Sem Quaresma, o Porto surgiu frente ao Nacional num 4-4-2, apostando no reforço do meio campo para levar de vencida a formação insular, possuidora de jogadores habilidosos na zona central do terreno. Esta é a justificação que quero acreditar, pois para o Jesualdo pode ter pesado algum receio de novo falhanço.
Com este esquema de jogo, as faixas laterais foram descuradas, penalizando por isso a habitual profundidade atacante portista. À falta de extremos, eram os laterais que por uma ou outra vez criavam muitos calafrios à defensiva do Nacional. Destaque para mais um excelente jogo do Bosingwa, que proporcionou vários lances à Cristiano Ronaldo (à atenção do Scolari). Pese embora estas arrancadas, o Porto afunilava o seu jogo na zona central do terreno, permitindo ao Nacional neutralizar o ataque da casa com maior ou menor dificuldade. Mesmo assim, o Porto lá conseguia criar algumas excelentes oportunidades de golo não concretizadas, por ineficiência atacante ou pelas defesas bombásticas do guardião Suíço. A primeira parte acabaria num nulo, mas muito por culpa do árbitro de Famalicão, ao anular um golo limpo ao Lisandro.
Se na primeira parte houve Bosingwa, na segunda houve Anderson. O puto está de volta aos grandes momentos e vale a pena ver o Porto apenas para apreciar o seu futebol. É impressionante a forma como ele arranca em velocidade, sempre com a bola colada ao pé. Quando já estava a ficar sem unhas, o miúdo começa uma jogada que acabaria por ser ele a fazer o cheque mate com um remate subtil, tirando qualquer hipótese de defesa ao Diego. Até ao final, assistiu-se a uma reacção musculada do Nacional, que acabaria de dar alguns espaços ao ataque portista. Foi num desses espaços concedidos pelo Nacional que Anderson descobriu Fucile (também com uma excelente exibição) dentro da área e este não desperdiçou a oportunidade para fazer o gosto ao pé.
Vitória justíssima do Porto que peca apenas por escassa. O Campeonato está mais perto.
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