terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Mercado

A um dia do fecho do período de transferências, o mercado agita-se e os clubes tentam reforçar os seus planteis como podem e da forma mais barata que conseguem, sendo este último critério o mais relevante. Actualmente corre-se o risco consciente de contratar jogadores medianos, às vezes muito fraquinhos, estrangeiros e sem qualquer prova dada, se o preço for jeitoso. É a chamada roleta russa: a coisa tanto pode correr muito bem como pode ser um autêntico tiro na mona.

Tenho algum receio que a segunda contratação de Inverno do FCP se traduza num tiro na mona. Com sinceridade nunca o vi jogar a não ser no vídeo que aqui colocamos. Mas quando se confirmou a contratação, houve uma pergunta que me veio imediatamente à cabeça: Será o Colombiano muito melhor do que o Adriano? Como adepto, espero que sim. Mas se o pensamento for um pouco mais consciente o receio é muito, pois às vezes não percebo porque é que se gasta tanto dinheiro quando há jogadores bem próximos que podem fazer tanto ou melhor do que os novos recrutas. Espero estar errado!

Se no Porto há pouco dinheiro, no Sporting as coisas ainda estão piores. O Paulo não terá reforços, pelo que começa a ver a vida andar para trás. Não há alternativas válidas ao Liedson, com a indefinição do Carlos Martins, falta um verdadeiro número 10 e não existe um defesa esquerdo de peso. Esta é, como é obvio, a minha interpretação do plantel do Sporting. Por isso, torna-se muito difícil a luta pelo título e o Paulo não pode fazer milagres.

O Benfica está, provavelmente, entre o Porto e o Sporting no que diz respeito às notas verdes. Nos últimos tempos tem encaixado uma boa maquia (entre presenças do Dubai, vendas e empréstimos). Mas mesmo assim as dificuldades são as mesmas. Depois de contratado o Derlei (que se estiver bem fisicamente é uma excelente contratação), precisa urgentemente de um defesa central e de um número 10 válido para substituir o Rui Costa. Com o período de transferência a acabar, as boas escolhas começam a escassear e as escórias elevam-se numa curva exponencial.

Mas como diz o ditado: quem não tem dinheiro não tem vícios. Mas há um vício que não vai custar dinheiro ao Porto e vai ser o melhor reforço de inverno: O regresso do Anderson. Ai que saudades!!

16ª Jornada - Erros de Arbitragem

Belenenses:1 Benfica:2
77m - Eliseu pisa ostensivamente Karagounis. Ficou um cartão vermelho por mostrar ao defesa do Beleneneses.

(1 erro grosseiro contra)

Boavista:1 Sporting:1
(jogo sem erros grosseiros)

U.Leira:1 FC Porto:0
32m
- Penalti por marcar sobre Postiga;
44m - Penalti por marcar, depois de um remate do Lisandro ter sido defendido por uma mão de um defesa do Leiria;
44m - Na sequência deste penalti por assinalar, fica um cartão vermelho por mostrar;
55m - Fora de jogo mal tirado a Postiga, quando se preparava para isolar;
71m - Falta que deu origem ao golo ao União de Leiria inexistente.

(5 erros grosseiros contra)
(3 pontos indevidos contra)

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

O Roubo de Igreja

Sinceramente tinha prometido a mim mesmo não alimentar mais um roubo que foi feito na última Sexta Feira em Leiria. Mas como quem não sente não é filho de boa gente, resolvi voltar à carga. E decidi voltar à carga porque a nossa comunicação social é altamente parcial e está altamente amarrada aos seis milhões de adeptos que tem o maior clube português. É a vantagem de se ter um blog: Pode-se reclamar como se não houvesse amanhã.

Durante o jogo do Leiria-Porto, tanto o relator como o comentador (Benfiquista até ao osso) denotaram uma enorme dificuldade em validar lances a favor do Porto. Ou seja, tudo o que era a favor do Porto dava origem a dúvidas e em caso de dúvidas, vamos lá dar razão ao homem de preto. Quando o Elmano ladrão Santos assinalava a favor do Leiria, os comentadores nem piavam. É o caso dos penaltis a favor do Porto não assinalados (não vou comentar, deixo apenas as imagens). Nestas duas situações os ditos comentadores até gaguejavam, mas dizer o que se viu, nem pensar. Em sentido contrário, a suposta falta do Pepe nem um comentário mereceu. Para mim, este silêncio foi ensurdecedor. Mas este silencio não se ficou apenas pela Sportv. Toda a comunicação social se vergou aos seis milhões, temendo uma quebra nas audiências (vá lá, no "dia seguinte" estão a falar nisso). Quantas vezes se viu (ou leu) o lance que deu origem ao golo do Leiria?

Neste último lance, e como já referi num dos comentários ao post de Sexta-feira, é muito curioso verificar que quem marcou a falta foi o bandeirinha. O mesmo que expulsou o Quaresma. O mesmo que não viu o penalti sobre o Postiga e o mesmo que não viu que foi a mão do defesa Leiriense quem evitou o golo portista. Há coisas fantásticas, não há?

