Lembro-me que...
Ainda o Mar Morto não tinha adoecido, nós os portugueses éramos muito melhores que os espanhóis. Ganhávamos grandes batalhas, jogos de hóquei em patins e um escudo valia duas pesetas. Hoje, a realidade é outra. Eles vêm cá passar férias, levam-nos o Mourinho, o Ronaldo, tutti quanti, e ainda por cima dormem a sesta e insistem em não perceber o português.
Este Verão foi demais. A Telefónica marcou um golo e Portugal tentou tirar a bola de dentro da baliza. Com um titubeante Henrique Granadeiro à ilharga, o ponta-de-lança da Telefónica, César Alierta, flectiu, contemporizou, tirou as medidas ao último reduto da PT e chutou em arco, longe do alcance do guardião da equipa portuguesa. Zeinal Bava bem se estirou mas era tarde. Estava lá dentro, era golo, ripa na rapaqueca, é disto que o meu povo gosta e, na tribuna de honra, Nuno ‘Ogoing’ Vasconcelos e Ricardo ‘BES’ Salgado pulavam nas poltronas, já a sentirem o dinheiro a cair-lhe nos bolsos. Mas quando os comunicados para a CMVM já estavam praticamente redigidos, a surpresa: um árbitro à Porto, José Sócrates, saltou da bancada, tirou o esférico dentro da baliza e declarou que não havia jogo. O avançado Alierta, na flash interview, declarou-se atónito com a estratégia «defensivista», um 5x5x1 com todos os homens atrás da linha da golden share. O jogo foi repetido, e voltámos a perder ( Vivo 0 – Telefónica 1). À volta de Queiroz vuvuzelas muitas.
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