quarta-feira, 13 de abril de 2011

Toques de Cabeça

O QUE EU ACHO

Por JMMA


Após alguns dias de ausência para desempenar as pernas e a alma, aqui estou novamente a tentar por-me ao corrente dos mil e um pequenos enredos que vão tecendo o nosso quotidiano.

Leio nos jornais que o Benfica escorregou na Figueira da Foz frente à Naval, que assim conquistou o direito de continuar a sonhar com a fuga à despromoção. Realmente o Benfica é sempre uma alegria. Quando não o é para si próprio é-o para os outros. E isto também tem o seu valor. Portanto – além da benemerência – nada de especial, acho eu.

Li que o FC Porto exige um pedido de desculpas ao Benfica devido a um comentário alegadamente proferido na Benfica TV onde, de acordo com os portistas, foi desejada "a morte" de Pinto da Costa. Um misto de idiotice e de falsos pruridos de virgem ofendida, na encenação dum enredo perigoso mas já gasto. Achei banal.

Li que começou o julgamento em processo sumário dos doze adeptos detidos por causa dos incidentes junto ao estádio da Luz antes do Benfica-Porto, da 25ª jornada, de que resultaram vários feridos, entre os quais um agente das forças de segurança. Coisas destas não acontecem só “neste país”. O que nos distingue é que depois de acontecerem, nada acontece. Oxalá desta vez seja diferente. Achei bem.

Vejo que o Porto, de repente, resolveu desenterrar o machado de guerra contra a arbitragem. Na Luz – diz a lista – 15 erros 15! Todos eles “competentemente” engendrados pelo árbitro, para cúmulo da humilhação do FC Porto. No essencial, nada de novo. Só pergunto: porquê agora? Querem ver que a 2ª mão da meia-final da Taça, tão longe ainda do apito inicial, já começou a apitar-se. Não será este, como dizia Villas-Boas, também um dos "episódios que entram no ridículo do que, às vezes, é o futebol português"? Acho estranho.

Leio também acerca do castigo de 11 dias imposto a Jorge Jesus na sequência do sururu no final do Benfica - Nacional. Villas-Boas, oficial do mesmo ofício, acha que o castigo é leve. É o que é. E ao que parece – valha-nos isso – ninguém no Benfica pensou em demonstrar que Luiz Alberto, o jogador do Nacional no centro dos incidentes, afinal era um steward. Caso arrumado? Não diria tanto. Para as coisas ficarem como deviam ser, quanto a mim, faltaria ainda um pedido de desculpas aos adeptos (este sim justificado) por parte do treinador punido. Por menos, fê-lo um dia Alex Ferguson retractando-se de comentários desabonatórios sobre um árbitro. Bem sei que nem Jesus é “sir” nem Portugal é a Inglaterra. Mas o Benfica é o que nós fizermos dele. Acho eu.

2 comentários:

  1. Mais uma excelente crónica! Quero mais...

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  2. Não fora o apreço que, sem o conhecer, tenho pelo 'JMMA', e diria que se encontra ainda em busca do interruptor.
    Não é coisa pouca, bem sei!
    Se bem que 'às escuras', é sempre mais fácil falar alto, dizer umas quantas banalidades, e distorcer uma tantas realidades.
    Nada que surpreenda, afinal.
    Confesso que é cada vez mais como leitor atento e dedicado que aqui me desloco, assim anulando o "comentador".
    É que assim(como outros na escuridão...), escudando-me no silêncio da mera leitura, permito-me rir, tal o índice cómico (aqui e ali polvilhado por alguma falta de vergonha) do que se vai dizendo.

    Apenas uma nota:
    induzido em erro, por certo, falou o 'JMMA' em "Alex Fergusson", quando pretendia, efectivamente, falar de 'André Villas-Boas' que, por menos do que o caso 'Jorge Jesus', publicamente se desculpou por ter indevidamente criticado 'Carlos Xistra' após o Guimarães-Porto.
    Bem sei que, nem 'Jesus' é 'Villas-Boas', nem o SLB é o FCP.
    Mas isso são contas de outro rosário, 'if you know what I meen...'.

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