na minha opinião: bola na mão e não mão na bola. Mas pronto, assumo que seja um lance polémico.

Agora, a constante veborreia verbal dos dirigentes do Sporting contra as arbitragens, começa a raiar o ridiculo, elevando-a ao descrédito total. Mas eles pensam que somos todos parvinhos???

No que diz respeito ao jogo, foi uma bela jogatana, onde só faltaram os golos, que poderiam ter acontecido para ambos os lados. Embora o Benfica tenha tido 1 ou 2 oportunidades de golo flagrantes (Nuno Gomes e Di Maria) e tenha sido a equipa com mais iniciativa de jogo, penso que o empate acaba por ser um resultado justo, que apenas beneficia o FCP.

Mau, mau, acabaram por ser as palavras dos Dirigentes/Treinador do Sporting. Mas já nos vão habituando...

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

CÁ ESTOU EU DE NOVO, Por Laurinha O'Doe

Não escrevi nada nos últimos dois meses porque, como expliquei, fui ‘fazer’ a temporada de férias com a minha amiga Gorete. Um resort de luxo algures no Mediterrâneo, onde playboys revivalistas vão à procura de aconchegos de alma em shows de strip e sessões de relax. Uma espécie de Sport Lisboa e Saudade estão a ver?

Para cúmulo do azar, vários desses saudosistas ficaram perdidos por mim, coisa habitual mas que não deixa de ser uma maçada. Quero eu dizer que nestes dois meses a minha vida foi como uma clínica de desintoxicação sentimental. Passei o tempo a demonstrar aos meus darlings que não era a Emmanuelle e que não merecia o amor que me dedicavam. Apenas os seus mimos: umas roupitas Christian Dior, algumas jóias e até uma ou outra peça de arte. Os mecenas tardaram a desamparar-me a loja, mas isso são detalhes que não merece a pena contar. Detesto os epílogos das histórias de serviço, não gosto de os viver e menos ainda de os contar. Por isso permaneci muda.

Soube que, entretanto, na globoesfera se desesperava pelo meu regresso. Mas se torno agora, ainda exausta de tanto trabalho, é sobretudo porque estamos em vésperas do derbi Benfica – Sporting, e os queridos sabem como gozo nos jogos a doer.

Por falar em jogos a doer. Se houve coisa que verdadeiramente me impressionou (para além das fífias do Stojkovic na baliza do Sporting, e do sopapo mal aviado de Scolari nas fuças do sérvio) foi o alarido em torno da selecção nacional de râguebi.

Em primeiro lugar o que me confunde é, desde logo, a palavra Selecção. Como «Selecção», se não temos râguebi! Mas o mais extraordinário é que, perdessem por quantos perdessem, os lobos tiveram sempre garantidas umas festas na cabeça por parte da comunicação social. Já não falo do peso-em-frangos, que faz parte das idiotices do costume. Refiro-me aos títulos eufóricos com que a imprensa nos bombardeou - aquela mesma imprensa que, segundo o Vítor, se esquece do FCP: «Orgulho nacional», «Eles deram tudo por Portugal. Vamos retribuir», «Para nós, vocês foram os campeões do mundo». «Portugal perde na despedida do Mundial».

É preciso ter lata. Perdeu na despedida e em todo o resto! Mesmo tendo em conta os objectivos (modestos) anunciados, a dita selecção não cumpriu nenhum; perdeu todos os jogos e nalguns casos a expressão da derrota chegou a medir-se pela escala dos anos-luz. Enfim, maneiras de ver…

Há dias que eu também me vejo assim – quer-se dizer - mais gaja que a Angelina Jolie. Mais mediática que a Bruna Surfistinha. Às vezes até mais senhora que a Helen Svedin. Chego a imaginar o Figo a sussurrar-me ao ouvido: «Ao pé de ti, a Helen é uma chiquitita». São sensações. Não ando é a apregoá-las por aí em títulos nos jornais.

A ver se nos entendemos: não tenho nada contra o râguebi. Verdade. Até me comovi quando a seita medieval cantou o hino. Estavam tão exuberantes que se o Pasteur fosse vivo ainda os vacinava. Mas facto é que o râguebi não me entusiasma. Causa-me até alguma estranheza um desporto onde as quedas não são simulações para enganar o árbitro. Mas, pior que tudo é a sensação de absurdo originada pelo facto de a bola ser em forma de melão. Se a ideia é a direcção da bola ser imprevisível, porque não jogam eles com uma bola redonda no relvado do Sporting?

Au revoir. Beijinho, beijinho!

A nossa MISERÁVEL Imprensa II !

Curioso, o Record de hoje não faz referência à vitória do Benfica após um golo irregular. Melhor dizendo, não faz referência à aparição, não dos três pastorinhos, mas sim de um Penalti caído do céu, que bateu em cheio na cabeça do Wagnão.

O nome por si só poderia levar o árbitro a pensar que o homem utilizaria as mão em outros ambientes, mas nunca, com toda a certeza, num jogo de futebol! Certamente que o fiscal de linha tinha visto o filme "Calibrando o Pistão IV" na noite anterior e aquilo ficou a moer-lhe a cabeça. O sinal que deu ao árbitro não foi mais do que um recalcamento. Tenho a certeza. Só pode!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Carlsberg Cup, Fátima: 0 - FCP: 0 (4-2, após GP)

À primeira toda a gente cai, à segunda cai quem quer e à terceira só cai quem é burro. Por isso, espero que o Jesualdo não seja burro ao ponto de cometer a mesma asneirola pela terceira vez.

Por um lado percebo o técnico portista, mas por outro e quando as coisas correm mal, a responsabilidade tem que ser dele. É assim a vida. É o responsável quem tem que levar na cabeça porque é ele quem tem que avaliar se existe entrosamento suficiente para avançar com uma equipa que não está habituada a jogar junta. Até podia fazer o mesmo do que o Jesualdo. Este era um jogo ideal para fazer rodar jogadores, porque se um plantel tem 25 ou 26 elementos, há que ter confiança em todos eles. Mas estes jogos servem também para ver quem tem valor e quem não tem, ou melhor, serve para ver em quem podemos confiar e em quem não podemos confiar. E vou comentar este jogo por aí. Pelos jogadores e pelos reforços, uma vez que o jogo propriamente dito não teve grande história. E a prova disso foi o pouco trabalho que os GR tiveram.

ESPERANÇAS:

- Leandro Lima: Sem dúvida dos poucou em quem confiar. Vê-se que o puto sabe de bola, mesmo não tendo sido muito feliz no início da partida. Mandou uma bola à barra e fez um passe monumental para o Mariano.
- Stepanov: Gostei do central Sérvio. Estava com muita curiosidade de o ver e devo dizer que não fiquei nada decepcionado.
- Edgar: Voltou a dar boas indicações. Embora não tenha tido grandes hipóteses para brilhar, mostrou mais uma vez que pode ser útil.

DÚVIDAS:

- Bollati: É um jogador que de repente desaparece do jogo. Tem algum sentido posicional, mas duvido da sua capacidade técnica e da sua utilidade futura. Aguardemos.
- Mariano: Ou dá muito à perna, ou então pode voltar de onde veio. Assim, melhor do ele temos o Vieirinha ou o Paulo Machado. Falhou incrivelmente um golo oferecido pelo Leandro já muito perto do fim.
- Farias: Não quero acreditar que o Porto tenha dado 4 milhões pelo jogador que vi hoje. O homem ou rende muito mais ou valha-me nossa senhora de Fátima. Espero que ainda não tenha ultrapassado o período de adaptação.

FLOPS:

- Lino: Dou razão ao Zé. O gajo anda completamente a nadar. Não defende, não ataca e ainda por cima falha penaltis.
- Kaz: sem velocidade, sem qualidade de passe. Só altura e para isso mais vale ir para o basquete.

