sexta-feira, 11 de abril de 2008

SCP: 0 - Rangers: 2, por Rui Martins

A noite era de festa e os condimentos para uma festança de arromba estavam todos lá. No final o Sporting teve azar e o azar em alta competição paga-se caro. E digo que teve azar porque, numa competição destas e em fase adiantada fazer quase 20 remates num jogo e não marcar nada é muito azar.

O Rangers terá rematado umas 5 vezes e marcou 2, foram eficazes.

Comecei por dizer que a noite era de festa, o estádio estava muito bem composto, os Escoceses eram de facto muitos e ruidosos e o Sporting vinha de uma sequência de bons resultados e algum futebol. O onze apresentado, sabendo de antemão que o Polga não jogava, não trazia novidades era o esperado e a táctica a de sempre. O Sporting entrou algo nervoso e começou logo pelo caloiro Gladstone que numa hesitação deu terreno ao jogador do Rangers mas ainda foi a tempo de emendar a asneira que tinha feito.

Durante a primeira parte há a assinalar um remate de cabeça do Liedson ao poste, o controlo do jogo por parte do Sporting e uma mão cheia de remates, alguns perigosos.

Após o intervalo, o Sporting entrou melhor. Empurrou definitivamente os Escoceses para o seu meio campo e trocava bem a bola. Criou várias oportunidades e o golo adivinhava-se, mas o mesmo aconteceu na baliza onde menos se esperava. Com a equipa toda balanceada no ataque, uma bola sacudida pelos Escoceses e numa hesitação do Miguel Veloso e posteriormente do Gladstone, um dos Escoceses (sabe-se lá qual) ganhou a bola descaiu sobre a direita arrastando os centrais com ele, no centro do terreno aparecia em velocidade o avançado Francês do Rangers, o Abel não o consegui acompanhar, recebeu a bola em perfeitas condições e de primeira só teve de empurrar lá para dentro. Foi um grande balde de água fria.

O Paulo Bento a esta altura já preparava as substituições, a ideia que eu tenho é que ele se preparava para tirar o Romagnoli que estava quase ausente do jogo durante o melhor momento do Sporting. Em desvantagem optou por tirar um jogador mais defensivo, saiu Izmailov e entrou o Yannick. A equipa aparentemente não se ressentiu, e continuou a carregar em cima dos Escoceses que já só sacudiam a bola e tentavam ganhar tempo. O pressing era muito, mas nem sempre era objectivo. Paulo Bento optou por reforçar o meio campo, tirou o Gladstone e colocou o Pereirinha no meio. O Simon ocupava mais a esquerda, o Yannick a direita e o Romagnoli quase ausente apoiava o incasável Liedson.

Não havia forma de o golo aparecer, e parafraseando Quinito o Paulo Bento colocou a carne toda no assador. Mais uma vez quando todos esperavam a saída do Romagnoli, era a vez do lesionado Grimi. Entrou o Tiui. Equipa mais ofensiva não podia existir. O Moutinho fechava no meio, o Veloso estava ao lado do Tonel o Abel na direita. O Simon, estourado, fazia o corredor esquerdo. Lá na frente com tanta gente a confusão era muita.

O Sporting corria todos os riscos, mas não havia outra alternativa, e com o aproximar do final marcar dois golos era tarefa quase impossível. Num momento de falta de lucidez aliada à falência física, o Abel tentou fintar o avançado Escocês que lhe tira a bola. Corre o meio campo todo com a bola, faz o que quer da defesa e dá a machadada final aos 92 minutos. Já antes tinham tido uma oportunidade que o Rui Patrício tinha evitado.

Sem sacar responsabilidades ao Veloso no primeiro golo, onde hesitou para mim foi o melhor do Sporting. O Sporting para além da falta de sorte foi ineficaz, não se pode rematar tanto e não marcar. Da parte do Escoceses, de salientar a multidão de gente que eles arrastam, mas tivesse eu o poder de compra deles e também acompanhava o Sporting ao estrangeiro. Se salientar também, mas pela negativa o futebol deles. Muito fraco e ao alcance do Sporting e muito faltoso.

1 comentário:

  1. o último dos Moicanos ou o último dos passarinhos?!

    Joaquim Claro

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