domingo, 8 de março de 2009

Leixões: 1 - FCP: 4


O Porto redimiu-se da derrota da primeira volta com grande estrondo. Foi uma vitória sem espinhas (como tinha saudades de escrever esta frase) e não foram mais por mero acaso. Para além dos 3 pontos, esta vitória valeu muito mais do que isso. Em primeiro lugar porque era um campo onde muita gente esperava por um deslize e depois porque este era um dos jogos mais difíceis que o Porto tinha até final de época, sendo que a vitória traduz uma candidatura muito séria ao tri.

Confesso que quando vi a equipa inicial pensei: "oh que caneco, o Mariano e o Farias a titulares". Até aos 10 primeiros minutos, a preocupação subiu de tom, uma vez que o Leixões entrou muito bem. No entanto, a partir daí o Porto agarrou no jogo com grande vontade e as oportunidades sucediam-se a um bom ritmo. O primeiro golo nasce de um penalti claro, mas mesmo assim recebi uma SMS de um amigo que dizia: "a mão que este árbitro foi ver...realmente...". Ou seja, os árbitros com o Porto estão sempre lixados. Ou marcam penaltis duvidosos e por isso são incompetentes e estão comprados ou marcam penaltis porque viram bem o lance, mas mesmo assim estão comprados porque viram bem de mais.

Se duvidei do Mariano e do Farias (provaram-me que estava enganado), apoiei desde logo a entrada do Tomás Costa a lateral direito. Aliás, contra o Sporting, o Jesualdo devia ter colocado em campo o Argentino. O Farias voltou a corroborar aquilo que escrevi há umas semanas atrás, isto é, sempre que joga a titular e durante os 90 minutos marca. Marcou o seu 4 golo para o campeonato e igualou, por exemplo, o super publicitado Suazo. Para um coxo (como muitos dizem) não está mal.

A diferença de 3 golos no score final só peca por escassa, tamanha foi a superioridade do Porto. Para tal, muito contribuiu o Helton com mais um frango que deu.



6 comentários:

  1. Anónimo8/3/09 22:51

    "A representação teatral não foi má. Não chegou ao nível das representações a que costumamos assistir no Estádio do Bonfim, mas a de ontem, no Estádio do Mar, também foi digna de algum mérito.

    Aquele salto patético (no conceito grego de Pathos), de braços abertos e em busca da bola, dado por um moço chamado Morais acabou por ser um momento de overacting. No entanto, acaba por ser apenas um pecadilho, quando confrontado com a péssima representação do seu colega que decidiu, em desespero, atrasar de cabeça uma bola do meio-campo para um avançado contrário. Aliás, este foi um dos piores momentos da representação, porque acabou por obrigar um dos piores actores em cena, um tal de Beto, a demonstrar que tem mais talento como guarda-redes do que como actor…

    Um outro actor que demonstrou pouca qualidade foi um tal de Helton. O rapaz não percebeu que a peça era em tons de drama para os da casa e decidiu que poderia dar um toque de comédia burlesca à encenação. Como já foi perto do final, a sua confusão acabou por não comprometer o espectáculo.

    Especial realce merece a representação, que culminou com uma espécie de monólogo perante os jornalistas, de um tal de José Mota. Durante grande parte do espectáculo mostrou-se um bom actor - todo aquele esbracejar e gritar adequam-se ao que se espera da sua personagem – mas foi no final, no tal monólogo, que melhor demonstrou os seus dotes artísticos. Aquilo até parecia de verdade.

    Quem não estava a gostar muito do espectáculo era o público, que chegou a protestar veementemente, pois estava convencido de que ia ver um jogo de futebol…

    Para finalizar, resta dar os parabéns à companhia de teatro que, apesar de ainda estar longe da qualidade dos seus colegas de profissão de Setúbal, apresentou grandes potencialidades que poderá explorar no futuro, atendendo a que, agora, já terá meios para pagar os ordenados aos actores."

    Pedro Ferreira

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  2. Anónimo8/3/09 23:25

    Rui Santos coloca, corajosamente, hoje na SIC perguntas que todos gostavamos de ver respondidas:

    - como é que Hugo Morais explica a falta que provocou o penalty que deu o 1º golo ao FCP;

    - como é que Laranjeiro explica o atraso de cabeça que isolou Hulk para o 2º golo do FCP;

    - como é que Beto explica a apatia no 2º e 3º golos do FCP, tendo em conta a excelente temporada que está a realizar;

    - porque é que em vésperas de jogos do FCP com os diversos adversários surge sempre um estranho interesse do FCP num dos jogadores do seu adversário;

    - porque é que o FCP tem 27 jogadores emprestados, sem qualquer regulação visível;

    (...)

    Não será de facto estranho as coisas que vão acontecendo? E pergunto ainda: quantas mais vezes coisas destas acontecerão até ao final do campeonato?

    Assim de cabeça, lembro o jogo com o Nacional na Madeira, com o Braga em Braga, o jogo agora em Matosinhos, amizades com vários clubes (como foi com o Belenenses, entre outros)...

    Dirão os adeptos do FCP que são apenas coincidências...

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  3. Anónimo9/3/09 00:02

    Mais uma análise curiosa:

    "As boas relações de vizinhança são sempre algo de aplaudir e de estimular. Quando elas se baseiam numa sã convivência e têm a aprovação da comunidade.