Tenho um pressentimento que haverá três árbitros preferenciais nos jogos do Porto até final da temporada:
1 – Elmano Santos;
2 – Lucílio Baptista;
3 - Paulo Paraty.





domingo, 28 de janeiro de 2007

Novo Reforço do FCP: Rentería

Belenenses:1 Benfica:2

O Benfica conquistou o sexto triunfo consecutivo confirmando o bom momento que se vive para os lados da Luz.

Depois da derrota do FCP, era importantissimo o Benfica aproximar-se do lider, sob pena de hipotecar por completo as pequenas esperanças que ainda lhe restam para chegar em primeiro no final do campeonato.

O Benfica, tal como sucedeu em Coimbra, fez-me lembrar os tempo s de Trapatoni, em que oferecia virtualmente a posse de bola ao adversário, e através de contra-ataques letais conseguia na maior parte das vezes ganhar os jogos.

Com uma defesa sólida liderada por Luisão, apoiado por um meio campo lutador, com especial destaque para Petit e Katsoranis (melhor contatação dos últimos anos), o Beleneses porfiava, mas raras vezes conseguia criar verdadeiras situações de golo.

Mais envolvido nos movimentos da equipa, Rui Costa fez duas assistências para golo, e acabou por ser determinante na vitória dos encarnados.

Provavelmente o Benfica já não irá tempo de rivalizar com o Porto, mas esta equipa finalmente está equilibrada, e demontra grande personalidade, com todos os jogadores a saberem exactamente o que fazer dentro de campo. Em termos tácticos, a equipa que entrou no Restelo está a milhas de distância da equipa que iniciou o campeontato, e que perdeu uma mão cheia de pontos nas primeiras jornadas, comprometendo desde então as aspirações ao título.

Continuo a pensar que o FCP revalidará o título de campeão nacional, e só tenho pena do campeonato não começar agora.

LFV ilibado no caso Mantorras

A 24 de Agosto, era publicado neste Blog, sob o título "Afinal há vida para além do apito dourado!", a primeira página do 24 Horas, que afirmava que LFV iria ser arguido no caso Mantorras.

Pois bem, segundo a imprensa de hoje, a Polícia Judiciária, propôs ao Ministério Público que ilibasse Luís Filipe Vieira no processo relacionado com a transferência de Mantorras, do Alverca para o Benfica, em 2001. “Não foram encontrados indícios que suportem o crime de que Vieira era suspeito".

Nulidade das provas, no Apito Dourado

Segundo manchete do jornal "Sol", a maioria dos arguidos no processo Apito Dourado de Gondomar pretende a nulidade das provas obtidas em 16 mil escutas telefónicas, realizadas ao longo de sete meses e meio.

O facto dos arguidos quererem constituir nulas as provas, ao invés de tentarem provar a sua inocência, é reveladora da manifesta culpabilidade dos mesmos.

Ferrero Fê Cê Pê

sábado, 27 de janeiro de 2007

Porque Hoje é Sábado


Leiria: 1 - FC Porto: 0

Tantas vezes o cântaro vai à fonte que algum há-de partir. E hoje partiu. Por outras palavras, tantas vezes os gajos de preto tem tentado esta época, que hoje conseguiram.
Na Madeira, com o Nacional, foi prejudicado, mas os jogadores conseguiram superar isso. Na Vila das Aves foi prejudicado, mas os jogadores conseguiram superar isso. Em Leiria foi prejudicado, mas os jogadores não conseguiram superar isso. A expulsão até dou de borla, embora para mim não tenha sido merecida. Aquele gesto não é intencional. Aquele gesto é de alguém que está a defender a bola e o braço acompanha o movimento do corpo. Mas repito: Até dou de borla e até como essa. Houve porém um lance dentro da área que para mim não oferece qualquer dúvida: O Postiga é pontapeado dentro da área e nada. Mais, aos 55 é tirado um fora de jogo quando o mesmo Postiga se preparava para isolar. E depois, quase todo o jogo foi muito inclinado.



Mas está bem, o Porto não pode ganhar sempre e hoje era um dos dias que não conseguia(podia?) ganhar. Mas mesmo perdendo gostei do Porto. Jogou bem, criou oportunidades e vê-se que há qualidade. Como disse em finais de Novembro, o Porto dá-me a segurança suficiente, que me permite encarar os jogos com uma incerteza: Por quantos é que o FCP irá ganhar. Mas como também disse na altura, há excepções e hoje foi uma delas.



Por tudo isto, termino com uma frase muito conhecida: O Porto vai ser campeão. Porquê? Porque este tipo de derrota (de igreja...) pica os jogadores do Porto. E isso faz muito bem à mística do dragão. Não vai ser nem o apito nem os gajos de preto que nos tirarão o bi!

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Madaíl na UEFA


Madaíl foi hoje eleito para o Comité Executivo da UEFA.


Na vida profissional já me tinha apercebido disto. Para singrar na vida por vezes a competência até atrapalha. O que é preciso é ter «contactos» e estar sempre do lado dos mais fortes...

