sexta-feira, 30 de novembro de 2007

BAYERN DE CARA ESCONDIDA

Ontem tive a oportunidade de visitar novamente o estádio AXA, em Braga. Desta vez, não vou falar das acessibilidades do estádio, mas antes do jogo contra o todo poderoso Bayern de Munique. E mais uma vez ficou provado que os milhões não chegam para ganhar jogos. O Braga assustou e de que maneira o clube Alemão, não ganhando apenas por mera infelicidade.

Gosto de ir à bola relaxado sem estar com o coração apertado, típico dos jogos a que assistimos quando é o nosso clube que está em campo. Nestes jogos, conseguimos usufruir melhor do verdadeiro ambiente de um jogo de futebol. Olhamos para os adeptos, imaginado o sofrimento que vai naquelas almas, olhamos para a festa que os bêbados dos alemães fazem, rimos com as bocas que se mandam aos árbitros (tipo: “essa cabeça parece um fossa” – muito bom), conseguimos apreciar melhor as qualidades dos jogadores, and soi ione ande soi ione…

Num jogo europeu, como foi o de ontem, gosto ainda de entrar na cabeça dos adversários, que neste caso eram Alemães. A conclusão a que cheguei é que os gajos chegaram cá pensando que estavam totalmente deslocados. Isto é, os meninos pareciam pensar: Oh que caneco, porque raio temos que jogar contra uns gajos que tem um equipamento igual ao do Arsenal (sinal de pequenez, no seu pensamento, claro), jogar num estádio que até tem pedras num dos topos e estão a meio da tabela do foleiro campeonato Português. Eu diria que o Bayern de Munique teve um comportamento de menino rico, que não se queria misturar com a escumalha.

Por isso, bem feita! Grande resultado do Braga que conseguiu empatar contra uns Alemães com a mania que eram bons. Ontem apeteceu-me gritar um cântico dos Super Dragões: “joguem à bola, palhaços joguem à bola”.

Bem feita também ao Luca Toni, que se fartou de levar nas pernas e o foleiro do árbitro nunca castigou um jogador do Braga, por faltas cometidas sobre o Italiano. Fartei-me de rir com o gajo, quando levou um amarelo, numa das poucas faltas que cometeu. O menino Italiano estava mesmo ao pé de um ataque de nervos.

Em suma, um bom jogo, com muito frio, ficando o apuramento do Braga totalmente em aberto!

Tanto Futebol para nada...








Não me vou alongar muito na história deste jogo contra o Campeão da Europa, porque acredito que o Glorioso demonstrou que (neste jogo), foi capaz de "banalizar" o poderio Italiano.

Acredito seriamente que não foi neste jogo que o Benfica perdeu a possibilidade de passar aos 8 de final, mas sim na derrota caseira contra os Ucranianos...

Em todo o caso, fica a excelente exibição e um ambiente fantástico a recordar outros tempos...

Última palavra para as claques do Benfica (em especial aos "no name boys"), que foram incansaveis durante os 90min.

Será que a chama encarnada vai combater os (-10º) da Ucrania e fazer com que o Benfica permaneça na UEFA?

..."a ver vamos, como diz o ceguinho..."

Saudações MAXIminianas (que golaço do Maxi Pereira...)

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Colunista convidada, por Laurindinha O'Doe


SEXWIN LIGA

Não há como o frio para estimular os estudos sobre os nossos prazeres. Há tempos era o chocolate que constituía uma espécie de três em um: beneficiando o cérebro e o coração, ganhava também ao beijo nos seus efeitos sobre a libido. É certo que às vezes lá vêm más notícias. Das que me lembro, aquela que considero potencialmente mais desanimadora foi a de um estudo científico recente que demonstrou que, afinal, as virtudes geriátricas do alho são nulas. Mas agora, deixámo-nos de rodeios. É mesmo do sexo, sua performance e suas circunstâncias, que trata um inquérito (1573 mulheres dos 19 aos 34 anos) levado a efeito sobre os hábitos sexuais das portuguesas. Faz notícia hoje na imprensa diária.

A certeza é absoluta: em Coimbra elas não param. No cômputo geral, 5,25 vezes por semana contra apenas 3,38 vezes em Lisboa. Dá uma diferença anual de quase 100 vezes per capita, o que está longe de ser honroso para a capital. São 4 meses de atraso, salvo seja.

Claro que há problemas. Por exemplo, na cidade dos arcebispos, elas parecem andar razoavelmente mal servidas: 33% admitem ficar mais excitadas a ver filmes do que com o sexo real. Talvez por isso, dizem elas, satisfazem-se sozinhas cinco vezes por semana. Lisboa também. Ora, não sendo verosímil que as inquiridas sejam auto suficientes, a conclusão torna-se fácil: cumpre-se a função com o que estiver mais à mão, salvo seja.

O que o inquérito se esqueceu foi de ressaltar que a sua realização em Outubro teve consequências no desempenho. Estávamos nessa altura precisamente no auge do descalabro do Braga e em pleno ‘tri-oito’ do FCP: oito jornadas, oito vitórias, oito pontos à melhor. Não espanta, pois, que tanto lisboetas como minhotos estivessem com a cabeça noutro lado, salvo seja.

Há, de resto, indicadores curiosos neste estudo. Por exemplo, as portuenses têm em média oito parceiros sexuais. Durante quanto tempo, isso a notícia não revela. De qualquer modo, uma taxa destas forçosamente significará uma coisa: no norte, há forte tendência dos masculinos para a acumulação de funções. Pois claro: com o FCP lá em cima, está-se mesmo a ver, o pessoal anda todo de cabeça erguida. Salvo seja.

Os números multiplicam-se, qualificando modalidades, preferências, até cronometragens a respeito da duração do acto: média de 31 minutos no Porto; 38 em Lisboa.

