segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

As Primeiras do FCP - CHELSEA

É já na próxima Quarta-feira que as duas equipas se vão encontrar novamente para a mais importante prova europeia. Por capricho de sorteio é a terceira vez que as equipas se encontram em outros tantos anos desde a saída de Mourinho, Ricardo Carvalho, de Paulo Ferreira e companhia Lda para o clube Londrino.

A equipa mais portuguesa das terras De Sua Megestade vem ao Dragão pela segunda vez e traz consigo muitos profissionais que já passaram pelo clube portista. Desde logo o Mourinho, timoneiro da equipa nos dois anos dourados do FCP. O “Special One”, que na altura não passava de um tradutor em final de carreira conseguiu no Porto e em Portugal um feito que, talvez, nunca mais será quebrado. Ganhou tudo aquilo que havia para ganhar e colocou o Porto na rota dos melhores da Europa. Mourinho diz hoje que será alvo de ovações, mas também de assobios. Isto é, aqueles que se lembrarem do seu trabalho irão dedicar-lhe uma onda de palmas e aqueles que já se esqueceram do seu trabalho, irão proporcionar-lhe um coro de assobios. Isto foi o que ele disse, mas na verdade o segundo grupo de pessoas poderá proporcionar-lhe um assobio uníssono não por não se lembrarem do seu trabalho, mas sim por se lembrarem da forma como o treinador de Setúbal deixou o Porto. Se é verdade que o Porto lhe pode estar grato pelo trabalho que desenvolveu, não é menos verdade que o seu processo de saída deixou um pouco a desejar e um amargo de boca terrível. Mesmo não me esquecendo disto, eu pertencerei ao primeiro grupo.

Quanto ao jogo, Mourinho refere que “são os jogadores do Porto aqueles que tem que estar com medo e não os do Chelsea”. Para além disto o treinador diz ainda que “se quiserem superar o Mourinho sob o comando de Jesualdo Ferreira terão de conquistar uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA e uma Supertaça Europeia”. Estas frases são obviamente os exemplos mais que perfeitos dos seus “mind games”, mas que não resultarão para os lados do Dragão. Não resultarão porque no Porto esse tipo de provocação não cola, uma vez que existem no plantel azul e branco antídotos (ex: Baía e Pedro Emanuel) capazes de bloquear as palavras do Mourinho.

Para além disso, tenho a certeza que os responsáveis azuis e brancos saberão desmontar as frases proferidas pelo “Special One”. Até porque é fácil. Quanto ao medo, eu direi que quem tem que ter muito medo, mas mesmo muito medo é o Chelsea. Não é o Porto que tem a obrigação de ganhar a competição. Não foi o Porto que gastou fortunas em contratações. Não é o Porto que tem muito a perder se a eliminatória correr mal. Finalmente, é o Porto que só tem a ganhar se a eliminatória correr bem, porque se a primeira condição se confirmar, facilmente se compreenderá, mas se a segunda condição for avante, será um escândalo para os lados de Stamford Bridge.

Quanto à necessidade de superação, eu diria que é o Mourinho do Chelsea quem tem que superar o Mourinho do Porto e não é o Jesualdo quem tem que superar o Mourinho. É que se o Mourinho do Chelsea não superar o Mourinho do Porto vai haver certamente um Mourinho a experimentar uns patins em linha fabricados na Rússia.

Essa é que é essa!

1 comentário:

  1. Eu não sou ingrato e se o visse na rua ia ter com ele, apertava-lhe a mão e dizia-lhe "Muito obrigado!".

    Mas hoje é "inimigo".

    Quanto aos patins, comprava-lhos e oferecia-lhos de muito bom grado! ;)

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