Parabéns Eusébio


quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

O Estado da Nação

Tal como na assembleia da república se debate o estado da nação, também no FootBicancas se debate o estado do Blog. O nosso entenda-se. Pois bem, sabemos que o monstro tem andado adormecido pelas mais variadas razões: trabalho, playstation, fisioterapia, telenovelas, sono, compromissos sociais “and soi one and soi one”, como diria o Lauro Dérmio nos bons velhos tempos do Herman enciclopédia.

Este Post tem como principal objectivo fazer um balanço da nossa actividade e obrigar-nos a parar um pouco para tentar ver o blog de fora. Isto é, sempre soube que para avaliarmos algo em que nós próprios estamos comprometidos ou em que a nossa participação é activa, temos obrigatoriamente que sair da esfera a que pertencemos e olhar para dentro como se não estivéssemos lá naquele instante.

Tendo em conta este pressuposto, podemos ir buscar 3 dos 4 P’s utilizados no Marketing, que para o caso podem dar muito jeito para nos ajudar:

1- PRODUTO: Embora não tenhamos a pretensão de ser os supra-sumo na arte de bem escrever, queremos com toda a certeza proporcionar textos agradáveis por forma a originar participações assíduas de todos os que visitam este blog. Porém, reconhecemos que ultimamente não temos criado as condições necessárias à participação. Ou porque a frequência das publicações não é famosa, ou porque os temas não são apelativos ou ainda porque começamos a cair numa rotina de "postar" apenas o factual.

Questão: Será que a “embalagem” e os conteúdos apresentados obrigam os nossos leitores a fazer um clique todos os dias neste blog?

2- PREÇO: Embora não haja um preço directo, o que é certo é que os nossos leitores tem que despender de alguma coisa para passarem por cá. Seja tempo, seja a gestão das prioridades para os tempos livre de cada um ou seja mesmo algum dinheiro por estarem a ligar a Internet.

Questão: Será positivo, para os nossos leitores, o saldo entre o custo/benefício?

3- PROMOÇÃO (COMUNICAÇÃO): Não vale de nada o investimento que fazemos na promoção do blog (que na verdade não é muito…), quando os pontos anteriores não satisfazem os nossos “clientes” Aqui, a melhor promoção que podemos ter é aquela que os leitores poderão fazer no chamado boca-a-boca. Mais uma vez, o boca-a-boca só é eficiente se as pessoas tiverem uma opinião favorável do produto. Se não tiverem, nada feito.

Questão: Estaremos a dar razões aos leitores para que estes façam o boca-a-boca?

Assim, o cerne da questão está obviamente no produto ou se quiserem, na especificação (conteúdos do blog) do mesmo. Como disse em cima, estamos a cair na rotina da publicação de post’s factuais. O que se pretende (objectivos iniciais do blog) é oferecer um espaço onde os temas sejam suficientemente abertos, levando à participação de todos. Neste momento as crónicas dos colunistas convidados (com relevo copioso para o JMMA) começam a ser as únicas situações onde os pressupostos supra são contemplados, pois os autores tem diminuído consideravelmente este tipo de post.

Como normalmente as palavras não bastam, eis 4 pontos que tentaremos cumprir, depois deste estado da nação:

- Maior frequência na escrita;

- Maior número de post’s abertos;

- Incrementar ainda mais o espaço do “colunista convidado” (aproveito para deixar um repto a todos os Sportinguistas que nos criticam por não falarmos mais vezes do seu clube: O espaço do “colunista convidado” é aberto a todos, e se houver algum Sportinguista que nos queira enviar, por exemplo, o comentário dos jogos do Sporting, nós publicaremos esse comentário com todo o gosto).

- O FootBicancas irá lançar para breve uma novidade. A seu tempo comunicaremos.

Nota: Este estado da Nação é transversal a todos os autores deste blog.

A Rocha mais cara que petróleo


Ricardo Rocha foi vendido ao Totenham por 5 milhões de Euros.

Na minha opinião é muito bem vendido. Não que um jogador como ele, não faça falta ao curtinho plantel do Benfica, mas centrais de média/boa qualidade não faltam por aí, nessa Europa fora.

E quando oiço dizer que Ronaldo «o fenómeno» foi vendido pelo Real ao Milan por 6 milhões de Euros... acho que o Benfica fez um muito bom negócio.

Aguardemos serenamente pelo seu subtituto. Que tal Rolando do Belém?

15ª Jornada - Erros de Arbitragem

Des. Aves:0 FC Porto:2

29' Ficou por sancionar uma agressão de Filipe Anunciação a Fucile. Cartão vermelho por mostrar.

(1 erro grosseiro contra)

Académica:0 Benfica:2

2' Ricardo Rocha estava em posição de fora-de-jogo quando bateu Pedro Roma
29' O golo foi mal anulado. O Nuno Gomes estava em posição regular, e, no seguimento da jogada, Katsouranis estava atrás da linha da bola quando a recebeu do colega.

(1 erro grosseiro contra + 1 erro grosseiro a favor)

Belenenses:0 Sporting:0

(Jogo sem erros grosseiros)

Colunista Convidado Residente, por JMMA

JARDEL e o Cinderella Man

Há dias fiquei preso a uma notícia que li no jornal. Debaixo de um título discreto, meia dúzia de linhas diziam, Jardel no Chipre, jogador do não-sei-quê Famagusta.