Com os números agora dados a público, interessante vai ser, este fim-de-semana, a recepção ao adversário no clássico da Luz. Estou a imaginar: diante das Super Dragonas, as Diabas Vermelhas, sorriso de superioridade, pensamento de rival: a minha média é maior que a tua, salvo seja.

A quem depois lhe apetecerá mais trabalhar para a média, não se sabe. Só depois do jogo.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Liverpool: 4 - FCP: 1

Meu amigo, é assim a vida. Embora a vitória seja merecida, o resultado é algo enganador porque o Liverpool não mostrou a superioridade que o resultado espelha.

Devo dizer que não vi o jogo muito concentrado porque estava numa festa de aniversário, pelo que a análise que faço é um pouco distante. Resumidamente posso dizer que vi um Porto que, na primeira parte, não só não foi inferior, como em certos momentos chegou mesmo a ter o controlo completo do jogo. Nessa altura só não passou para a frente do marcador porque Lisandro atirou ao lado quando estava cara a cara com Reina.

Na segunda parte o Liverpool fez aquilo a que estava obrigado, ou seja, comeu a relva para que a vitória fosse possível. Na verdade, houveram momentos em que o massacre à baliza de Helton foi evidente. O Porto perdeu por 4-1, mas curiosamente estava empatado aos 77'. Quer isto dizer que depois de sofrer o segundo, o Porto quebrou animicamente, o que fez com que o desastre fosse total. Por falar em desastre e por coincidência, vieram-me à cabeça dois nome: Stepanov e Helton.

Embora o resultado seja muito pesado, não é caso para colocar as mãos à cabeça. O Porto continua em primeiro, ficará em primeiro se ganhar em casa o último jogo e se empatar ficará, na pior das hipóteses, em 2º, garantindo por isso a qualificação.

Mesmo perdendo por uma goleada, quantas equipas não gostariam de estar na posição do FCP?

MAN UNITED: 2 - SCP: 1

Não está fácil...

Primeira parte: Táctica habitual com Had e Patrício a titulares. Boa circulação de bola. Excelente trabalho do meio-campo (Moutinho, Veloso e Izmailov) a controlar o jogo do Man United. Perto dos 20’’, golo do Sporting através de um “centro-remate à João Pinto”, do Abel. 5’’ ou 6’’ minutos depois golo de Liedson, anulado por fora-de-jogo... Sporting continuou a controlar e só perto do fim é que vi o Patrício a segurar um ou dois cruzamentos.

Segunda parte: Ferguson troca Nani e Fletcher por Giggs e Tevez... A “intensidade” do jogo do Man United alterou-se substancialmente e encosta o Sporting à sua área. Com alguma naturalidade, surge o golo (após um ressalto de bola em Had...) perto dos 60’’. O Sporting acusou e as jogadas de perigo sucederam-se. Por esta altura o meio-campo estava completamente perdido... Para tentar inverter a situação, Paulo Bento substitui Romagnoli por Vucevik com resultados nulos... 20’’ depois entram Pereirinha e Farnerud por troca Purovic e Izmailov. Depois dos 90’’ e após o árbitro “inventar” uma falta sobre a meia-esquerda, Ronaldo saca um remate tipo PS e faz o 2-1, com Patrício a não ficar muito bem no filme.

Notas finais:
- O plantel do Sporting, é “curto” em qualidade.
- O Purovic não é tão mau como o querem fazer.
- O Had esteve muito bem.
- Azar em excesso é azelhice!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Colunista convidado, por JMMA


CÁ PRA MIM O FUTSAL…


Tenho de confessar que o futsal não me entusiasma. Acho-o até um jogo um pouco absurdo: dir-se-ia que é uma espécie andebol jogado com os pés. Além do mais, o recinto parece-me sempre demasiado pequeno para o que está a acontecer: não consigo ver as jogadas, apenas vislumbro impulsos e movimentos bruscos. Chamar futebol àquilo é tão estranho como seria designar as danças de salão por kikboxing. Evidentemente, nada impede que chamemos Xutos & Pontapés a um quinteto de violinos, só que não bate a bota com a perdigota.

Semelhanças entre futebol e futsal, se as há, não são parentesco: são coincidências. Podia pensar-se que a diferença entre as duas modalidades é apenas numeral (cinco em vez de onze); mas não, tenho para mim que é mesmo de ordem essencial. Por mais idênticos que sejam os megawatts de som em palco, nunca a banda filarmónica da Amareleja se confundirá com os U2, nem o Bono com qualquer vocalista do Trio Odemira.

Outra coisa que me intriga sobremaneira no futsal é o aspecto das bancadas. Os espectadores quietinhos, arrumadinhos, expectantes, mais parecem entretidos na quietude de uma plateia de teatro. Tão longe das massas frenéticas e dos castiços que conferem colorido aos estádios! Mas se algum entusiasmo observo nas bancadas, ainda assim isso me parece estranho. Tão estranho quanto seria alguém poder embriagar-se com vodka, apenas bebendo sumol por uma garrafa Smirnoff,

Não que não tenha acompanhado com simpatia a performance da equipa portuguesa no Europeu da modalidade, mas nem assim me tornei fã. Talvez que o futsal seja um exercício intimista que a minha sensibilidade ainda não conseguiu captar. Mas cá para mim, aquilo que eu acho mesmo sobre o futsal é que esta modalidade é como fazer amor: não é para ver, nem para comentar: é para praticar. Assim entendido, também como no amor: não tenho nada contra.

Leixões - SCP: 1, por Joaquim Claro

O Sporting não mereceu perder os dois pontos!

Nota introdutória: não vi os primeiros 30’’.