A falta de soluções atacantes, a falta de empenho e a falta de rotinas de jogo, obrigaram o jogo a ir para penaltis. E aí, meus amigos, estava mais do que visto que só uma equipa podia ganhar. É que ter uma adepta como a nossa senhora de Fátima é muito desequilibrador.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

A Anormalidade do Normal !

Há de facto coisas que, fruto da sua normalidade, são anormais.

O Porto é por esta altura líder isolado do campeonato nacional. Mais do que isso, porque isto é normal, à quinta jornada tem já vários pontos de avanço sobre os seus crónicos rivais. Ou ainda, tem mais 11, disse bem, 11 pontos do que no ano passado, se considerarmos que nestas primeiras cinco jornadas defrontou precisamente adversários que no ano passado lhe roubaram os tais 11 pontos.

O próprio Camacho (sempre gostei dele) disse hoje que, provavelmente, não há na europa uma equipa com tamanha eficácia. Por isso, há que dar mérito ao Porto. Mas quando olho para os jornais ou quando vejo televisão não vejo nenhum ênfase a tal proeza. Aquilo que, por exemplo, vi nos jornais de hoje (e não acredito que a tendência vá alterar) é que o "Benfica recupera o patrão da defesa" (Abola), que o "general está rendido ao sargento" (Record) ou que "Cardozo tem que reagir ao golpe".

E agora pergunto eu: O que se seria se em vez de azul, o primeiro classificado, com cinco vitórias consecutivas, fosse vermelho? Já imagino títulos do género: "Águia com voo demolidor" ou "Águia com garras afiadas" ou ainda "Fúria Espanhola aniquila adversários".

Voltando à realidade, o que é certo é que ninguém enaltece a excelente campanha que o Porto está a fazer e ninguém realça o melhor início de campeonato dos últimos anos, melhor até do que as entradas do Mourinho. Mais relevo teria ainda, quando estas 5 jornadas promoveram jogos com um grau de dificuldade muito alto. É caso para dizer que já deviam ter dado algum relevo, mas não deram. Mas podiam e não deram. Mas deviam!

Em suma, a anormalidade do silêncio acaba por ser normal porque é normal a liderança do FCP no campeonato!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Sp. Braga:0 Benfica:0

Se o Benfica não tivesse perdido quatro pontos nas primeiras jornadas, eu diria que este era um resultado aceitável.

O Braga hoje por hoje, é uma equipa que consegue ombrear com os grandes, faltando-lhe apenas alguma consistência, para atingir a regularidade que os grandes conseguem alcançar. Por isso este resultado acaba por ser normal, tal como seria normal o empate do Porto na cidade dos Arcebispos, se não tivesse o Joker Quaresma.

E é precisamente nestes jogos que faz falta o Joker Simão. Fica a sensação, que num jogo tão equilibrado como este, 1% de rendimento a mais, seria suficiente para marcar a diferença. Um livre directo, um remate fora da área, um centro bem medido.

Camacho já começou a afirmar que será dificil destronar o Porto do 1º lugar, e a meu ver fez muito bem. Não porque acredite que seja dificil (não estou a dizer que é fácil), mas porque é importante libertar a equipa da pressão da desvantagem, e até provocar alguma descompressão no adversário (vide o ano passado).

Continuo com optimismo moderado. Não afirmo que o Benfica será campeão, mas afirmo que o Porto terá um osso duro de roer até ao fim.

Até porque, ao contrário do Porto e Sporting, considero que o Benfica tem ainda uma grande margem de progressão no seu rendimento. Resta saber se ainda irá a tempo.

SCP: 2 - Setúbal: 2, por Rui Martins

O Paulo Bento disse que o Sporting desperdiçou 35 minutos, eu ainda acrescento que jogamos durante 85 só com 10 jogadores. Dez jogadores porque o gigante Purovic durante esse tempo não ganhou um lance ou dominou uma bola. É justo dar-lhe o mérito do empate, mas para o que fez durante o jogo foi muito pouco... tem que fazer mais e melhor.

O Paulo Bento começou a gerir os recursos e iniciou a rotatividade, sem alterar a táctica de eleição do Sporting, trocou de uma assentada 4 jogadores. Entraram o Gladstone, Simon, Purovic e Fanerud. Saíram o Tonel, Izmailov, Yannick e Romagnoli. Se é certo que o Sporting entrou bem, e dominou territorialmente o jogo durante a primeira parte os dividendos dessa atitude foram nulos porque o Setúbal soube posicionar-se muito bem em campo e não permitia que o Sporting entrasse no último terço do terreno.

Tal era o adiantamento do Sporting que o Setúbal só conseguia sair em contra ataque e numa dessa jogadas a equipa do Sporting mais parecia manteiga e o Setúbal conseguiu marcar.

O intervalo era bem-vindo, era preciso rever os métodos e principalmente mudar a atitude. Com a 2ª parte, vieram as alterações. No balneário ficaram o Gladstone, que não teve grande oportunidade de brilhar e o Farnerud que se mostrou algo lento. Entraram o Izmailov para a direita e o Romagnoli para a sua posição habitual recuando as duas pérolas de Alvalade, Moutinho e Veloso.

O Sporting agora sim, era a equipa que todos conhecemos. Foi para cima do Setúbal e nos 10 primeiros minutos criou o dobro das oportunidades da primeira parte. Jogava e criava oportunidades, e o golo adivinhava-se. Apareceu numa grande penalidade, cometida sobre o Abel, e convertida pelo Moutinho que mais uma vez fez um jogo de alto nível e sempre ligado à corrente.

A esperança voltou a Alvalade, mas foi por breves 15 minutos. Logo a seguir ao empate, o Paulo Bento levou ao que me parece a primeira assobiadela, em Alvalade, por uma decisão sua. Tirou de campo o Simon que estava a trabalhar bem e a levar a equipa para a frente graças ao seu poder físico e colocou o Yannick. Nas bancadas pedia-se a substituição do Purovic. E foi com esta substituição, de colocar carne no assador, que o Sporting alterou o seu figurino em busca do empate. O Izmailov derivou para a esquerda o Yannick ficou-se na direita e subiu o Veloso para o meio campo ficando só com 3 defesas.

O Sporting criava superioridade no meio campo e lá na frente e o Setúbal encolhia-se. Adivinhava-se o segundo golo que apareceu… mas para o Setúbal, por intermédio de Matheus, o melhor homem do Setúbal e que durante a primeira parte fez um bom jogo onde judiou o seu ex-colega Abel. Num pontapé de fora da área, a bola bateu no relvado à frente do Stojkovic e traiu o guardião verde e branco. Ficou no ar a ideia de frango, mas a minha opinião que vale o que vale diz-me que não foi. O Stojkovic fica de facto mal visto, mas a partir do momento em que a bola bate no ralvado, esteja ele em más ou boas condições, a trajectória da bola é sempre alterada. E com o Guarda-redes já em voo para o lance foi atraiçoado.

O desespero apoderou-se das bancadas de Alvalade, mas no relvado os homens do Sporting foram para cima do, ainda mais, encolhido Setúbal mas não se conseguia entrar no último reduto do adversário. A solução era as bolas cruzadas para a área na tentativa do ausente Purovic tentar inverter o rumo do jogo. E foi numa dessas insistências do Abel, que melhorou muito na segunda parte, pelo lado direito cruza a bola e finalmente apareceu o 11º homem do Sporting que consegui ganhar uma bola e remeteu-a para dento da baliza do Eduardo que até aqui tinha defendido quase tudo. Até ao fim, a ainda há a destacar a atitude do Sporting que continuava a acreditar na vitória e o Purovic ainda conseguiu perder uma excelente oportunidade de marcar novamente mas o remate saiu ao lado.

O empate caiu mal, os adeptos saíram de cabeça baixa mas não se ouviram assobios no final e até aplaudiram a equipa quando o grande Moutinho pediu aplausos do público, é impressionante a empatia que o miúdo criou com os adeptos mas com o que ele joga não era difícil.

