sábado, 16 de outubro de 2010

INQUÉRITO

Octávio Machado

Candidato com fortes possibilidades de vitória ao reality show da TVI “A Casa dos Segredos”. Jura a pés juntos que José Maria Pedroto está vivo, é moço forcado nos Amadores de Alcochete, e encontra-se regularmente com Pinto da Costa num monte do Alentejo.

Que deve fazer o Ministro Rui Pereira para garantir a segurança do autocarro do Benfica na próxima deslocação ao Porto?

Não sei onde está o problema. Nos últimos anos, graças à polícia, malhar no autocarro do Benfica tem-se revelado tão difícil para os fanáticos do Norte, como desapertar soutiens ou apontar Gelsenkirchen no mapa. Desta vez, as autoridades também só não resolverão o problema se não quiserem.

Eu, se fosse ministro, sabia bem o que fazer. Contratava os Superdragões, que é gente de conduta irrepreensível e audaz até à loucura, e incumbia-os de escoltarem o autocarro e os medrosos lisboetas, logo aí a partir de Coimbrões. Serviço remunerado, claro. O único óbice é que os Superdragões, como de costume, parece que já estão comprometidos com fazer a segurança da Área de Serviço de Antuã.

Mas, sendo assim, ocorre-me outra ideia. No lugar do Rui Pereira concedia a licença de porte de arma ao boneco do Multibanco, e mandava a SIBS por-lhe uma Uzi nas unhas. E as «Caixas» em todas as ruas e esquinas por onde a comitiva passasse, deveriam incluir a seguinte opção no menu de mensagens do sistema: “Não é desportivo malhar mais. Deseja continuar a operação?”.

Quanto à polícia, não tenho muito a dizer. Numa perspectiva «laisser fair, laisser battre”, acho que tem estado bem. Mesmo assim, à cautela, talvez fosse boa ideia pedir ao tal guarda que regressasse ao serviço e desse uma ajuda nesse dia. Vocês sabem muito bem de quem é que eu estou a falar. Aliás, como escreveu no seu livro «Caim» o outro, Coiso e Tal, que não preciso de dizer quem é mas que ganhou aquele prémio de literatura atribuido pela Academia Sueca que todos vocês conhecem, “pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício maior do que Caim”.

Vocês sabem de quem estou a falar.

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