JUSTIÇA, POIS CLARO!
Por JMMA
Por muito benfiquistas que sejamos, temos de reconhecer que no passado fim-de-semana, assistimos a uma agressão inadmissível que, ainda para mais, passou sem castigo por manipulação das câmaras de filmagem. Não é que eu tenha visto – e por acaso até estava no estádio e acho que ninguém viu – mas como determinado dirigente, que foi recentemente punido com uma pena de dois anos de suspensão por tentativa de corrupção desportiva, veio a público alertar para a gravidade dos incidentes, acho que os benfiquistas só têm é que aceitar este entendimento dos factos e conformar-se com as devidas consequências. Não é por sermos do Benfica que vamos escamotear as brutais agressões, nem pretender que os dentes partidos aos vários jogadores do Marítimo passem sem reparo. Pelo contrário, acho que devemos exigir que a sangrenta agressão seja alvo de competente sumaríssimo e condenação exemplar, já que, em campo, não mereceu qualquer punição por parte do árbitro, também ele intimidado.
Se fossem declarações de outro dirigente eu não me inquietaria. Mas se há alguém no futebol português com autoridade e prestígio para alertar àcerca de impunidades por ilícitos (praticados ou não em túneis) esse alguém há-de ser, com certeza, o tal dirigente sancionado com uma pena de dois anos. Que - e como - se adulteram os factos ocorridos em túneis no sentido do seu branqueamento infame, disso estamos todos cientes, pelo menos desde as escutas do célebre episódio da camisola rasgada, nas Antas, envolvendo conversas havidas entre determinado dirigente que foi recentemente punido com uma pena de dois anos por ter ficado provado que praticou o crime de tentativa de corrupção, e seus muchachos. Mais: sabemos – pelas reacções ao caso Hulk-Sapunaru, por parte, mais uma vez, de determinado dirigente sancionado com dois anos de suspensão – como a Justiça desportiva nesta matéria, além de complacente, toma deliberações profundamente iníquas, manifestamente injustas e deliberadamente maldosas.
Por isso, quando esse tal dirigente suspenso por dois anos vem alertar para os factos e para as possíveis falcatruas em torno dos mesmos, temos que reconhecer que a pessoa em questão sabe de manobras de bastidores, muito mais até mais do que aparenta. E assim sendo, pese embora o tom de superioridade gozona com que faz o aviso, forçoso é aceitar que, no domingo, na Luz, assistimos a uma vergonha que não deve passar impune. A menos que os benfiquistas insurrectos tenham sido provocados, claro. Talvez os maxilares dos adversários donde saltaram os dentes tenham feito provocações maldosas. E se assim foi, segundo a boa lógica do tal dirigente punido com pena de suspensão por dois anos – bem feita.
Al Capone
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