Durante esta crónica bati forte no Purovic, mas também tenho que lhe dar o mérito do empate (mas tem que fazer mais) e tenho que dizer que o Liedson também demorou muito a aparecer, mas com a sua atitude incasável dificilmente o conseguimos criticar. Na equipa de uma maneira geral na primeira parte esteve ausente, melhorou muito na segunda mas já foi tarde para correr atrás do prejuízo. O Polga, o Moutinho e o Veloso foram os suspeitos do costume a carregar a equipa para a frente. Queria também descartar o Ronny, não por este jogo mas pelo que tem vindo a fazer. Eu que tremia quando o via a entrar em campo, começo a dar o braço a torcer porque ele tem cumprido.

Venha a taça da liga e logo de seguida o derby…

Paços de Ferreira: 0 - FCP: 2

Excelente começo de campeonato para o Bi-campeão. Em cinco jornadas muito difíceis, cinco vitórias. Já estou como o colega de blog, Luis: Cinco vitórias seguidas e cuidado com o cão. É mesmo isso. Cuidado com o Porto porque parece que está a ganhar uma embalagem difícil de recuprar. Bem sei que distância entre e o bestial e o besta é residual (ver o que se passou no ano passado), mas o Porto já tem nesta altura uma almofada muito agradável.

No jogo de ontem, o Paços confirmou que contra o Porto faz sempre grandes jogos. Os homens de amarelo pareciam que estavam a jogar em cima de motas, tal era o ritmo que imprimiram desde o inicio. O que vale é que o Porto entrou muito bem no jogo e não cometeu o mesmo erro da passada jornada. Desta vez começou o jogo a pensar no golo desde o primeiro minuto, e marcou logo aos 11'. Mais uma vez Lisandro e mais uma vez com Bruno Alves a fazer de extremo.

A grande novidade da equipa do Porto foi a inclusão do Edgar. E devo dizer que até gostei da sua exibição. Já tinha dito que o seu estilo de jogo era parecido com o Jardel (era mais na esperança que fosse), mas na verdade nunca o tinha visto jogar como deve de ser. É um jogador que pode ser muito útil ao Porto em determinado jogos, porque é muito alto e porque joga bem de cabeça. E no jogo de ontem só não marcou porque o Peçanha fez uma defesa do outro mundo.

Na segunda parte continuei a ficar cansado de ver os jogadores amarelos a correr. Correm mesmo muito, tendo o Porto passado por alguns momentos de terror. Mas com maior ou menor dificuldade, o Porto lá conseguiu aguentar a pressão Pacense e acabou por matar o jogo quando Leandro Lima isolou Lisandro para este fazer o 2-0.

À 5ª jornada, o Porto já tem 5 e 6 pontos de diferença para o Sporting e para o Benfica respectivamente. Mais, estes dois clubes vão jogar entre si na próxima jornada, pelo que o Porto vai poder ver tranquilamente o jogo do seu cadeirão. Isto está bom!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Colunista Convidado Residente, por JMMA


OBRIGADO, FELIPÃO (III)


Não é linear agradecer a alguém que ainda não acabou o seu trabalho. Em todo o caso, e já que o Vítor deu o mote, há alguns pontos que gostaria de acrescentar ao exercício de gratidão que aqui fez.

Scolari uniu os portugueses em torno da selecção, como há muito se não via. E uniu Portugal – mesmo de futebol se tratando – de um jeito em que muitos de nós deveríamos meditar. Assumiu objectivos claros e perseguiu-os com determinação; escolheu, entre os melhores, aqueles que achou que devia escolher; criou um espírito de corpo e firmou a ambição na força do colectivo.

Scolari foi imune às pressões externas e aos interesses particulares. Com Scolari, a selecção ganhou um estatuto de independência: acabaram os tempos da triste influência dos clubes na equipa nacional, em que se faziam convocatórias por telefone e até se sopravam nomes de titulares!

Além da força colectiva do grupo e do cunho de independência que conferiu à selecção, Scolari mostrou resultados: até agora, isto é, até à triste cena do murro no sérvio, tudo o que lhe era exigível cumpriu.

Além do mais, os anos de Scolari têm um mérito: aboliram essa manhosa instituição que dá pelo nome de ‘treinador português’. Com título de professor, bigode arcaico e uns conhecimentos de futebol que, no fundo, não eram mais do que o sumo das conversas de patuscadas com dirigentes desportivos e de uma espécie de ciência de balneário à hora do duche, o treinador português, salvo honrosas excepções, foi sempre um ‘flop’ à frente da selecção. Scolari pode não ser muito sofisticado, mas ninguém lhe nega um mérito: trouxe à selecção o pão-pão-queijo-queijo a que não estávamos habituados.

Até por isso lhe devemos gratos.

Como já disse, o ciclo Scolari poderá ter acabado com o disparate inadmissível no final do Portugal-Sérvia. Ou talvez até devesse, com vantagem, ter terminado logo após a brilhante presença na meia-final no Mundial 2006. Palpita-me é que um dia, ainda vamos ter saudades de Scolari.

OBRIGADO, FELIPÃO!

GOOD-BYE MOURINHO

Mourinho é realmente especial. A notícia do dia é mesmo a rescisão do Mourinho. Ninguém se lembra do défice, dos McCann ou mesmo do Sócrates. Até o primeiro ministro Inglês comenta a saída do treinador Português do Chelsea.

Não me lembro de uma chicotada psicológica que desse tanto que falar. Os telejornais falam do Mourinho como se o homem tivesse morrido. Ele são entrevistas dadas há um bom par de anos, ele são retrospectivas do seu percurso (como é bom ver as vitórias do Porto), são os best off das suas declarações, opiniões de agências de modelos etc, etc.

Tudo serve para encher chouriços e para prender o espectador à TV, não fosse o Mourinho o rei das audiências. Pessoalmente não posso ter pena do special one. Não posso ter pena de um gajo que é despedido, mas que traz para casa 20 ou 25 ou 30 milhões de Euros.

Independentemente dos milhões, e caso tivéssemos um presidente da federação à maneira, esta era provavelmente (e não estou a falar de cervejas) a altura ideal para termos um treinador nacional à altura dos jogadores que temos (tinha que dar a alfinetada).

Mas por falar em indemnizações, vou telefonar à minha chefe e perguntar se não me quer despedir e dar-me uma indemnização de, vá lá, 15 milhões. Pode ser que pegue!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Obrigado Scolari, Parte II

Com algum atraso, cá vai a segunda parte do Obrigado Scolari.

Depois do Europeu, Scolari teve um grupo de apuramento para o Mundial terrível: Eslováquia, Rússia, Letónia, Estónia, Liechtenstein e Luxemburgo. Mais uma vez o sucesso foi categórico e lá estávamos no Mundial. Obrigado Scolari pela vaca que te acompanha.

O mundial de 2006 é o único sucesso que reconheço ao nosso treinador. Embora mais uma vez a vaca tivesse acompanhado o nosso seleccionador (fase de grupos muito favorável), o que é certo é que a equipa esteve bem melhor do que no Europeu jogado em casa, porque não perdemos qualquer ponto contra equipas do meio da tabela do futebol mundial. Até à meia-final, voltamos a encontrar e a ganhar a adversários que também se cruzaram connosco no Euro 2004. Refiro-me à Holanda e a Inglaterra. Curiosamente voltamos a ganhar aos Ingleses na marcação de grandes penalidades. Que bom foi viver esta vitória num anfiteatro, longe do nosso país, em que 90% das pessoas eram Inglesas. Mais uma vez, Obrigado Scolari e Obrigado Ricardo. A derrota, na meia-final, foi normal e por isso nada a dizer do Scolari.

Mais um período de descanso, de jogos no sofá e o vencimento de 30.000 contos a cair no bolso. Que maravilha! Passado o descanso, lá teve que voltar à correria dos treinos de mês a mês. Que espectáculo!