Primeira parte (últimos 15’’): Táctica habitual quando está em desvantagem, i.é, Ronny já de fora e Veloso a fazer um duplo papel – médio de contenção sobre a esquerda em situações ofensiva (com Polga a “cobrir as costas”) e lateral esquerdo em situação defensiva. O futebol praticado pela equipa, nesta altura, era atabalhoado mas entrega enorme. O Leixões limitava-se a defender, sendo que Beto (o guarda-redes formado em Alvalade) se cotava como o melhor homem dos Bébés.
As estatísticas ao intervalo davam, entre outras, 0 remates para o Leixões contra 8 do Sporting, 1 golo para o Leixões e 0 para o Sporting.

Segunda parte: Ficou, mais uma vez, patente a pouca qualidade/quantidade que o Paulo Bento tem ao seu dispor (Pereirinha aos 60’’ e Farnerud aos 80’’, foram as alternativas...). O jogo, esse, continuou na mesma toada dos últimos 15’’ da primeira parte, Sporting a atacar atabalhoadamente e Leixões a defender como podia e sabia, sempre sustentado num imparável Beto (a defesa que faz ao remate de Gladstone é, verdadeiramente, “impossível”!!). Perto dos 90’’ lá conseguimos empatar através de uma excelente cabeçada do Purovic.

Notas finais:
- Confirmação de um plantel manifestamente “curto” em qualidade.
- A atitude da equipa mudou, substancialmente, em relação ao desafio com o Braga.
- Foi um jogo onde, ao nível da finalização, tudo correu mal!

FCP: 2 - Setúbal: 0

Em antes (como se diz pelo norte) de tudo, dois pontos muito positivos: O Porto ganhou e o Quaresma não viu o amarelo que o impediria de jogar na Luz. E devo dizer que estava com muito receio de ambos os riscos. Isto é, antes do jogo estava com muito medo de um brilharete do Setúbal e depois do jogo se iniciar comecei a ficar com receio que o Xistra inventasse um amarelo, tal como inventou uma série de coisas neste jogo. Felizmente que o Quaresma foi muito adulto e evitou a todo o custo qualquer resposta às duras (e não penalizadas) entradas e evitou também qualquer entrada que pudesse motivar o Xistra a puxar do amarelo. Na verdade o Quaresma voltou aos jogos que fazem valer a pena sairmos de casa com 5 graus, quando se tem a lareira ligada e a Playstation pronta para mais um Pro Evolution Soccer 2008.

Foi uma vitória sem espinhas, que pecou apenas por escassa, tal as oportunidades de golo desperdiçadas. A goleada podia realmente ter acontecido, mas, como disse, mais pelas oportunidades do que pela exibição, uma vez que esta voltou a ser uma vez mais intermitente. O futebol do Porto parece um motor com água lá dentro. Tanto dá para acelerar como se não houvesse amanhã, como de repente fica engasgado. E são esses limites que me deixam de alguma forma preocupado, uma vez que não tenho visto um futebol contínuo.

Para o moral da história ficam os três pontos muito importantes, porque desta forma iremos para a Luz muito mais à vontade. Fazendo desde já uma antecipação deste jogo, julgo que o Porto não vai perder. Não vai perder porque é mais forte e porque é melhor organizado do que a equipa Lisboeta. O ponto forte do clube da luz será sem dúvida a motivação que adquiriu nas 5 vitórias consecutivas.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Parabéns Portugal...


Todos felicitam a Selecção pelo apuramento, e eu não fujo a regra. Por isso, quero sentidamente PARABENIZAR a nossa Selecção: os jogadores, os roupeiros, o tratador de relva, o presidente da FPF, o brasileiro Pepe, e para mim,o grande responsável pelo apuramento…o Srº Scolari.

Não sou muito velho, mas tenho recordações futebolísticas suficientes para me lembrar, que antes do Scolari estar à frente da Selecção, as nossas preocupações nas últimas jornadas estavam relacionadas com cálculos probabílisticos que, nunca percebi bem porquê, acabavam por nunca favorecer a nossa Selecção. Era do género: ir à Alemanha dar 7 secos, e ao mesmo tempo a Inglaterra perder 3-0 com Andorra no estádio do Wembley.

Conclusão: salvo raras excepções que só confirmavam a regra, habituei-me a vibrar nos Mundiais e Europeus…. com as outras Selecções que não a portuguesa.

Eis que aparece o maldito/arrogante/burro Scolari. Não convocou o Baía, João Pinto, Sérgio Conceição (que heresia na opinião de alguns), deixou de ser influenciável por presidentes, jornalistas e empresários (que atrevimento na opinião de outros), fez algumas substituições polémicas (que burro, pensaram outros), jogou com tácticas discutíveis (situação incompreensível para outros)… mas no final consegue resultados que ninguém conseguiu.

A vida profissional é feita de resultados, e no futebol esta verdade La Paliciana, ainda se torna mais cruel. E no que toca a resultados, nunca outro Selecionador conseguiu tamanhos feitos desportivos.

Mas para o portuguesinho mesquinho, isso não importa.

Importa é que o Sennhor vê poucos jogos ao vivo, os adversários são fraquinhos (nos outros apuramentos eram todos fortes), os nossos jogadores são agora do melhor que há no mundo (nos outros apuramentos, nunca houve gerações de ouro, Futres, Jordões, Carlos Manueis, pentacampeões, e campeões europeus), e ele ganha bem, por isso tem de ganhar e dar “baile” (como se o tão amado Mourinho também o conseguisse).

Por isso enraivesse-me, quando oiço portugueses colocarem em causa o Seleccionador (atenção que não é criticar, é colocar em causa), por ter convocado A e não B, por ter ignorado um presidente, por ter ganho por 3, quando deveria ter ganho por 4, por ter empatado quando deveria ter ganho, por não ter sido campeão europeu, e ter ficado em segundo e por não conseguir o apuramento em primeiro, mas sim em segundo.

