quinta-feira, 10 de abril de 2008

Neste esgoto à beira-mar plantado

Com algum exagero de palavras, é certo, mas esta é a "radiografia" actual do futebol português. 100% de acordo.

 

Não sei se tenho palavras para exprimir o que me vai na alma. Há duas que, provavelmente, o resumem: revolta e nojo.

Ponto prévio: o Benfica jogou mal durante grande parte do campeonato, sem fio de jogo ou o mínimo de inteligência. Grande parte dos pontos perdidos resultam de absoluta inépcia e incompetência. Claro que (como não?) jogos houve onde fomos prejudicados pelas arbitragens. Coisas que a acontecer em clubes de gente ‘culta’ e ‘elevada’, de elevado pedigree, como o Sportem, teriam levantado o habitual coro ‘culto’ e ‘elevado’ de protestos que levam sempre, mas sempre, a pressões sobre as arbitragens. Os mesmos que se calam quando anulam inexplicavelmente golos aos adversários. Verdadeiros gentlemen.

Mas agora que se atinge a altura das decisões e numa altura em que o 2º lugar se tornou subitamente alcançável pela agremiação do Lumiar, as arbitragens encomendadas estão a atingir níveis absolutamente revoltantes. E sem pudor ou vergonha, porque já se percebeu que neste país de brandos costumes não há coragem para aplicar justiça. Porque, pasme-se, nesta patética amostra de país, é preciso coragem para aplicar a justiça e porque a podridão está demasiado infiltrada no tecido social do país. Os tripeiros querem ganhar a todo o custo e adoram cegamente o criminoso e os lagartos fecham os olhos porque lhes compram o silêncio com migalhas e porque o verdadeiro prejudicado é o Benfica. E que lagarto no seu perfeito juízo se irá queixar por prejudicarem o seu ódio de estimação?

O que é óbvio é que querem tirar o Benfica do 2ª lugar e querem-no dar ao Sportem, como prémio de bom comportamento. E todos sabemos quem.

A herança dos antepassados que outrora fizeram deste um país de gente tenaz e heróica foi vilipendiada de modo sistemático no séc. XX por gente baixa e amoral. O pouco que resta dessa herança continua a ser estraçalhada pela mesquinhez, corrupção e canalhice dos biltres que governam esta pobre desculpa de país. Os que o governam na verdade, atente-se. Os que controlam as sombras, os que garantem a todo o custo o status quo e a manutenção do laxismo que é a principal característica deste país.

O que distinguiu Portugal no passado foi a improvável capacidade de um povo e nação tão pequena para discutir o controlo do Mundo. A extraordinária circunstância de um minúsculo conjunto de gente comandar os destinos da civilização ocidental. Após o apogeu, em que Portugal descobriu o Mundo e o partilhou com Espanha, a história encarregou-se de ir lentamente diluindo o papel de Portugal e desbaratando a riqueza gerada. O país definhou lentamente até chegar ao séc. XX, uma patética amostra de um outrora nobre povo. Por entre ditaduras autistas e castradoras e libertações desregradas (em que se criaram muitos dos vícios que hoje amordaçam o país), surge subitamente no séc. XX uma espécie de testemunho do que fomos, um assomo de heroísmo, resistência e de desafio perante o Mundo. O acordar do que de melhor Portugal tem. Do que fez de Portugal a nação que resistiu a séculos de tentativas de invasão, a nação que descobriu o Mundo. Uma réstia de esperança.

E onde? No futebol.

O Benfica surge como um raio de luz, um reflexo das melhores qualidades que jaziam adormecidas na alma colectiva de um país reduzido a uma insignificância amordaçante.

O Benfica reúne o que de melhor havia em nós e, fruto de muita luta, suor, sacrifício e honra, volta a dar Portugal ao Mundo. O Benfica ombreia com os maiores da Europa, o Benfica vence-os, o Benfica atinge 5 finais da Taça dos Campeões Europeus quase seguidas, o nome do Benfica atinge um relevo lendário e espalha o nome de Portugal pelo Mundo (e daí o aproveitamento dessa condição do Benfica pelo Estado Novo, e apenas nessa medida, porque o verdadeiro clube do regime, todos o sabemos – por mais que os mentirosos e hipócritas vomitem ideias feitas - foi e sempre será o Sporting). O Benfica torna-se o Glorioso. O Benfica torna-se maior que Portugal.

