E AGORA, FILIPÃO?
Nada justifica, nem os erros do árbitro nem o jogo violento dos adversários, que um treinador agrida um jogador. Se lhe tocou ou não, isso é absolutamente irrelevante. Portanto, não é admissível - ponto.
Foi um momento triste que contribuiu para agravar a imagem de indisciplina que a selecções portuguesas têm cultivado sucessivamente nos campeonatos internacionais, desde o Europeu de 2000, para não ir mais longe.
Nesse sentido, o murro no sérvio foi um murro em todos os portugueses.
Embora tardiamente, Scolari, porém, agiu como devia: assumiu o acto e pediu desculpa, dirigindo-se com inteligência aos portugueses. Assumiu com autenticidade as consequências da parvoíce, dando o peito a todos os cenários que se lhe possam colocar. Quem nunca desatinou que lhe atire a primeira pedra.
O que não quer dizer que não deva ser punido. As leis, a começar pelas portuguesas, são para se cumprirem. Por isso, entendo que se o gesto de Scolari é detestável, não menos detestável é a atitude dúbia do senhor Madaíl ao propor-se mendigar paninhos quentes junto da UEFA, onde julga ter influência. O que é que a «influência» poderá ter a ver com um caso destes é que a mim me intriga. Não sei porquê, lembro-me logo de «apitos». Gostava e acreditar no Secretário de Estado do Desporto quando disse, com voz grossa que comportamentos como os que vimos terão consequências quer pelas instâncias internacionais quer da FPF. Mas já perdi a inocência.
Então, e agora?
Fui e sou um português apoiante de Scolari. Mas reconheço que a murraça intentada nos queixos do sérvio, veio mostrar que o ciclo Scolari à frente da selecção se fechou. Ironicamente, encerrou da mesma maneira como se havia aberto: com um murro, neste caso de João Pinto na pança do árbitro, na Coreia. Talvez o ciclo Scolari tenha terminado logo com o Mundial de 2006. Na verdade, daí para cá, o Scolari que temos tido não passa de uma imagem virtual no écran do Multibanco a apelar aos fãs, não os da selecção, mas os da Caixa Geral de Depósitos.
Apesar de tudo, acho que Scolari ainda tem condições para se manter com sucesso à frente da selecção, desde que o inevitável castigo da UEFA (da FPF nem vale a pena falar) se situe dentro de parâmetros aceitáveis. Mas, não haja dúvidas: com haraquiri em Alvalade o ciclo chegou ao fim.
Reparei que muitas das opiniões aqui emitidas também apontam, em termos infantis algumas delas, para o fim da era Scolari. Enfim, embora por razões diferentes, alguma vez teríamos de concordar com os detractores crónicos do brasileiro. Lastimável é a opinião desses detractores ter por trás anos de reprimido azedume face aos êxitos do técnico brasileiro. Lastimável, é isso. Lastimável – ponto.
Nada justifica, nem os erros do árbitro nem o jogo violento dos adversários, que um treinador agrida um jogador. Se lhe tocou ou não, isso é absolutamente irrelevante. Portanto, não é admissível - ponto.
Foi um momento triste que contribuiu para agravar a imagem de indisciplina que a selecções portuguesas têm cultivado sucessivamente nos campeonatos internacionais, desde o Europeu de 2000, para não ir mais longe.
Nesse sentido, o murro no sérvio foi um murro em todos os portugueses.
Embora tardiamente, Scolari, porém, agiu como devia: assumiu o acto e pediu desculpa, dirigindo-se com inteligência aos portugueses. Assumiu com autenticidade as consequências da parvoíce, dando o peito a todos os cenários que se lhe possam colocar. Quem nunca desatinou que lhe atire a primeira pedra.
O que não quer dizer que não deva ser punido. As leis, a começar pelas portuguesas, são para se cumprirem. Por isso, entendo que se o gesto de Scolari é detestável, não menos detestável é a atitude dúbia do senhor Madaíl ao propor-se mendigar paninhos quentes junto da UEFA, onde julga ter influência. O que é que a «influência» poderá ter a ver com um caso destes é que a mim me intriga. Não sei porquê, lembro-me logo de «apitos». Gostava e acreditar no Secretário de Estado do Desporto quando disse, com voz grossa que comportamentos como os que vimos terão consequências quer pelas instâncias internacionais quer da FPF. Mas já perdi a inocência.
Então, e agora?
Fui e sou um português apoiante de Scolari. Mas reconheço que a murraça intentada nos queixos do sérvio, veio mostrar que o ciclo Scolari à frente da selecção se fechou. Ironicamente, encerrou da mesma maneira como se havia aberto: com um murro, neste caso de João Pinto na pança do árbitro, na Coreia. Talvez o ciclo Scolari tenha terminado logo com o Mundial de 2006. Na verdade, daí para cá, o Scolari que temos tido não passa de uma imagem virtual no écran do Multibanco a apelar aos fãs, não os da selecção, mas os da Caixa Geral de Depósitos.
Apesar de tudo, acho que Scolari ainda tem condições para se manter com sucesso à frente da selecção, desde que o inevitável castigo da UEFA (da FPF nem vale a pena falar) se situe dentro de parâmetros aceitáveis. Mas, não haja dúvidas: com haraquiri em Alvalade o ciclo chegou ao fim.
Reparei que muitas das opiniões aqui emitidas também apontam, em termos infantis algumas delas, para o fim da era Scolari. Enfim, embora por razões diferentes, alguma vez teríamos de concordar com os detractores crónicos do brasileiro. Lastimável é a opinião desses detractores ter por trás anos de reprimido azedume face aos êxitos do técnico brasileiro. Lastimável, é isso. Lastimável – ponto.
o Filipão devia treinar mais,não vou perdoar ele não ter açertado em cheio nas trombas do merdozo Servio.
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