Chegado ao sorteio para o apuramento do europeu de 2008, não é que a vaca voltou a marcar presença? Aí comecei a desconfiar que a vaca não podia andar sozinha. Talvez tenha feito uma Joint-venture com a Nossa Senhora de Caravaggio. Obrigado Scolari pela visão empresarial.

Mas este apuramento já teve de tudo menos os pontos, que são aquilo que realmente importam. Teve até cenas que fizeram recordar o saudoso Muhammad Ali. Qual João Pinto qual quê? O nosso seleccionador mostrou ao João Pinto como dar um murro. Ou se preferirem mostrou ao Zequinha que isso de tirar o cartão ao árbitro é para larilas. Há que partir logo para o focinho do pessoal. A nossa federação é que também mostrou a imparcialidade do costume. Aos jogadores, há que os castigar exemplarmente, tipo castigos de um ano ou então o afastamento da selecção. Ao seleccionador, há que fazer o choradinho à UEFA para ver se ninguém dá pelo murro. Como li num jornal, o Madail é forte para os fracos e fraco para os fortes!

Mas mesmo assim, Obrigado Scolari. Antes seres tu o castigado do que o Ronaldo, Quaresma, Simão e companhia Lda.

SCP: 0 - Man United: 1, por Rui Martins

“God save de Lion”, era o que estava escrito numa faixa gigante por cima da Juventude Leonina. Mas hoje “God“ encarnou no guarda-redes holandês e afinal salvou os Ingleses.

O Sporting entrou bem no jogo com o seu figurino habitual mas com a novidade Yannick ao lado de Liedson. O Manchester, qual tubarão, durante a primeira parte jogou aquilo que o Sporting deixou… quase nada. A pressão do Sporting era grande e apenas sacudiam a pressão com algumas tentativas de contra-ataque através de Ronaldo e Nani, os “Wonder boys” que foi a forma como o Directivo XXI os apelidou. A história da primeira parte resume-se a um ascendente do Sporting sobre o Manchester, tendo como ponto alto um grande remate do Liedson, para uma brilhante defesa do Van Der Sar.

Na segunda parte, o Manchester veio com outra vontade. Mas a vontade do Sporting também se mantinha o que tornou o jogo mais combativo. Começaram as roletas das substituições, primeiro saiu o Izmailov, que me pareceu em inferioridade física, para uma troca que já é clássica pelo Simon. O Simon pareceu-me que passou ao lado do jogo, não por culpa dele mas porque a bola teimosamente não chegava lá.

Foi então que chegou o golo do Manchester numa das poucas jogadas com princípio meio e fim dos Ingleses em que tudo saiu bem, depois de uma perca de bola, e um cruzamento primoroso na direita, com a equipa em contra pé apareceu aquele que alguns dizem ser o melhor do mundo… Cristiano Ronaldo a fazer um bom golo de cabeça. O Stojkovic, ainda enjeitou uma saída mas voltou atrás e com isso talvez tenha perdido o sentido posicional. O adversário marcou... e pasmem-se ouviram-se palmas pelo golo, no mínimo foi amargo, eu estava lá e aplaudi o jogador… não o golo. E o Ronaldo, depois do estrago pediu desculpas, ficou-lhe bem o gesto.

O Sporting não se ficou e continuou a ir para cima do Manchester, com a equipa mais partida apareceram mais alguns contra-ataques dos “wonder boys” e do Saha que entretanto tinha rendido o Ronney. A perder o Paulo Bento começou a colocar mais carne no assador, tirou o esgotado Romagnoli que sem deslumbrar fez um jogo positivo e meteu o Purovic, teve duas ou três boas situações mas com a bola colada ao pé não é dos melhores, mas fez um bom remate mesmo no fim. Pouco depois decide reforçar o meio campo, tirando o Ronny ficou com 3 defesas e colocou o Pereirinha… que para uma estreia na Europa frente a um dos gigantes não foi feliz… ficou com um 3-4-3.

Um momento de destaque foi a substituição do homem do jogo, o Ronaldo, aplaudido de pé pelos adeptos adversários e este a retribuir a atitude com palmas em vez de um manguito como já o vi fazer…

Até ao final há a destacar um bom cabeceamento do Tonel para uma boa defesa do Van Der “God” Sar… ajudado por todos os anjinhos deu uma sapatada na bola que se dirigia para a baliza… malvado. Na ressaca o Yannick, que a par de Pereirinha foi o mais fraco e que durante o jogo todo teve por diversas situações um mau domínio de bola, atirou forte mas ao lado.

Em resumo, o Sporting esteve bem mas não chegou para a despesa. O Manchester é facto grande mas não assustou, e num arrepio de brilhantismo colectivo marcou um golo. O empate parecia-me justíssimo até porque a ideia que ficou foi de o Sporting ter sido melhor.

A destacar no Sporting pela positiva, o Polga que senhor jogador. Apesar de aos 40 minutos ter feito um passe disparatado, e tirando essa “distracção” teve um jogo imaculado. Vá-se lá perceber porquê a 3ª opção, e não lhe tirando o mérito, do Sporting é convocado para a selecção do Brasil e a 1ª opção fica de fora. O Miguel Veloso, com pezinhos de lã e passes quase sempre certos, coloca qualquer adversário em sentido, e o Manchester que o diga, a defender está com um posicionamento cada vez mais inteligente e já não corre tanto como no ano passado ganhando por isso aos adversários. E por fim o Liedson, tivéssemos nós, outro como ele daríamos luta aos maiores da Europa, é incansável e não se importa com o tamanho do adversário… se é para saltar, salta. Se é para meter o pé, mete. Se é para correr corre. Gostava de saber quantos quilómetros faz ele por jogo.

Pela positiva, mas um furo abaixo o Moutinho que como sempre está ligado à corrente e o Romagnoli. Não posso deixar de falar no Ronny que me faz tremer cada vez que entra em campo, não comprometeu e até pelo contrário esteve muito bem a defender, se tivesse pelo menos a velocidade do Abel deixava-me mais descansado.

Nota negativa para o relvado. Tenho a impressão que no Azerbeijão ou no Kazaquistão há tapetes melhores do que aquele.

Agora que venha o Dynamo Kyiv.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

FCP: 1 - Liverpool: 1

Ambiente excelente no Dragão a marcar o regresso da Champions. Os jogos da Champions são diferentes. Respira-se um ar muito próprio, porque para além de haver um afecto clubista existe também um afecto nacional. Para além do Porto-Liverpool, jogou-se um Portugal-Inglaterra. E isto mexe com as pessoas.

Os primeiros 15 minutos do Porto foram de sonho. Há muito que não via um primeiro quarto de hora tão bom. O FCP encostou o Liverpool autenticamente às cordas e estes não faziam mais nada do que despachar a bola para onde estavam virados. O golo do Porto começa e acaba no Lucho. É ele que inventa a desmarcação do Tarik, para daí resultar a grande penalidade que viria a ser superiormente marcada pelo Argentino.

Depois do golo, o Porto abrandou porque era impossível manter aquele ritmo, tendo os Ingleses aproveitado para subir. Mas esta subida no terreno não se traduziu em nenhum sufoco. Mesmo a perder, o Liverpool nunca abdicou da sua estratégia inicial: Defender muito bem e tentar marcar num contra ataque ou então numa bola parada. Aliás, devo dizer que fiquei negativamente surpreendido com o pouco futebol do Liverpool. E quando digo pouco futebol, estou a ser simpático porque não jogaram nada. A única preocupação foi defender. Marcaram através de uma bola parada e depois de uma falha colectiva da equipa portista. Não se pode falhar daquela maneira.

Um dos momentos do jogo acabou por ser a expulsão do Pennant. É que uma expulsão é um pau de dois bicos. Se por um lado a equipa que fica em superioridade numérica logra de uma vantagem moral e teórica, por outro a equipa que fica em desvantagem numérica tende normalmente a defender ainda mais. Ora, se o Liverpool já defendia com os 11, com os 10 ainda foi pior. Cheira-me que a expulsão acabou por penalizar o Porto porque o Liverpool deixou de se estender no campo e as suas linhas ficaram ainda mais compactas. Um exemplo: Os até então avançados Kuyt e Babel passaram a fechar os flancos, como suplementos aos laterais.