Então depois da conferência de imprensa de ontem, e do comportamento dos jornalistas portugueses, que tenho a certeza dão voz à opinião de uma grande fatia dos portugueses, deu-me vontade de apagar a televisão.

Para esses, mereciam ter o Oliveira o Toni ou Manuel Fernandes como Seleccionador para sempre, e para sempre ficarem dependentes de goleadas nas últimas jornadas.

Mas também tenho a certeza que por essa altura, a bola ía ao poste, o árbitro roubava, ou por azar o melhor jogador da Selecção estava lesionado.

Inglaterra caiu aos pés de uma Croácia e de uma Rússia, que pertecem ao segundo pelotão futebolístico Europeu.

Obrigado Scolari, por não falhares pela terceira vez consecutiva.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Colunista convidado, por JMMA


MUDÁSTI!


Ontem, Scolari, nervoso, voltou a dar um ar da sua graça. Desta feita quem pagou foram os jornalistas. Criticou-os, resmungou e saiu da sala. Ao vivo e a cores, nas televisões, como na cena do tabefe ao sérvio. Mas o mundo não pára. A seguir às imagens, mil vezes repetidas, do destempero de Scolari, as notícias avançavam: a alemã Yvonne Buschbaum anunciou que vai deixar o atletismo e submeter-se a um tratamento para mudar de sexo.

A pensar de novo em Scolari, o cão de Pavlov que vive em mim reagiu assim: a favor do seleccionador; contra esses «gajos que se dizem jornalistas» (como diz o Vítor). A exibição foi vulgar, o final foi sofrido, mas para a história fica o mais importante: o apuramento para a quarta presença consecutiva no Europeu. Porém, há uns poréns.

Nas campanhas anteriores apreciei bastante que Scolari tivesse sido capaz de fazer da nossa selecção um exército permanente. Admirei a firmeza das suas posições. Gostei da maneira como soube medir os riscos de uma liderança forte e corrê-los sem subterfúgios. No Pró-Euro 2008, a sensação que tenho é que as coisas descambaram para a trapalhice. Em vez de exército permanente, voltámos a ter uma colecção «ad hoc» de vedetas reunidas sazonalmente, como antes se fazia. E foi o que se viu: exibições vulgares; máquina de calcular na mão, credo na boca; e um seleccionador, uma equipa, um país: tudo à beira de um ataque de nervos. Até no Dragão era notório o estado de enervamento (honra lhe seja feita), conquanto a selecção (entre actuais e ex) fosse quase toda do Porto, apenas Baía de fora. Será que o homem que desafiava crocodilos sucumbiu a uma raia?

Valha-nos nossa senhora do Caravágio! - lá ganhámos o empate.

Não, nem sempre está tudo bem quando acaba bem, pensei eu. Não há dúvida que o gaúcho tem mesmo escrito «arrogância» no corpo todo. Vai daí mudei. Os «gajos que se dizem jornalistas» (por mais cretinos que sejam) têm o inalienável direito de azucrinar os ouvidos a um trapalhão (por mais seleccionador que seja).

Se eu mudei de opinião; se Ivonne Buschbaum, medalha de bronze do salto à vara, vai mudar de vara. Haja esperança, talvez um dia o sargentão possa assumir-se com um pouco mais de humildade. Ficava-lhe bem, eu acho.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Portugal: 0 - Finlândia: 0

Já está. Já estamos no próximo Europeu. Mas antes de falar no jogo, gostava de comentar aquilo que ouvi na rádio, quando estava a caminho de casa para ver o jogo. Uns gajos que se dizem jornalistas começaram por dizer que Portugal tinha deixado o último jogo do apuramento para o Porto porque toda a gente contava que nesta fase Portugal já estaria apurado. Isto é, queriam eles dizer que a selecção temia uma má recepção da nossa selecção por picardias passadas. Pois bem, a malta do Norte provou que estes energúmenos estavam redondamente enganados. O Público apoiou a nossa selecção do início ao fim. O Público nortenho provou sabe distinguir muito bem aquilo que é uma antipatia com um treinador e aquilo que a nossa selecção representa para todos os Portugueses!

Bom, quanto ao jogo, Portugal cumpriu uma vez mais os mínimos. Conseguiu o apuramento com a corda na garganta, não evitando alguns sustos perto do final da partida. Curiosamente voltamos aos empates quando o Scolari voltou também ao banco. Bem sei que faltava, por exemplo, um Deco para organizar o jogo, mas temos obrigação de fazer muito mais.

Sou da opinião que temos neste momento uma das melhores selecções da Europa. Temos é que jogar futebol. Coisa que na maior parte destes jogos de apuramento não fizemos. Ou dito de outra forma, temos as individualidades, mas não temos uma equipa. Actualmente a nossa selecção vale por algumas arrancadas individuais que os nossos jogadores proporcionam.

Gostava de enaltecer as exibições de três jogadores:

- Pepe: Já tinha saudades de o ver jogar. Teve uma estreia para mais tarde recordar e, nas alturas mais complicadas do jogo, a manutenção do empate passou por ele. Joga sempre na antecipação e no jogo aéreo é imperial.

- Bosingwa: Grande exibição, com maior relevo na segunda parte. O Homem parece um comboio, tal a pujança física. Já o tinha dito na sua estreia com a camisola das quinas, mas volto a dizer que dificilmente perderá o lugar, quer para o Miguel, quer para o Paulo Ferreira.

- Fernando Meira: Não tanto porque tenha feito uma exibição fulgurante, mas mais pela adaptação que teve ao lugar e pela visão de jogo que demonstrou em certos momentos. Jogador fino.

Em suma, viva Portugal e até os comemos no Euro 2008!!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

O Sistema dentro do Sistema, por Joaquim Claro


Lendo hoje o Record, reparei numa notícia deveras curiosa.

