FCP: 0 - Nacional: 3

Para poupar trabalho, adianto já as piadas fáceis: "O que é Nacional é bom" e "3 foi a conta que deus fez". Aliás, estas piadas fáceis nunca fizeram tanto sentido como agora, porque o Nacional foi realmente bom demais para um Porto de salto alto e 3 foi o justo castigo para um Porto arredado de concentração competitiva.

Foi, de facto, uma péssima despedida do tri-campeão do seu estádio e dos seus adeptos, que tanto os apoiaram durante toda a competição. Foi uma despedida horrenda para alguns jogadores, que hoje fizeram, talvez, o último jogo com a camisola azul e branca, no estádio do Dragão. Mas meus amigos, quem vai à guerra dá e leva, e hoje o Porto levou forte e feio!

Se tantas vezes escrevi que o Porto ganhou sem espinhas, hoje sou obrigado a escrever que o Nacional ganhou sem espinhas, já que foi de longe mais humilde, mais trabalhador e mais equipa do que o FCP. Mesmo numa derrota tão pesada, há que tirar algum ponto positivo. E ele, para mim, mora no facto de obrigar os jogadores do Porto a descerem à terra, o que pode ser muito útil para a final da Taça de Portugal. Julgo mesmo que os jogadores do Porto pensavam que a vitória nos jogos nacionais era apenas uma questão de tempo. Puro engano. Os únicos que talvez escapam às minhas criticas são o Lucho e o Pedro Emanuel, pois mantiveram uma atitude séria e trabalhadora. Houveram dois ou três cujo rendimento esteve abaixo do normal, não por défice de atitude, mas porque simplesmente as coisas não saíram bem. Todos os outros, zero. O que liderou a classificação dos zeros à esquerda foi o Bosingwa. Lá porque já tem um contrato com o Man United, não lhe dá o direito de andar a pastar durante 90 minutos!

Por tudo isto, termino dizendo aos jogadores do FCP: "toca lá a acordar, que ainda há mais um caneco para levantar!"