Fim-de-semana de derbi. Nos dias que antecedem um Benfica – Sporting não se fala de outra coisa, se não o jogo, esquecemos a licenciatura do nosso PM, as taxas de juro, as regalias que são retiradas aos funcionários públicos, as não OPAS e por aí fora. Fintamos os nossos problemas com o futebol que é o que mais gostamos.
Desta vez fui à luz, e confesso que ia receoso. Num derbi nunca podemos antever o resultado final embora eu vá sempre com a esperança de que o Sporting vai sair vitorioso, e digo isto porque nos últimos anos tenho visto o Sporting, principalmente na Luz, a bater o Benfica.
Como não podia deixar de ser, em dia de jogo grande os arrabaldes à volta do estádio estavam preenchidos de papoilas saltitantes… já se formavam grandes filas para entrar no recinto. Para meu espanto, à entrada não fui revistado, nem eu nem quem me acompanhava, apenas olharam para nós e confiaram. E é assim que entra o material ilícito para dentro dos estádios. Em Alvalade, esta época falhei 2 jogos e fui sempre revistado.
Antes do inicio do jogo, o tradicional aquecimento com os assobios e aplausos do costume às duas equipas. Assisti a também um espectáculo (?) nunca antes visto por mim, o voo da águia. Confesso que é uma ideia original, o bicho é realmente muito grande e bonito, mas é contra natura ver um animal com aquela imponência completamente manietado. O homem é de facto um predador feroz e muito perigoso para as restantes espécies.
Começou o jogo, ainda muita gente não tinha aquecido o lugar e já o Abel tirava um cruzamento a esquadro e régua direitinho ao Liedson, 1-0 aos 2 minutos. Na primeira volta o falecido Ricardo Rocha, fez a mesma gracinha num canto. Como tem sido hábito ultimamente o Sporting entrou muito forte. O sistema táctico era o mesmo, o onze era sobejamente conhecido. O Benfica devido à ausência do Simão, foi “obrigado” a entrar com um meio campo com os gregos e o Petit atrás do Rui Costa. Acredito que se o Simão estivesse em condições, quem saía da equipa era o Karagounis.
O meio campo do Sporting movimentava-se bem não perdia bolas e exercia pressão sobre o Benfica, que raramente conseguia acertar, nos primeiros 20 minutos ficou a ideia de que o Sporting facilmente ganharia o jogo. Mas foi só a ideia porque logo a seguir, o Micolli agradeceu um mau alívio do Nani e espetou com a bola no fundo das redes do Sporting.
A primeira parte terminou com o Sporting a mostrar-se mais e a jogar mais que o Benfica.
Na segunda parte, as equipas entraram mais encaixadas uma na outra. Houve alturas em que o Benfica mostrou algum ascendente mas o Sporting nunca perdeu o controlo do jogo e geriu bem esse ascendente do Benfica, isto porque no meio campo do Benfica faltava força nas pernas e a criatividade era nula. Só havia algum desequilíbrio com as subidas do Leo, já que do outro lado e julgo que por ser acossado pelos adeptos o Nelson não está a ter uma temporada feliz na Luz.
Vieram as substituições, e ao contrário daquilo que vem sendo hábito o Paulo Bento surpreendeu. Quando eu pensava que ia fazer trocas directas tirou um defesa e meteu um médio. Sai o Abel entra o Pereirinha, fez subir o Tello e ficou a jogar num 3-5-2, com o Veloso a descer para central. E entrou o Alecssandro para o lugar do Yanick. Diz-se por aí que foi falta de ambição, eu acho que foi uma gestão eficaz dos recursos, perante o que havia no banco não havia muitas hipóteses. O Benfica respondeu com o Manu para o lugar do Nuno Gomes, o mais assobiado da noite… nem o arbitro foi tão assobiado. Com o Manu e o Micolli a tentarem explorar a subida dos laterais do Sporting, o Benfica perdeu a referencia lá na frente, se é que alguma vez a teve. O Sporting conseguiu equilibrar o jogo devido à supremacia no meio campo e limitou-se a garantir o empate. O meio campo do Benfica apesar de fragilizado e órfão de criatividade, o Rui Costa só jogou 45 minutos, defendia bem.
