domingo, 11 de março de 2007

Sporting: 3 - Estrela da Amadora: 1, por Rui Martins

Antes de mais, deixem-me que vos diga que todas as semanas se deveria comemorar o dia internacional da mulher. Não é que eu ache grande interesse a este tipo de comemoração nem percebo porque é que existe, mas aproveitando o tal dia o Sporting promoveu uma acção de charme e convidou as mulheres a rumarem a Alvalade para ver o jogo com o Estrela. As mulheres não se fizeram de rogadas e pintalgaram as bancadas com os cachecóis cor-de-rosa, eram de facto muitas e muitas delas com muito bom aspecto. O estádio estava muito bem composto.

Quanto ao jogo, tal como contra a Académica o Sporting entrou com a artilharia toda. O Estrela não estendeu o tapete vermelho mas os homens de verde colocaram em água a cabeça dos defensores que vieram da Amadora. O futebol produzido pelo Sporting no início do jogo era agradável, o Romagnoli finalmente agarrou na batuta e por duas vezes fez pontaria aos postes. As oportunidades de golo iam surgindo, mas golos nem vê-los.

Aos 39 minutos, depois de uma boa jogada do Nani pelo lado esquerdo, o Paulo Lopes defendeu com uma sapatada directamente para os pés do Moutinho que com mestria e inteligência conseguiu arranjar espaço para rematar com o pé esquerdo e marcar o golo no seu 100º jogo pelo Sporting.


Respirava-se de alívio, porque as oportunidades já tinham sido muitas e as bancadas muito animadas puxavam pela equipa. Durante a primeira parte o melhor que o Estrela conseguiu foi dois “Diz que é uma espécie de remate” directamente para a Juve Leo. A frente atacante do Estrela não existia e à meia hora de jogo, saiu o Rui Borges para entrar uma chaimite… o Moses. O Sporting criou uma mão cheia de oportunidades, entre elas ficam na retina as 2 bolas nos postes e um falhanço do Bueno com a baliza toda escancarada.

Veio a segunda parte e o Yannick mostrou que afinal sabe fazer golos, e de rajada fez dois golos. Lançado duas vezes pelo lado direito, deixou para trás o defensor do Estrela (seria o Amoreirinha?) e fez dois belos golos. Já o tinha dito por diversas vezes que ele rende mais como ponta de lança do que como nº 10.


Ficou feita a história do jogo, durante a segunda parte o Sporting limitou-se a controlar o jogo e a trocar a bola sem arriscar muito e o Moses divertiu-se a dar fruta a quem lhe aparecia pela frente… uma verdadeira chaimite.

Com o jogo controlado e ganho, o Paulo Bento fez sair o Romagnoli que fez um bom jogo mas não tem pulmão ou pernas para 90 minutos e o Bueno para colocar o Pereirinha e Alecsandro, que pelo que fez hoje tão depressa não volta ao onze… a não ser que na próxima semana jogue uns minutos e dê cabo do Porto. Houve ainda tempo para poupar o Moutinho e garantir a presença dele nas Antas devido aos amarelos e porque já leva muitos minutos de futebol nas pernas e saiu com o estádio todo de pé a aplaudir o miúdo. Está a fazer-se um jogador gigante, por que grande já ele é. Pela empatia que tem com a massa associativa tem lugar cativo na equipa, já leva 100 jogos pelo Sporting, já lidera os colegas dentro do relvado, luta como um verdadeiro leão e só tem 20 anos. Para o lugar do Moutinho entrou o Farnerud que mais uma vez esteve bem no meio campo do Sporting.


Até ao fim do jogo só há a registar o golo do Estrela, numa troca de bola numa zona recuada do campo um mau passe foi interceptado pela chaimite (Moses) que ligou o turbo correu em direcção à baliza e colocou a bola onde quis o Ricardo desamparado nada podia fazer.

Para finalizar queria realçar três pontos.
Não se deu pela orfandade criada com a ausência do Liedson, vamos ver como nos safamos nas Antas.
O árbitro do jogo que teve algumas falhas no aspecto disciplinar, o Moses com a fruta que deu, não viu sequer um amarelo.
E por fim, as chearleaders do Holmes place que animam as bancadas durante o intervalo, e que grande animação que elas dão, são um regalo à vista.


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