Passado alguns "dias" (meses para se mais exacto), este senhores vem "validar" as queixas do Sporting?!

Mesmo com o descer de nota de avaliação dos árbitros intervenientes, como é que se repara a(s) equipa(s), eventualmente, prejudicadas?

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Braga: 3 - SCP: 0, por Joaquim Claro

O Sporting (o de Portugal) mereceu perder o jogo!

Primeira parte: Táctica habitual. Comportamento/atitude inqualificável. A juntar a isto, tudo a correr bem ao Braga. Aos 30’’e após um livre sobre a meia direita, Frechaut inaugura de cabeça, o marcador.

Segunda parte: Paulo Bento arrisca e troca o lateral esquerdo (Ronny) por mais um avançado (Purovic). Neste modelo o Sporting passou a jogar com três defesas (Abel, Tonel e Polga) e fez o Yannick passar para ala-esquerdo. Esta estratégia e, essencialmente, a alteração da postura competitiva, mudaram o pendor do desafio. Durante cerca de 20’’ o Sporting encostou o Braga à sua área e desenhou algumas jogadas bastante objectivas. Entre os 63’’ e os 66’’, o descalabro! Por duas vezes o Braga marcou e sempre devido a bolas cruzadas da sua ala-esquerda defensiva. Paulo Bento foi obrigado a “emendar a mão” e trocou Yannick por Had. Com esta alteração a equipa ganhou o equilíbrio que lhe faltava e o jogo passou a ser dividido.

O Paulo Bento errou, essencialmente, no(s) jogador(es) que escolheu para a ala-esquerda, na segunda parte, Polga e Yannick. Polga é, do quarteto defensivo, o jogador que menos se adapta à lateral e ao Yannick nunca o tinha visto naquela posição, logo o posicionamento defensivo (aliado ao mau momento de forma) foi péssimo.
O erro que aponto ao Bento, não me preocupa! É natural que o Paulo Bento cometa equívocos. Quantos treinadores com mais anos de carreira não o fazem?

Notas finais:
- O plantel do Sporting, desde a lesão dos dois brasileiros, que ficou manifestamente “curto” em qualidade.
- O Plantel do Braga é qualitativamente superior ao do Sporting. Aliás, da primeira equipa, com a excepção do João Pereira e do Paulo Santos, os restantes nove poderiam fazer parte do plantel de qualquer equipa portuguesa.
- A atitude da equipa foi péssima na primeira parte
- O atraso na crónica deve-se, essencialmente, a uma “digestão difícil”.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Jogo "Morno", com um Boavista longe de outros tempos...


Num final de tarde "morno", O Benfica apesar da vitória esmagadora, venceu por claro demérito do Boavista que esteve longe de apresentar um futebol de outros tempos.

Sinais positivos para um claro sentido de equipa que o Benfica começa a mostrar.

Por último, gostaria de deixar uma nota positiva aos Sul Americanos, que vem evidenciando uma boa atitude, face ao tempo que estão em terras Lusas.

Saudações!


domingo, 11 de novembro de 2007

Estrela da Amadora: 2 - FCP: 2

Inacreditável! É de facto inacreditável como é que a ganhar por 2 a 0, o Porto deixa-se empatar. Mas desta vez não critico nem um pouco o trabalho do Jesualdo. Fez o que tinha a fazer e as criticas vão inteirinhas para os jogadores, em particular para o Helton e para o Stepanov.

O Helton andava à pesca e claro está que num jogo de futebol, a pesca dá sempre em asneira. Depois, o Stepanov lembrou-se de pedir a camisola ao jogador do Estrela antes do jogo acabar. Aliás, esse foi o principal problema dos jogadores portistas. Pensaram que o jogo já tinha terminado antes mesmo de se chegar aos 90 minutos. Deu no que deu. Valha-me deus.

E o jogo até estava a correr bem. O Porto conseguiu fazer dois golos num campo onde tem sempre muitas dificuldades e era um jogo que estava perfeitamente controlado. Mais uma vez o Lisandro foi o matador de serviço e por isso, há que lhe dar relevo numa partida que havia de ter um final trágico. Realmente o Lisandro tem sido um dos jogadores mais regulares do FCP e consegue aliar esta regularidade a uma veia goleadora nunca antes vista e a um empenho pouco visto nos dias de hoje.

Bom, mais dois pontos perdidos, mais dois pontos ganhos pelo SLB e depois de uma goleada do clube da luz, prevejo uma semana onde seremos completamente bombardeados pela comunicação social. Será a oportunidade para se subir audiências e para se vender mais jornais. Aproveitem agora!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O Porto na Champions!

Este vídeo do Tarik Sektioui vale a pena ser revisto vezes sem conta!
É quase para dizer que foi um golo do Tarik Maradona!!


Os Portugueses e a Champions

Já se sabe que a Champions não foi desenhada à medida dos clubes Portugueses. Foi antes desenhada a pensar nas receitas astronómicas, e essas só podem ser alimentadas pelos colossos europeus. Os Portugas fazem pela vida e tentam todos os anos intrometer-se no caminho dos grandes da Europa. É uma espécie de lotaria cuja probabilidade de êxito é tão reduzida, quanto reduzidos são os nossos orçamentos, quando comparados com os bichos papões.

Mas se é verdade que esta competição não foi feita a pensar nos pobres dos Portugueses, não é menos verdade que, apesar de tudo, fazemos mais do que estávamos obrigados. Isto é, se considerarmos que os orçamentos dos clubes Portugueses, quando comparados com os gigantes Europeus, não são mais do que uma gota no oceano, chegamos facilmente à conclusão que os nossos clubes são uns verdadeiros Brites de Almeida (mais conhecida por Padeira de Aljubarrota). Só este facto explica os duelos que conseguimos fazer, dentro das quatro linhas, com Liverpool’s, Man United’s ou Milan’s.

