terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Afinal, não são todos iguais


Desde que Rui Costa assumiu o futebol dos encarnados, que cada vez me revejo mais na forma de estar desta Direcção do Benfica.

Quique, já tinha marcado a diferença 5 minutos após o terminus do clássico, com uma chapada de luva branca ao "pequeno" Jesualdo, não falando sequer na arbitragem.

Mas a Direcção do Benfica conseguiu ainda maior elevação. A prova disso foi a reacção à arbitragem de Pedro Proença do passado Domingo: "mais fortes do que quaisquer palavras são as imagens, o objetivo do Benfica é contribuir para melhorar a arbitragem pelo que não acrescentamos mais nenhum comentário". Apenas isto. Ponto final...parágrafo. Toma lá, e vai buscar (disse eu interiormente quando ouvi esta reacção).

Parecido com as reacções de Jesualdo não?

Afinal os comportamentos e a forma de estar no futebol não são iguais, como alguns amigos me tentam constantemente convencer, como justificação das atitutes não éticas dos responsáveis dos seus clubes.

Este sim, é o verdadeiro Benfica que cresci a admirar. É este o Benfica que marca a diferença face aos adversários pela elegância e elevação. O Benfica não precisa das "tácticas manhosas". Da pressãozinha baixa. Do jogo subterrâneo. O Benfica pela sua natureza, é maior que tudo isso. Porquê rebaixar-se a esta forma de estar? (como aliás infelizmente sucedeu com alguns ex-presidentes).

Nem que este comportamente seja apelidado de normal no futebol (como diz o Vitor), porque a normalidade, não é sinónimo de correcção (é aqui que ele me chama de anjinho).

Pois que me continuem a chamar anjinho, mas prefiro sê-lo e perder com ética, educação, verticalidade e verdade, do que ganhar 15 campeonatos em 20 anos, como se o futebol fosse um bordel.

Este fim-de-sema tive orgulho de ser benfiquista, não pelo resultado, não pelo futebol apresentado, mas pela forma de estar elevada, ética e justa da equipa, treinador e direcção.

Parabéns Rui Costa. Parabéns Benfica. Afinal não são todos iguais.

2 comentários:

  1. Breves observações:

    1. Sou daqueles que ainda acreditam que os erros de arbitragem geralmente são erros humanos. Tão espúrios quando prejudicam a nossa equipa como quando a favorecem ou prejudicam os adversários.

    2. Como pessoa e apesar de benfiquista - juro que é verdade - custou-me mais assistir ao descaramento do treinador portista do que ao golo do Lucho. O golo é futebol; o descaramento é pulhice.

    3. Também estranho muito que ninguém se tenha ainda lembrado do 'artista' que cavou o penálti. Se há sumaríssimos para os casos de agressão que escapam aos juízes de campo, pergunto: porque não uma punição severa para a burla que passa em claro e falseia resultados?

    4. Enfim, não tem nada a ver com caso Proença mas está tudo ligado. Quando o Conselho de Justiça da FPF (renovado)rejeita os recursos do Belenenses sobre o 'goal average', na própria véspera do jogo, com fundamento num 'erro processual' (porque os requerimentos foram dirigidas à Liga!), bom quando assim é está bem de ver que o futebol em Portugal não é um desporto, não é sequer uma indústria, é apenas um sítio mal frequentado.

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  2. Como diria Artur Jorge de trás do seu farfalhudo bigode "é uma situação perfeitamente normal. Perfeitamente normal."

    Offtopic (ou não): curiosamente, naquela petição iniciada pelo Rui Santos, relativamente à introdução de novas tecnologias que potenciem a verdade desportiva no futebol, ainda não vimos o nome de nenhum dirigente ou elemento ligado ao FCP...

    Sintomático...?

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