Por JMMA
Portugal é uma casa eternamente em obras. Faz lembrar a velha mansão senhorial de um fidalgo falido. Apesar dos permanentes arranjos na fachada, na essência permanece igual. Em Portugal mudam os Governos, mas dentro da casa continuam os mesmos velhos trastes. O alcance das mudanças é sempre ao estilo da tal série da SIC “Querido Mudei a Casa”: muda-se a localização de alguns móveis, dão-se uns toques de pintura, mas o principal continua na mesma.
Acossado pelos credores, o fidalgo encalacrado acaba de despedir mais uma vez o mordomo. E para o substituir, eis que tira um Coelho da cartola. Alguns voltam a acreditar que agora é que o velho solar vai finalmente ser arrumado. Até porque o projecto de restauro desta vez inclui Portas. E, de resto, é convicção geral que a situação do palacete arruinado não consente mais delongas. Oxalá seja. Na verdade, será desastroso se o novo mordomo se ficar como até aqui pela linha light do “Querido Mudei a Casa”. Desastroso, repito. Com os credores à perna, desta vez o restauro à séria passou a constituir um caso de polícia. E daí... Daí, o humorista Millôr Fernandes explica o resto: “Antigamente se dizia: ‘Aonde vamos parar?’ Hoje todos perguntam amedrontados: “Aonde vão nos deter?”
Acossado pelos credores, o fidalgo encalacrado acaba de despedir mais uma vez o mordomo. E para o substituir, eis que tira um Coelho da cartola. Alguns voltam a acreditar que agora é que o velho solar vai finalmente ser arrumado. Até porque o projecto de restauro desta vez inclui Portas. E, de resto, é convicção geral que a situação do palacete arruinado não consente mais delongas. Oxalá seja. Na verdade, será desastroso se o novo mordomo se ficar como até aqui pela linha light do “Querido Mudei a Casa”. Desastroso, repito. Com os credores à perna, desta vez o restauro à séria passou a constituir um caso de polícia. E daí... Daí, o humorista Millôr Fernandes explica o resto: “Antigamente se dizia: ‘Aonde vamos parar?’ Hoje todos perguntam amedrontados: “Aonde vão nos deter?”
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