Até que enfim!

PORTO: 2 - INTER: 0

Finalmente o Porto ganhou na presente edição da Champions League. Foi um Porto muito consciente aquele que se apresentou no Dragão, com 38.500 espectadores. Adriaanse provocou uma autentica revolução no onze inicial. Esta revolução verificou-se não só nos jogadores que entraram, mas também na disposição táctica da equipa.

O Porto começou o jogo a actuar num 4-4-2, com Hugo Almeida e McCarthy a compor o ataque. No meio campo surgiam dois jogadores mais recuados (Paulo Assunção e Lucho) e depois dois jogadores que em situações de ataque descaíam para os flancos (Jorginho e Quaresma). A defesa foi também alvo de alterações profundas. Marek Cech estreou-se com a camisola azul e branca para render César Peixoto. E diga-se que fez uma excelente exibição. Julgo até que o Porto ganhou um defesa esquerdo. Na zona central do terreno surgiu uma nova dupla: Pedro Emanuel e Pepe, enquanto que no lado direito não houve qualquer alteração.

Nesta primeira parte, o Porto foi, como já disse, muito consciente e tentava atacar sempre que podia, não deixando de ter os cuidados defensivos necessários que uma equipa como a do Inter merece. Marcou por duas vezes em lances felizes. Mas com caneco, já merecia depois de tanto azar nesta competição.

Na segunda parte, Adriaanse mudou o sistema táctico. Passou a actuar em 4-3-3. Esta alteração foi implementada com o reposicionamento dos jogadores que tinha em campo. Hugo Almeida passou a estar no centro do ataque, enquanto que McCarthy e Quaresma se colocavam nas pontas do terreno. Jorginho passou para a zona central do meio campo, acompanhando o Lucho e o Assunção. Aos 59', este sistema tornou-se mais efectivo com a entrada de Alan para o lugar do McCarthy.

Nos segundos 45', o Porto tentou ter um futebol de maior contenção, pois era previsível que o Inter entrasse "com tudo". A equipa Italiana podia ter marcado, mas o FCP voltou a ser feliz.

Em suma, a vitória acaba por ser justa e funcionará como um novo balão de oxigénio para a restante competição. O Porto volta a estar "em jogo", uma vez que beneficiou do empate no outro jogo do grupo.

Quanto a destaques individuais, relevo para as exibições de Cech (gostei muito), Lucho e Quaresma. Este último mostrou mais uma vez que é um dos melhores executantes da modalidade. Há, de facto, poucos como ele. Hoje o número 7 do Porto correu Km's, defendeu e meteu a cabeça de Córdoba (que aliás deveria ter sido expulso) em água.

Uma nota negativa para os assobios que o Português Figo mereceu. Não compreendo como é que um jogador que nunca fez mal ao Porto e que é Português, é assobiado em pleno País natal. Há realmente pessoas muito mesquinhas.