E até podiam ter ganho o jogo num dos contra ataques que fizeram. Mas era injustiça a mais.

Não foi bom, mas também não foi mau. Mau era se tivesse perdido. Assim, continua tudo em aberto.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

CL: AC Milan-2 Benfica-1


Afinal, o Benfica ainda não é o melhor clube da Europa. Mas foi por pouco. Bastou apenas um golo, para que o Benfica não tivesse conseguido envergonhar os italianos na sua própria casa.

Agora um pouco mais a sério, o AC Milan a jogar com o Benfica, parece o Benfica a jogar com a Naval. Depois de 10 minutos de jogo, percebe-se logo que só com um milagre é que os portugueses sairiam de San Siro com um empate, e que a vitória seria "matematicamente" impossível.

A diferença de qualidade de jogo entre o Campeão Europeu e o Benfica foi tão grande, que acreditem que depois dos 2-0, temi por uma goleada, que poderia trazer marcas psicológicas para o resto da época.

Felizmente os italianos desacelararam e os encarnados conseguiram equilibrar a contenda.

Talvez Camacho e Rui Costa não tivessem exagerado quando disseram que o Milan era a melhor equipa da Europa. Pela qualidade de jogo que apresenta, dúvido que haja actualmente equipa europeia ao seu nível.

Reparem que não estou a falar em individualidades (que os italianos também as têm), mas sim em jogo colectivo, automatismos e acima de tudo capacidade táctica e controlo de ritmos de jogo. São realmente de outra galáxia.

O resultado final acaba por ser excelente, face aquilo que se passou dentro das quatro linhas.

A Champions League começa agora para o Benfica.

E. Amadora: 0 - SCP: 2, por Joaquim Claro

Foi fácil demais!

Não esperava um Estrela tão fraquinho (acompanho o trabalho do Faquirá desde o Odivelas e esta não parecia, de todo, uma equipa das dele...) mas, em véspera de compromisso europeu (e que compromisso!!), acabou por dar um jeitão!!

Perto dos 10’’, mau atraso do meio-campo do Estrela, bom passe de Purovic e o “suspeito do costume” a facturar. Cerca dos 30’’, auto-estrada na direita para Abel, cruzamento a sobrevoar toda a área do Estrela, antecipação do Vukcevic ao defesa direito do Estrela (que, curiosamente, estava melhor colocado para aliviar...) e 0-2 no marcador. Na segunda parte, nada digno de nota!

Não me é possível alongar muito sobre o jogo pois foi o típico “marca-e-deixa-correr-o-marfim”...

O Sporting fez o que lhe competia. Depois de garantido o resultado e dada (a inexistente) reacção do Estrela, entrou em “gestão de esforço”.

Dos dois pénaltis que não foram assinalados a nosso favor, o primeiro é escandaloso.

Notas finais:
- a exibição de Vukcevic – Já tinha entrado muito bem nos últimos dois desafios e justificou em pleno a troca por Izmailov. Ao contrário do russo, é um jogador claramente de ataque. Necessita de um parceiro á altura para formar uma boa ala esquerda (tenho esta “malapata” com o Ronny...). Acredito que o Paulo Bento promova uma rotação com o Izmailov em função das características do jogo, i. é, Vukcevic quando pretender um Sporting mais ofensivo e Izmailov quanto quiser o Sporting mais em contenção.

- a titularidade do Purovic – se bem que forçada devido á lesão do Derlei e ao sub-rendimento do Yannick, mostrou algumas movimentações interessantes, para os seus “cento e noventa e muitos” centímetros de altura. Prometeu mas é necessário um adversário de maior valia para aquilatar em definitivo a qualidade que pode (ou não...) acrescentar.

- Stoikovic – apresenta características inatas para o posto e a escola de posição da ex-Jugoslávia mas, devido ao seu percurso e idade, vai-nos presentear com alguns “sustos” durante a época.

- Mais do que o próximo embate com essa formação de outra Galáxia que é o Man United, estou preocupado com a gravidade das lesões que nos tem atingido! Dois dos reforços contratados (e estes para titulares...) só vamos poder contar com eles, numa altura da época em que já tudo deve estar decidido...

domingo, 16 de setembro de 2007

FCP: 1 - Marítimo: 0

O Porto não fez um bom jogo. Não sei se foi por estar a pensar no Liverpool ou se foi o Marítimo que não deixou. Os insulares apresentaram-se no Dragão com a lição muito bem estudada, não permitindo ao Porto criar grandes oportunidades de golo. As faixas estiveram sempre muito protegidas, obrigando a equipa da casa a jogar muito pelo meio do terreno, mas quando não existe um ponta de lança de raiz as coisas tornam-se ainda mais difíceis.

O Porto ganhou, mas se tivesse perdido não era nenhuma surpresa, tal foi o equilibrio evidenciado durante quase todo o jogo. Ou seja, num jogo dividido a meio campo, a vitória tanto podia ir para um lado como para o outro.

Este jogo não teve grande história e como estou sem grande inspriração, nem sei o que dizer mais. Ah, já sei. O Jesualdo tem que decidir. Ou diz que o Lisandro é imprescindível e tira o Tarik, ou então tira o Lisandro da equipa, aproveita a boa forma do Tarik e mete um avançado centro. Agora colocar o Lisandro a meio é que não. Acho que é evidente que o Argentino não é um verdadeiro ponta de lança, nem se sente bem nessa posição. Por diversas vezes se viu o Lisandro a cair numa ponta e a deixar o centro do terreno vazio. Decide-te Jesualdo!

O começo do campeonato não podia estar a correr melhor. Em 4 jornadas muitos difíceis, 4 vitórias e a respectiva liderança. A dificuldade ainda não acabará na próxima jornada, uma vez que a viagem a Paços de Ferreira trará à memória o jogo onde o Porto esteve para perder o campeonato na época passada.

Benfica:3 Naval:0



Já começamos a ter Benfica. O Benfica venceu a Naval por 3-0 e nitidamente os métodos de Camacho começam a surtir efeito.

Com mais uma grande exibição de Rui Costa, um segundo golo que se vê pouco hoje em dia no futebol, e várias jogadas que conseguiram levantar o estádio por mais de uma vez, o Benfica venceu com naturalidade a equipa da Figueira da Foz

O jogo durou apenas 75 minutos, uma vez que a lesão de Petit, criou um clima de preocupação em todo o estádio, a que não foram alheios os próprios colegas de equipa.

Há um momento arrepiante que provavelmente quem assistiu ao jogo pela TV não terá assitido. Quando na 2ª parte o jogo ficou interrompido devido à lesão do GR da Naval, de forma tão inesperada como consensual, todo estádio se levanta a bater palmas e a gritar o nome de Rui Costa durante cerca de 1 minuto.

Quem parece ser o novo menino bonito da Luz é Di Maria. O tic-tic (nome dado pelos argentinos aos jogadores rápidos e tecnicistas) sul-americano já foi adoptado pelos benfiquistas, que se manifesta entusiasticamnte a cada toque de bola do jovem jogador.

Não sei se o Benfica será campeão, nem me interessa discutir isso nesta fase. Mas uma coisa é certa, este Benfica de Camacho sofreu uma revolução psicologica, e está nitidamente no caminho certo.

Depois do jogo do Copenhaga, disse que se o Benfica ganhasse os próximos 5 jogos, haveria um Benfica muito forte até final da época. Ainda faltam três, mas a minha teoria tem consistência. O Benfica está nitidamente mais forte e confiante de jogo para jogo.

sábado, 15 de setembro de 2007

Colunista Convidado, por JMMA


E AGORA, FILIPÃO?

