O alerta disparou quando ouvi dizer que o Paulo Assunção tinha rescindido sem justa causa. Ora, se a saída do Bosingwa já não era agradável, a saída do Paulo Assunção, assim a frio, deixou a estrutura a tremer. E não tremeu apenas porque era um jogador muito importante no onze inicial, mas principalmente porque foi, à primeira vista, uma saída imprevista e este tipo de situação não é muito normal nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela.
De facto a saída do motor defensivo do Porto provoca alguma preocupação, que aumentará ainda mais se a SAD do Porto estivesse a contar com a venda do, por exemplo, Lucho. É muito arriscado perder dois alicerces do meio campo. Mais ainda se estes foram dos jogadores mais utilizados nas ultimas três épocas. Por isso, meus amigos da SAD, se eu já dizia que perder o Lucho era como perder o motor de um carro, agora perder o Lucho é perder o motor, pneus, embraiagem, travões, caixa de velocidades e a buzina.
Por falar em buzina, este é um caso que merece umas boas apitadelas pelo precedente que se está a criar. Não percebo nada das obrigações legais das partes neste caso particular, mas a ser verdade o que ouvi, este tipo de processo pode tornar-se perigoso. E se, agora, os clubes se lembram de dizer aos jogadores: “Oh pá, tu rescindes o teu contrato sem justa causa, mas não faz mal. Nós pagamos a indemnização de 1 milhão de Euros ao clube e assim ficamos livres de pagar uma transferência de 10 milhões.” Era a mesma coisa se o Chelsea tivesse feito o mesmo com o Bosingwa, isto é, em vez dos 20,5 milhões de Euros que pagou, pagava provavelmente 5% a 10% deste valor.
Não sei se a FIFA ou UEFA tem criado algum factor dissuasor para este tipo de caso, mas se não tem devia ter. Não sei, digo eu, agora que a coisa me afectou!