Depois do 1-0 em Alvalade que escancarou as portas do título ao FCP, o presidente dos portistas (recordam-se?) desfez-se em elogios ao treinador sportinguista: «Quero saudar a grandeza moral de Paulo Bento» por não se ter desculpado com o árbitro e reconhecer a superioridade do Porto.
Não deixa de ser inusitada a oferta do galhardete. Inusitada e estranha se considerarmos ainda para mais que ocorreu a propósito dum jogo fraquíssimo de pontapé para a frente, marcado pelo equilíbrio na mediocridade de duas equipas que a única coisa em que se distinguiram foi naquele golo solitário e fortuito do «Pé-murcho» Jorginho, já ao cair do pano.
Mas inusitado ou estranho, o certo é que o louvor ao “leão” não aconteceu por mero acaso nem de forma gratuita. Como todos sabemos o chefe do FCP não brinca em serviço e tem uma ironia mais afiada do que a espada do D. Afonso Henriques. Francamente, não estou a vê-lo a dar beijinhos na boca ao primeiro treinador júnior pintado de verde que lhe aparece pela frente. Ainda que esse mesmo treinador tivesse acabado de lhe oferecer em bandeja de prata o título de campeão, graças a um erro táctico que consistiu na substituição desesperada de um defesa eficaz por um atacante nulo, isso só por si não explica a razão das surpreendentes manifestações de simpatia lagartal.
Isto de queimar pólvora em fogos presos não serve para nada. No fogo é que se conhecem os soldados. E os caçadores. Tal como o Super-Dragão que com uma só cajadada (neste caso uma louvaminha) consegue matar um rebanho de coelhos.
De facto, é preciso andar muito distraído para não entender (como manifestamente não entenderam os responsáveis leoninos):
Que os elogios do dragão não eram dirigidos ao Sporting mas sim ao Porto; que tal não passava de uma forma hábil de proclamar aos quatro ventos a superioridade do Dragão depois dum jogo parvo com resultado sortudo.
Que os elogios eram afinal uma crítica contundente. Uma verdadeira tapona de luva branca. Efectivamente, no louvor à «grandeza moral» de quem agora não responsabilizava o árbitro pelo resultado, estava implícita, mas nítida, a censura à «baixeza moral» de quem dias antes o fizera com alarido histérico a propósito do Porto (5) - Sporting (4) das meias finais da Taça. (Com eco aqui no blog).
Alguém tem dúvidas disso?
Se isto é tão luminoso, tão transparente tão fácil de compreender, por que será que os líderes do Sporting, jubilosos com o beijo do dragão, não perceberam o insulto? Tanto que não perceberam que ainda agora no final do jogo-desastre com a Naval, para disfarçar a atrapalhação e a inépcia da sua equipa, logo o treinador leonino (de resto, secundado em coro por dirigentes e por candidatos a…), mandou a «grandeza moral» às couves e toca de tecer críticas auto-desculpabilizantes ao trio de arbitragem. Como se só o Sporting é que fosse prejudicado pelos árbitros. Ou pior: como se nunca o Sporting tivesse sido beneficiado pelos árbitros!
Enquanto isso, o presidente tripeiro (24 anos! de tarimba e de êxitos à frente do FCP), de champanhe na mão, sorri numa doce bondade irónica, sorri numa voluptuosa majestade de vencedor, sorri naquele requinte velhaco de Jackes o Estirpador, sorri e festeja o campeonato, sorri e diz que vai também ganhar a taça. Realmente, a vingança não prescreve. A vingança serve-se fria. E a ironia é o riso íntimo de quem sabe que é o único a rir.
Acho bem, sim senhor, que se critiquem os árbitros. Considero até que nessa crítica reside um dos traços mais coloridos e envolventes do nosso futebol. Não encontro é nenhuma justificação e acho até um triste sinal da nossa mediania fadista que sejam os treinadores a fazê-lo. Felizmente que o treinador do meu clube não tem esse hábito. Mas, para ser inteiramente justo, devo reconhecer que na 1ª Liga só um treinador se absteve por completo de comentar os árbitros: foi Co Adriaanse. Espero que não tenha sido só por não precisar!
Não deixa de ser inusitada a oferta do galhardete. Inusitada e estranha se considerarmos ainda para mais que ocorreu a propósito dum jogo fraquíssimo de pontapé para a frente, marcado pelo equilíbrio na mediocridade de duas equipas que a única coisa em que se distinguiram foi naquele golo solitário e fortuito do «Pé-murcho» Jorginho, já ao cair do pano.
