segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Comentário à 5ª Jornada


Penafiel: 1 - Benfica: 3

E aconteceu o que temia. O Koeman leu o meu post com a antevisão à jornada. O Benfica entrou sem dar notas de estar a pensar no jogo de Manchester. Teve também a sorte de jogo, pois marcou muito cedo (minuto 4') na sequência de um pontapé de canto. Depois de uma grande confusão, lá apareceu Nuno Gomes a empurrar a bola lá para dentro, uma vez que ninguém se decidia com o que fazer ao esférico. Passados apenas sete minutos, Simão fez o segundo aproveitando um "repique" que a bola fez na barreira, desferindo um pontapé indefensável para o Guarda Redes Nuno Santos. Nesta fase dava para ver que o Benfica aproveitava o mau inicio do Penafiel. Por sua vez, a equipa da casa aparecia muito nervosa na transposição da bola para o ataque. Depois de regressar a calma, a equipa de Luis Castro lá atinou com o jogo e começou a jogar bem. Conseguia trocar bem a bola entre os jogadores de meio campo e de vez em quando lá conseguia chegar com algum perigo à baliza de Moreira. O Benfica deixava o Penafiel jogar e só conseguia incomodar Nuno Santos em jogadas de contra ataque.

Na segunda parte a história do jogo não mudou muito. O dominio era alternado entre as duas equipas. O Penafiel lá tentava fazer um golo para ver se relançava o jogo. E conseguiu ao minuto 79'. Quando toda a gente pensava que o Penafiel ainda podia ter uma palavra a dizer, apareceu novamente Nuno Gomes a fazer o terceiro. E diga-se que um grande golo. Depois deste golo, o jogo ficou irremediávelmente decidido com todos os intervenientes a sentir o mesmo.

O Benfica ganhou bem enquanto que o Penafiel teve uma atitude muito digna depois de todo o azar que teve neste jogo.



F.C. Porto: 2 - Belenenses: 0

Infelizmente não consegui assistir a este jogo ao vivo por compromissos sociais. E que pena tive. O Porto voltou a fazer um grande jogo, deliciando os 41 mil que assistiram ao espectáculo. E foi, de facto, um grande espectáculo. Adriaanse prometeu. Adriaanse está a dar. A equipa portista joga com grande velocidade, joga com alegria e joga para o golo. Não se vê aquele futebol (tipo ano passado) em que a equipa fazia 10 passes sem saber o que estava ali a fazer. E o futebol é simples: Bom entrosamento para desequilibar o adversário e depois rematar à baliza para fazer golo. Basicamente foi isto que o Porto fez. O primeiro golo é um bom exemplo disto. Depois de uma combinação rápida a meio campo, Diego deu para McCarthy que, depois de deixar o Pelé sem saber aonde parava a bola, rematou para o golo. Mas antes deste golo, convém dizer que o Belenenses também podia ter marcado, não fossem as intervenções de Baía! O Belenenses tentou surpreender o Porto, entrando muito forte e decidido a marcar cedo. Aliás os primeiros dez minutos foram electrizantes com as oportunidades a surgirem nas duas balizas.

Na segunda parte vimos um FCP mais calculista nos primeiros minutos, mas depois foi novamente à procura do golo. Ao 10º minuto McCarthy quase marcava de calcanhar, mas Marco Aurélio defendeu por instinto. O guarda redes já era, por esta altura, um dos melhores em campo. Minuto seguinte, ainda na sequência da jogada anterior, o Porto chega ao segundo golo da noite. A bola chega ao Jorginho, que cara a cara com Marco Aurélio, não perdoa, embora tenha partido em posição irregular. Jorginho já tinha estado isolado minutos antes, mas dessa vez, não conseguiu bater MA. No que restava da partida, continuamos a ver um Porto sempre à procura do golo e um Belenenses a jogar em contra ataque.

Assim, e depois de ver mais este jogo do FCP, julgo que dificilmente o campeonato fugirá à equipa azul e branca. Não quero acabar esta análise sem antes enaltecer a exibição do Lucho. Embora não se dê muito por ele, o que é certo é que o jogador Argentino consegue encher o meio campo portista.


Sporting: 1 - Setúbal: 0

Este jogo não teve muita história. O Sporting tentou entrar no jogo com o claro objectivo de marcar cedo. No entanto as coisas não lhe saíam bem, faltando sempre alguma coisa para que o objectivo fosse concretizado. Ao minuto 19' Deivid isola-se e é derrubado pelo guarda redes do Setúbal. Este é expulso na sequência da jogada. Marco Tábuas entra e não podia ter começado melhor. Defende o penalti apontado por Liedson. A jogar com dez, o Setúbal recua ainda mais fazendo com que o jogo fosse sempre a mesma coisa: Sporting a tentar marcar e o Setúbal a defender como podia. O tempo ia passando, até que ao minuto 35' o Sporting chega ao golo. Depois de um centro muito bom de Paíto, Deivid controla a bola com o peito e remata para o golo. E pronto, o jogo resumiu-se ao golo da equipa leonina, já que depois foi sempre a mesma coisa. Muita troca de bola a meio campo sem que acontecesse algo digno de registo.

De registo, apenas as assobiadelas que os adeptos sportinguistas dedicaram a Peseiro, quer nas substituições, quer no final do jogo.


OUTSIDER GAME
Guimarães: 1 - Marítimo: 0

"uff, safei-me". Foi talvez isto que Pacheco pensou quando o jogo terminou. O Vitória fez os primeiros pontos e saiu da última posição (agora ocupada pelo Penafiel). O Guimarães entrou decidido a marcar. Nos primeiros minutos só dava Guimarães e as situações de golo acumulavam-se. Algumas destas situações tinham origem em erros da equipa Madeirense, mas o Vitória não aproveitava. E foi precisamente num erro de Manduca (por sinal um dos melhores jogadores do Marítimo) que o Guimarães chegou ao golo por intermédio de Saganowski.

Na segunda parte, o Marítimo tentou chegar à igualdade colocando três avançados em campo, mas as melhores oportunidades continuavam a pertencer à equipa da casa. Só nos últimos 15 minutos é que o Marítimo conseguiu empurrar a equipa da casa para terrenos mais defensivos.
Com esta vitória Jaime Pacheco poderá respirar um pouco melhor, enquanto que do outro lado mora uma equipa que está, com toda a certeza, muito aquém do esperado pelo Alberto João. Vamos lá ver se com o novo treinador, Paulo Bonamigo, a equipa da Madeira consegue melhorar o seu futebol.

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