Nunca fui o que se pode dizer um grande admirador de Jardel.

(E isso, note-se, nada tem a ver com o facto de ele ter sido o ‘carrasco’ em alguns dos meus desgostos; são ‘águias’ passadas.)

Mas reconheço-lhe os feitos. São um facto e contra factos, neste caso contra ‘feitos’ não há argumentos. Porém, para mim (e julgo que não só), na técnica de bola Jardel sempre se me afigurou um tosco. Por isso, independentemente de reconhecer a sua intrigante e (às vezes) ‘detestável’ eficácia, muitas vezes,

(simples curiosidade, e sem ponta de ironia)

me colocava esta questão: o que seria Jardel… se soubesse jogar à bola?

Uma interrogação sem resposta e, evidentemente, já ultrapassada no tempo.
Infelizmente, atendendo ao desenrolar da carreira do jogador nos últimos anos, torna-se claro que a questão agora é muito mais funda e a pergunta que se impõe fazer passou a ser outra. Isto é, o que seria Jardel… (ironia do destino) se tivesse cabeça?

Apesar das óbvias evidências, confesso que ainda admiti que Aveiro fosse a viragem. Que diabo! (pensava eu) o Cinderella Man conseguiu. Lembram-se do filme? Braddock, uma lenda no mundo do boxe, foi obrigado a abandonar os ringues após uma série de desaires. Só que (e aqui é que o paralelismo se vai) quando viu realizado o seu sonho de regressar aos ringues, o campeão vai à luta, dá no duro e consegue. Recupera a família, reconquista os adeptos e, para alegria de todos, volta a ser o grande, o verdadeiro Cinderella Man.

Por que não haverias tu de conseguir também, Jardel?

Confesso que a esperança (bom, esperança não era, crença tampouco, apenas vontade de acreditar) que o goleador seria capaz de voltar ao pódio se me desvaneceu na Luz, à 9ª jornada, aquando do Benfica - 3, Beira-Mar - 0, em que Jardel foi uma aposta falhada para os últimos 20 minutos. Ao vê-lo entrar em campo,

(confrangeram-me os assobios)

barriga paquidérmica, condição física manifestamente fora do prazo de validade, e depois pelo que (não) jogou, fiquei logo com a ideia de que a recuperação corria grande risco de ser um flop, Jardel afinal não era o Cinderella Man.

E pronto, aí está: título discreto, seis linhas de notícia: Chipre, não-sei-quê Famagusta, cinco meses de contrato e depois logo se vê.

Com este modesto contrato de ‘inverno’ pondo termo a uma episódica e nebulosa passagem à Beira-Mar do nosso futebol, Jardel confirma-se como estrela cadente: ex-goleador, ex-ídolo, ex-matador, ex-quase seleccionável, ex-humilde, ex-marido, ex-tudo, ex, ex, ex… Eis Jardel, um homem que antecipou o sonho da sua vida. Ser um ‘ex’ do melhor que há!

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Carolina versus Mourinho...




Artigo de Domingos Amaral, no Diário Económico:

Desde Miguel Sousa Tavares aos Gatos Fedorentos, desde Dias Ferreira às revistas popularuchas de televisão como a TV 7 Dias, o ataque a Carolina Salgado foi avassalador. Mal se soube que a senhora tinha escrito um livro onde contava pormenores sobre a vida com Pinto da Costa e revelava alguns dos métodos do presidente do FC Porto para atingir os seus objectivos, o coro de protestos foi imenso. O tom de superioridade moral da maioria foi espantoso: para quase todos, tratava-se de uma senhora reles, sem carácter, duvidosa. Numa palavra, tratava-se de um alvo a abater, e depressa. A tentativa de assassinato de carácter que toda esta gente fez a Carolina Salgado é reveladora, não só dos instintos machistas grosseiros e boçais que ainda prevalecem por cá, como dos instintos de classe.

Carolina Salgado não é uma menina bem, não vem de boas famílias, cometeu muitos erros na vida, comeu o pão que o diabo amassou, deixou-se usar numa guerra suja, meteu a mão na anca quando foi preciso e sujou as mãos quando lhe pediram. Sim, é tudo verdade, e também trabalhou como alternadeira, no Calor da Noite. Porém, isso não a diminui aos olhos do mundo, não lhe retira força. Bem pelo contrário. A vontade expressa de a enxovalharem, de a vilependiarem, é apenas uma estratégia, reveladora de um preconceito fortíssimo, um preconceito vil e ignóbil, daqueles que se julgam virtuosos. É tão fácil atirar-lhe pedras, cuspir-lhe na reputação. Tal como muitos chamaram às vítimas do processo Casa Pia prostitutos e mentirosos, agora também chamam a Carolina tudo e mais alguma coisa. É preciso diminuí-la, desgastá-la, descredibilizá-la. A defesa de Pinto da Costa já começou, e os seus lacaios fazem-lhe o servicinho, tendo por isso como aliados os idiotas úteis do costume. É preciso baralhar o povo, confundir as pessoas, para os imorais triunfarem.

