quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

FCP: 1 - CHELSEA: 1

O Mourinho tremeu, mas não caiu. Se dúvidas houvessem, o jogo de hoje serviu para mostrar que já não há papões no futebol actual. Nem os milhões conseguem construir equipas capazes de chegar a um estádio, defrontando uma equipa com um orçamento muito inferior, e impor-se sem dó nem piedade. Diria ainda que o Porto com um ponta de lança do gabarito parecido com o Drogba ou o Shevchenko, teria ganho o jogo. Mas não tem. Mas vamos ao jogo.

Nos primeiros 5 minutos os jogadores portistas tremiam, não do frio, mas sim dos nervos. Passada a fase de tremedeira, o Porto começou a explanar o seu futebol de uma forma mais tranquila, começando também a aparecer o Quaresma e a fazer a cabeça em água a Diarra, Essien e Makelele. Quaresma é de facto um jogador ao nível dos melhores, capaz de fazer coisas que não lembram ao diabo. Mesmo numa toada de equilibrio, o Porto chegou à vantagem num golo de Meireles à Lampard, numa alura em que o Chelsea estava a jogar com 10, depois da lesão do Terry. Infelizmente a alegria durou pouco porque o jogador de 45 milhões resolveu fazer aquilo que raramente tem feito, ou seja, fazer golo.

Mesmo debilitado com o empate, o Porto lá conseguiu reagir e passados poucos minutos, Lisandro apareceu rapidíssimo, à Drogba, na área e na cara de Cech mas não conseguiu marcar. O Porto continuava a tentar chegar ao golo até que Quaresma decidiu rematar à Quaresma e a bola só parou na trave do jogador Checo.

Na segunda parte o jogo foi muito mais táctico e por isso não foi tão espectacular como a primeira. O Jesualdo tentou variar o seu 4-3-3 (tal como tinha previsto no meu comentário ao último jogo) para o 4-4-2, mas esta variação, mesmo trazendo maior equilibrio ao meio campo, não dava profundidade suficiente para quem queria ganhar o jogo. Logo este esquema foi abandonado passados poucos minutos e o Porto voltou ao 4-3-3 inicial. Porém, a grande diferença para a primeira parte residiu no Quaresma ou naquilo que ele não fez tão bem quanto o tinha feito nos primeiros 45 minutos.

O empate acaba por se aceitar, continuando com a mesma esperança que tinha antes deste jogo começar. Embora sendo muito difícil, não acho que seja impossível. O Porto também tem os seus trunfos e também tem jogadores capazes de desequilibrar, como hoje ficou demonstrado. Relevo para exibição imperial do Paulo Assunção que mais parecia o Makelele.

Em suma, prepara-te Mourinho que não vais ter a vida fácil no jogo de Londres.

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