Por isso, todos os anos existe uma enorme expectativa para saber se conseguiremos ou não emboscar os inimigos. É claro que a expectativa é maior para uns do que para outros, ou seja, entre os clubes Portugueses há uns mais habilitados para o sucesso do que outros. E isto tem sido notório nos últimos anos. Há um Porto com maior probabilidade de sucesso e depois há um Benfica e um Sporting, que tentam correr ainda mais por fora.

O Porto é sem dúvida a equipa Portuguesa mais apetrechada para fazer frente aos maiores da Europa. Foi assim em 2004, quando conseguiu a tal lotaria e está a ser assim este ano. É que para se conseguir alguma coisa na Champions não são só necessários bons jogadores. É necessário ter uma estrutura muito profissionalizada que consiga dar todo o apoio ao Front Office (técnicos e jogadores) do clube. E mais uma vez o Porto está a anos-luz dos restantes Portugas. Enquanto que no Porto existe uma estrutura altamente profissional e coesa, nos outros existe uma estrutura que volta e meia anda às turras. E para turras já bastam os orçamentos!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

SCP: 2 - Roma: 2, por Rui Martins

Faltou-nos juntar o resultado à boa exibição. Começo esta crónica com duras criticas ao bandeirinha (aquele que não fiscaliza), desta vez decidiu fiscalizar e fiscalizou mal. Foi-nos subtraído um golo limpo, que o guarda-redes da Roma no meio da atrapalhação meteu na baliza.

Entramos a perder. O lateral esquerdo dos Italianos subiu, flectiu para o meio e sem ninguém fazer a pressão conveniente, disparou um tiro de fora da área colocado no ângulo superior da baliza do Tiago que substituiu o lesionado Stojkovic.

Estavam jogados 4 minutos, pensei que se o jogo começava assim, então não queria imaginar o resto do jogo. Enganei-me, o Sporting partiu para uma exibição surpreendente, talvez a melhor do ano. Fez 70 minutos de ataque continuado com alguma pressão, sobre o adversário, principalmente no primeiro tempo e só permitia que a Roma aparecesse em contra-ataque.

Foi numa jogada de insistência, que o Sporting marcou o segundo golo, o primeiro foi mal anulado. Izmailov cruzou da direita, Doni parecia ter o lance controlado, mas a pressão exercida pelo Yannick obrigou Mexes a intrometer-se na jogada chocando com o seu guarda-redes. A bola sobrou… para o Liedson pois está claro. Alguns minutos mais tarde, Yannick, que ontem até jogou bem, teve oportunidade para fazer as pazes com o público, num canto saltou sozinho à bola mas esta sai ao lado. E mesmo no final da primeira parte foi a vez de Moutinho, com um pontapé rasteiro de fora da área, falhar a baliza por milímetro.

Veio o intervalo e nas bancadas respirava-se confiança e tranquilidade, o Sporting regressou na mesma toada, mas a Roma surgiu mais segura e tentava a todo o custo com uma boa organização defensiva manter o empate. Mas o Sporting insistia principalmente por parte de Izmailov (que grande jogo), Romagnoli e Liedson, que mantinham a defesa Italiana em sentido, bem secundados pelo Moutinho e Veloso.

Foi numa jogada de canto curto que o Sporting insiste muito em fazer que nasceu o segundo golo. Izmailov entrou na área pelo lado direito, fez um centro que mais parecia um remate e Liedson entendeu que para ele um centro e meteu a cabeça na bola… deu golo pois está claro.

O Sporting tentou segurar o resultado mas não o fez da forma mais inteligente, porque já faltavam forças para manter o ritmo. Houve uma ou duas situações em que deveriam ter guardado a bola mas preferiram fazer mais um golo, levando a Roma a mostrar que ainda mexia. Mesmo assim tivemos uma ocasião soberana para marcar, O Moutinho entrou na área como quis pelo lado direito do ataque e junto à linha de fundo tentou fazer um golo que só alguns sabem fazer quando poderia ter dado a bola ao Romagnoli ou ao Simon que apareciam em muito melhor posição para rematar ou até mesmo ao Liedson.

E foi mesmo em cima do final que a frieza Italiana veio à tona. Num remate de longe, já que esta era a única maneira dos Italianos criarem algum perigo, a bola raspou no Moutinho e caprichosamente bateu na cabeça do Polga… foi um golo às 3 tabelas.

Chama-se a isto morrer na praia, depois de entrar a perder e fazer uma exibição convincente que permite dar a volta ao marcador sofrer um golo desta maneira não é mais do que azar.

Agora, agora resta-nos ganhar em Inglaterra… e esperar que a Roma perca com os Ucranianos. Nada é impossível.

Pela positiva:
A atitude da equipa
O público

Pela negativa:
O árbitro
O Bandeirinha

terça-feira, 6 de novembro de 2007

FCP: 2 - Marselha: 1

Antes de mais, que GOLAÇO! Tarik marcou um golo à Maradona e por isso dou a mão à palmatória, quando disse que o Marroquino não era jogador para o Porto. Só por este golo merece todo o meu respeito e só por este golo valeu a pena ter ido ao estádio.

Até porque, para além do fabuloso golo, pouco mais Porto se viu. Na verdade, foi o pior jogo do Porto na presente Champions. Os Franceses entraram muito bem e acho que este facto fez tremer o Porto. A equipa da casa não contava com tamanha entrada do adversário, ainda por cima depois do Porto ter mandado no jogo de há 15 dias em pleno Vélodrome. O meio campo portista nunca conseguiu pegar no jogo fazendo com que os Franceses mandassem no jogo.

