quinta-feira, 23 de março de 2006

FCP: 1 – SCP: 1 (5-4, após GP)


Custou mas foi. O FCP está na final da Taça de Portugal!

Foi um clássico puro e duro como nos velhos tempos. Muita emoção, muitos nervos, a habitual cena de troca de mimos, muitos amarelos, casos polémicos, golos e a incerteza do resultado até ao último segundo. Esta incerteza terminou com a grande penalidade marcada por Lisandro Lopez que ditou o afastamento do Sporting da Taça de Portugal e por consequência, o apuramento do FCP para a final.

Em traços largos, diria que o FCP jogou melhor e teve quase sempre o domínio do jogo até aos 80/85 minutos e a partir daí o Sporting pegou no jogo, pois Paulo Bento foi melhor do que Adriaanse e porque a equipa do Porto fraquejou fisicamente. De facto, Paulo Bento esteve bem melhor do que Adriaanse, pois soube mexer nos momentos certos e soube também refrescar a equipa quando foi preciso. Estou convencido que Paulo Bento vai ser um excelente treinador. Mas as palavras dele no fim eram evitáveis. Segundo ele, o SCP foi melhor do que o FCP durante os 120 minutos. Percebo que tenha dito estas palavras a quente, mas na realidade o que aconteceu, foi que o FCP teve as melhores oportunidades e enviou ainda uma bola ao ferro da baliza de Ricardo. Quanto à arbitragem, os meus amigos já sabem que normalmente não comento as arbitragens nem justifico os resultados tendo em conta a prestação dos homens de preto (ontem estavam de amarelos). Quando o Paulo Bento tenta justificar a eliminação da Taça por causa do árbitro, parece-me sinceramente, exagerado. Há um penalti a favor do SCP (ainda não vi o lance na TV, mas no estádio pareceu-me que o Liedson partiu de posição irregular). No estádio pareceu-me existir um penalti sobre McCarthy por falta de Tonel (repito que não vi o lance na TV). Depois, existiu o fora de jogo do McCarthy, que até nem marcou. Acho que não foi por aqui que o SCP perdeu. Julgo que a arbitragem do jogo do campeonato foi bem pior.

Como disse atrás, o Porto jogou bem com excepção dos dez minutos finais do tempo regulamentar e do prolongamento. Mas mesmo neste intervalo que refiro, nunca o Sporting conseguiu sufocar o Porto como este o tinha conseguido nos primeiros 80 minutos de jogo. Houve alturas em que a única preocupação do Sporting era tirar a bola para bem longe da sua área.

No prolongamento, o Sporting fez o primeiro golo (depois de uma falha terrível do Cech) por intermédio do Liedson. O Brasileiro tem mesmo uma certa aptidão para marcar nos jogos grandes. Por esta altura, muitos dos adeptos abandonavam o estádio convencidos que a coisa estava perdida. Eu próprio, embora permanecesse no estádio, também não acreditava. Só que de repente surge Quaresma e os seus centros telecomandados. Desta vez o felizardo que deu seguimento ao centro foi McCarthy, que cabeceou para o desamparado Ricardo. Não concordo com aqueles que justificam este golo com o facto de o Sporting estar a jogar com dez. Na minha opinião, uma equipa que joga com dez poderá perder fulgor atacante, mas nunca a capacidade defensiva.

Chegados às grandes penalidades, Baía decidiu. O guarda-redes mostra mais uma vez que ainda está para as curvas. Para além das boas defesas que fez durante os 120 minutos, ainda teve tempo de decidir o jogo.

Em suma e na minha opinião (os Sportinguistas terão com toda a certeza uma opinião diferente), o Porto mereceu a vitória por aquilo que fez até aos 80 minutos e pelas oportunidades que criou.

2 comentários:

  1. Na minha opinião, uma equipa que joga com dez poderá perder fulgor atacante, mas nunca a capacidade defensiva.


    Depende...neste caso foi um defesa para a rua!

    ResponderEliminar
  2. O Tello não passou para defesa esquerdo?

    ResponderEliminar