Mas, convém ter bem a noção do que se está a passar.


Pela primeira vez em vinte e tal anos, houve um terramoto no Porto. Sim, um terramoto de grau muito elevado. As coisas que Carolina revela, e a coragem com que o faz, são terríveis, e mostram que tudo o que se suspeitava pode bem ser verdade. Aqui há uns anos, quando José Mourinho regressou ao Porto, já como treinador do Chelsea, levou seguranças, e perguntaram-lhe porque o fazia. Ele respondeu: "quando vou a Palermo, tem de ser assim". Palermo...Palermo é a capital da Sicília, terra da Mafia, da Cosa Nostra.


José Mourinho tinha sido treinador do FC Porto, onde tinha vencido uma taça UEFA e uma Liga dos Campeões. Sabia do que falava. Ele vira, por dentro, como funcionava a casa de Pinto da Costa, quais os métodos e as artes. E falava em Palermo... Pena que não tenha sido mais corajoso, contando o que viu. Coragem essa que não falta a Carolina Salgado, fazendo com isso saltar dos eixos o futebol português. Agora, parece ter chegado o tempo de começarmos a saber o que se passa. Agora, esse poder oculto do futebol português vai submergir, vai ser posto a nu, e vai queimar muita gente.


Agressões a vereadores de Gondomar, conversas com árbitros em casa, gavetas cheias de dinheiro, colaborações secretas com a PJ do Porto, controlo das classificações do árbitros, suspeitas de associação criminosa. Ao pé das acusações que caiem sobre Pinto da Costa, Vale e Azevedo parece um aprendiz e no entanto foi parar à cadeia. Veremos se a justiça portuguesa considera mais grave uma burla do que uma associação criminosa.


Mas, nos salões bem pensantes de Portugal, nas redacções dos jornais, nos cafés, o que está a dar é achincalhar Carolina Salgado. Chamar-lhe nomes, gozar com ela, é que é giro. Os portugueses são um povo muito curioso, nunca levam a sério o que é sério, preferem a reputação à substância.


Por causa dessa característica antropológica, transformam tudo num espectáculo de circo, sem perceber que assim contribuem para perpétuar uma sujeira e não para a limpar. Mas, enquanto há vida, há esperança.


Em Palermo, as coisas também mudaram um dia...

O Céu Continua Azul !!


Fim da primeira volta e o Porto cilindra os seus adversários. Num campeonato com menos duas jornadas ter 7 pontos de avanço sobre o segundo é muito, mas mesmo muito bom. A qualidade do FCP nesta primeira volta foi inequívoca e avassaladora. A equipa campeã nacional termina esta primeira fase com o melhor ataque, a melhor defesa e ainda como a equipa que maior Fair Play demonstrou neste campeonato. É ainda a única equipa que não foi admoestada com a cartolina vermelha.

Depois de um início de época muito mortificado, a equipa foi capaz de dar a volta a uma tendência que se adivinhava igual à verificada há dois anos atrás. E esta reviravolta deve-se fundamentalmente a três factores:

1 – Pinto da Costa: Desta vez, e ao contrário do pós Del Neri, conseguiu ter a sagacidade suficiente para escolher, talvez, o melhor treinador face ao momento que se vivia.

2 – Jesualdo Ferreira: O treinador tem grande mérito na forma como conseguiu pegar na equipa e na forma como lhe conseguiu dar consistência.

3 – Plantel: Para além de um grande presidente e de um grande treinador, é preciso ter um grande plantel. E o FCP tem-no.


Por tudo isto, o céu continua azul. Mesmo o apito corre o risco de se tornar azul em vez da sua actual cor, que é como toda a gente sabe, dourado. A obra da miss Gado, desculpem, Salgado que tantos suspiros tem suscitado para o lado da luz, corre o risco de acabar em águas de bacalhau. Felícia Cabrita, no Sol refere que "quanto aos documentos que Carolina dizia ter e que sustentariam as suas acusações, o seu depoimento foi vago e inconsistente, o que levou a DCICCEF (Direcção Central de Investigação da Criminalidade e Corrupção Económica e Financeira, da PJ) a fazer uma busca a sua casa. Nada foi encontrado. Apenas documentos antigos, nomeadamente extractos de contas bancárias". Logo, e segundo a mesma fonte, as ditas provas "revelaram-se um flop".

Nesta altura, o presidente do Benfica estará já a tentar arranjar uma nova distracção para dar aos sócios do maior clube do mundo. É que na falta de resultados, há que entreter o Pobon!

Isto porque segundo se diz, o LFV tem tentado ser o principal motor desta novela, que promete continuar a entreter 6 milhões de pessoas. A mesma jornalista diz que “o primeiro encontro entre os agentes da DCICCEF e Carolina Salgado ocorreu num hotel da Praça de Espanha, em Lisboa, e teve como intermediário o presidente do Benfica, Luis Filipe Vieira. Com Carolina estava a redactora do livro, Maria Fernanda Freitas e a jornalista Leonor Pinhão. Duas semanas antes, o presidente do Benfica entregara na DCICCEF um dossier com documentação que, segundo afirmou, iria provocar um abanão no mundo do futebol, contendo provas de corrupção". Mas para mal dos pecados de todos aqueles que querem a cabeça do Papa, "os documentos não passavam de fotocópias de peças processuais do processo apito dourado que já foram arquivadas.