Na segunda parte, a história manteve-se e logo aos 2' minutos surgiu o empate, que embora com mérito do adversário, há também muito demérito do Stepanov. Ainda meios atónitos, os jogadores do Porto andaram uns minutos a recomporem-se e só lá para meio da segunda parte, depois das substituições do professor, é que o Porto passou a controlar mais o jogo e passou também a querer ganhar.

O golo da vitória viria a ser marcado pelo suspeito do costume, que já antes havia tirado as medidas à baliza de Mandanda. Foi um golo quase tão bonito quanto importante. Com este golo, o Porto ficou a um passo dos oitavos da Champions, podendo conseguir a 4ª qualificação nos últimos 5 anos. É obra!

SCP: 4 - Naval: 1, por Rui Martins

Liedson mais 10. É o slogan que praticamente se ouvia durante o dia de hoje quando se falava de futebol. E não anda muito longe da verdade perante o que se passou em Alvalade.

Corria o minuto 62, e digo corria porque no futebol quando um resultado não é favorável o tempo corre depressa e perante mais um possível resultado negativo o tempo já parecia pouco, quando Liedson tirou da cartola mais um momento mágico. No meio de uma panóplia de jogadores na Naval e provavelmente porque o parceiro de ataque estava em posição irregular decidiu rematar fora da área com o pé esquerdo e aconteceu um dos melhores golos do campeonato.

Quanto ao jogo em si, pairava em Alvalade um ambiente de incerteza e algum nervosismo perante os últimos resultados. Sporting entrou bem e durante os primeiros 10 minutos criou algumas jogadas dignas desse nome e teve como resultado o primeiro golo do jogo por parte do João Moutinho. A partir daqui parece que voltamos a ter mais do mesmo, o Sporting deixa de jogar e permite que ao adversário controlo o jogo até que empata num lance de bola parada. Lance esse, que nasceu de uma falta cometida pelo regressado Polga que teve de ir, mais uma vez, dobrar o Ronny. O livre foi bem batido para o coração da área e o Gigante Purovic deixou-se bater de cabeça e a Naval acabou por empatar o jogo… e com justiça.

Ao intervalo Paulo Bento terá puxado as orelhas aos seus jogadores, estes regressaram com outra vontade e não permitiram à Naval que voltasse a pegar no jogo e só apareciam em contra-ataque, mesmo assim a causar alguns embaraços. Como por exemplo uma bola ao poste e mais dois ou três lances a causar calafrios na defesa leonina.

Aos 67 minutos, o Taborda lembrou-se de tentar fintar aquele é um dos avançados mais rápidos do campeonato. A brincadeira saiu cara e não lhe restou outra opção que não fosse agarrar o Levezinho e terminou com um penaltie e vermelho directo.

Foi aqui que se viveu um mais um absurdo do futebol Português, o guarda-redes suplente da Naval estava no banco sem camisola… enfim, um filme digno dos distritais que parou o jogo por 5 minutos.

Após a entrada do guarda-redes suplente respirava-se confiança em Alvalade o Levezinho tinha feito um golaço, acabara de arrancar um penaltie e tinha expulsado um adversário. O marcador de serviço de penalties, o Moutinho, encarregou-se de marcar a penalidade e fez o habitual… colocou a bola no sítio de sempre, no lado direito do guarda-redes e mais uma vez falhou. Se o Moutinho se está a tornar previsível na marcação dos penalties, há que arranjar uma alternativa dentro do onze.

Até ao final do jogo só deu Sporting, carregado pelo Liedson. Mais uma vez teve uma boa recepção de uma bola colocada na área o guarda-redes defendeu o remate à queima-roupa para onde estava colocado o Simon que fez o 3-1. Mesmo sobre o fim depois de uma bola devolvida pelo poste num remate de Romagnoli a bola embateu caprichosamente no Gladstone e só parou dentro da baliza.

Pelo lado positivo:

Liedson, é impressionante a entrega dele ao jogo. Os movimentos sem bola, não pára quieto mesmo quando a bola anda no outro lado do campo e por fim o que faz quando a tem nos pés.
Paulo Bento, pela coragem de ter colocado o Purovic em campo. Pelo ralhete que deu à equipa quando já ganhava 3-1 e o público começou assobiar porque não tinha ido a Alvalade para ver um treino mas sim um jogo.
Romagnoli, raramente perde uma bola no um para um mas tem alguma deficiência no último passe.
Abel, sem dar muito nas vistas faz muitos piques durante o jogo, sobe bem e mostra-se trabalhador.
Por fim o Relvado. Vamos ver se é desta.
A Naval que não teve medo do Sporting e fez um bom jogo na primeira parte.

Voto de confiança:

Purovic, não é um primor de técnica, não ganha muitas bolas de cabeça mas com ele em campo é quando o Liedson parece ter melhor aproveitamento e marca mais.
Stojkovic, sem culpa no golo e jogou grande parte do jogo em inferioridade física. Faz defesas espantosas mas por vezes tem algumas falhas como hesitações a sair da baliza que podem sair caro.

Pelo lado negativo:

Modelo de jogo, parece que o losango se está a esgotar e o Sporting joga melhor quando muda de táctica.
Atitude da equipa após o primeiro golo. Não joga e é muito permeável no campo defensivo.
O Público que por vezes assobia alguns jogadores, mesmo com poucas oportunidades não tem margem para errar.
A arbitragem, em Alvalade parece que o papel dos bandeirinhas não conta. E digo bandeirinhas porque se o papel não conta, não fiscalizam nada. O Arbitro não teve coragem de assinalar a falta marcada pelo bandeirinha dentro da área e inventou qualquer coisa fora da mesma.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Colunista convidada, por Laurinha O'Doe


O FILME, A SEQUELA, O BOBI E O TARECO


O filme ‘Corrupção’ chegou às salas de cinema. AMEI!