Mas inusitado ou estranho, o certo é que o louvor ao “leão” não aconteceu por mero acaso nem de forma gratuita. Como todos sabemos o chefe do FCP não brinca em serviço e tem uma ironia mais afiada do que a espada do D. Afonso Henriques. Francamente, não estou a vê-lo a dar beijinhos na boca ao primeiro treinador júnior pintado de verde que lhe aparece pela frente. Ainda que esse mesmo treinador tivesse acabado de lhe oferecer em bandeja de prata o título de campeão, graças a um erro táctico que consistiu na substituição desesperada de um defesa eficaz por um atacante nulo, isso só por si não explica a razão das surpreendentes manifestações de simpatia lagartal.
Isto de queimar pólvora em fogos presos não serve para nada. No fogo é que se conhecem os soldados. E os caçadores. Tal como o Super-Dragão que com uma só cajadada (neste caso uma louvaminha) consegue matar um rebanho de coelhos.
De facto, é preciso andar muito distraído para não entender (como manifestamente não entenderam os responsáveis leoninos):
Que os elogios do dragão não eram dirigidos ao Sporting mas sim ao Porto; que tal não passava de uma forma hábil de proclamar aos quatro ventos a superioridade do Dragão depois dum jogo parvo com resultado sortudo.
Que os elogios eram afinal uma crítica contundente. Uma verdadeira tapona de luva branca. Efectivamente, no louvor à «grandeza moral» de quem agora não responsabilizava o árbitro pelo resultado, estava implícita, mas nítida, a censura à «baixeza moral» de quem dias antes o fizera com alarido histérico a propósito do Porto (5) - Sporting (4) das meias finais da Taça. (Com eco aqui no blog).
Alguém tem dúvidas disso?
Se isto é tão luminoso, tão transparente tão fácil de compreender, por que será que os líderes do Sporting, jubilosos com o beijo do dragão, não perceberam o insulto? Tanto que não perceberam que ainda agora no final do jogo-desastre com a Naval, para disfarçar a atrapalhação e a inépcia da sua equipa, logo o treinador leonino (de resto, secundado em coro por dirigentes e por candidatos a…), mandou a «grandeza moral» às couves e toca de tecer críticas auto-desculpabilizantes ao trio de arbitragem. Como se só o Sporting é que fosse prejudicado pelos árbitros. Ou pior: como se nunca o Sporting tivesse sido beneficiado pelos árbitros!
Enquanto isso, o presidente tripeiro (24 anos! de tarimba e de êxitos à frente do FCP), de champanhe na mão, sorri numa doce bondade irónica, sorri numa voluptuosa majestade de vencedor, sorri naquele requinte velhaco de Jackes o Estirpador, sorri e festeja o campeonato, sorri e diz que vai também ganhar a taça. Realmente, a vingança não prescreve. A vingança serve-se fria. E a ironia é o riso íntimo de quem sabe que é o único a rir.
Acho bem, sim senhor, que se critiquem os árbitros. Considero até que nessa crítica reside um dos traços mais coloridos e envolventes do nosso futebol. Não encontro é nenhuma justificação e acho até um triste sinal da nossa mediania fadista que sejam os treinadores a fazê-lo. Felizmente que o treinador do meu clube não tem esse hábito. Mas, para ser inteiramente justo, devo reconhecer que na 1ª Liga só um treinador se absteve por completo de comentar os árbitros: foi Co Adriaanse. Espero que não tenha sido só por não precisar!
Alguém conhece este gajo (Bruno Pereira)?
ResponderEliminarSerá tão estúpido e chato como parece? Irra que já chateia!!!
Os seus argumentos são do mais paupérrimo que existe... além de conterem uma carga facciosa que só alguém mentalmente debiliado pode alegar. Bom... se for este o caso lamento o meu comentário e prometo uma visita quando for internado na Avenida do Brasil, em Lisboa.
Será que ele também faz parte das estatísticas?
Eu passo a explicar:
Nas últimas aparições de adeptos do FCP na TV, em cada 10, 11 tinham cataratas, dentes cariados, cara de reclusos de Custóias e graves deficiências gramaticais. Como não conheço a peça (ainda bem... acreditem!!), mas tenho a certeza que pode fazer parte deste grupo!!!!!
Isto está a virar Portoblog.... com todo o respeito para com os portistas (não muitos) que conheço!
Quero parabenizar a todos do blog q cada vez escrevem melhor e é muito bom saber q existem pessoas séria e tão dedicadas ao futebol como vocês!Um super beijos a todos em especial para o Luis....
ResponderEliminarCalma JMMA, calma...
ResponderEliminarPode ser q ainda consiga o segundo...