Faltavam 15 minutos para acabar o jogo e foi a loucura nas bancadas… parecia que o Benfica tinha marcado, mas afinal foi só o Fernando Santos a Chamar o Mantorras para jogar os 10 minutos da ordem. Foram 10 minutos em campo à Nuno Gomes. Entrou para o lugar do Petit que também deu o estouro, e muito fez ele. O Sporting fez entrar o Tonel para o lugar do Romagnoli e voltou ao figurino original com a subida do Veloso para o meio campo e o Caneira na direita.
O Benfica estranhamente não gastou os cartuchos todos, deixou uma substituição por fazer… até parece que não queriam ganhar o jogo.
O empate final, sabe-me a pouco mas é provável que seja justo. Como disse o Paulo Bento, se não os conseguimos vencer pelo menos não podemos perder. O Porto que começou a jornada como o grande perdedor ainda saiu a ganhar. Ainda há três jogos para disputar, vamos ver se não acontecem por aí uns números de circo como já foram anunciados por um dirigente do Aves… mas tenho a esperança que na última jornada o Aves esteja a lutar pela manutenção e antes disso o Paços a lutar pela Europa. Vamos ter campeonato até ao fim.
só agora?!?!?!
ResponderEliminarNão faz sentido nenhum!
Aliás, o campeonato Espanhol, o Inglês, o Francês, o Italiano, o Esloveno, o Crota, o Angolano, entre outros, tem muito mais piada do que o nosso...
Contingências d' "o maior clube Português" e atitude do seu capitão (mais conhecido por Anão-Mor):
ResponderEliminarIn Diário de Notícias
Num momento em que se adensam as dúvidas em torno da confiança dos jogadores do Benfica relativamente ao departamento médico do clube, o DN soube que Simão chegou mesmo, e por iniciativa própria, a consultar outros especialistas que não os do corpo médico dos encarnados na semana que antecedeu o encontro da 26.ª jornada da Liga com o Marítimo, no Estádio dos Barreiros, no Funchal. Antes do dérbi com o Sporting, os responsáveis do Benfica tentaram convencer Simão a jogar, mas o capitão recusou, após ser alertado para os riscos que corria por especialistas alheios à formação da Luz.
Além de António Gaspar, ex-fisioterapeuta do Benfica e da selecção nacional, e amigo de longa data do internacional português, também um conhecido massagista residente em Espinho, normalmente tratado por Tó Zé, terá sido consultado pelo capitão da formação da Luz.
Então, soube o DN, e apesar do sigilo que impediu que houvesse uma fuga do caso para a opinião pública, já o futebolista sabia, antes do jogo com o Marítimo, que a operação era uma forte possibilidade - Simão ficou fora dos convocados para o Funchal. Ainda assim, e dada a proximidade do dérbi com o Sporting, da 27.ª ronda do campeonato nacional, desde a primeira hora que os encarnados apelaram a Simão no sentido deste poder alinhar. E foi precisamente esta a questão que esteve em cima da mesa até bem perto da hora da partida frente aos leões (1-1).
Simão Sabrosa, contudo, depois de ouvir a opinião de especialistas alheios ao Benfica, e consciente dos riscos que uma eventual utilização no embate do passado domingo poderia acarretar, optou por ficar... fora de jogo. Seguiu-se, então, a intervenção cirúrgica ao menisco do joelho esquerdo, na última segunda-feira, no Hospital de Sant'Anna, na Parede, que esteve a cargo do cirurgião ortopedista António Martins, o qual já tinha operado o médio-ofensivo a uma rotura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, em 2002.
Casos clínicos abundam
Desde a pubalgia que afectou Manuel Fernandes, agora no Everton, na época passada - e que pôs em causa a cedência do médio ao Portsmouth, de Inglaterra -, até ao mais recente problema clínico - Nuno Gomes também sofre de pubalgia e arrisca-se a ser operado -, há cada vez mais episódios a pôr em causa o funcionamento do departamento médico do Benfica.
No total, são 12 os jogadores que já sofreram lesões no decorrer da presente temporada (outros seis apresentaram problemas menores), sendo que os casos clínicos relacionados com Rui Costa, Miccoli, Luisão, Simão Sabrosa e, agora, Nuno Gomes são os mais enigmáticos.
bolas, como é que não percebi?!?!
ResponderEliminarMais uma daquelas notícias para aumentar as vendas...
Claro que o DN não é minímamente conceituado (é mais um pasquim...) e o desporto é o cobre um maior número de páginas por tiragem...