Moral da história e desculpem-me a repetição: O céu continua azul!!

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Colunista Convidado Residente, por JMMA

A LIGA E A MERETRIZ

Erra quem pense que a ‘liga’ é a tal peça gulosa, justa à perna, para além da qual já só existe a tanguinha. Ainda assim, neste caso, é algo que para lá das maravilhas da fachada sugere uma ‘ganda’ tanga. A meretriz ver-se-á quem é.

O caso tem a ver com a propalada sessão de balanço de cem dias na presidência da ‘liga’. Definitivamente, no nosso futebol, a palavra seriedade não se coaduna com a palavra dirigente.

A abrir, a notícia (DN) avança logo que o homem dos «100 dias» é um habilidoso: «com a habilidade ganha nos corredores da Assembleia da República», Loureiro «não se compromete muito». Mas deixa «pistas e avisos» …

Muito bem: «pistas e avisos» para quem? Não para ele, evidentemente. «Pistas e avisos» para os outros, que só têm que lhe estar gratos pelo alcance de tão clarividentes observações. Uma luz de inteligência a guiar os asnos (nós) no caminho da lucidez. Veja-se bem: (1) As finanças do futebol vão mal? Olha que espanto, «estão como as do País». (2) Problemas no futebol? A culpa é das «ameaças externas»: «Apito Dourado», «caso Mateus», «suspeitas», isso é tudo malandrices do exterior.

Ainda mais extraordinário: Depois dos 100 dias, «já se nota um novo ciclo no futebol profissional.» Desculpem-me, mas a esta não resisto. Vou repetir para que não haja dúvidas. Exactamente, diz Loureiro: «Já se nota um novo ciclo...»

Apenas uma dúvida: será que o homem dos «100 dias» … ‘nota um novo ciclo’ ou vê um ‘novo ciclo de notas’? Talvez a minha dúvida seja estúpida, mas olhando, por exemplo, à passada jornada – «novo ciclo» no futebol… bom, só se for para pior. Exceptuando o Benfica, que depois de fazer pela vida no Dubai teve que suar as estopinhas em Coimbra, o resto mais valia ter continuado de férias: jogos péssimos, competitividade nula, assistências miseráveis, nalguns casos até com menos espectadores do que gente nos velórios (Leiria 800 pessoas, Boavista 1 500, Nacional 2 200, etc.) Para não falar já do saneamento moral que o tal dos «100 dias» chuta descaradamente para canto com essa das «causas externas».

Enfim! Para encurtar a história vamos à cerejinha em cima do bolo. «Sim, mantenho-me em funções no Parlamento», diz Clone Loureiro. Queria ser presidente em exclusividade, mas a função não é remunerada…

Meus amigos: vou já escrever uma carta para a ‘liga’. Quero, quanto antes, tranquilizar o presidente-deputado que em minha casa terá sempre um pratinho de sopa quente e um copinho de leite à disposição. Poucochino mas é dado de boa vontade. À fome pelo menos não há-de ele morrer. E sempre ficará um bocado mais reconfortado para poder continuar a ocupar o lugar mais privilegiado do controlo do nosso futebol. Sem descurar a pátria…

Juro e assino por baixo que tudo isto veio no jornal e que tudo foi dito, por Clone Loureiro, sem sequer um vestígio de sorriso nos lábios.

Se querem entender como é que isto se liga com «a liga e a meretriz», liguem-me que eu explico.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Colunista convidado, por JMMA

Saudações benfiquistas

Olá! Chamo-me Zé, sou benfico-pessimista.

No dia em que houver uma reunião dos benfiquistas anónimos contem comigo. Oxalá esteja para breve.

Se me apresento assim, numa semana que até não foi má para nós é porque existem inúmeros benfiquistas, por aí, padecendo da mesma síndroma. Somos pessimistas.

Divertiu-me ver o Dragão, vítima de uma Taça estragada, estatelar-se em coma atlético aos pés do rei David. Ainda hoje me comovi imenso ao ver os leões dispostos a receberem Rochemback (o rei da Vida) no seu ansioso regresso à Kapital. Mas o que é que querem? Sou pessimista. Faço parte da maioria silenciosa do ‘3º anel’ para a qual o ano futebolístico de 2006 correu triste, sem ilusões nem grandes rasgos.

Duvido que algum benfiquista de juízo e sóbrio possa ter saudades do Ano Velho. Cá para o nosso lado, das doze passas mágicas, as importantes ficaram por realizar e das menos importantes nem sequer me lembro. 2006, em suma, ficou resumido a três enterros para um sonho. Recordo Janeiro e a esperança (gorada) de tomar o 1º lugar do campeonato. Recordo Março e, com ele, o adeus (frustrante) à taça perante um Guimarães em falência técnica e um árbitro em ‘comissão de serviço’. Recordo Maio e o tão festejado regresso de Rui Costa, velhinho em folha; retorno à Luz de um D. Sebastião, afinal, ainda envolto em nevoeiro.

