BLOGOÓLICOS ANÓNIMOS
«Não posso deixar de manifestar o meu desagrado por, na última crónica, não haver uma única referência àquele que foi o acontecimento mais importante ocorrido neste blogue desde os tempos do Eusébio: o comentário em que o nosso consócio «Anónimo» apontava o dedo – e bem – ao anti benfiquismo primário da facção azul-e-branca do Footbicancas. Onde está a «chama imensa» do colunista convidado? Se as suas crónicas não servem para atacar aqueles que nos atacam, mais vale dedicar-se à pesca», escreve-me o chamado representante dos Blogoólicos Anónimos.
Tentei passar a bola à administração do blogue, mas os bicancas encontravam-se todos em Vigo, por razões que já perceberão.
Eu podia explicar ao blogoólico anónimo que a omissão que tanto o desgostou apenas aconteceu porque a crónica a que se refere já estava feita à data do dito comentário. Também podia alegar que neste blogue os especialistas em tretas e balelas são os administradores – não é o pobre do colunista. Mas a verdade, caro blogoólico, é outra.
O colunista desta vez fechou-se em copas por uma simples razão «ética». «Ética?» pergunta o Anónimo, enquanto revê pela enésima vez o vídeo dos pénaltes roubados ao Benfica no Bessa. Sim, ética. Conheço o Vítor. Sei que é daqueles portistas fanáticos que falta ao trabalho cinco dias por semana para assistir aos treinos no Dragão. Não falha um único jogo do FCP, e nem que este seja com o Desportivo de Fátima apresenta-se sempre trajado a rigor: camisola às riscas, chapéu de bicos ‘à dragão’ e cachecol «Allez, Allez». Não dispensa a sua buzina de ar comprimido e, se o jogo mete algum risco (quer dizer, incerteza no resultado para o FCP), lá vai no bolso o seu very light.
Sei isso tudo. Mas achei que não era a altura própria para trazer à baila o tema do anti benfiquismo tripeiro. Justo esta semana em que o FCP, com o bigode que deu ao Guimarães, deu uma ajuda de peso às ténues aspirações que ainda nos restam para este campeonato. Que diabo, fez mais o Quaresma naquele jogo pelo nosso acesso Champions do que conseguiram fazer todos os atacantes do Benfica juntos, na Luz, ao longo do campeonato.
Mas confesso que a afasia do colunista teve ainda outra razão. O blogoólico Anónimo está-me a ver de faxina ao blogue, a tecer raivas contra o Porto, enquanto os pais da criatura (isto é, do blogue) se divertem pelo Norte, em paródia de arromba, sem distinção de clube? Eu é que não sou parvo!
E até sei que nem tudo foi fácil. O Luís e o Felgas, se quiseram circular em segurança, tiveram que se disfarçar com uma camisola do Fucile, uns calções do Rabiola e umas meias impregnadas em suor do Raul Meireles. Mas valeu a pena. Já em Vigo, iludiram a vigilância tripeira e conseguiram deslocar-se em romagem ao local onde, segundo o Apito Salgado, tiveram lugar as tais cenas manhosas do lobo e do capuchinho. Aí chegados, encheram «a alma imensa»: depositaram uma coroa de flores, ajoelharam aos pés da cama e agradeceram a Deus por tudo aquilo que esse local representa para as esperanças benfiquistas de vir a ganhar um título nos próximos dez anos.
Enfim, amigo blogoólico Anónimo, bem sei tudo isso, mas deixemos lá o Vítor que já não tem remédio. Vamos ser justos. Pelo que fez ao longo do campeonato, o FCP não só demonstrou ser um justo vencedor, como provou ser o melhor. Justo é que os benfiquistas o reconheçam, já que, para eles, tantas vezes o seu Benfica é o melhor mesmo sem ganhar.
NOTA: Queixou-se um leitor que uma das minhas últimas crónicas terminava com um enigmático «É pois conclusão do colunista que o Vítor…» Não foi um lapso, como parece. Na realidade, sendo essa crónica sobre os instintos primários dos portistas, estava a terminá-la quando vejo alguém atrás de mim a alçar um barrote. Como eu não me chamo Bexiga, fiquei por ali. Pelo facto, apresento as minhas desculpas.
«Não posso deixar de manifestar o meu desagrado por, na última crónica, não haver uma única referência àquele que foi o acontecimento mais importante ocorrido neste blogue desde os tempos do Eusébio: o comentário em que o nosso consócio «Anónimo» apontava o dedo – e bem – ao anti benfiquismo primário da facção azul-e-branca do Footbicancas. Onde está a «chama imensa» do colunista convidado? Se as suas crónicas não servem para atacar aqueles que nos atacam, mais vale dedicar-se à pesca», escreve-me o chamado representante dos Blogoólicos Anónimos.
Tentei passar a bola à administração do blogue, mas os bicancas encontravam-se todos em Vigo, por razões que já perceberão.
Eu podia explicar ao blogoólico anónimo que a omissão que tanto o desgostou apenas aconteceu porque a crónica a que se refere já estava feita à data do dito comentário. Também podia alegar que neste blogue os especialistas em tretas e balelas são os administradores – não é o pobre do colunista. Mas a verdade, caro blogoólico, é outra.