E Portugal, envergonhado, planeia-lhe a queda, arquitecta-lhe a ruína. A inveja e a mesquinhez grassam, crescem, alimentam-se, estruturam-se. E finalmente, nos anos 80, põem em acção o plano e deixam o país à mercê de um conjunto de criminosos amorais que o amordaçam, que o sujam, que o matam.

Ancorados numa fictícia Guerra Norte-Sul, o Porco da Costa e os seus acólitos têm violado o futebol português e construído uma mentira nauseabunda, com a conivência dos animaizinhos de estimação do Sportem, que rebolam e se fingem de mortos com a promessa de migalhinhas e a ruína do Benfica.

Isto para dizer o quê? Que o futebol está moribundo. Que este outrora paraíso à beira-mar plantado é um esgoto a céu aberto. Que os canalhas que amordaçam o país estão a tentar destruir o que ainda nos eleva, o que ainda nos torna maiores que este rectângulo encostado ao mar.

Não acredito em nada do que se passou nos últimos 20 anos no futebol português. NADA. Não há verdade em nada. E tenho dificuldade em perceber como é que gente com o mínimo de dignidade (que os haverá) ainda tem a capacidade de abstracção para festejar campeonatos neste contexto.

A onda que nasceu com o início do Apito Dourado (e que permitiu um momento de hesitação no sistema, de tal modo que o Benfica foi campeão) morreu contra a escarpa inclemente do laxismo e da corrupção instituída. Sim, faça-se o teatrinho para as aparências. Deixe-se correr o processo e quando se achar que o FC Porco tem vantagem suficiente para não lhe fazer mossa uma amostra de castigo, tente-se saciar a opinião pública e anunciar um castigo de 6 pontos (os mesmos que os subtraídos ao Belenenses por utilização indevida de um jogador).

A aliança FC Porco – Sportem (confirmada pelo próprio João Rocha nos seus moldes mais velhacos), como já denunciei várias vezes, está a conseguir os seus objectivos. Afastar o Benfica do topo.

O FC Porco controla o futebol português e o lacaio Sportem mantém a bola baixa e recolhe os biscoitinhos que lhe são atirados debaixo da mesa. Uma Taça de Portugal ali, a promessa de um 2ª lugar aqui, uma final da Taça da Liga acolá. A Avestruz de Alvalade comporta-se como uma prostituta barata, senta-se ao lado do Porco da Costa nos camarotes, elogia-lhe a capacidade de gestão, dá-lhe pancadinhas nas costas e, quando questionado sobre o Apito Dourado, engasga-se envergonhado e atira banalidades como ‘só falo no fim do processo’ ou ‘ainda não houve condenações’. Hipócrita.

O moço quem tem um ninho na cabeça e que treina o Sportem baba-se descontroladamente a elogiar o FC Porco e o Senhor Professor Jesualdo e no jogo a seguir o árbitro decide que as bolas que o Braga mete na baliza do Sportem não contam. E o moço Bento menciona por acaso o inacreditável lance nas suas declarações depois do jogo? Claro que não, o que é importante é insistir em que foi prejudicado quando o Sportem perde. A verdade não tem nada a ver com isto. Hipócrita.

O Sportem rebola, ladra a mando do dono. O dono manda um osso. E manda os palhaços Lucílio e Paixão dançar. E estes dançam, emulando as danças que presenciaram vezes sem fim nas casas de alterne do grupo FC Porco.

Para gáudio da nação anti-benfiquista.

Como seria de esperar, às críticas do Presidente do Glorioso, que constata o óbvio, os fantoches hipócritas do FC Porco na direcção da arbitragem e na Secretaria de Estado da Juventude e Desporto (o tipo mais inútil que existe neste país) reagem com estudada indignação, conforme as instruções e pagamentos recebidos. E velhos dejectos como o Coroado (um dos maiores cancros do futebol português dos últimos anos e uma pobre desculpa para um ser humano), a mando do polvo, levantam a voz cirurgicamente.

Continuem todos estes imbecis corruptos e sujos da arbitragem e do governo a prostituir-se e a sujar o país.

Continuem os do FC Porco a festejar títulos sujos e os do Sportem a babar-se com as migalhas e a fazer voodoo com bonecos do Benfica.

Eu? Prefiro andar na rua de cabeça erguida. Sou do Benfica, não tenho nada a ver com a merda que conspurca este país. Sou do Benfica, e isso me envaidece muito além do que alguém dessas duas agremiações possa algum dia entender.

País de merda, esgoto nauseabundo.

Autor: Gwaihir Texo Original

Sem comentários:

Enviar um comentário