Enfim, Dezembro findo, e aqui estamos nós a ressacar de um já (quase) habitual 3º lugar, este ano com 8 pontos 8 (!) abaixo do líder, o crónico FCP. Pelo que vejo e pelo que Peliteiro já ‘zandingou’, 2007 não se advinha melhor. Só 2007?

Pessimista é assim, augura sempre mais além. Por isso é que não consigo esquecer a mais sombria declaração do ano entre benfiquistas. Uma confissão que entrou directamente para os anais do benfico-pessimismo. Refiro-me ao palpite atirado em Outubro pelo nosso presidente da Assembleia-Geral, Sua Jumência Viravinhos, ao dizer que títulos… só para depois de 2011!

Estaria o homem a pensar nas ‘forças de bloqueio’ que, como se vê (contra o Atlético, era gajo para jurar…) continuam a proporcionar providenciais servicinhos de ‘apito’? Triste sina! Valha-nos Santa Maria Morgado, padroeira dos sérios e dos espoliados. Bem que eu queria esquecer a profecia Viravinhos, mas como, se os factos vão dando razão ao profeta?

Contra factos não há esquecimentos. Pessimistas uni-vos!

Em todo o caso, sempre a História - nossa e dos outros -, tem mostrado que não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe. Bastará mais um ano para poder desejar aos amigos benfiquistas os meus sinceros votos de Bom Ano... para ‘2008’?

Como vai fechar a época futebolística...

domingo, 7 de janeiro de 2007

FCP:0 - Atlético: 1

Primeira palavra: VERGONHA!
Depois, parabéns ao atlético pela humildade, bravura, empenho e perseverança. Com ou sem autocarros, com ou sem sorte, com ou sem golos aos trambolhões, o que é certo é que foi a equipa lisboeta a única a marcar e por isso, ganhou bem!

Ganhou melhor ainda, quando do outo lado esteve uma equipa que entrou em campo com a mania de vedetismo. O Porto começou o jogo com a ideia que mais minuto menos minuto, o golo aconteceria e que depois a goleada seria a coisa mais natural do mundo.

No dia em que regressei ao Dragão, nada pior do que uma derrota assim. Mais ainda quando levava comigo dois dos meus sobrinhos a assistir pela primeira vez um jogo ao vivo! Muito mau.
Por isso, estou que nem posso.

Culpados? Todos, sem excepção. Dos jogadores que pareciam que estavam a jogar de saltos altos, até ao treinador que decidiu poupar jogadores. Pergunto: poupar o quê? Com diabo, depois de três semanas de férias, os meninos tem que ser poupados?

Para terminar (porque nem sei o que dizer), três conclusões:

1 - O Ibson, que por sinal é um excelente jogador, mostrou porque é que não joga mais vezes. O golo do Atético nasceu de uma asneirola do tamanho da torre dos clérigos. Nas escolas de futebol, aprende-se a não brincar naquela zona de terreno com a bola. Se for preciso, é preferível atirar a bola para o rio Douro. Nunca tentar fintar no meio de três adversários.

2 - Mesmo jogando mal, o Lucho faz uma falta terrível. Sem o jogador Argentino, o Porto deixa de ter o seu pêndulo cerebral do meio campo e o jogo ofensivo da equipa reflecte-se imediatamente.

3 - Ricardo Costa não é jogador para o Porto. Nem mais nem menos. A verdade pura e dura!

Em suma, Puts!

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

João Pinto vs José Veiga...para começar bem o ano :)


João Pinto foi constituído arguido por fraude fiscal e falsas declarações...afinal o JV tinha razão...aparentemente...só dá mesmo vontade de rir...

JVP terá dito em 2005 que desconhecia o destino de 3,2 milhões de euros....

Na quarta-feira passada, João Pinto declarou que teve conhecimento das transacções financeiras e que foi ele quem ficou com o dinheiro....

Por este facto, foi contituído arguido!
Há coisas fantásticas não há?

...e agora o que vai acontecer ao Veiga???

será que vai beneficia-lo? de recordar que JV é suspeito de burla qualificada e abuso de confiança na transferência de JVP para o Sporting.

Colunista convidado, por JMMA

Música no Coração, Pornografia na Bola

Um dia destes vi, pela enésima vez, o filme Música no Coração… Mas prefiro falar-vos de pornografia. O filme Música no Coração é bom, gostei muito, mas o porno-enredo é melhor.

Já se sabe: fim de ano que se preze inclui a passagem do filme Música no Coração na televisão. Enquanto novos e velhos se debatiam com filhós, presentes e bolo-rei, lá estava, como de costume, a Julie Andrews no écran a cantar estridentemente: The hills are alive with the sound of music.