O colunista desta vez fechou-se em copas por uma simples razão «ética». «Ética?» pergunta o Anónimo, enquanto revê pela enésima vez o vídeo dos pénaltes roubados ao Benfica no Bessa. Sim, ética. Conheço o Vítor. Sei que é daqueles portistas fanáticos que falta ao trabalho cinco dias por semana para assistir aos treinos no Dragão. Não falha um único jogo do FCP, e nem que este seja com o Desportivo de Fátima apresenta-se sempre trajado a rigor: camisola às riscas, chapéu de bicos ‘à dragão’ e cachecol «Allez, Allez». Não dispensa a sua buzina de ar comprimido e, se o jogo mete algum risco (quer dizer, incerteza no resultado para o FCP), lá vai no bolso o seu very light.
Sei isso tudo. Mas achei que não era a altura própria para trazer à baila o tema do anti benfiquismo tripeiro. Justo esta semana em que o FCP, com o bigode que deu ao Guimarães, deu uma ajuda de peso às ténues aspirações que ainda nos restam para este campeonato. Que diabo, fez mais o Quaresma naquele jogo pelo nosso acesso Champions do que conseguiram fazer todos os atacantes do Benfica juntos, na Luz, ao longo do campeonato.
Mas confesso que a afasia do colunista teve ainda outra razão. O blogoólico Anónimo está-me a ver de faxina ao blogue, a tecer raivas contra o Porto, enquanto os pais da criatura (isto é, do blogue) se divertem pelo Norte, em paródia de arromba, sem distinção de clube? Eu é que não sou parvo!
E até sei que nem tudo foi fácil. O Luís e o Felgas, se quiseram circular em segurança, tiveram que se disfarçar com uma camisola do Fucile, uns calções do Rabiola e umas meias impregnadas em suor do Raul Meireles. Mas valeu a pena. Já em Vigo, iludiram a vigilância tripeira e conseguiram deslocar-se em romagem ao local onde, segundo o Apito Salgado, tiveram lugar as tais cenas manhosas do lobo e do capuchinho. Aí chegados, encheram «a alma imensa»: depositaram uma coroa de flores, ajoelharam aos pés da cama e agradeceram a Deus por tudo aquilo que esse local representa para as esperanças benfiquistas de vir a ganhar um título nos próximos dez anos.
Enfim, amigo blogoólico Anónimo, bem sei tudo isso, mas deixemos lá o Vítor que já não tem remédio. Vamos ser justos. Pelo que fez ao longo do campeonato, o FCP não só demonstrou ser um justo vencedor, como provou ser o melhor. Justo é que os benfiquistas o reconheçam, já que, para eles, tantas vezes o seu Benfica é o melhor mesmo sem ganhar.
NOTA: Queixou-se um leitor que uma das minhas últimas crónicas terminava com um enigmático «É pois conclusão do colunista que o Vítor…» Não foi um lapso, como parece. Na realidade, sendo essa crónica sobre os instintos primários dos portistas, estava a terminá-la quando vejo alguém atrás de mim a alçar um barrote. Como eu não me chamo Bexiga, fiquei por ali. Pelo facto, apresento as minhas desculpas.
Mesmo depositando a coroa de flores, ainda houve tempo para a discussão futebolística da ordem.
ResponderEliminarO JMMA só se esqueceu de referir que a viagem a Vigo teve um único propósito: a identificação do próximo treinador do Benfica. Os admnistradores do blog confessam ter recebido uma chamada do LFV a pedir a identificação do próximo mister. Na mesma chamada, ele passou-nos o perfil:
- Deve conseguir gerir um grupo de pessoas que andam sempre com a "cabeça no ar";
- Deve conseguir trazer de volta a mística e para tal deve reunir a malta nos copos, no mínimo uma vez por semana;
- "sempre gostei dos espanhóis" (palavras do próprio LFV)
- As espanholas também são "boas" parceiras para os jogadores
- Se o McCarthy se inspirava em Espanha (Vigo) para marcar ao Benfica, porque não trazer um treinador para inspirar os jogadores em Lisboa?
Por isso, a razão de Vigo foi mesmo essa. Puro cumprimento do dever (eu só fui para destabilizar a escolha).
Mas por muito que o Luis e Felgas tivessem que andar disfarçados, tiveram a sorte de não ter que mostrar o passaporte à entrada da Ponte do Freixo...
...isto porque o "vitoque" das 5:30h da manhã fez com que o disfarce se mantivesse intacto...em todo caso, fiquei mais magro.... :)
ResponderEliminarwho´s next?
saudações!
PS1 - sou do FCPF desde pequenino;
PS2 - sou do Belenenses desde pequenino.
Se foi assim como o Vitor relata, então digo: Mais um equívoco do nosso presidente. Com o perfil indicado não é preciso ir a Espanha à procura de treinador.
ResponderEliminarBasta a prata da casa.
«Cabeça no ar»: Mantorras;
«Mística de copos»: Chalanix.
Consta que o homem só está sóbrio na parte da manhã. Depois de almoço a confusão é total: Chalana olha para Luisão e vê dois Katsoranis; põe o Freddy Adu a treinar penáltes através de lançamento manual; na peladinha quem quer que faça golo, para Chalana não interessa: o golo ou Ed-carlos ou é-di Maria.
E depois nos jogos a táctica é sempre garantida: Rui Costa lá para dentro e... seja o que 'Dez quiser'.
Alguém acha que o Benfica precisa de treinador? Eu acho que não...
Então espanhol... Va de retro!