FCP: 0 - SCP: 2, Final Supertaça

Isto de o Porto perder com o Sporting já parece sina. Para esta final, confesso que estava com algum receio, não por o Sporting ser superior ao Porto, mas sim pela tradição que se está a formar. Há uns anos atrás, sempre o Porto visitava o Estoril (mas jogado no Estoril e não no Algarve), era quase certo que perdia. As finais com o Sporting começam a ser assim.

O Sporting ganhou porque marcou mais golos e não porque foi superior. O jogo foi muito equilibrado e os domínios foram alternando ao longo dos 90 minutos. Para além dos golos, o Sporting foi superior em mais duas coisas: na concretização e na pontinha de sorte que podem decidir as finais. E estes dois factores foram determinantes no jogo de Sábado.

Curiosanente os dois golos do Sporting foram conseguidos em sequência de ressaltos felizes, que o Djaló aproveitou muito bem. Curioso também foi o facto do Porto ter desperdiçado duas boas ocasiões, momentos antes dos golos leoninos. Antes do primeiro golo, Lucho atirou com estrondo ao poste do excelente Patricio e antes do segundo golo, o Lisandro atirou forte, em posição muito favorável, para a defesa do pára-penaltis Patricio.

Relativamente às individualidades, notas positivas para o Patricio, Roca, Izmailov e obviamente Djaló, do lado do Sporting e Lucho do lado do Porto. Quanto às negativas, elas vão direitinhas para o Sapunaru e para Benitez. Estes laterais terão que fazer muito mais para justificar as suas contratações.

Finalmente, gostava de comentar a ausência do Quaresma e a novela que os jornalistas tentaram fazer, colando a derrota do Porto à ausência do jogador. Se os jornalistas fossem sérios ou inteligentes, sabiam que o Porto perdeu, no ano passado, duas finais com o Sporting e nas duas finais o Quaresma esteve presente. Por isso, não foi por não ter jogado que o Porto perdeu. Deixem-se de histórias!