Eu sei que o filme não é nenhuma obra-prima. Na verdade, é uma espécie de Floribella dos anos 30. Mas é já um clássico e, de facto, tem muito encanto. Não me lembro ao certo, mas devia ter sido dos primeiros filmes que vi quando comecei a ir ao cinema, e ainda me enternece vê-lo. Não sei o que é mais comovente: se a preceptora Maria (Julie Andrews) a entoar o Do-Re-Mi, ou se o capitão Von Trapp a cantar Edelwiss. Mas isso também não interessa, a questão aqui é mesmo o filme. Tantas vezes já visto, e, mesmo assim, não deixa de me inspirar surpreendentes associações. Até pornográficas!...

Desfilava, pois, no écran a Música no Coração, e como se estivesse no fundo dum sonho - talvez por estarmos numa época de balanços… vida velha, vida nova, etcétera e tal -, eis que vejo a história povoar-se de cenas e figurões bem conhecidos do tal famoso «sistema». Gente verosímil com atitudes e comportamentos inverosímeis. Histórias que estamos fartos de saber: rebentam e alastram para lá do admissível e, por fim, tudo se esbate com a naturalidade de uma canção de embalar. Exactamente como na Música no Coração. Querem maior pornografia?

Pois sim. O capitão Von Trapp (uma espécie de Madaíl) é, agora, pai de sete putos reguilas que ninguém consegue por na ordem. À frente do bando de batoteiros estão dois trastes do piorio que passam o tempo a ameaçar «Quantos são, quantos são…», «Bobi, Tareco!». Curiosamente, até o palácio, muito aristocrático, onde habitam, é uma espécie de FPF: por fora uma perfeita harmonia, por dentro uma total confusão. Às tantas, ao som encantador de ‘Climb Ev’ry Mountain’, eis que surge em cena a Madre Superiora do convento de Salzburgo. Decidida a por ordem na casa (tal como a procuradora Morgado) a Madre Superiora, lança mão aos dotes duma freira ‘sui generis’. Entra em acção a preceptora Maria, uma religiosa refractária às normas de conduta do convento. Uma espécie de Carolina, estão a ver?

Bom, a partir de certa altura, não posso precisar o que é que aconteceu. Ou fosse por causa de alguma taça supranumerária de verdelho, ou fosse por causa do ‘calor da noite’ – perdi o fio à meada. Quando acordei já o porno-enredo estava a chegar ao fim, e só nas breves imagens finais pude perceber o desfecho. A preceptora Maria Carolina, que afinal se revelara uma doce criatura, rapidamente se afeiçoou às crianças, quer dizer, aos trastes. Madail Von Trapp aliara-se a Carolina (perdão, Maria), que roeu a corda à Madre Superiora Morgado. E tudo termina, afinal, com o pessoal todo aos saltinhos nas esplêndidas e verdejantes montanhas dos Alpes cantando alegremente: ‘Bye, bye Justiça, Justiça bye, bye’. Como convém numa fita pornográfica!

Aceito que a tal taça supranumerária de verdelho, e aqueles curtos instantes em que porventura terei passado pelas brasas, me possam ter baralhado as ideias. Mas este final - parece-me -, constitui matéria para alguma reflexão. Não acham?

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Zandinga Peliteiro

Depois de uns tempos onde o FootBicancas andou um pouco parado em consequência da época festiva, retomamos a sua normal actividade para lançarmos as previsões do ano que agora começou. Não será uma ideia totalmente original, uma vez que a copiarei do Trenguices.

Tal como o autor do blog supra, também eu darei uma de Zandinga, lançando dez previsões para o ano de 2007. Existirão previsões mais fiáveis do que outras, mas todas elas com grande probabilidade de se concretizar.

1º - O FCP será novamente campeão, conquistando o segundo dos seis títulos que ganhará de forma ininterrupta.

2º - Ricardo Quaresma será considerado o melhor jogador do campeonato pela terceira vez consecutiva.

3º - FCP elimina Chelsea.

4º - Fernando Santos (para mal dos meus pecados) é despedido no final da temporada. Benfica tenta Camacho pela 49º vez.

5º - Rui Costa não faz mais do que 3 jogos consecutivos. Para além do desgaste fruto da idade, Rui Costa insiste em fazer companhia ao Mantorras, na enfermaria do Seixal.

6º - Carolina é presa.

7º - Ao jeito de Floribela e já em Custóias, Carolina publica o seu segundo livro. O seu principal leitor (Barbas) compra 876 livros para oferecer aos No Name Boys.

8º - A grande obsessão dos Benfiquistas fica em águas de bacalhau (caso não a identifiquem assim de repente, é favor reler os últimos posts de um dos meus colegas de blog), que é como quem diz, tudo na mesma: O FCP continuará a ganhar e os Benfiquistas continuarão a suspirar pela Maria José Morgado.

9º - Simão é sondado pelo Arsenal, Chelsea, Man United, Portsmouth (que não oferece mais do que 15 Euros), Barcelona, Valência, Villarreal, Atlético de Madrid, Lyon, PSG, Bayern de Munique, Werder Bremen e finalmente pelo Barreirense.

10º - Paulo Bento decide rapar o cabelo, acabando de uma vez por todas com as farsas à boa maneira de Gil Vicente.