Cada tiro cada melro. Foi assim o jogo desta noite. Dificilmente veremos esta imagem novamente, com galos destes.
Nos quatro remates que a equipa Eslovaca fez, marcou três golos, sendo que o quarto foi feito perto do final, quando o FCP já estava a jogar em desespero.
Como adepto de futebol, nunca vi nada assim. Uma equipa que faz 28 remates contra outra que faz apenas quatro, consegue a proeza de perder o jogo.
O Porto entrou no jogo de uma forma calculista. Nos primeiros quinze minutos, a equipa do dragão tentou perceber qual a melhor maneira de entrar na muralha Eslovaca, uma vez que a equipa adversária estava a jogar com quatro defesas e cinco jogadores de meio campo. Passado este periodo, o Porto começou a criar boas oportunidades de golo. Aos 31 minutos conseguiu o primeiro. Depois de um excelente centro do Quaresma, Lucho aparece na área a finalizar de cabeça. Passados apenas 8 minutos, o FCP conseguiu o segundo por intermédio do melhor jogador em campo, Diego. Quando pensava numa goleada, eis que o Artmedia marca o primeiro já muito perto do final da segunda parte.
Na segunda parte, o jogo era praticamente idêntico à da primeira: O Porto a dominar e o Artmedia a defender. No entanto a equipa visitante marcou mais dois e ganhou o jogo. Sinceramente ainda não sei o que aconteceu ao certo. Passo a explicar:
- Equipa do FCP: Não podemos dizer que jogou mal. Digo até que jogou bem.
- Defesa do FCP: Alguns erros, mas já vi pior e não sofreu três golos;
- Meio campo FCP: Excelente. Dos melhores da actualidade a nível Europeu.
- Ataque do FCP: Muito perdulário. Na minha opinião a derrota parte do ataque e não da defesa;
- Adriaanse: O Homem não tem a culpa toda. Não tem culpa das oportunidades que se perderam. Só errou na substituição do Diego. Não se pode tirar o melhor jogador em campo, ainda por cima quando se precisava de um construtor do jogo. Depois da sua saída, o Porto deixou de criar, para passar a bombear bolas para a área Eslovaca.
- Artmedia: Equipa altamente eficaz. Pelo menos neste jogo, pois estou convencido que só voltará a ter a mesma aficácia daqui a 500 jogos. Muito inferior ao Porto.
Depois desta meditação, continuo a não encontrar uma justificação lógica para a derrota. Não posso dizer que o Porto jogou mal, nem encontro grandes responsáveis. Jogos destes acontecem de 50 em 50 anos. Continuo a acreditar muito nesta equipa e muito neste treinador.
Em suma, depois desta derrota, acredito que o Porto terá muitas, mas mesmo muitas dificuldades para seguir em frente. É inacreditável como é que num grupo destes, o Porto pode ficar pelo caminho. Mas como já dizia o velho herodes: "ou marcas ou te eliminas". Não é bem isto, mas alguém há-de perceber...
O treinador é bom !!!! os jogadores são bons... o presidente é Papa, mas todos demonstraram ter ARte-MEDIa.Estão a tempo de dixar a arte "de bem jogar para espectáculo", e serem mais pragmáticos",igual a : marcarem mais golos que o adversário...
ResponderEliminarAmerico Maceiras
Hoje apetece-me ser mauzinho...
ResponderEliminarNos três jogos mais complicados que o FCP fez esta época (Glasgow Rangers, Braga, Artmedia), por razões explicáveis ou inexplicáveis, a equipa acabou sempre por claudicar.
O futebol não é "patinagem artística". É preciso objectividade, "matreirice" e cinismo. 6 golos sofridos em 2 jogos da Liga dos Campeões, não parece ser só falta de sorte...
Na minha modesta opinião, a táctica da equipa é excessivamente ofensiva, acabando por desiquilibrar a equipa.
Um exercício mental: já imaginaram se o Trapattoni se "apanhasse" a ganhar 2-0.
As contas estão complicadas, mas nada está perdido...
Eu cá não quero ser «mauzinho», mas lembrava apenas que no futebol, a sorte é o último argumento que resta quando todos os outros falham.
ResponderEliminarFalhou a sorte? Talvez. Mas antes dela (ou juntamente com ela)falharam a táctica, a formação da equipa,a técnica, a atitude, sei lá... Todas, ou só algumas, mas em qualquer caso foram essas as falhas decisivas.
A sorte só é chamada a resolver quando o resto não consegue.
Agora, sou sincero - compreendo a desilusão dos portistas.
O treinador prometeu-lhes futebol; a equipa prometeu-lhes goleada; o clube prometeu-lhes festa (112 anos!).
E no fim foi um rotundo fiasco. Em vez de futebol, apatia; a última meia hora de jogo, e mesmo quando a equipa já perdia, foi um Porto irreconhecível); em vez de goleada, derrota; e em vez de festa, tristeza.
Assim não há adepto que resista!
38 708 espectadores; 8 eram eslovacos. Portanto, à saída do Dragão 38 700 gajos com cara de Bizalhão da «1ª Companhia».
Com razão, amigo Vitor!
gostei da parte do bizalhão....
ResponderEliminar