Nada justifica, nem os erros do árbitro nem o jogo violento dos adversários, que um treinador agrida um jogador. Se lhe tocou ou não, isso é absolutamente irrelevante. Portanto, não é admissível - ponto.

Foi um momento triste que contribuiu para agravar a imagem de indisciplina que a selecções portuguesas têm cultivado sucessivamente nos campeonatos internacionais, desde o Europeu de 2000, para não ir mais longe.

Nesse sentido, o murro no sérvio foi um murro em todos os portugueses.

Embora tardiamente, Scolari, porém, agiu como devia: assumiu o acto e pediu desculpa, dirigindo-se com inteligência aos portugueses. Assumiu com autenticidade as consequências da parvoíce, dando o peito a todos os cenários que se lhe possam colocar. Quem nunca desatinou que lhe atire a primeira pedra.

O que não quer dizer que não deva ser punido. As leis, a começar pelas portuguesas, são para se cumprirem. Por isso, entendo que se o gesto de Scolari é detestável, não menos detestável é a atitude dúbia do senhor Madaíl ao propor-se mendigar paninhos quentes junto da UEFA, onde julga ter influência. O que é que a «influência» poderá ter a ver com um caso destes é que a mim me intriga. Não sei porquê, lembro-me logo de «apitos». Gostava e acreditar no Secretário de Estado do Desporto quando disse, com voz grossa que comportamentos como os que vimos terão consequências quer pelas instâncias internacionais quer da FPF. Mas já perdi a inocência.

Então, e agora?

Fui e sou um português apoiante de Scolari. Mas reconheço que a murraça intentada nos queixos do sérvio, veio mostrar que o ciclo Scolari à frente da selecção se fechou. Ironicamente, encerrou da mesma maneira como se havia aberto: com um murro, neste caso de João Pinto na pança do árbitro, na Coreia. Talvez o ciclo Scolari tenha terminado logo com o Mundial de 2006. Na verdade, daí para cá, o Scolari que temos tido não passa de uma imagem virtual no écran do Multibanco a apelar aos fãs, não os da selecção, mas os da Caixa Geral de Depósitos.

Apesar de tudo, acho que Scolari ainda tem condições para se manter com sucesso à frente da selecção, desde que o inevitável castigo da UEFA (da FPF nem vale a pena falar) se situe dentro de parâmetros aceitáveis. Mas, não haja dúvidas: com haraquiri em Alvalade o ciclo chegou ao fim.

Reparei que muitas das opiniões aqui emitidas também apontam, em termos infantis algumas delas, para o fim da era Scolari. Enfim, embora por razões diferentes, alguma vez teríamos de concordar com os detractores crónicos do brasileiro. Lastimável é a opinião desses detractores ter por trás anos de reprimido azedume face aos êxitos do técnico brasileiro. Lastimável, é isso. Lastimável – ponto.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Portugal: 1 - Sérvia: 1

Sinceramente nem tenho vontade de dizer nada, pois a frustação é muita. Nem sei se deva criticar o técnico, uma vez que a malta diz já que estou a aproveitar novo desaire. Mas por outro lado, houveram tantas asneirolas...

Há de facto coincidências nesta vida, que às vezes preferia que elas não acontecessem. Li um comentário a um dos meus últimos posts que dizia que no passado, os jogos de Portugal, acabavam sempre em porrada. Infelizmente, o Scolari deixou de ser virgem nestes gestos.

Bom, Portugal nem começou mal. Conseguiu ultrapassar o nervosismo inicial com alguma facilidade e por isso foi encostando a equipa Sérvia lá atrás. Sem grandes oportunidades de golo, é certo, mas com o meio campo a conseguir trocar bem a bola, conseguiamos colocar a bola com relativa facilidade nas pontas, provocando por isso algumas aflições à defensiva Sérvia.

Portugal chegou ao golo depois de um livre excelentemente marcado por Simão. Depois do golo, e muito bem, não caímos na tentação de recuar e continuamos em busca do golo. Para mim o momento do jogo acabou por ser a cabeçada que o Nuno Gomes envia ao poste (depois de uma excelente arrancada do Bosingwa). Se a bola tem entrado, estaríamos muito provavelmente a festejar a vitória.

A 2ª parte foi o caos total. Jogadores sem agressividade e treinador cheio de medo. Como já disse em várias ocasiões, é o treinador quem tem a responsabilidade de dar sinais aos seus jogadores. Defender e defender foi o sinal do treinador. Às vezes até corre bem, mas mais uma vez caímos ao chegar à praia.

Bem sei que ainda não tenho o curso de treinador de futebol, e por isso não percebo puto disto. Mas houve uma coisa que me deixou intrigado. A ganhar por 1 a 0 e depois de ter tirado o primeiro ponta de lança, não diz o bom senso que se deve guardar uma substituição para qualquer eventualidade? Scolari não pensa assim porque a ganhar 1 a 0 queimou a última substituição numa troca directa. Sai Maniche, entra Moutinho. Se o Deco foi bem tirado (peca aliás por tardia), já esta útlima não me parece. Até podia compreender se estivéssemos a ganhar por mais do que um!

Mais um empate (com erro escandaloso do árbitro), mais uma oportunidade perdida para chegarmos ao segundo lugar e já começo a não gostar da brincadeira.

Eis a classificação do grupo A:

1º - Polónia - 11 jogos - 21 Pontos
2º - Finlândia - 11 jogos - 19 Pontos
3º - Portugal - 10 jogos - 17 pontos
4º - Sérvia - 10 jogos - 16 Pontos
5º - Bélgica - 10 jogos - 11 Pontos

Faltam os jogos:

- Azerbaijão - Portugal
- Cazaquistão - Portugal
- Portugal - Arménia
- Portugal - Finlândia.

Boa sorte!

Desilusão e...ERRO grosseiro do árbitro!!!





Depois do resultado deste jogo,deixo apenas alguns pensamentos para meditarem:

- Porque é que apenas no Estádio de Alvalade se assobia a Selecção de todos nós?
- A Sérvia é uma selecção assim tão má que o empate é um escândalo?
- Que implicações terá a não anulação do golo da Sérvia?
- o Insucesso do Scolari é motivo de felicidade de alguns PORTUGUESES? (esquecem-se que quem perde somos todos nós e não apenas ele...)
- Tem duvidas que vamos ser apurados?
- Por último, Obrigado Scolari por teres sido o unico Seleccionador que unificou os Portugueses (...ainda me lembro de ver jogos da selecção nacional com a malta trajada com as camisolas dos seus respectivos clubes).

Só não vê que não quer...

Para ano lá estaremos no europeu!!! não tenho duvidas disso!

Aliás, à semelhança do que fiz no mundial, irei comprar os bilhetes pelo site da FPF (para a final e meia final - como fiz no mundial!!!).

Saudações Lusitanas!!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Obrigado Scolari, Parte I

Depois de muito reflectir, decidi dar a mão à palmatória. Afinal gosto do Scolari e por isso aproveito a oportunidade de ter um blog para dizer Obrigado Scolari!

O homem é mesmo um excelente treinador. Desde já, porque ganha num mês aquilo que eu não ganho numa vida. Só os melhores dos melhores é que conseguem treinar em equipas ricas e de top, capazes de suportar salários desta natureza. Tal como ganhar o euromilhões, também sonho em ganhar o que o Scolari ganha e é por isso que me vou inscrever já no próximo curso de treinadores da Associação de Futebol de Braga. Por isso, obrigado Scolari por me teres inspirado.

Depois, o homem não teve que jogar o apuramento para o Euro 2004 e assim aproveitou para descansar e para estudar os jogadores do sofá de sua casa, uma vez que insiste em dizer que não precisa de ir aos estádios. Chegado ao Europeu, escolhe um 11 que contraria tudo e todos. Azar dos azares, perdemos contra um gigante da Europa: Grécia. No segundo jogo, Scolari decide mudar a equipa. Resultado: ganhamos tudo até à final. Obrigado Scolari por seres um visionário e por teres descoberto uma equipa vitoriosa cuja base tinha, curiosamente, sido campeã da Europa de clubes!

