quarta-feira, 7 de julho de 2010

Toques de Cabeça

BETTENCOURT, O GUILHERME TELL DE ALVALADE
Por JMMA



José Eduardo Bettencourt classificou ontem João Moutinho de "maçã podre", tendo em conta o comportamento do jogador em todo o processo que conduziu à sua transferência para o FC Porto. "O seu comportamento para com o presidente e o director desportivo foi deplorável", disse em conferência de imprensa o líder leonino revelando que, de facto, por várias vezes Moutinho havia manifestado a vontade de deixar Alvalade. Mas "o tempo foi passando e as propostas não chegaram".

O presidente sportinguista explicou a 27 jornais e ao JOGO que na fatídica semana em que o processo se desenrolou se encontrava ocasionalmente no estrangeiro, com a família, ao serviço do clube. “Estive na capital francesa, que é ali perto de Paris, mais exactamente na Eurodisney, em contactos com o Pateta e o Pluto para virem substituir o Pereirinha no ataque dos leões. A minha ausência está, pois, perfeitamente justificada até porque se quisesse enrolar a torcida dizia que tinha ido ao Colombo furar os pneus do carro do Luis Filipe Vieira, que é a desculpa que costumo dar”, concluíu.

E, por azar, também o Costinha se encontrava ausente do país, prosseguiu o presidente Bettencourt. “Acaba de regressar do Líbano, aonde se deslocou com o objectivo de frequentar um curso intensivo sobre negociação e intimidação, leccionado por dirigentes do Hezbollah”. O tipo de negociação levada a cabo na troca de prisioneiros do grupo armado com Israel é considerado exemplar para os interesses de Alvalade. “O Costinha foi ao Líbano aprender a negociar à moda do Hezbollah. A ideia é trazer um plantel inteiro de outro clube (nem que seja em fim de carreira) e em troca enviar apenas alguns corpos, tais como Caneira, Pedro Silva e outros assim”, explicou o presidente do Sporting. “E se o Costinha aprender a falar para «o balneário» como Nasrallah fala do primeiro-ministro de Israel Netanyahu, melhor”, acrescentou Bettencourt.

Finalmente, para sanar o desgosto da deserção do «capitão», o líder leonino aproveitou a oportunidade para dar uma boa notícia: a reintegração de Vukcevic no grupo de trabalho, rejeitado pelos gregos. «A decisão foi aceite, de imediato, pelos dirigentes do Sporting e baseou-se numa análise (agora mais precisa) das necessidades do plantel, isto é do clube». E concretizou: O Sporting continua a aguardar uma oferta de 20 milhões para vender o Vuk, algo tão provável como o Real Madrid ir lá buscar Grimi. De maneira que, concluíu Bettencourt, «temos duas alternativas: ou vender o montenegrino por peças (há um estaleiro naval Sul Coreano interessado); ou então fazer como fizémos para o Rochemback: trocamo-lo por um conjunto de amortecedores novos para o autocarro do Sporting. E talvez uma balança nova para a Academia, porque o Maniche já rebentou uma porção delas».

Será que o negócio não poderia incluir também um par de patins? É que visto de fora (eu sou benfiquista, portanto dêem o desconto que entenderem), um presidente assim bem o merecia.

1 comentário:

  1. Com estes intermináveis folhetins sportinguistas, os cartoonistas já reclamam por concorrência desleal, temendo a cada vez mais inevitável perda do seu posto de trabalho.

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