A chegada a Alcochete da gémea ex-namorada de Pinto da Costa, essa então foi do melhor! O aparato, os seguranças, o glamour – tudo aquilo parecia retirado duma cena de Hollywood em noite de Óscares.

Agora que está aí o filme, percebi clara e dolorosamente por que fui talvez a única playmate do ‘Calor da Noite’ a quem o super dragão não se atirou. Talvez fosse por causa do meu penteado, realmente um erro desastroso. Talvez fosse por causa do meu guarda-roupa composto principalmente à base de Zara. Talvez fosse por ser simpatizante do Clube Desportivo de Fátima. Não se riam. Pensem bem – pensem na enorme lista de mulheres com quem o Pintinho dormiu. Alguma delas era do Fátima? Creio que não.

Mas se nada aconteceu entre nós, o mais certo foi, simplesmente, porque o presidente pressentiu que a discrição não era o meu forte. Injusto. Garanto que se alguma coisa tivesse havido, cá por mim não teria publicado nenhum livro. É muito demorado. Os órgãos de informação ter-se-iam encarregado de o tornar público, logo na hora.

Já agora, gostaria também de esclarecer aqui um equívoco. É errado o que se diz por aí acerca dos desentendimentos entre o produtor e o realizador do filme. O alegado corte de 17 minutos de película não passou de desculpa. A verdadeira causa da polémica foi a incapacidade por parte do realizador em conseguir que a ficção, isto é o filme, acompanhasse minimamente a realidade. De cada vez que a Carolina ou o Jorge abriam a boca, o drama crescia de intensidade. O problema do realizador foi ter percebido que, por mais que se esforçasse, a sua longa-metragem antes de concluída já estava desactualizada.

A última carta que «o mestre das alianças» tirou da manga foi a sequela do seu próprio casamento com a ex-mulher. Como podia o filme incluí-la, se a mesma aconteceu estrategicamente dias antes da estreia? Temos que dar razão ao realizador: assim não se pode trabalhar. É bem um daqueles casos em que, como se costuma dizer, a realidade supera a ficção.

Tanto mais que a Mena, agora desposada, por altura do divórcio deu uma entrevista ao Expresso em que detalhava todos os tabefes e maldades que o ex-marido (agora noivo) lhe tinha pregado. Inclusive, queixava-se da desavergonhada da «outra», que até comprara cão e gato para que o trânsfuga amoroso sentisse menos saudades de casa, onde deixara o Tareco e o Bobi.

Ora, como se veio a saber, a tramóia da loira engatatona abortou. Após um livro, duas gémeas e um filme, eis que o senhor (amnésico) regressa aos seus animais de estimação, entre os quais a Mena que o acolhe de braços abertos.

Pelo menos duas épocas, com mais duas de opção – é o que se espera venha a durar a nova contratação. Isto se até lá não suceder nada que leve alguma das partes a accionar a cláusula de rescisão, igualmente prevista no contrato nupcial. O risco maior de tal acontecer consiste no facto de P. C. poder vir a enfrentar uma acusação de bigamia, já que está casado com Reinaldo Teles há mais de vinte anos em comunhão de contas, clube e árbitros. E não consta que se tenham separado. Mas os advogados já estão a tratar disso.

O jeito que dá ter um Bobi e um Tareco!

Homenagem a Postiga

Justiça seja feita ao homem-golo do Dragão. "Desaparecido" há algum tempo dos relvados, eis que aparece e....marca!!!

terá sido uma "estalada" de luva branca ao treinador que se afirma do FCP desde pequenino?!?

...mesmo em fora de jogo (de 2 metros?!?), foi um excelente golo!!!

Justiça seja feita ao atacante dos Dragões e da Selecção Nacional.

Saudações Azuis (dos lados de Belém, claro)

domingo, 4 de novembro de 2007

FCP: 1 - Belenenses: 1

Acabou-se. Jorge Jesus quebrou a minha reaprendizagem da tabuada dos três e fez-me perder também a aposta que tinha feito, quando disse que o Porto chegaria à luz só com vitórias. O que vale é que ninguém se chegou à frente porque acho que toda a gente pensava como eu!

Por incrível que pareça, não saí do Dragão muito chateado. Acho que este empate pode ser muito positivo para o futuro. Uma das desvantagens de um campeonato como aquele que o Porto estava a fazer, é o risco exagerado da equipa se achar a maior do mundo, tendo por isso comportamentos relaxados, que são muito prejudiciais quer para a sua própria produtividade, quer para as pessoas que vão ao estádio pagar o seu bilhete. Um empate como este obriga a equipa a abrir a pestana, se quiser evitar o sufoco do ano passado.

Os últimos jogos foram, aliás, bons exemplos daquilo que acabo de fazer. Ou seja, depois do Porto se apanhar a ganhar, o seu futebol passa a ser mastigado, tendo como único objectivo a gestão do relógio. Contra o Belém voltou a acontecer a mesma coisa. O FCP marcou e depois esperava pelo final da partida, podendo acontecer pelo meio um golito. Só que do outro lado morou um equipa muito bem organizada e que, mesmo tendo sofrido um golo, nunca desistiu.

Jorge Jesus é um dos treinadores que aprecio. As suas equipas são organizadas, motivadas e ambiciosas. Só uma equipa com estas características podia sair do Dragão com um resultado positivo, depois de ter estado a perder contra o Bicampeão nacional.

Mesmo tendo em conta a reacção positiva que o Porto teve depois de ter sofrido, acho que o resultado é justo e espero que tenha sido uma lição para o futuro. Isto porque os jogadores tem que se mentalizar que um jogo de futebol tem 90 minutos e não apenas o tempo que leva até marcar o primeiro golo.