PORTUGAL ENTRA PARA O G8 E OPEP Por Zé Bento*
Footbicancas/Jornal Público, Bruxelas - Com os resultados, esta semana, das equipas portuguesas na Liga Europa, Portugal entra definitivamente na retoma económica por que todos ansiávamos. Após os sinais positivos oferecidos pelas vitórias internas do FC Porto e do Benfica, um por ter ganho o campeonato e o outro por lhe ter cortado desportivamente a luz, é com a consagração na Europa, neste caso dignamente acompanhados pelo Sporting de Braga, que os tempos das vacas gordas vão voltar ao nosso país. Assim, ao que apurou o este blogue junto do Banco de Portugal, a balança comercial portuguesa ficou desequilibrada a nosso favor, uma vez que - com a enorme diferença entre golos metidos e sofridos - pela primeira vez na história estamos a exportar muito mais do que importamos. Aliás, Portugal tornou-se desde ontem um país auto-suficiente, com uma agricultura vigorosa, um comércio empreendedor e uma indústria expansionista. Empresas nacionais como os Armazéns Paga Pouco e a Sumol transformaram-se em multinacionais reconhecidas em todo o mundo, entrando mesmo para a cultura popular, como anteriormente a Coca-Cola e o IKEA. Para além disso, por causa dos resultados retumbantes da noite europeia, foram descobertos na nossa costa marítima petróleo e gás natural o que vai colmatar o nosso tradicional – e até agora inevitável – défice energético. Assim, à custa da magnífia noite europeia de 5ª-Feira, Portugal integrou esta manhã a OPEP e, soubemos agora mesmo, foi convidado a integrar o grupo dos países mais desenvolvidos do mundo, o restrito G8, ocupando o lugar deixado aberto precisamente pela Rússia, cuja derrota no Porto e empate com o Braga os vai levar à bancarrota. Assim, já no próximo ano, a cimeira vai deixar de se realizar em Davos e passará a ser organizada no Pavilhão Multiusos de Gondomar. Esta vitória é tudo o que bastava para colocar Portugal novamente na rota da prosperidade, como não acontecia desde os Descobrimentos. No dia de hoje, Portugal apenas é suplantado economicamente pelos EUA e pelo Japão, tendo ultrapassado países como a Austrália, a Alemanha e a Grã Bretanha. Estamos ricos.
(*) Repórter à solta.
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