Antes da final, vencemos à Inglaterra. Excelente joga! A par da final de Sevilha (Porto-Celtic), este foi o jogo mais emocionante e alucinante a que assisti. Obrigado Scolari e Obrigado Ricardo (fora de brincadeiras!).

Chegados à final, Scolari volta a perder com a Grécia. Joga com um GR, 4 defesas e dois trincos contra uma equipa que só colocava 1 gajo lá na frente (e mesmo assim com muito esforço). Perdemos. Foi das maiores frustrações que tive enquanto adepto de futebol. Mas Obrigado Scolari por me teres impedido de gastar uma fortuna em copos! É que nessa noite, era mesmo para a desgraça!

PS: O “Obrigado Scolari, parte II” sai de hoje a 8 dias (19-9-2007). Sei que a malta que lê o FootBicancas é muito ocupada e não quero que me acusem de interferir na produtividade das pessoas. Espero que me digam: “Obrigado Vitor!”

Até Lá!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

POLSKA - foi quase...























...Curiosamente, não esperava esta época ir pela 1.ª vez ao Estádio do maior Clube do Mundo, ver um jogo da Seleccção de todos nós. O que é certo é que isso aconteceu (ossos do oficio).

Na verdade, tudo estava reunido para que Portugal fizesse um bom jogo e, como se esperava, ganhar o jogo...

Tudo correu bem, excepto o resultado final.

PS - Fica a Questão, será que o Bruno Alves foi uma escolha acertada? de facto tem estado impecável no FCP, mas no passado sábado ao serviço das cores nacionais revelou-se um desastre (opinião de um ilustre Conbicanca que assitiu ao jogo comigo).

Na próxima 4.ª feira, lá estaremos de novo a apaoiar os nossos compatriotas!

Saudações Lusitanas.

domingo, 9 de setembro de 2007

Portugal: 2 - Polónia: 2

Pois é, as coisas começam a ficar algo complicadas. Com toda a certeza, este empate não estava nas previsões de ninguém, com a excepção óbvia dos próprios Polacos.

Os defensores do Scolari dirão que Portugal teve azar. Por outro lado, os opositores dizem que Portugal podia e devia fazer mais, frente a uma Polónia muito forte fisicamente, mas fraquinha tecnicamente. Eu estou no segundo grupo e acho que esta dificuldade no apuramento roça o vergonhoso porque não me lembro de ter um grupo de apuramento tão fácil quanto este. Estou ainda no grupo dos opositores porque acho que quem tem o Quaresma num banco de suplentes, tem a obrigação de ganhar a uns Polacos cheios de fome.

Portugal deu a primeira parte de avanço ao adversário e só a espaços conseguiu fazer umas jogaditas dignas dos jogadores que possui. É claro que a Polónia aproveitou este facto e aproveitou também o desnorte da defesa Portuguesa para facturar o primeiro.

Comentava cá em casa que se fosse treinador trocava ao intervalo o Maniche e o Nuno Gomes pelo Nani e pelo Quaresma, colocando o Ronaldo a avançado centro. Scolari preferiu manter o 11 e vá lá que Maniche marcou logo no início, calando-me um pouco. Mas este golo só fez com que o indeciso treinador esperasse uma eternidade para colocar em campo o cigano. Como é que um gajo demora tanto tempo para meter um jogador que iria desiquilibrar os matulões dos Polaco?

Eu sei porquê: porque percebe pouco de futebol. O nosso treinador é um bom líder, mas de futebol percebe pouco e pensa que a força anímica dos seus jogadores basta para ganhar. Imaginem se não tivéssemos os excelentes jogadores que temos?

O que fica para história é um empate que soube a muito pouco, esperando que estes pontos não façam falta nas nossas contas finais. Todos dizem que Potugal ainda depende de si para passar. Eu digo: como é que dependemos de nós se não ganhamos a ninguém?

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Ainda o Atraso do FCP-SCP



Este post não tem como objectivo mostrar a minha opinião, porque ela não mudou desde o primeiro instante em que vi o lance no estádio.


Este post é só para fazer serviço público e para vos deixar o comunicado (clicar no link) que foi feito pela comissão da arbitragem da Liga. Sugiro toda a atenção na análise deste esclarecimento técnico que juro que não foi feito por mim.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A nossa MISERÁVEL Imprensa!

Eu já sabia que o Porto é mal tratado na nossa imprensa e até já dei alguns exemplos neste blog, como foi a capa de um jornal que preferiu os golos dos treinos de um qualquer clube em detrimento de um apuramento para a final da mais importante prova de clubes .

O último grito da estupidez foi o que vi e li na imprensa da última Segunda-feira. Para aqui trago a capa do Record. Já dou de barato o canto que é reservado ao bi-campeão nacional e a um dos líderes do campeonato. Aquilo que me revolta é o título: "Um golo irregular em triunfo folgado". Mas o que é isto? Será que, tal como eu, todos os jornalistas do Record (só se for do facciosismo) estiveram a comer um arroz de cabidela? Será que os ditos jornalistas não viram um golo limpinho anulado ao FCP logo aos 3 minutos?

Já lixado da vida, tive a preocupação de ver os três telejornais do dia para ver o que de lá sairia. Adivinhem! Dos 3, só o da TVI é que mostrou o golo limpo do Porto. A SIC e a RTP, pura e simplesmente que se esqueceram. Se calhar é para poupar tempo, digo eu. Ou então não. Não porque o segundo golo do Porto foi mostrado em Super Slow Motion. Afinal havia tempo.

É por estas e por outras que se cria o estigma que o Porto é sempre beneficiado e é também por isso que as pessoas mandam os seus bitaites sem saber o que dizem. Um exemplo rápido:

- Na viagem do trabalho para casa ouvi um programa da Antena 1 onde o gajo que representa o Benfica diz: "pois é, o segundo golo do Porto é irregular e todos sabemos que os segundos golos são fatídicos". O moderador (António Macedo) diz-lhe que se isso é verdade, também é verdade que anularam um golo ao Porto. Ao que ele responde: "Oh António, não me faça um exame tão exigente que eles jogaram todos ao mesmo tempo". Sim senhor, mas soube dizer que o Porto foi beneficiado

Miseráveis!!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Nacional:0 Benfica:3


Bom, para começar dizer que o Benfica ganhou bem, sem atrasos ao GR, nem bolas fora das quatro linhas. Ou seja foi uma vitória sem espinhas, na melhor exibição da época (também não era preciso muito).

Camacho nitidamente mexeu com a equipa. O Benfica está mais equilibrado, joga mais pelas linhas, cria mais desiquilibrios, está mais consistente e acima de tudo luta mais.

Di Maria voltou a demonstrar que tem um potencial tremendo. É muito rápido e não tem medo de ir para cima dos defesas.

Cardozo começa a fazer juz à fama de goleador, e vai ser curioso acompanhar o duelo Taquara/Liedson ao longo da época.

Rui Costa parece que voltou a ter vinte anos (que golão!!!)

Volto a reiterar, se o Benfica ganhar os próximos 4 jogos, irá haver Benfica muito forte até ao final da época.

SCP: 1 - Belenenses: 0, por Joaquim Claro

Sem impedimentos, por castigo ou lesão na equipa que fez alinhar no Dragão, Paulo Bento optou por repetir os mesmos onze.

Este Belém de Jesus foi mais defensivo do que é habitual. Iniciou a partida sem um ponta-de-lança (ou avançado) de raiz, sendo que esta posição era ocupada, alternadamente, por Silas, Zé Pedro ou Roncatto.
Esta opção de Jesus pretendia condicionar o Sporting de duas formas, não “dar há morte” um avançado e desta forma criar desequilíbrio nos centrais (principalmente em Tonel) que ficariam sem a “referência” adversária e, em simultâneo, criar superioridade a meio-campo devido ao(s) elemento(s) extra(s) que apresentava (cinco ou seis do Belém para o habitual quarteto Sportinguista). A juntar a tudo isto, Jesus optou por pedir aos seu jogadores uma toada deliberadamente lenta.

