O VITOR E EU
Rompi com o Vítor há muito tempo. É sempre difícil recordar o amor – os anos passam e acabamos a perguntar-nos: será que estava realmente apaixonada ou apenas a enganar-me? Seria realmente amor ou apenas ilusão? Mas tenho a certeza de que, em relação ao Vítor, o sentimento era real. Eu amava o homem.
Quanto a ele, há que ser honesta: ele não me conhecia. Na verdade, nunca pensou em mim. Nem sequer uma única vez. Mas, no início, isso não me desanimava. Admirava-o. Acreditava nele e nem sequer pensava que pudesse ser tão porto-limitado. Claro, sabia que era cioso do seu Fecepê, mas nessa altura eu acreditava que isso era apenas uma afeição como qualquer outra. Que estupidez!
Seja como for, comecei a desiludir-me com o Vítor bastante cedo – justamente por causa do Fecepê e remonta a Outubro de 2004. Toda a gente viu naquele Benfica 0 – Porto 1 que o petardo do Petit ultrapassou a linha de golo. Toda a gente, menos o árbitro (o que naquela altura era normal) e o Vítor. Afinal era incapaz de advogar honestamente em causa própria. Logo aí, o meu coração ficou de pedra. As pessoas usam expressões destas em sentido metafórico, mas, se o coração consegue ficar de pedra sem ser metaforicamente, foi o que aconteceu comigo em relação ao Vítor. Eu tinha fé nele. Tinha a certeza de que, apesar de ferrenho, ele nunca negaria as evidências. Como seria possível? Mas foi e negou. Afinal era igual aos outros. Foi assim: Adeus, dragão. Estou fora. Nem penses em telefonar-me. E, já agora, se o teu telefone tocar, a tua mulher atender e desligarem do outro lado, não penses que sou eu porque não sou.
Trago tudo isto à baila porque, há dias, apanhei outra vez o Vítor numa das suas fraquezas. Pela quincomilionésima vez, recalcitrava contra as opções do ex-seleccionador no que respeita à baliza da Selecção. Negando novamente as evidências, reclamava explicações. Explicações? Agora também já as evidências precisam de ser explicadas? Graças à «Nova Gente» (e se esta o diz, só pode ser verdade), toda a gente sabe que o Felipão, quando era Filipinho, roubou a namorada ao seu melhor amigo, quando ele estava a viajar. Aí está a explicação: o sargentão aproveitou as viagens do guarda-redes para disputar a final da Taça UEFA e da Champions League e roubou-lhe o lugar na Selecção, para o oferecer ao Ricardo.
Onde é que está o problema? Acaso alguma vez o realizador do filme «Corrupção» teve de explicar à Soraia Chaves – à bela Soraia Chaves, a sensual Amélia d’«O Crime do Padre Amaro» e a irresistível «Call Girl» de luxo -, a razão da sua preterição por Margarida Vila-Nova nas cabriolices de Carolina com o velho endinheirado?
Scolari não ganhou nada por Portugal, é certo. Mas fez Portugal perder mais que com qualquer outro, porque levou a selecção até onde ela nunca tinha chegado. Perder finais custa. Mas pior (embora não pareça) é a gente não disputá-las. É um facto e só os ressabiados preferem tirar desforra, pela crítica doentia, a aceitarem-no. Para minha máxima dor, ouvi o Vítor acusar o ex-seleccionador de cobardia. Essa não, Vítor: não se acusa ninguém daquilo que todos vêem que ele é. É pleonástico. Pelo menos desde aquela triste cena no final do Portugal – Sérvia (1-1) em que Scolari, fugiu humilhantemente do sopapo de Dragutinovic (valeu-lhe o Quaresma para o proteger), ficou patente que o sargento era medroso.
Tive vontade de agarrar no telefone, ligar ao Vítor e dizer-lhe: «Um campeão não se prende com fait-divers. Esquece. Deixa o palmarés falar». Mas não telefonei. Há anos que não lhe telefono e não vou começar agora.
"(...) Toda a gente viu naquele Benfica 0 – Porto 1 que o petardo do Petit ultrapassou a linha de golo. Toda a gente, menos o árbitro (o que naquela altura era normal) e o Vítor. (...)"
ResponderEliminarNaquela altura e nesta! Que se saiba, a máfia ainda não acabou...
Ou já?
Tinha de vir mais um comentário construtivo do nosso "amigo" ...
ResponderEliminarSe algum dia as entidades vão investigar os pneus de alguns veiculos que andam por aí a circular, vão estranhar encontrar borracha branca na composição ...e aí eu quero ver os comentários do nosso amigo sobre a "máfia" ....
Ele realmente há com cada um ... parece aqueles seres vivos que usam palas nos olhos para estarem sempre a olhar para o mesmo sitio.
Tinha de vir mais um comentário construtivo do nosso "amigo" ...
ResponderEliminarSe algum dia as entidades vão investigar os pneus de alguns veiculos que andam por aí a circular, vão estranhar encontrar borracha branca na composição ...e aí eu quero ver os comentários do nosso amigo sobre a "máfia" ....
Ele realmente há com cada um ... parece aqueles seres vivos que usam palas nos olhos para estarem sempre a olhar para o mesmo sitio.
Ninguém releva isto?
ResponderEliminarVao trabalhar, depois admiram-se que o atendimento ao cliente é uma bosta!!
ResponderEliminarSó hoje tenho oportunidade de colocar em dia o blog (desde sexta-feira)
ResponderEliminarCara Laurinha, dedica-te em exclusivo à pratica dos "barões" porque de futebol pouco percebes.
Ou então as "lap dance" estão a deixar-te com os olhos retorcidos e também (não queria dizer), mas cá vai, acéfala! Deixa lá o Vitor em paz porque a diferenaça do Vitor para o Scolari é que um ganha finais e o outro perde-as!
Jorge, publicarei a seu tempo (ainda esta semana). Repararam que toda a gente passou ao lado disso? Até mesmo o nosso expert na matéria: Luis Marques.
Abraço.
Eu deixo o Vítor em paz. Ele é que não nos deixa. «Um campeão não se prende com fait-divers. [...] Deixa o palmarés falar».
ResponderEliminarParece que estou a ver dois Vítores... Ai o Vodka!
Não importa, quanto mais melhor. "Men prefer the blonds."
Laurinha O'Doe