    Agora quando subjaz a esse entendimento situações menos claras, cumplicidades espúrias e interesses de ocasião, há que denunciar os arranjinhos e os pactos.

    O Leixões – FC Porto de hoje à noite (1 - 4) tinha tudo para ser um dos jogos mais competitivos deste último terço do campeonato. Os de Matosinhos estão a fazer um campeonato exemplar, bem demonstrado na classificação que ocupam, o 4º lugar.

    Para além disso, a equipa de José Mota fez a vida negra aos 3 grandes: ganhou ao FC Porto e ao Sporting, em casa destes, e empatou com o Benfica no Mar. O Leixões, e os seus jogadores, eram uma equipa respeitada e admirada, pela classe, pelo talento, pela garra.

    O FC Porto, por seu lado, vinha de um jogo pouco conseguido contra o Sporting, estava desfalcado de alguns jogadores e, o jogo com o Atlético de Madrid da próxima terça-feira, da segunda-mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, podia pesar no sub-consciente dos jogadores.

    Consciente disto tudo, a máquina organizativa do FC Porto, uma espécie de Regisconta de alta tecnologia, começou a preparar bem cedo a ida ao Mar, crucial para o resto de temporada.

    A poucos dias do jogo, ficou a saber-se que os jogadores do Leixões têm salários em atraso. Coincidência.

    Depois, o jogo. O primeiro golo portista resultou de uma mão (?) de um jogador do Leixões dentro da área, tão esquisita, tão infantil, tão desnecessária. O árbitro não teve as dúvidas que todos, incluindo os insuspeitos comentadores da RTP tiveram e não hesitou em apontar a marca de grande penalidade. Coincidência.

    Mais tarde, para que as coisas ficassem rapidamente resolvidas, um defesa do Leixões resolve no meio campo atrasar a bola de cabeça para o seu guarda-redes. O que resulta é uma primorosa assistência para Hulk fazer o segundo golo, completamente isolado, com Beto (sim, esse, o que se diz que vai para o FC Porto e é tido como o melhor guarda-redes do campeonato) estático. Coincidência.

    Mais. O quarto golo do FC Porto resulta de um cabeceamento de Farias, que na pequena área recua um passo, quase não salta e, sem ninguém por perto, atira para o golo. Beto fica novamente estático. Coincidência.

    A comédia não seria digna de um Óscar se não tivesse um momento burlesco. O golo do Leixões foi uma simpatia solidária de Helton para Beto, não vá alguém achar estranho o comportamento do guarda-redes do Leixões.

    Rui Costa (raio de nome para um árbitro!) também estava compenetrado do seu papel, Não é que amarelou Hulk e Fernando, limpando-lhes a folha disciplinar quando o próximo adversário no Dragão é a Naval, e fez vista grossa a uma entrada a matar de Cissoko sobre Zé Manel? Isto é que é ter a lição bem estudada.

    Por fim, cabe registar que o FC Porto fez 4 golos, a maior goleada do Leixões esta época, cuja defesa era a segunda menos batida do campeonato – não vá ser preciso recorrer ao goal-average para decidir o título. Não é tão bom ter amigos assim?

    Post-Scriptum: Claro que os adeptos do Leixões não são tidos nem achados neste filme. Os leixonenses foram mais uma vez aguerridos, inconformados, transparentes. Mereciam mais e melhor de alguns dos seus ídolos."

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  4. Anónimo9/3/09 10:09

    Parabéns ao Kikas! Já li os seus comentários há 5 minutos e ainda me estou a rir com tanta estupidez.

    Muito bom o argumento do "filme" que a sua cabecinha (pequenina, por certo) engendrou.

    Ah, como é bom ver tanta azia. Ah como é bom ver que a estupidez continua enquanto que o Porto continua a ganhar.

    Força Kikas, continua! A sério, continua que eu quero-me rir mais.

    FC

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  5. O jogo que se avizinhava mais dificil para o FCP no último terço do campeonato, foi talvez o jogo mais fácil das últimas 2 décadas.

    À semelhança do que já acontecera no campo do Braga e Nacional, o FCP pouco ou nada fez (porque não foi necessário) para ganhar o jogo.

    Vamos todos acreditar que é sorte. Aliás só pode ser sorte. Quem se atrever a dizer o contrário não deve viver em Portugal.

    País onde nenhum Juíz do CJ da Federação disse que nos anos 90 era habitual comprarem-se árbitros (volto a escrever "JUIZ", não é um taberneiro). País onde, o presidente do clube com mais títulos nos últimos anos, está a ser julgado por ter recebido um arbitro em casa na véspera de um jogo. País onde há escutas a oferecerem serviços sexuais a árbitros depois dos jogos.

    Por isso, não consigo perber a onda de suspeição que por aí vai, relativamente ao jogo do Leixões.

    Que mau perder que vocês têm pá. Ouviste Kikas?

    ....tudo muito muito estranho.

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  6. Anónimo9/3/09 15:30

    Luís,

    Realmente tenho de rever a minha postura.

    Acho que vou repensar esta história das suspeições porque, de facto, começo a achar que é tudo normal.

    Só pode ser uma cabala contra aqueles senhores honestos. As escutas só podem ter sido inventadas...

    Isto foi tudo orquestrado por essa José Morgado, o diabo em pessoa!!! Em vez de defender a justiça anda a montar cabalas...

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