Tendo descoberto que afinal era um lagarto preso no corpo de um dragão, fez recentemente uma operação para mudar de nome. Desde então, passou a achar os Leões um clube bem mais grandioso até do que os próprios sócios imaginam, e ninguém lhe tira da cabeça que os «cinco violinos» sempre foram seis: Travassos, Peyroteo, Armani, Yves Saint Laurent, Hugo Boss e Maniche.
Acha que o «look» tem influência nos resultados da equipa?
Sem dúvida . Por mais que ‘póssamos’ estranhar, o «look» é a magia do futebol moderno. Sem o «look» metrossexual e a popularidade que este lhe granjeou junto do público feminino, David Beckham jamais teria alcançado o seu lugar cativo na selecção inglesa. É certo que nunca vi um campeonato de penteados empolgar um estádio, mas o facto é que Miguel Veloso, por exemplo, com os seus irreverentes cortes de cabelo (e só isso), chegou ao campeonato italiano, onde o pai Veloso, todo raçudo, não conseguiu chegar nem pouco mais ou menos. Decorre daí, aliás, a proibição de calças de ganga aos funcionários do Sporting. Para uma segunda fase, que esperamos concretizar em breve, pensamos abandonar as chuteiras, passando os nossos jogadores a apresentar-se em campo com sapatos de golfe, conforme manda a tradição aristocrática do clube.
Só me surpreende é que no Sporting ainda nem toda a gente comunga das minhas ideias sobre o «look». Não me refiro ao facto de o treinador, Paulo Sérgio, ter admitido recentemente que não vestia os fatos que eu uso. Isso é natural e em nada me incomoda. Até porque uma coisa é a «fashion», outra é o estilo. Por isso é que o Manuel Cajuda pode muito bem ter sido – como tanto insiste – o primeiro treinador a usar sobretudo no banco de suplentes, a verdade é que que isso jamais o fez ou fará confundir com o estilo de José Mourinho.
O que me tira do sério, isso sim, é ouvir por aqui e por ali, entre os sportinguistas, rumores de contestação ao director para o futebol, não pelo trabalho que eu faço mas pela roupa que eu visto. Tenho lá culpa de que o Sporting esteja de tanga! Em todo o caso, à cautela, já me preveni: vou deixar de combinar a gravata com o fato e o lenço da lapela. A partir de agora, e até melhores dias, só combino a cor da peúga com a jante do Porshe Panamera.
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