O PENALTÓMETRO
Por JMMA
Ao fim de décadas de trabalho muito esforçado, um destacado grupo de cientistas do Porto anuncia que o penaltómetro já existe e funciona.
O penaltómetro é um delicado aparelho, de tecnologia sofisticada, com múltiplas e interessantes aplicações. O penaltómetro serve essencialmente para tirar a limpo as situações de penálti e tudo com ele relacionado. Programa-se consoante as conveniências do utilizador e emite o ‘resultado’ em forma de sinais sonoros.
Assim, se o desejado-pretenso-pseudo penálti não foi assinalado, e utilizador gostaria que fosse, o penaltómetro assobia e pode ser programado com palavrões proferidos contra o árbitro em cinco diferentes níveis de volume sonoro. Se no flash interview o jornalista puxa a tal conversa manhosa, o penaltómetro denuncia as forças do mal e pode mesmo espingardar, desde que equipado com um componente tetra sensível designado FCP4x.
Se o falso-doloso-suposto desejado penálti for fraudulentamente assinalado, o penaltómetro pula, abana, bate palmas e arrota de satisfação. Tem ainda outras formas de manifestação sonora as quais me dispenso aqui de indicar.
Perante obras-primas como as de Pedro Proença no passado domingo, ou de Paulo Costa em Braga, o penaltómetro apresenta dois módulos alternativos de programação: módulo 1 – cora, diz que não foi feito para ajuizar penátis e silencia-se como se tivesse esgotado a pilha; ou então opera no módulo 2 – emite sinais sonoros encriptadados que depois de descodificados revelam pensamentos de Dailai Lama, Paulo Coelho e do Papa, entrecortados com acordes de violino, chilreios de passarinho.
Não obstante os módulos 1 ou 2, desde que convenha, o penaltómetro pode ser programado à distância, e ajuizar foras-de-jogo por assinalar em qualquer campo adversário, num raio de acção até 350 quilómetros de distância.
Se o adepto não é especial apreciador da lavagem de falsos penáltis, o penaltómetro entra em vibração, lança gases e emite ondas de alta intensidade fulminante, susceptíveis de provocar nós no cérebro e perturbações graves a nível do comportamento e do gesto. Nomeadamente, tiques como o do dedo médio estendido, e os outros dois ao lado retraídos.
Se o adepto é sério ao ponto de repudiar a sinalética-robot, o penaltómetro dobra-o rapidamente em dezasseis partes iguais e espalha-as pelo estádio em embalagens azuis tipo confetis.
O penaltómetro foi inventado na Universidade do Olival. Tem estado instalado, com excelentes resultados, no banco da equipa técnica do FCP. Atenção, o penaltómetro não substitui o treinador, mas com ele qualquer um pode ser. Até o Jesualdo.
Por JMMA
Ao fim de décadas de trabalho muito esforçado, um destacado grupo de cientistas do Porto anuncia que o penaltómetro já existe e funciona.
O penaltómetro é um delicado aparelho, de tecnologia sofisticada, com múltiplas e interessantes aplicações. O penaltómetro serve essencialmente para tirar a limpo as situações de penálti e tudo com ele relacionado. Programa-se consoante as conveniências do utilizador e emite o ‘resultado’ em forma de sinais sonoros.
Assim, se o desejado-pretenso-pseudo penálti não foi assinalado, e utilizador gostaria que fosse, o penaltómetro assobia e pode ser programado com palavrões proferidos contra o árbitro em cinco diferentes níveis de volume sonoro. Se no flash interview o jornalista puxa a tal conversa manhosa, o penaltómetro denuncia as forças do mal e pode mesmo espingardar, desde que equipado com um componente tetra sensível designado FCP4x.
Se o falso-doloso-suposto desejado penálti for fraudulentamente assinalado, o penaltómetro pula, abana, bate palmas e arrota de satisfação. Tem ainda outras formas de manifestação sonora as quais me dispenso aqui de indicar.
Perante obras-primas como as de Pedro Proença no passado domingo, ou de Paulo Costa em Braga, o penaltómetro apresenta dois módulos alternativos de programação: módulo 1 – cora, diz que não foi feito para ajuizar penátis e silencia-se como se tivesse esgotado a pilha; ou então opera no módulo 2 – emite sinais sonoros encriptadados que depois de descodificados revelam pensamentos de Dailai Lama, Paulo Coelho e do Papa, entrecortados com acordes de violino, chilreios de passarinho.
Não obstante os módulos 1 ou 2, desde que convenha, o penaltómetro pode ser programado à distância, e ajuizar foras-de-jogo por assinalar em qualquer campo adversário, num raio de acção até 350 quilómetros de distância.
Se o adepto não é especial apreciador da lavagem de falsos penáltis, o penaltómetro entra em vibração, lança gases e emite ondas de alta intensidade fulminante, susceptíveis de provocar nós no cérebro e perturbações graves a nível do comportamento e do gesto. Nomeadamente, tiques como o do dedo médio estendido, e os outros dois ao lado retraídos.
Se o adepto é sério ao ponto de repudiar a sinalética-robot, o penaltómetro dobra-o rapidamente em dezasseis partes iguais e espalha-as pelo estádio em embalagens azuis tipo confetis.
O penaltómetro foi inventado na Universidade do Olival. Tem estado instalado, com excelentes resultados, no banco da equipa técnica do FCP. Atenção, o penaltómetro não substitui o treinador, mas com ele qualquer um pode ser. Até o Jesualdo.
Como é ficou o penaltómetro no Benfica-braga ou no benfica-belenenses?
ResponderEliminarQuébrou (como dizem os brasucas)?
Este tipo de discurso está gasto, velho e já cheira mal!
Chiça!
Caro Vitor, dá-me ideia que não me fiz entender. Não pretendo que o FCP peça a anulação do golo. Se tal fosse possível (que não é)já agora desejaria que fosse o meu Benfica o primeiro a fazê-lo. O que censuro é o discurso bivalente, desonesto e sem vergonha do sujeito visado.
ResponderEliminarDir-me-á: só ele?
Tem toda a razão. Que bom seria se o «penaltómetro» estivesse instalado apenas no banco da equipa técnica do FCP. Mas isso, para mim, não absolve. Só agrava o problema.
E sabe o Vitor o que me indigna mais? Não são os pontos, que esses umas vezes perdem-se (Dragão, Nacional...) outras ganham-se (Braga, Belenenses, como v. lembra e com razão). O que me idigna supinamente - e isso não é só em assuntos de bola - é quando vejo um mediocre, de qualquer cor que seja, com discursos de «atirar barro à parede» como se fossemos todos parvos.
Não é bonito citarmo-nos a nós próprios, mas se vir interesse e tiver paciência, passe uma vista de olhos sobre a crónica «Lobos e Capuchinhos», onde poderá encontrar, de forma mais desenvolvida, o meu pensamento sobre a matéria em questão.
Mas isso, apenas se achar que vale a pena. Porque, quantas coisas não terá o meu amigo tão mais interessantes para fazer do que ler 'curtas letragens' requentadas
cá do 'je'.
Abraço, e...
Obg por este bocadinho.
Rectificação ao post anterior:
ResponderEliminarNa 3ª linha: onde está «o primeiro a fazê-lo» queria dizer «o promeiro a dar o exemplo».
Ouviste o Quique a falar do árbitro nesses jogos?!?!?
ResponderEliminarÉ que eu não ouvi!!!