Porque é que tentamos racionalizar a paixão?
Hoje assisti a uma das piores exibições (em termos “estéticos”...) do Sporting, desde que o Paulo Bento assumiu o comando da equipa!
Um bom jogo a nível táctico!
A sorte também não foi madrasta.
Resultado... o Sporting conseguiu três pontos, em terreno alheio, para a Champions...
Entrada em campo com o esquema habitual de 4-4-2. Exactamente os mesmos 11 de Sábado passado.
Primeira metade muito complicada por duas razões, o 3-5-2 (ou 3-4-3) não é habitual no adversário e demorou a ser “percebido” como deveriam ser feitas as compensações defensivas, a baixa de forma do nosso meio-campo (Moutinho e Veloso).
Os ucranianos perceberam esta nossa dificuldade e caíram em cima. Aos 14’’ estão a perder graças ao próprio guarda-redes que , na sequência de um canto, “encolhe-se” quando vê o Tonel e soca a bola contra este...
Posto isto, voltámos ao mesmo, i. é, meio-campo perdido e os ucranianos sempre a rondarem a nossa área.
“Tantas vezes o cântaro vai há fonte até que...”, perto dos 30’’, com a equipa a assistir a uma troca de bola do adversário surge o golo do Dínamo. Contei oito a nove passes seguidos dos ucranianos! Há uma grande diferença entre pressão/marcação e “figura de corpo presente”... Esta jogada é paradigmática da baixa de forma dos nossos jogadores mais capazes de compensarem defensivamente o meio-campo, Veloso e Moutinho.
Depois do golo adversário e devido ás condicionantes atrás expostas, o jogo “partiu” por completo, com lances de algum perigo em ambas as balizas. Assim, por volta dos 30’’, numa jogada aparentemente inócua, o Ronny resolve investir pela esquerda e cruza, o guarda-redes adversário volta a “asneirar”, uma vez que alivia a bola para a entrada da área, onde aparece o bola a chutar e a marcar (sim, leram bem, foi o Polga!!!!!!!!).
Até ao fim da primeira parte e como reflexo do jogo até então, mais um lance de perigo junto a cada baliza.
Ao intervalo o Paulo Bento aproveitou para chamar a atenção para este “desequilibro” demonstrado (losango Vs 3-5-2) e a postura da equipa alterou-se.
Passou a existir uma melhor ocupação dos espaços, mais atenção na marcação e, quando esta em nossa posse, mais circulação de bola.
Desta forma, obrigámos o treinador do Dínamo a “mexer” logo aos 50’’, trocando um ala direito mais defensivo (mas que jogou muito bem) por outro mais ofensivo.
Até perto dos 70’’, conseguimos baixar o ritmo e só me lembro de duas jogadas perigosas do Dínamo:
- uma jogada de perigo interceptada pelo Polga.
- uma espantosa defesa do Stojkovic rente à relva (foi impressionante a rapidez com que “baixo” masi de 190 cm) após um mau atraso do Veloso. Neste lance, nota também para o excelente trabalho defensivo do Polga.
Por volta dos 70’’ e porque a nossa “falta de pernas” era mais do que evidente, o Paulo Bento troca o Vukcevic pelo Izmailov (troca directa). Como não se revelou suficiente, passados 6’’ ou 7’’ minutos, troca o Romagnoli pelo Paredes. Esta última revelou-se uma excelente decisão, não pela troca em si mas pela alteração táctica (Yanick passou para ala direito, Moutinho para o centro mas em missão de sacrifício pois cabia-lhe apoiar o “Levezinho” que ficou sozinho na frente. Resumindo e baralhando, passámos do habitual 4-4-2 para 4-5-1 e assim voltámos a equilibrara a meio-campo.
Até ao final, só mais um lance de perigo efectivo com um tal de Diogo Rincon a atirar por cima.
Notas finais:
- O Polga marcou!!!!!- Esta “descompensação” na zona mais importante do terreno de jogo, implica naturalmente uma descompensação em toda a equipa – as bolas não chegam nas melhores condições aos homens da frente pois, de quem depende o último passe (Romagnoli e Vukcevic) desgastasse (fisicamente) em tarefas para as quais não estão talhados. A defesa tem trabalho em dobro ou triplo.
- O plantel do Sporting é curto!
- Os três pontos conseguidos em casa do actual campeão ucraniano podem/devem dar alento
- O Polga marcou!!!!!