terça-feira, 18 de outubro de 2005

Lá foi o Peseiro

Lá foi o Peseiro. Antes de mais devo dizer que tenho pena do "home". O "home", apesar de tudo, nem fez um mau trabalho. Foi alvo dos azares existentes no futebol e só sai neste momento porque existiram alguns "mas" fatais à sua continuidade. Senão vejamos:
- Foi à final da UEFA (quem diria no inicio da época passada), mas perdeu num jogo atípico;
- Foi das equipas que melhor futebol praticou no ano passado (opinião unânime), mas acabou por ficar em 3º nas três últimas jornadas;
- Esteve para ganhar o campeonato, mas não o ganhou, pois o Ricardo fez o favor de encomendar um frango na luz;
- Esteve para chegar à final da Taça, mas não chegou porque perdeu com o Benfica num dos melhores jogos vistos na passada edição da Taça (relembro que esteve a ganhar e o SLB só empatou muito perto dos 90');
- Até podia ter ganho ou pelo menos empatado frente à Académica, mas o Liedson lembrou-se de dizer que estava lesionado (isto já sou eu a especular, mas aquela lesão não me cheira. Vamos ver se vai jogar no próximo jogo).
Bastava alterar um "mas" para ter outro crédito, como o próprio chegou a afirmar.

Em suma, acho que o Peseiro fez bem em sair, porque se não o fizesse nesta altura só se queimava ainda mais. Foi um treinador sem sorte e faltou-lhe uma coisa fundamenal quando se está à frente de um grupo de trabalho: Liderança.

6 comentários:

  1. Dias da Cunha foi o “chefe” que todos queremos ter. Alguém que nos apioe e dê cobertura nas horas difíceis, colocando-se à frente das balas, mesmo quando o mais fácil por vezes seja a responsabilização do elo mais fraco.

    Eu próprio já me cruzei na minha vida profissional, com algumas pessoas que quando as coisas dão para o torto, só não fojem se não podem, estando imediatamente preparadas para “apontar o dedo”, muitas vezes sendo elas as principais resposáveis pelas situações.

    Mais bem impressionado fiquei, quando na hora do despedimento de José Peseiro, Dias da Cunha nunca se desmarcou do ex-treinador, afirmando que se o clube fosse dele «o professor Peseiro iria continuar à frente da equipa durante muitos anos».

    Este senhor pode ter muitos defeitos, mas que em todo este processo demontrou coragem, verticalidade e fidelidade, penso que ninguém duvida.

    Hajam muitos chefes assim...

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  2. Ok Rui. Mas não é isso que quero relçar. Obviamente que a gestão da Direcção do Sporting tem sido incompetente.

    Mas independentemenete disso, foi sempre fiel ao treinador, mesma na hora do despedimento.

    E isso é de louvar.

    Um abraço

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  3. Dias da Cunha revelou-se um «chefe» honesto, qualidade rara no futebol. O problema foi não conseguir ser um presidente forte. Aí é que esteve o azar do Peseiro.

    Forte, não quer dizer autoritário, mas sim; legitimado e sabedor.

    Cheira-me que a saída do técnico apenas terá efeitos conjunturais. Há interesses em jogo muito para além das «quatro linhas». D.Cunha aponta o dedo à imprensa - não estou em desacordo. Mas, neste tabuleiro, a imprensa não passa dum peão. Ou me engano muito ou há umas torres ocultas a preparar o «cheque» ao rei.

    Veremos quem será o substituto do técnico. Outro mau resultado fará novamente desabar a contestação e daqui a uns meses lá estará o novo São João Baptista com a cabeça na bandeja.

    Pelos contornos deste Katrina, o tufão só vai passar (se passar) quando a direcção, em eleições, voltar a legitimar a sua liderança.

    Em Lisboa, ainda há cartazes das autárquicas com um slogan que diz: «Por um voto se ganha; por um voto se muda».

    No caso Peseiro, recordando o jogo com a Académica, o pessoal fica com a ideia de que «Por um golo se perde; por um golo se muda».

    Mas não. As coisas não são assim tão simples.

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  4. Acabo de saber (julgo que será certo) que Dias da Cunha revelou que irá abandonar todos os cargos que ocupava no Sporting.

    Terá lido este blog depois das 12:56 ?

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  5. Deve ter lido. O Footbicancas tem essa influência. E é oficial, pois a noticia consta no sitio do Sporting. Também o Koeman é leitor assiduo deste blog...

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  6. Não gosto deste (ex)presidente, nem nunca gostei! Reconheço, no entanto, e conhecida agora a sua decisão de entregar o lugar, a sua verticalidade mesmo na hora da saída.
    Surge um ciclo novo... mas começa mal! O Paulo Bento parece-me uma excelente escolha... mas parte sem margem de manobra para errar! Mais desaires não me parecem que possam ser aceites... e a comunidade sportinguista não vai continuar a aceitar a ser a chacota deste campeonato. Acho que perdido por 2, perdido por 3 (não... nada tem haver com Paços de Ferreira!), e assim defendo eleições antecipadas. É necessário legitimar a nova direcção e mostrar que também somos capazes de ser democráticos e deixarmo-nos de sucessões titulares, tal qual Reis que deixam o legado de todos apenas a alguns. Soares Franco nada mais acrescenta a este Sporting... apenas mais um balão de esperança que vai rebentar no primeiro contra-tempo, atingindo também Paulo Bento... com muita pena minha, pois o homem parece ter mesmo jeito para a coisa! A ver vamos amigos.... a ver vamos!

    Luís Santos

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