A equipa Sportinguista apresentou os pecados já evidenciados na última partida, i. é, se a defender a qualidade já é bastante razoável para uma quarta partida a “doer”, a atacar ainda não existe a dinâmica ofensiva necessária. O meio-campo do Sporting foi um decalque do último fim-de-semana. Mais uma vez uma referência especial para a dupla de ataque (Liedson e Derlei) que trabalha muito... O Sporting necessita, urgentemente, de resolver o “problema” Ronny (assim os reforços sejam de qualidade e as lesões o permitam)...

Pelo atrás exposto, durante a primeira parte, o jogo foi no sentido da baliza dos do Restelo e estes, com maior ou menor dificuldade, a defenderem bem. Entre os 15’ e os 40’, o assédio do Sporting foi maior (Liedson, na sequência de um canto, falha após desvio de Derlei; Derlei cabeceia ao lado, após cruzamento de Romagnoli; Izmailov remata bem após cruzamento de Derlei e vê Costinha fazer uma boa defesa; Golo anulado ao Sporting por fora-de-jogo a Derlei; etc.) mas sem resultados práticos, leia-se, Golos!
Durante este período o Belém teve uma bola no poste, por Rubem Amorim e (muito) pouco mais. Nota para um lance no final da primeira parte em que Silas corta uma bola e esta é recolhida, directamente, por Costinha (guarda-redes) sem interferência de terceiros. Xistra, apesar da “pressão do Estádio, mandou (e bem!!!) seguir o jogo...

Durante o descanso Jesus optou por pedir aos seus jogadores, uma alteração de ritmo e assim, o Belém entra de forma mais rápida.
O Sporting sentiu mais dificuldades nesta fase inicial da segunda parte e estou em crer que se poderia tornar complicado para o nosso lado, caso o Costinha não fosse expulso devido ao pénalti que cometeu sobre o Liedson.
Este foi o lance que marcou a “estória” (e viragem...) do jogo, o Belém passa a jogar com menos um elemento.
Após falhar o pénalti, Moutinho “obriga” Paulo Bento a mudar a disposição da equipa e os intervenientes (entra Vukcevic e sai Veloso). Moutinho passa para trinco e o Sporting começa a construir as jogadas mais atrás, tendo nesta altura um elemento que “alarga” ofensivamente a equipa, pois Vukcevic joga bastante colado e com muito a propósito, á linha esquerda.
Ainda sobre o lance do pénalti, quero realçar o excelente entendimento já demonstrado entre os dois mais avançados (Liedson e Derlei). Não sendo, nenhum deles, um ponta-de-lança típico, complementam-se muito bem e prometem vir a dar muito trabalho defensivo aos adversários.
Mesmo com esta alteração e a jogar em superioridade, o Sporting não conseguiu alterar o marcador, o que obrigou o Paulo Bento a, em cerca de 10’, alterar por completo a equipa. Assim, pouco depois dos 60’ saem Tonel e Izmailov para entrarem Purovic e Yannick. Das alterações de Paulo Bento destaco a saída de três elementos mais defensivos (Veloso, Tonel e Izmailov) por troca com outros tantos de pendor mais atacante, sendo que com estas alterações a equipa nunca perdeu o equilíbrio defensivo (o que é possível mesmo jogando contra dez...). Quando se tem uma opção destas contra um “macaco velho”, como é Jesus, o risco é bastante grande! A “mensagem” que as mesmas passam para a equipa é a mais clara possível – atacar, atacar, atacar!
Com o Vukcevic na esquerda, Yannick na direita e Purovic a tentar dar trabalho aos (enormes) centrais dos Belém, o jogo atacante do Sporting ganhou outra fluidez. Aos 80’ e após um excelente cruzamento de Vukcevic, o “suspeito do costume” resolveu!

Por esta altura já o Belém não tinha nem força anímica, nem força física, nem intervenientes (Zé Pedro e Silas, por exemplo, já tinham saído) que soubessem alterar o rumo da partida.

Notas finais:

- Há semelhança do que aconteceu no passado Domingo, o Sporting está bem defensivamente (e melhor ficará quando/se conseguir “corrigir” a posição de lateral esquerdo mas necessita de melhora muito dos movimentos ofensivos.
- Na passada semana escrevi, “...trocou o Izmailov pelo Vukcevic (trabalha menos defensivamente mas com um pé esquerdo muito bom e com cruzamentos muito a propósito)...”, este jogo serviu para confirmar. Estou em crer que este jogador vai criar uma Agradável” dor de cabeça ao Paulo Bento. Se por um lado, com ele a equipa não é tão equilibrada defensivamente, não sei até que ponto é possível prescindir daquele excelente pé esquerdo e das “ganas” com que entra em campo...
- As alterações do Paulo Bento demonstram coragem (repito, do lado contrário estava Jorge Jesus...) e grande conhecimento táctico (equilíbrio defensivo que a equipa continuou a demonstrar).
- Independentemente da muita influência que já tem, há que “dar descanso” ao Moutinho! Não é fácil de fazer. O Paulo Bento pode ser “crucificado” caso corra mal mas, mal o calendário (adversários teoricamente mais acessíveis, entenda-se) o permita, é necessário que seja feito.
- Há dois jogadores do Belém que gostava de ver no plantel do Sporting, Rodrigo Alvim e Rubem Amorim.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Leiria: 0 - FCP: 3

Para começar e para aqueles que estão a ficar nervosos com a boa entrada do Porto no campeonato, digo desde já que o segundo golo do Porto foi conseguido após um centro irregular e que não foi pelo cansaço do Leiria que o Porto ganhou o jogo desta noite, pois o primeiro golo do FCP foi conseguido aos 36' pelo Marroquino Tarik.

Não vi os primeiros 20 minutos do jogo uma vez que neste tempo dei preferência a um arroz de cabidela divinal feito pela minha mãe. A partir desse momento, vi um Porto a jogar com muito cuidado porque os últimos exemplos que o Porto teve em Leiria não tinham sido nada abonatórios. Isto é, embora controlando o jogo, não estava a conseguir ter profundidade no ataque porque as linhas do Porto estavam muito recuadas. Esta é uma critica que faço ao Jesualdo há já uns jogos. Ou seja, o Porto quando está em posição defensiva, defende com as linhas recuadas, dificultando a saída para o ataque quando recupera a bola porque depois faltam unidades no ataque. Independentemente disto, o Porto lá conseguiu chegar ao golo depois de mais um centro do Quaresma e depois de um bom trabalho do Tarik, justificando por isso a titularidade dos primeiros três jogos do campeonato.

Se na primeira parte o Porto tentou controlar o jogo, tentando evitar a todo o custo um dissabor, na segunda e a ganhar essa tentativa foi ainda maior. O Leiria nunca conseguiu incomodar o regressado Nuno na verdadeira acepção da palavra. Por isso, foi com alguma naturalidade que o bi campeão nacional chegou ao segundo, embora como já disse, depois de um centro irregular. Porém, gostava de enaltecer o excelente trabalho do Bruno Alves, que fez um trabalho que muitos extremos não conseguem: com uma finta de corpo tira um adversário do caminho e depois consegue um centro (com a bola já fora das 4 linhas) fabuloso.

A partir daqui, o Leira deixou de acreditar e o Porto aproveitou para gerir, quer o jogo, quer o seu plantel. Ainda conseguiria chegar ao terceiro pelo ex-Leiria João Paulo e depois de mais um centro do cigano!

9 pontos conseguidos contra adversários que no ano passado roubaram precisamente 9 pontos ao Porto. Bem bom! A festa continua com o jogo entre os primeiros: Porto-Marítimo!