quinta-feira, 26 de abril de 2007

SCP: 4 - Naval: 0, por Rui Martins

Mais uma ida a Alvalade, a noite estava a começar bem para um jogo às 21:15 de Domingo o estádio estava muito bem composto, mais de 40 mil pessoas. Ainda estou para perceber porque é que fazem jogos tão tarde, mas enfim.

Quanto ao jogo, estava curioso para saber que é que ia trocar de equipamento principal já que a Naval tem como equipamento principal a camisola listada de verde e branco. As equipas subiram ao relvado e vi a Naval de amarelo e fiquei preocupado. Isto porque grande parte dos pontos que perdemos esta época foram contra equipas que jogaram de amarelo… Paços de Ferreira, Beira-mar, Aves, e pensei que a maldição vinha aí outra vez. Mas felizmente não passou de macaquinhos na minha cabeça.

Apito inicial e o Sporting começou bem como tem sido hábito nos últimos tempos. Ainda nos minutos iniciais o Alecssandro atirou ao poste, era um prenuncio de uma noite em grande. Aos 11 minutos e depois de um livre rapidamente marcado por Tello, o Nani coloca a bola direitinha no poste com o guarda-redes e um defesa da Naval a seguir atentamente a bola sem esboçarem uma reacção. Depois de bater no poste sobra para o Alecsandro que estava no sitio certo e foi só empurrar para a baliza. Dois minutos depois, um canto batido na esquerda, um cabeceamento que só o Liedson sabe fazer, uma grande defesa do guarda-redes e a bola voltou a sobrar para o Alecssandro que fez o mais fácil… empurrar para baliza.

A partir daqui o jogo estava controlado e ganho, o Sporting nunca permitiu grandes veleidades à Naval que só timidamente chegava lá à frente e numa das vezes quase marcou. De registo ainda um grande remate do Liedson de fora da área (?) para mais uma grande defesa do guarda-redes da Naval.

Na segunda parte, o jogo recomeçou como acabou a primeira. O Sporting a mandar e a Naval só jogava o que o adversário deixava. O ritmo decaiu um pouco e já não se jogava com tanta qualidade. As bancadas, essas, estavam animadas as claques foram incansáveis do principio ao fim sempre com cânticos. Alguns condenáveis, pelo menos para mim, que visavam o nosso próximo adversário. Até tempo e vontade houve para fazer a famosa hola Mexicana, coisa que para mim só tinha sido vista em jogos da selecção, pelo menos que eu me lembre.

Aos 60 minutos e com o jogo controlado chegou a primeira ovação da noite, foi para o Paulo Bento. De uma assentada abdicou do Polga e do Liedson. O risco da exclusão para o próximo jogo estava bem patente com um simples amarelo e como já estamos escaldados… é melhor jogar pelo seguro. A ovação, muitas palmas mesmo, estendeu-se ao Liedson e Polga que agradeceram já no banco. Para o relvado foram o Tonel e Yannick.

A outra ovação foi para o Delfim, que saiu lesionado, foi bastante aplaudido e bem merece depois de todos os azares e lesões que teve.

Até ao final do jogo ainda houve tempo para algumas boas jogadas a criarem algum perigo, mas houve duas que deram golo. Uma delas por parte do Abel que numa situação sem saber muito bem o que fazer à bola, arriscou uma arrancada até à linha de fundo e colocou a bola na área, e mais uma vez no sitio certo lá estava o pesadão Alecssandro a fazer o terceiro golo, desta vez de calcanhar. O quarto golo surgiu de penalty numa jogada em que o Yanick não se consegui enquadrar com a baliza, procurava nova maneira de se enquadrar e já se dirigia para fora da área e foi carregado. O estádio ainda gritou pelo Ricardo para ser ele a marcar, mas o Paulo Bento mostrou que quem manda é ele. E como já estaria previamente decidido, lá foi o gigante Moutinho meter mais uma nas redes.

De uma maneira geral o colectivo esteve muito bem e quanto a mim fez um grande jogo, individualmente já o disse em tempos que ter o Moutinho na equipa sempre ao mesmo nível é um luxo, digo agora que ter o Veloso é igualmente outro luxo. Que grande jogador, posicionalmente parece-me muito mais inteligente, e que grandes passes ele faz.

Para finalizar gostaria de dar realce aos miúdos do Sporting, desta vez foram entregues as taças de campeões às equipas A e B de sub-14 e sub-12.

2 comentários:

  1. Diz o Rui, a quem cumprimento: «Ainda estou para perceber porque é que fazem jogos tão tarde, mas enfim.»

    É a telecracia, meu amigo.

    Como deve ter reparado, há muito que os estádios se transformaram em verdadeiros estúdios de televisão e os jogadores (e até os árbitros) parecem 'outdoors' ambulantes.

    Joga-se para a televisão que nos oferece o jogo em casa e a televisão manda.

    A história já vem de longe. No Mundial de 86, já Maradona e outros protestavam contra os jogos ao meio-dia, sob um sol abrasador. Só que meio-dia no México, anoitecer na Europa, era o horário que convinha à televisão europeia.

    Portanto, rapidamente, Havelange pôs ponto final no assunto. - «Caluda e toca a jogar».

    A partir desse momento ficou claro que a venda do espectáculo se tornou mais importante do que a qualidade do jogo.

    Voltando à casa. Acham que quem determina a agenda da jornada é a Liga? Não!Basta de intermediários. No caso concreto, o SCP-Naval parecia um jogo da Liga,mas já não era. Era um espectáculo da Sport TV. Como todos os outros jogos que são transmitidos em qualquer canal.

    Publicidade 'oblige'.

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  2. Caro JMMA,

    Finalmente!

    Parabéns peço "SE ATÉ O EUSÉBIO, SENHOR!"!! O melhor que já aqui escreveu!

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